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1.

O Império do Mali teve destaque em seu apogeu por conta da sua riqeuza
extraída do ouro e pelo controle de vários territórios, sendo mais poderoso que
qualquer parte da Europa Ocidental na mesma época. Porém, por motivos de
divisões internas, o Mali se viu atacado por um povo que o sucedeu na
hegemonia da região que foi

o conjunto de europeus que instalaram feitorias na região, com destaque para holandeses e
ingleses que avançavam para a África meridional.

o Reino do Congo.

o Reino Banto.

o grupo de califados árabes, liderados pelos almorávidas.

o Império Songhai.

Explicação:

A decadência do Império de Mali se deu pela combinação de problemas nas linhas sucessórias, com guerras
civis com os ataques do povo vizinho, o songhai pelo interior e pelos portugueses, que vinham do litoral
africano por conta do processo da escravidão transatlântica no final do século XV.

2. Sobre o Império de Shongai ou Songhai, é CORRETO afirmar que:

A religião animista predominava, motivo pelo qual entrava em guerra contra os seus vizinhos,
como o Reino do Mali.
Houve uma unificação completa da religião, sem distinção de grupos sociais, onde todos os
súditos, dos servos aos burocratas, se converteram ao islamismo, o que fez desse Império um
caso único na África.
Havia um investimento na formação educacional e na cultura dos súditos, dentro da cultura
islâmica, onde houve criação da faculdade de Sankoré e de escolas para os estudos de filosofia,
gramática e astronomia, por exemplo.
Após o enfraquecimento do Reino de Gana, o Império Songhai ocupou a posição desse no que
diz respeito à extração e comercialização do ouro, a atividade que exclusivamente sustentava o
Império.
Havia uma escolha centralizada pelo Imperador para todos os níveis de poder, dos governantes
das províncias aos líderes das aldeias.

Explicação:

O Estado de Songhai tinha uma divisão bastante clara de atribuições. O Imperador e a alta burocracia eram
responsáveis pela administração, pela construção e fiscalização das embarcações que passavam pelo Níger;
pela arbitragens de conflitos sobre terras, que eram taxadas. Havia um corpo diplomático para representar
o Imperador Songhai na Europa, na Ásia e no norte africano. No controle menos extenso, como as
províncias do Império, os fari, eram chefes nomeados pelo Imperador. Nas aldeias, como aconteceu em
Mali, havia a escolha do governante pelas leis e tradições locais.

As leis seguiam uma divisão social para os convertidos e para os não-convertidos. Havia o uso do cádi,
código de leis islâmicas aos seus seguidores com o julgamento de um juiz perito no assunto. Para as
comunidades tradicionais, o respeito aos costumes e tradições locais, sem a imposição do cádi, como o uso
de conselho de anciãos, por exemplo.

A economia de Songhai era diversificada, não ficava presa ao ouro. Havia uma agricultura de subsistência
muito grande, assim como o uso da pesca e da criação de animais. Nas cidades mais desenvolvidas, o
comércio era mais intenso. As grandes cidades eram atreladas ao que vinha e saía das rotas transaarianas.
Havia muita circulação de pessoas, de animais, muitas construções, uma grade diversidade de mão de
obra, amplos espaços de cultura, como o fato de terem mais de 150 escolas espalhadas pelas cidades de
Djené e Ualala e a faculdade de Sankoré permaneceu, onde havia um número grande professores de
origem marroquina ou egípcia. A educação formal era exclusivamente masculina. Os jovens aprendiam
sobre gramática, retórica, filosofia, astronomia.

3. O Império Mali foi um estado da África Ocidental, perto do rio Níger, que dominou
esta região nos séculos XIII e XIV. Sobre tal reino, qual é a alternativa
INCORRETA:

o Império Mali sucumbiu finalmente ante o assalto combinado das tribos tuaregues do Norte e
dos Mossinos, do Sul, durante os anos de 1400.
o império alcançou o auge no início do século XIV, durante o governo de Mansa Musa, que se
converteu ao Islão. Em sua peregrinação a Meca, esse soberano fez-se acompanhar de uma
comitiva com 15 mil servos, cem camelos e expressiva quantidade de ouro
dominou a região do Maghreb, até serem derrotados pelos cruzados em 756, por Pepino, o
Breve
de três impérios consecutivos, este foi o mais extenso territorialmente, comparado com o de
Songhai e do Gana
O império controlava as rotas comerciais transaarianas da costa sul ao norte. Os principais
produtos comercializados eram: ouro, sal, peixe, cobre, escravos, couro de animais, noz de cola
e cavalos

Gabarito
Comentado

4. O líder do Reino do Mali, Mansa Musa, não entrou para a história como
conquistador, mas pelo que causou na economia da região do Oriente Médio e
Egito. Mansa Musa fez a peregrinação de mais de seis mil quilômetros até Meca
(a Heja, obrigação do muçulmano de visitar uma vez na vida Meca, a cidade
sagrada do Islã). No Egito fez diversas doações de ouro a ponto de não ter
condições de prosseguir sua viagem para Meca sem o empréstimo de
comerciantes egípcios. Os motivos que levaram o Mansa Musa a fazer essa longa
e custosa peregrinação foi para além dos termos da fé. Escolha a alternativa que
explique outra motivação para tamanha jornada.

