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EGITO ANTIGO

EGITO ANTIGO – TIMELINE

4M 4 mil a.C. 476 1453 1789 Hoje

Pré-História Id. Antiga Id. Média Id. Moderna Id. Contemp.


4 milhões-4 mil 4 mil-476 476-1453 1453-1789 1789-HOJE

HISTÓRIA GERAL
TÓPICOS DA AULA
3200 a.C. 715 a.C

 ANTECEDENTES
Egito  IMPORTÂNCIA DO NILO
(3200-715 a.C.)  ECONOMIA
 SOCIEDADE
 RELIGIÃO
EGITO  MUMIFICAÇÃO
 POLÍTICA
 PERÍODO ARCAICO E ANTIGO IMPÉRIO
 MÉDIO IMPÉRIO E NOVO IMPÉRIO
 LEGADO CULTURAL
ANTECEDENTES

 O Egito Antigo é uma das civilizações mais importantes e fascinantes da


Antiguidade.

 A maior parte do que conhecemos sobre esta civilização vem das pirâmides,
pinturas, textos e objetos deixados nas tumbas dos reis.

 O Egito Antigo se localizava no nordeste da África, em pleno Deserto do Saara.

 Fazia parte, também, do Crescente Fértil, que englobava também outras regiões,
como Mesopotâmia, Fenícia e Israel.

 A civilização egípcia se desenvolveu às margens do rio Nilo, que transformou o


Egito Antigo em um imenso oásis com mais de 1000 quilômetros de comprimento.
IMPORTÂNCIA DO NILO

 O vale do Nilo compreendia o Alto Egito, ou Terra do Sul, e o Baixo Egito, ou Terra do Norte. O
rio Nilo desembocava no Mar Mediterrâneo.

 De junho a outubro, as águas do Nilo inundavam as terras de ambas as margens e


depositavam o húmus, uma espécie de adubo natural que tornava a terra propícia para
agricultura.

 Depois das cheias, os camponeses iniciavam a semeadura. Para saber a altura das cheias e se
prevenir das enchentes, os egípcios utilizavam um poço à margem do rio, chamado Nilômetro.

 O Rio Nilo teve tamanha importância para o Egito, que o grego Heródoto disse a seguinte frase:
“O Egito é uma dádiva do Nilo”.

 Porém, Heródoto, nesta frase, falou apenas da questão geográfica. Não podemos esquecer
que, se não fosse o trabalho de camponeses, artesãos e escravos, o Egito nunca teria se
tornado uma grande civilização.
ECONOMIA

 A agricultura era a principal ocupação dos egípcios. Os principais produtos eram o


algodão, o linho, trigo, cevada, entre outros.

 Havia uma espécie de bambu, chamada papiro, que também era cultivada. Através
dela, fabricava-se papel, que era utilizado em diferentes sistemas de escrita egípcia.

 Os camponeses que moravam nos pântanos e largos costeiros criavam numerosas


variedades de peixes. O produto da pesca, seco e conservado, acompanhado de pão
e cerveja, constituía parte importante da alimentação dos egípcios.

 Os excedentes de produção eram comercializados nas planícies desérticas, ao longo


do Nilo e pelo Mar Mediterrâneo.

 Fora do período das cheias e dos trabalhos agrícolas, os camponeses eram obrigados
a trabalhar para o estado egípcio, em canais de irrigação, obras públicas e templos.
SOCIEDADE

 A sociedade egípcia era dominada pelo faraó, soberano todo-poderoso. Ele


era considerado um deus vivo, filho de deuses e intermediário entre estes e os
homens.

 O faraó era objeto de culto e sua pessoa era sagrada. O faraó tinha
autoridade absoluta e concentrava, em si, os poderes político e religioso.
Exercia, portanto, poder teocrático e despótico.

 Abaixo do faraó, a sociedade estava dividida em sete grupos sociais: nobres,


sacerdotes, escribas, soldados, artesãos, camponeses e escravos.

 A divisão social não era rígida, ou seja, havia alguma mobilidade social, ainda
que pequena. Por outro lado, havia grande desigualdade econômica entre os
grupos sociais.
Mo Gabrail/Unplash

Templo em Karnak, Luxor, Egito. A cultura egípcia, incluindo sua arquitetura, tinha grande influência religiosa
RELIGIÃO

 A religião, que era politeísta e antropozoomórfica, desempenhava um papel muito importante na


vida dos antigos egípcios.

 O Egito era uma civilização teocêntrica, ou seja, praticamente tudo girava em torno da religião.
Grande parte de suas crenças e rituais foram incluídos em seu livro sagrado, o Livro dos Mortos.

 Assim, eles acreditavam numa vida após a morte. Esta forte crença era representada com
frequência em pinturas e objetos deixados nas tumbas. Para garantir a passagem para outra vida,
desenvolveram técnicas de mumificação.

 Eles construíram grandes túmulos, sendo que as pirâmides foram as maiores. As pirâmides
serviam de descanso para os faraós e continham vários objetos pessoais para garantir o conforto
destes na vida após a morte.

 Os egípcios também tinham incontáveis deuses, com funções e aspectos variados. Existiam
deuses universais e locais. Entre os primeiros, alguns estavam ligados à morte e ao enterro das
pessoas. É o caso de Osíris e Anúbis.
MUMIFICAÇÃO

 De acordo com a religião egípcia, a alma precisava de um corpo para morar por toda a eternidade. Sendo que o
corpo tinha quer conservado para abrigar a alma, os egípcios desenvolveram técnicas de mumificação, a partir
de substâncias químicas.

