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Universidade Licungo de Quelimane

Departamento de Letras e Humanidades

Curso de Licenciatura em ensino de História com Habilitação em Documentação

Trabalho da cadeira de História de Moçambique II

Resumo

Nome: Fernando Valentim Samuel Mutisse

12
História de Moçambique

Sofala.

Sofala, olhando para os tempo que passaram nota-se que, foi uma feitoria bastanteme
violenta, era uma cidade na antiguidade. Nisto, está cidade situava-se numa camada baixa
arenoso, e na região costeira imediatamente a sul da foz do rio Búzi, o rio que era de maiores
dimensões de toda a costa africana oriental entre o o rio pingue e o rio save. O rio Búzi, nasce
nas escarpas da meseta centro-africana e corre ao longo de 100 milhas entre a vegetação baixa
da savana. E a foz do rio encontra-se sobretudo muita areia, que dá enconta que o ponto exato
da precipitação para o mar transformado vezes sem conta através dos séculos.

Os restos de materias residuais depositados pelo rio Búzi, juntamente com os resíduos dos
outros rios que desagoam vindos terras altas, contribuem a uma alta velocidade da corrente de
pequenas ilhas, bancos de areia e barras, contribuindo na abertura de canais favoráveis para a
passagem de canoas e pequenas embarcações, e não favorece as grandes embarcações. Nisto,
há cerca de um século registou-se povoações nesta costa, e sendo esta forma de se deslocar ao
mar, para a população que se acomodava nas zonas altas da savana. As dunas e as ilhas a sul do
rio Búzi, eram os locais lotados pela população.

E destingue-se que no início do século XXI, cerca de 10 000 indivíduos habitassem as terras que
rodeiava a baía de Sofala, Contudo, as areias moviam sempre e não eram permanente. Com a
mesma velocidade em que os rios deixavam as matérias residuais nas terras, o mar invadia as
dunas e, por altura das marés altas, invade a terra em todos os pontos cardeais. Tudo obrigava
com que as aldeias e as cidades estejam a se reconstruir progressivamente, que culminava com
as mudanças das zonas. A Sofala pertencente aos árabes e dos Europeus deu possibilitou a
Beira dos nossos dias, nisto o que constitui a verdade é que ambas se encontram no mesmo
espaço de costa, 0 facilitando ao mesmíssimo interior. No se XVI, a cidade de Sofala
encontrava-se localizada no berço norte de uma baía dimensões aprovadas. Sofala era
Governada por um Xeque. Portanto, a religião muçulmana através da linhagem paterna,
considerava-se um chatice, reclamando dignidade real com as famílias reinantes de Quiloa e da
costa da Somália.
A posição do xeque não havia uma diferença dos chefes de muitas outras cidades
africanas da costa oriental. Segundo os portugueses, era seu costume cobrar um
tributo de um pano por cada sete importados e de vinte meticais por cada barra
de marfim exportada, que em troca pelo pagamento deste tributo recebiam
autorização para aceder as redes de comércio interno.

Ao pertencer a uma linhagem do xarifado constituía parte importante do prestígio


em que o sucesso comercial no oceano Índico baseava-se. Os graus de parentesco
com as principais linhagens africanas eram igualmente importantes para a
condução do comércio no interior e para os negócios que decorriam na cidade.
Alguns chefes, adoptaram a fé islâmica, e de todos os rios que escoavam para
baía de Sofala, havia dois ou três reis mouros, denominados pelos portugueses, e
a passagem segura das caravanas comerciais dependia muito da colaboração dos
chefes, e assim de laços familiares que eles pudessem efectuar.

Realmente Sofala não era a única cidade comercial desta costa, e os escritores e
localizados árabes, reflectiam com frequência ao território de Sofala. Algumas
milhas além de Sofala encontrava-se em Chiluane, na qual os portugueses
denominaram como uma villa dos mouros, e todas cidades costeiras do sul do rio
save.

Nas cidades a sul de Sofala, os mercadores internacionais obtiveram o marfim,


carapaças de tartaruga, pérolas ou âmbar cinzento, enquanto que o comércio
local percoria em bens alimentares como: sal, panos, de algodão esteira e cestos.
O cultivo e fabrico do algodão percoria para sul, pela costa, até Inhambane, assim
sendo, durante os séculos XV e XVI, está região teve que estar submissa na
cultura costeira muçulmana.

Tal como sachos, chuços e manchados para uso agrícola, eram feitos anzóis e
correntes de ferro para possibilitar a pesca. A construção da embarcação, era sem
margem para dúvidas, uma importante indústria, e a maior parte destes navios
teria sido construída na Índia ou no Golfo.

Estás embarcações obedeciam a um esquema de construção deveras antigo e


tradicional, os portugueses mostravam-se um tanto ou quanto crítico em relação
a estás frágeis embarcações e as suas capacidades de navegação. E até ao século
XX, competiam com sucesso na costa com embarcações de concepção europeia.

Sofala foi frequentemente representada como sendo um protectorado, ou


mesmo uma colônia de Quiloa. Um porto comercial isolado actuando como posto
amplificador do controlo por Quiloa do comércio do ouro da África Central.

Os laços entre Sofala e Madagáscar eram suficientes estreito para que alguns
membros de importantes linhagens estabelecidas no continente africano tenham
para aí partido.