O Mansa tinha receio de uma invasão de árabes ou africanos islamizados ortodoxos em seu
território em virtude do pouco investimento que fazia para que seus súditos conhecessem o
Corão e da resistência da burocracia e de líderes religiosos em aceitar o Islã; assim, sua ida
para Meca era para fazer uma aliança política-militar duradoura com os árabes.
A escolha pelo Egito não foi por acaso, pois ao distribuir muito ouro na sociedade egípicia tinha
como finalidade fazer cair o preço do ouro e valorizar a prata, metal que seu reino tinha em
abundância.
Era importante para o Mansa Musa tirar o Mali da periferia do mundo islâmico e colocá-lo em
destaque, o que renderia ao seu reino uma posição de privilégios comerciais e políticos.
A peregrinação do Mansa Musa estava relacionada à conquista de povos do Magreb,
especialmente aqueles que viviam nas montanhas e não pagavam tributos a qualquer Estado
africano.
A peregrinação do Mansa Musa tinha como finallidade expor para os árabes as vantagens
econômicas de seu reino, pois perdia na concorrência no comércio transaariano com os reinos
de Gana e de Songhai.

Explicação:

Ao que tudo indica, Mansa Musa percebeu o isolamento do seu império no mundo islâmico, uma posição
de periferia. Como mudar isso? Como ter tanto ouro e não figurar entre os reinos islâmicos centrais?
Primeiro, sua parada no Egito foi estratégica. Pela posição geográfica do Egito; pela história daquele país,
tê-lo como aliado era importante para o Império do Mali. Além disso, o Egito não tinha mais o ouro que
vinha do Sudão oriental, ao sul. Uma forma de unir o ouro com prestígio e acesso ao mar Vermelho. No
retorno de Meca para o Mali, o Mansa trouxe arquiteto para criar núcleos de conhecimento e de práticas
religiosas em cidades como Gao e Tomboctu. Foram criadas Madrasas ¿ escolas para o estudo do Corão e
do Direito ¿ e mesquitas, além da famosa faculdade de Sankoré, onde se estudava astronomia, matemática
e direito. Para reforçar os laços com Meca, Mansa Musa teria trazido, segundo relatos árabes, dois
descendentes de Maomé para o Mali para estudarem e depois o ajudarem na administração do Império.

5. A dignidade de Mansa Musa impressionou muito. Embora falasse bem o árabe, só


comunicava por intermédio de um intérprete. Mas esta dignidade foi posta a dura
prova quando lhe pediram que se prostasse perante o sultão do cairo. Recusou
energicamente: "Como poderia fazer uma coisa dessas?", exclamou. KI-ZERBO, A
História da África Negra, p. 171. Sobre a religisiosidade do Império do Mali à
época de Mansa Musa é correto afirmar que:

Parte da nobreza converteu-se ao islamismo, mas, a maior parte da população manteve suas
práticas tradicionais.
Toda a população mantinha-se animista, daí a recusa do Imperador ao encontrar o sultão do
Cairo.

Somente o Mansa Musa converteu-se ao islamismo após o contato com o sultão do Cairo.

Toda população havia se convertido ao islamismo.

Parte da nobreza converteu-se ao islamismo, mas, a maior parte da população manteve sua
crença no cristianismo ortodóxo.

6. "A coisa mais importante é a família. Após a família é a linhagem ou grande


família. Após a linhagem é o clã ou grande conjunto de linhagens. E só depois
vem o Estado, seja a cidade-estado, seja o Império, seja o Reino. [...]
curiosamente, elas também tinham um deus. E o deus encarnava no chefe."
[Alberto da Costa e Silva] Alberto da Costa e Silva oferece uma explicação sem a
qual não é possível compreender a história do continente africano. Na passagem
acima se refere especificamente a:

Organização social e política, extremamente hierárquica, dos diferentes povos africanos, antes
da colonização europeia, na qual o chefe político também exercia o poder religioso, como o
Império Monomopata.
Organização social e política das diferentes sociedades africanas, após a chegada dos europeus
ao continente, na qual o poder político tendia a ser mais forte nas estruturas familiares, a
exemplo das cidades-estado do Índico.
Estruturação sócio-econômica dos diferentes grupos sociais espalhados pelo continente africano,
depois da chegada dos europeus, fundamentada no poder dos líderes políticos que também
detinham o poder divino, como o Reino do Congo.
Estruturação econômica das diferentes sociedades africanas, antes da colonização europeia,
baseada nas atividades voltadas para subsistência distribuídas entre os diferentes membros das
famílias, a exemplo do Império Songhai.
Sistematização cultural das sociedades africana, antes da colonização europeia, fundamentada
na transmissão oral dos saberes e fazeres entre os membros das famílias de geração para
geração.

Gabarito
Comentado

7. O imperador do Mali, Mansa Musa, ficou mundialmente conhecido no século XIV,


pois:

Foi o primeiro imperador da África Subsaariana a se converter ao islamismo.

Foi o único imperador do Mali a recusar a islamização.

Foi o imperador do Mali que fez a peregrinação à Meca de forma faustosa, levando consigo
milhares de escravos e toneladas de ouro.
Foi o imperador do Mali que fez a peregrinação à Meca de forma humilde, tendo, inclusive, que
fazer um impréstimo com um importante mercador de Alexandria (atual Cairo).

Foi o primeiro imperador da África Subsaariana a fazer a peregrinação à Meca.

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