 O tipo de mumificação dependia da condição social do morto. No geral, o processo durava dois meses e era
trabalho dos embalsamadores. Além da lavagem do corpo, a mumificação envolvia dois procedimentos básicos:
evisceração e desidratação.

 A evisceração, ou retirada dos órgãos, iniciava pela extração do cérebro pelas narinas. Em seguida, as vísceras
eram retiradas por um corte no abdômen. Cada órgão era depositado em vasos canopos, que acreditavam ser
protegidos por divindades. O coração, no entanto, permanecia no corpo.

 A desidratação consistia em retirar a umidade do corpo e dos órgãos, para evitar decomposição. Para isso,
imergiam o corpo em natro, que era um tipo de sal utilizado para este fim. Seguia-se o enfaixamento com
bandagens de linho, entre as quais depositavam-se jóias e amuletos de proteção.

 Enquanto os embalsamadores se ocupavam da proteção do corpo, uma sepultura era preparada e decorada. De
acordo com a fortuna do morto, a tumba se resumia a um simples buraco no rochedo ou então era uma
sequência de salas cavadas na montanha e bastante decoradas. O uso ou não de um sarcófago para o depósito
do corpo também dependia da condição social.
POLÍTICA

 Inicialmente, o Egito estava dividido em nomos, ou seja, pequenos Estados


independentes. Em seguida, esses Estados se uniram, formando o Alto e Baixo Egito.

 Por volta de 3200 a.C., o Egito foi unificado sob o comando de um único soberano – o
faraó. A unidade política do Estado egípcio foi fundamental para organização das obras
públicas.

 Assim, a criação de um Estado centralizado no poder do faraó estava ligada à


necessidade de controle e direção dos grandes trabalhos hidráulicos.

 Porém, o Estado, que no início foi apenas o organizador das obras necessárias ao bem-
estar da população, passou a explorar cada vez mais o trabalho das comunidades.

 A organização do Estado egípcio no decorrer de sua história está dividido em quatro


períodos principais: Período Arcaico, Antigo Império, Médio Império e Novo Império.
PERÍODO ARCAICO E ANTIGO IMPÉRIO

 O Período Arcaico ocorreu entre 3200 a.C. e 2800 a.C., aproximadamente.

 Neste período, os exércitos egípcios lutaram contra os núbios e os beduínos do


deserto, pela posse de matérias-primas, como pedra, cobre e ouro.

 O Antigo Império, por sua vez, ocorreu entre 2800 a.C. e 2100 a.C.,
aproximadamente.

 Nesse período, o Egito foi um Estado pacífico e dedicado a construção de obras de


drenagem e irrigação. Também foi nesse período que se construíram as grandes
pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos.

 O Antigo Império terminou principalmente por causa do enfraquecimento da


autoridade do faraó, diante do poder dos grandes proprietários de terra e dos chefes
dos diversos nomos.
O que é o Natro?

a) Espécie de bambu através do qual fabricava-se papel, que era utilizado em


diferentes sistemas de escrita egípcia.

b) Poço criado para saber a altura das cheias e se prevenir das enchentes do
Rio Nilo.

c) Tipo de sal utilizado para retirar a umidade do corpo e dos órgãos, para
evitar decomposição.
MÉDIO IMPÉRIO E NOVO IMPÉRIO

 O Médio Império ocorreu entre 2100 a.C. e 1580 a.C., aproximadamente.

 Nessa época, príncipes do Alto Egito restauraram a unidade política do Império, erguendo
Tebas como capital. Foi um período de boa administração e bastante prosperidade.

 O Médio Império terminou por causa de agitações políticas internas que enfraqueceram o
país. Isso permitiu que o Egito fosse dominado pelos hicsos, povo nômade de origem
asiática.

 Enfim, o Novo Império ocorreu entre 1580 a.C. e 715 a.C., aproximadamente. Nesse
período, Tebas foi novamente a capital. Os hicsos foram expulsos e o Egito foi marcado
por numerosas conquistas.

 Devido a novas agitações internas e novas ondas de povos invasores, o Egito entrou em
decadência e foi conquistado sucessivamente pelos assírios (670 a.C.), pelos persas
(525 a.C.), pelos gregos (332 a.C.) e pelos romanos (30 a.C.).
LEGADO CULTURAL

 Além dos complexos rituais de mumificação, os egípcios deixaram várias contribuições culturais.

 Na escrita, desenvolveram três sistemas diferentes: o hieroglífico, considerado sagrado e usado


pelos sacerdotes; o hierático, mais complexo e utilizado pelos escribas; e o demótico, mais
simplificado e popular.

 No campo das ciências, os egípcios desenvolveram principalmente a aritmética, a astronomia e a


medicina. As ciências procuravam resolver problemas como controle de inundações, sistemas
hidráulicos e preparação do plantio.

 As artes eram controladas pelo Estado e estavam voltadas para a glorificação dos deuses e dos
faraós. Na arquitetura destacam-se as pirâmides e templos.

 A escultura e pintura serviam principalmente como auxiliadores da arquitetura. Na pintura, os seres


humanos e deuses eram representados sempre com a cabeça e as pernas em perfil, enquanto o
tronco e olhos, de frente. Alguns atribuem significado mágico e religioso a este estilo de arte.

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