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1- INTRODUÇÃO......................................................................................................................1
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..........................................................................................2
2.2- Geografia..........................................................................................................................3
2.3- Administração..................................................................................................................4
2.4- Religião............................................................................................................................4
2.8- Educação........................................................................................................................10
3- CONCLUSÃO......................................................................................................................11
REFERÊNCIAS........................................................................................................................12
1- INTRODUÇÃO
Portanto, sabemos todos que existem outros e vários reinos, mas como o nosso tema é
o reino do songai, começaremos pela uma breve introdução de como foi ou surgiu o reino
referido no nosso tema. O Reino Songhai foi profundamente original quanto à organização
política e administrativa. Sua organização foi ainda mais elaborada que a do Império Mali.
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O período de autonomia criado pelos dois irmãos fugitivos também foi breve, pois,
Sakura, o escravo que havia usurpado o trono se tornando mansa, acabou devolvendo o
Songai à esfera do Mali. A independência efetiva, ponto de partida para a expansão e
consolidação do reino, somente ocorreu na segunda metade do século XV, quando Sonni Ali
(1464-1492) varreu a dominação maliana e, depois de sucessivas guerras de conquista,
assumiu a hegemonia da região.
Por essa época, o Songai já era um reino islamizado. Sua conversão ao Islã teria
ocorrido ainda por volta da primeira década do ano mil – num período em que a sociedade
européia medieval dava os primeiros passos na direção de um novo reordenamento
econômico, muito bem trabalhado por Georges Duby em uma das suas clássicas obras. Reza
a tradição que Diá Kossoi, o soberano que havia fixado a capital do império em Gao, foi o
primeiro dinasta a se converter ao islamismo.
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Foi o último grande império do Sudão Ocidental que rompeu a ascensão dos impérios
negros da região africana. As origens desse império são desconhecidas. Alguns textos árabes
falam de um príncipe Soni, chamado de Ali, o grande. Ele derrotou o Império de Mali e
fundou o mais importante império comercial-tributário da região.
2.2- Geografia
O centro da burocracia foi o próprio Ásquia, que era assistido por um grupo de
conselheiros. Na corte real, o suntuoso cerimonial em torno do ásquia era administrado pelos
oficial conhecido como hugucoreicoi (hugu-korei-koi), um administrador com influência
política substancial e poder militar. Um uanadu (wanadu) ou pota-voz do rei transmitia a
palavra das monarcas às audiências régias, enquanto altos secretários, comumente do
Marrocos, supervisionavam a chancelaria real. Ásquia introduziu um sistema de impostos no
qual cada cidade ou distrito tinha seu próprio coletor de impostos de nome farimondio (lit.
"chefe dos campos"). Idem usou a perícia dos estudiosos de Tombuctu em assuntos do
Estado. Durante os longos períodos que permaneceu estacionado na capital Gao (1502-1504
e 1506-1507), ocupou-se com a reforma do sistema de dízimos e impostos, a regulação da
agricultura e pesca e o recrutamento e treino de administradores e governadores.
2.4- Religião
Desde quando era um estado pequeno, Songhai vivia da pesca e do comércio local do
ouro e do sal, pois essa região possuía grandes minas de ouro e sal.
O ouro e o sal serviam de moeda corrente em Songhai, mas a principal moeda eram
os cauris, conchas de moluscos utilizadas como moeda de troca até meados do século XIX –
e isso do Sudão à China. De qualquer modo, os imperadores Askias procederam a uma
unificação de pesos e medidas para evitar fraudes (MAESTRI, 1988, p. 39).
Assim como Mali, o Reino de Songhai escolhia letrados com experiência na área
mercantil, pessoas que tinham conhecimento na troca de mercadorias. Geralmente, eram
contratados árabes comerciantes muçulmanos para conduzirem a política comercial.
Com a morte do Soni Ali Mansa, em 1492, assumiu um dos seus filhos, mas que não
ficou um ano no poder, pois um ex-general de Ali, o Askia Mohammed derrotou o novo rei e
assumiu o poder. Esse general transformou o reino de Songhai. Foi sob sua dinastia que o
império expandiu-se. Ele dividiu o império em quatro vice-reinos, organizou o sistema de
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impostos, unificou pesos e medidas, explorou as minas de sal. Formou pela primeira vez no
império um exército regular constituído por escravos e prisioneiros.
Songhai também foi um sucessor do reino de Mali e Ghana. Contudo, ele foi bem
mais qualificado, visto que ultrapassou os dois anteriores no nível administrativo e político.
Viveu plenamente uma organização estatal que aos poucos se distanciava da organização
tribal. Teve pela primeira vez na história dos reinos africanos um exército profissional e uma
arrecadação sistemática de impostos. A dinastia Askia continuou sendo a etnia base do
império. O islamismo foi a religião oficial, mas o rei permitia outras crenças desde que não
entrassem em conflito com a religião oficial.
