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HISTÓRIA GERAL
TÓPICOS DA AULA
3200 a.C. 715 a.C
ANTECEDENTES
Egito IMPORTÂNCIA DO NILO
(3200-715 a.C.) ECONOMIA
SOCIEDADE
RELIGIÃO
EGITO MUMIFICAÇÃO
POLÍTICA
PERÍODO ARCAICO E ANTIGO IMPÉRIO
MÉDIO IMPÉRIO E NOVO IMPÉRIO
LEGADO CULTURAL
ANTECEDENTES
A maior parte do que conhecemos sobre esta civilização vem das pirâmides,
pinturas, textos e objetos deixados nas tumbas dos reis.
Fazia parte, também, do Crescente Fértil, que englobava também outras regiões,
como Mesopotâmia, Fenícia e Israel.
O vale do Nilo compreendia o Alto Egito, ou Terra do Sul, e o Baixo Egito, ou Terra do Norte. O
rio Nilo desembocava no Mar Mediterrâneo.
Depois das cheias, os camponeses iniciavam a semeadura. Para saber a altura das cheias e se
prevenir das enchentes, os egípcios utilizavam um poço à margem do rio, chamado Nilômetro.
O Rio Nilo teve tamanha importância para o Egito, que o grego Heródoto disse a seguinte frase:
“O Egito é uma dádiva do Nilo”.
Porém, Heródoto, nesta frase, falou apenas da questão geográfica. Não podemos esquecer
que, se não fosse o trabalho de camponeses, artesãos e escravos, o Egito nunca teria se
tornado uma grande civilização.
ECONOMIA
Havia uma espécie de bambu, chamada papiro, que também era cultivada. Através
dela, fabricava-se papel, que era utilizado em diferentes sistemas de escrita egípcia.
Fora do período das cheias e dos trabalhos agrícolas, os camponeses eram obrigados
a trabalhar para o estado egípcio, em canais de irrigação, obras públicas e templos.
SOCIEDADE
O faraó era objeto de culto e sua pessoa era sagrada. O faraó tinha
autoridade absoluta e concentrava, em si, os poderes político e religioso.
Exercia, portanto, poder teocrático e despótico.
A divisão social não era rígida, ou seja, havia alguma mobilidade social, ainda
que pequena. Por outro lado, havia grande desigualdade econômica entre os
grupos sociais.
Mo Gabrail/Unplash
Templo em Karnak, Luxor, Egito. A cultura egípcia, incluindo sua arquitetura, tinha grande influência religiosa
RELIGIÃO
O Egito era uma civilização teocêntrica, ou seja, praticamente tudo girava em torno da religião.
Grande parte de suas crenças e rituais foram incluídos em seu livro sagrado, o Livro dos Mortos.
Assim, eles acreditavam numa vida após a morte. Esta forte crença era representada com
frequência em pinturas e objetos deixados nas tumbas. Para garantir a passagem para outra vida,
desenvolveram técnicas de mumificação.
Eles construíram grandes túmulos, sendo que as pirâmides foram as maiores. As pirâmides
serviam de descanso para os faraós e continham vários objetos pessoais para garantir o conforto
destes na vida após a morte.
Os egípcios também tinham incontáveis deuses, com funções e aspectos variados. Existiam
deuses universais e locais. Entre os primeiros, alguns estavam ligados à morte e ao enterro das
pessoas. É o caso de Osíris e Anúbis.
MUMIFICAÇÃO
De acordo com a religião egípcia, a alma precisava de um corpo para morar por toda a eternidade. Sendo que o
corpo tinha quer conservado para abrigar a alma, os egípcios desenvolveram técnicas de mumificação, a partir
de substâncias químicas.
O tipo de mumificação dependia da condição social do morto. No geral, o processo durava dois meses e era
trabalho dos embalsamadores. Além da lavagem do corpo, a mumificação envolvia dois procedimentos básicos:
evisceração e desidratação.
A evisceração, ou retirada dos órgãos, iniciava pela extração do cérebro pelas narinas. Em seguida, as vísceras
eram retiradas por um corte no abdômen. Cada órgão era depositado em vasos canopos, que acreditavam ser
protegidos por divindades. O coração, no entanto, permanecia no corpo.
A desidratação consistia em retirar a umidade do corpo e dos órgãos, para evitar decomposição. Para isso,
imergiam o corpo em natro, que era um tipo de sal utilizado para este fim. Seguia-se o enfaixamento com
bandagens de linho, entre as quais depositavam-se jóias e amuletos de proteção.
Enquanto os embalsamadores se ocupavam da proteção do corpo, uma sepultura era preparada e decorada. De
acordo com a fortuna do morto, a tumba se resumia a um simples buraco no rochedo ou então era uma
sequência de salas cavadas na montanha e bastante decoradas. O uso ou não de um sarcófago para o depósito
do corpo também dependia da condição social.
POLÍTICA
Por volta de 3200 a.C., o Egito foi unificado sob o comando de um único soberano – o
faraó. A unidade política do Estado egípcio foi fundamental para organização das obras
públicas.
Porém, o Estado, que no início foi apenas o organizador das obras necessárias ao bem-
estar da população, passou a explorar cada vez mais o trabalho das comunidades.
O Antigo Império, por sua vez, ocorreu entre 2800 a.C. e 2100 a.C.,
aproximadamente.
b) Poço criado para saber a altura das cheias e se prevenir das enchentes do
Rio Nilo.
c) Tipo de sal utilizado para retirar a umidade do corpo e dos órgãos, para
evitar decomposição.
MÉDIO IMPÉRIO E NOVO IMPÉRIO
Nessa época, príncipes do Alto Egito restauraram a unidade política do Império, erguendo
Tebas como capital. Foi um período de boa administração e bastante prosperidade.
O Médio Império terminou por causa de agitações políticas internas que enfraqueceram o
país. Isso permitiu que o Egito fosse dominado pelos hicsos, povo nômade de origem
asiática.
Enfim, o Novo Império ocorreu entre 1580 a.C. e 715 a.C., aproximadamente. Nesse
período, Tebas foi novamente a capital. Os hicsos foram expulsos e o Egito foi marcado
por numerosas conquistas.
Devido a novas agitações internas e novas ondas de povos invasores, o Egito entrou em
decadência e foi conquistado sucessivamente pelos assírios (670 a.C.), pelos persas
(525 a.C.), pelos gregos (332 a.C.) e pelos romanos (30 a.C.).
LEGADO CULTURAL
Além dos complexos rituais de mumificação, os egípcios deixaram várias contribuições culturais.
As artes eram controladas pelo Estado e estavam voltadas para a glorificação dos deuses e dos
faraós. Na arquitetura destacam-se as pirâmides e templos.