Songhai foi um império que também fez mudanças na sociedade dos nômades
berberes e as das fronteiras do mundo negro; inovou no modo e na tática de guerrear com
seus inimigos. Esse reino inovou também nos seus exércitos. Acrescentou três fileiras de
arqueiros. A Europa cristã só depois é que praticou igual medida, ou seja, constituição de
uma infantaria de arqueiros. Também incluiu grupos com grandes tambores, com o intuito de
fazer muito barulho e aterrorizar os inimigos.
Os tipos de “casas cônicas” descritas por Al-Bakri em sua obra ainda podem ser
vistas no Mali, como mostra a fotografia acima da Vila de Songo, no Mali.
Nas últimas décadas do século XVI, assim como a história dos outros grandes
impérios que existiram, Songhai não foi diferente, inimigos de outras regiões do continente
começaram a tentar invadir o reino. Além disso, os portugueses já tinham feitorias na costa
africana e já afetavam o comércio pelo deserto do Saara, pois as caravelas, além de levar uma
maior quantidade de mercadorias, eram bem mais velozes.
Outro factor para a decadência foi a substituição do grande líder Mohammed aos 86
anos, pelo seu filho, que governou com tirania, impondo terror às sete cidades-estados dos
Hauçás, povos que falavam línguas semelhantes e pertenciam ao Reino de Songhai. Essa
tirania começou a causar revoltas nos povos Hauçás. De olho nas riquezas de Songhai, os
senhores muçulmanos de Marrocos, após várias tentativas, conseguiram invadir pelo Saara e
se apoderar do império. Os invasores armados de fuzis venceram em 1591, na batalha de
Tondibi, o último grande império africano. Essa região ocidental da África, onde os três
grandes impérios prosperaram, era muito rica. O território de Ghana, conquistado por Mali,
era praticamente o mesmo.
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2.5- A Política Governativa do império Songai
O governo Songai foi muito mais centralizado no que diz respeito aos arranjos
federais em comparação aos predecessores Impérios de Gana e Mali. O governante era um
monarca absoluto, mas, apesar de ter cerca de 700 eunucos em sua corte em Gao, os reis
Songai nunca estiveram exatamente seguros em seus tronos. Dos nove governantes da
história do Império Songai, seis foram depostos por rebeliões ou morreram violentamente,
frequentemente por seus tios ou irmãos. O Songai possuía uma organização mais elaborada
do que a do Mali. Uma equipe de altos funcionários (governadores ou ministros) partilhava
com o soberano a responsabilidade de administrar as várias partes do reino.
No seu Tarikh el-Fettach, Mahmud Kati fala, inclusive, de “vinte e quatro tribos” que
estavam submetidas a uma escravatura coletiva a serviço do soberano songai. Estas tribos,
localizadas na região mais fértil do reino, ao longo do território correspondente à curva do
Níger, tinham funções específicas (algumas se dedicavam a cortar capim para os cavalos do
askia e outras ao serviço doméstico, à matelurgia do ferro, a atividades pesqueiras e de
construção de pirogas etc.).
Os camponeses livres também não eram isentos da exação fiscal. Mas, a crermos nos
relatos dos historiadores da época, a tributação não oprimia tanto o campesinato, pois, os
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agentes imperiais do fisco nunca pediam mais de trinta medidas de grão, o equivalente a mais
ou menos 120 litros, mesmo quando os camponeses podiam fornecer bem mais do que isso.
O excedente ficava de posse dos produtores, fossem eles livres ou escravos. Aos fanfas, por
exemplo, era-lhes permitido guardar o excedente para si e ficarem ricos. Com isso, podiam
adquirir cavalos, vacas e até mesmo escravos. Afinal de contas, em grande parte da África, a
posse de escravos era o modo por excelência de acumular riqueza. Além dos tributos que
incidiam sobre a produção agropecuária e aqueles que eram pagos pelos reinos vassalos, a
tributação sobre o intenso comércio que movimentava suas principais cidades, algo comum
nos três reinos aqui estudados e em muitos outros da realidade africana, constituíase em mais
uma importante fonte de receita para o Songai.
Os songais também tinham o ouro como moeda de troca basilar. Com o metal
amarelo, eles adquiriam artigos de luxo, para o deleite e ostentação dos aristocratas (tecidos
finos, vidro, perfumes, cavalos). Os comerciantes do Magreb, do Levante e da Europa eram
os seus fornecedores. E também seus bons compradores. Principalmente de escravos. Um
tipo de “mercadoria” que, graças aos butins de guerra, não conhecia escassez. Os que não
ficavam no próprio reino, eram vendidos para as plantações ou para o serviço doméstico de
senhores do Magreb, da Líbia, do Egito, da Turquia e das cidades mercantis italianas
(Gênova, Nápoles e Veneza).
Além de populosas, muitas delas (Jena, Tombuctu, Walata e Gao) eram também
centros dedicados aos estudos religiosos. Verdadeiras universidades, bancadas pelo mecenato
dos príncipes, dedicavam-se ao desenvolvimento das letras (Língua Árabe, Retórica etc.) e ao
estudo dos textos sagrados (Fontes da Lei, Exegese Alcorânica etc.). Inclusive, servindo de
chamariz para estudiosos de outros lugares da África. Doutores e escritores célebres do
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Magreb atravessavam o deserto, debaixo de sol e tempestades de areia, para ministrar cursos
aos sudaneses.
A ascendência dos sábios e pregadores sobre os fiéis era imensa. Os marabus, por
exemplo, eram cumulados de favores pelos soberanos. Em que pese o fato deles viverem
como eremitas, levando uma vida ascética e de renúncia a qualquer conforto urbano, seus
familiares eram proprietários de vastos domínios e senhores de muitos escravos – o que nos
faz lembrar os privilégios obtidos pelo clero católico na Europa medieval. Nestas terras, o
controle do askia era muito mais nominal que real e, no plano econômico, simplesmente
inexistia. Mas não procuremos por semelhanças entre um e outro. Em que pese a existência
de tais similitudes, eram realidades distintas – senão no tempo, pelo menos no espaço.
No caso dos Cádiz, que participavam do conselho real, sentando-se ao lado dos
generais, até mesmo os askias e seus ministros curvavam-se, entre temerosos e reverentes,
diante de seus sermões. Estes altivos sacerdotes, quando recebiam a visita tanto de um
quanto dos outros, não se levantavam e sequer voltavam a cabeça para onde eles se
encontravam, sem demonstrar nenhum sinal de deferência. Uma pessoa comum, ou mesmo
alguém nobilitado, que tivesse tal comportamento diante do askia, encontraria certamente a
morte. O cerimonial da sua corte exigia que todo visitante devesse se descobrir, prostrar-se e
cobrir a cabeça de pó quando estivesse diante dele. Quando a pessoa merecia um tratamento
especial, como no caso do comandante máximo do exército (dyna-koy ou balama), o pó era
substituído por farinha. Mas as outras regras do cerimonial eram mantidas ao pé da letra.
Este império estendeu-se incólume até o ocaso do século XVI. Produzindo riquezas e
despertando a cobiça dos vizinhos. Principalmente os do Magreb. Em 1591, o sultão do
Marrocos iniciou uma dura campanha na tentativa de conquistá-lo. Para isso, contou com um
amplo apoio dos europeus. De fato, dos 4.000 soldados que compunham as tropas invasoras,
apenas 1.500 eram marroquinos. Sem contar que o comando das operações foi entregue a um
eunuco espanhol, Djuder Pacha. O apoio dos europeus não era, obviamente, gratuito. E tinha
a ver com a segurança das suas próprias fronteiras.
Em que pese o fato dos invasores possuírem armas de fogo e até canhões, os songais
resistiram obstinadamente ao assédio. Porém, depois de quatro anos de luta renhida, o seu
último bastião de resistência ruiu diante do maior poder de fogo do inimigo. Com a conquista
marroquina, a cidade de Gao perdeu o controle político da região. E uma atomização sócio-
política tomou conta do vazio deixado pelo até então opulento reino. O Sudão entrou, assim,
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na dependência do Magreb. E em um lento processo de decadência. O frutuoso intercâmbio
comercial que se realizava pelas rotas caravaneiras do Saara perdeu sua intensidade. A
eclosão de fomes cíclicas e de epidemias, nos séculos XVI, XVII e XVIII, contribuiu
sobremaneira para a sua estagnação. Como escreveu Ki-Zerbo: “A partir daí, nada mais seria
como dantes. Estava virada uma página para o Oeste africano”.
2.8- Educação
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3- CONCLUSÃO
Esta pesquisa foi de grande importância, visto que trouxe um estudo mais
aprofundado sobre a África Pré-colonial; o grande reino de Songhai; suas religiões,
economia, educação, política e sua história.
Assim, podemos dizer que o império do songhai foi um dos reinos forte continente
África que existiu durante muito tempo.
Deste modo, o Império Songai (também conhecido como Songhay, c. 1460 - c. 1591
EC) substituiu o Império de Mali (1240 - 1645 EC) como o estado mais importante da África
Ocidental (cobrindo o sul da moderna Mauritânia e Mali). Originando como um reino menor
na margem leste da curva do Rio Níger c. 1000 EC, os Songai expandiram dramaticamente
seu território a partir do reinado do Rei Suni Ali (1464 - 1492 EC). Com sua capital situada
em Gao e gerenciando o controle do comércio transaariano por centros tais como Timbuktu e
Djenne, o império prosperou ao longo do século XVI EC até que, dilacerado por guerras
civis, foi atacado e absorvido pelo império marroquino c. 1591 EC.
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REFERÊNCIAS
MAESTRI FILHO, Mário J. História da África negra pré-colonial. Porto Alegre: Mercado
Aberto, 1988.
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