Quiloa e a África Oriental

Neste caso, não foi graças às suas relações comerciais com Madagáscar, nem
mesmo pela sua rede de comércio local, que Sofala se tornou conhecida dos
escritóres e localizadores árabes difundidos pela cultura islâmica. A sua fama
assentava antes no comércio do ouro, e as rotas começavam de grande planalto
de granito que se estende das terras altas de Manica a região do Kalahari a
sudoeste. Os mecadores indiano e os oriundos do golfo que chegavam a Quiloa
ou a Melinde, ou aqui se baseavam para prosseguirem para sul ou mais
provavelmente, vendiam os seus bensaos comerciantes locais, que efetuavam as
rotas comerciais do sul.

Com o intuito de sobreviver e propesperar, as pequenas cidades costeiras


necessitavam de atrair os produtos vindos do interior de África, a própria Quiloa
era protótipo de uma cidade portuária deste gênero. Portanto nisto da em conta
que o Zambeze é um dos maiores rios do mundo, mas não é fácil navegar nele,
nem a maior parte do seu vale é adequado a agricultura ou localização urbana. O
delta do Zambéze tem cima extensão de 50 milhas e as cheias abrem caminho
para o mar através ver uma confusa rede de canais. Por muito importante que o
comércio local pudesse ser, foi o comércio internacional que criou riqueza e levou
a África oriental a integrar a órbita vida economia mundial.

A chegada dos portugueses

Desde o tempo dos faraós que o mundo mediterrâneo participava no comércio do


oceano Índico. Tinha havido cidades mercantis gregas edificadas ao longo do mar
vermelho e da costa africana oriental, numa primeira fase em em troca de barras
de ouro ou de prata.

O judaísmo e os povos do Índico receberam as religiões monoteístas do médio


oriente. A expansão portuguesa foi um subproduto directo da pobreza de
Portugal, não da sua riqueza. O Portugal produzira vinho e azeitonas, mais fora
quase sempre incapaz de conseguir milho suficiente para alimentar uma
população que rondava um milhão de indivíduos. As tradicionais actividades
corajosas da nobreza portuguesa acabaram, assim, por se ligar.

Fundaram-se ainda colonatos nas ilhas atlânticas cedidos a nobres da corte e ao


seu séquito como capitais feudais. Estes colonatos atraíram os Genoveses, que
investiram capital na produção de açúcar e ajudaram a dar a expansão
portuguesa e o seu dinamismo financeiro. Se os interesses e expectativas da
nobreza portuguesa se apoiavam com firmeza na tradicional imagem que tinha de
si mesmo como aristocracia militar, já a coroa tinha outros interesses em vista. Os
monopólios comerciais da coroa remontam ao início do século XV, como meio de
suportar o alto risco de investimento na expansão marítima.

Contudo, o que levou a coroa a entrar diretamente em acção como monopolista


de direito próprio foi a ameaça de que os castelhanos se interpuseram no seu
caminho para os lucros do comércio portuguesa na África ocidental. Quando em
1474, despoletou uma guerra de sucessão em Castela, a coroa teve de tomar
medidas enérgicas para proteger a anterior pretenção de Portugal na região da
Guiné.

Daquí surgiu o interesse do infante D.João pela expansão marítima, pelo que,
tornando rei em 1481, fundou monopólios real do comércio do ouro da mina.
Vasco da Gama regressou a Portugal ao oriente. Regressou munido de
informações geográficas permenorizadas, e foi elaborada uma estratégia para
assegurar a coroa portuguesa um monopólio do comércio da pimenta indiana.
Uma terceira forma de reforçar a entrada no comércio oriental, e
frequentemente usada nos primeiros tempos do império, era saquear e tributar, e
as embarcações que circulacem sem a autorização de coroa seriam pilhadas e as
cidades costeiras seriam obrigadas a pagar imposto em gênero alimentícios, ouro
e outros produtos. Nisto notou-se que antes da chegada dos portugueses, Quiloa
prosperará como Porto de paragem e transbordo de mercadores incapazes de
completar viagens para sul numa única estação, e Portugal viu nos portos
africanos a mesma utilizada. Os navios que circulavam entre a Índia e a Europa
precisavam de um porto intermédio onde pudessem proceder a reparações, ao
desembarque de doentes a revigoracao de tripulações, e onde se obtivessem
água a previsões.

Os portugueses instalam-se em Sofala

Na sua primeira viagem, Vasco da Gama não parou nem em Sofala nem em
Quiloa, mas deverá ter tido notícias ambas, pois Cabral, quando da segunda
viagem a Índia em 1500, fez uma paragem em Quiloa. Na sua segunda viagem,
que teve início em 1502, o próprio Vasco da Gama parou em Sofala, muitas
cidades seriam o ocupada e fortificada e aí está estabelecida feitorias para
comprar ouro.

Os portugueses decidiram que uma esquadra deveria patrulhar a costa entre


Quiloa e Sofala e deter todo o navio muçulmana que operasse sem licença. Não
era uma intenção afastar os mercadores árabes do tráfico, mas sim levá-los e aos
seus parceiros africanos a trabalhar como intermediário para os portugueses, em
plano não ocorreu bem para começar, os portugueses não tinham os produtos
adequados para fornecer ao mercado.

Apesar desta confrontação violenta, não é de modo nenhum claro que tenham
sido a chegada dos portugueses e a sua tomada tirânica de Quiloa e de Sofala que
tenham conduzido ao declínio destas duas antigas cidades comerciais. Contudo a
chegada dos portugueses coincidirá com uma série de problemas políticos
ocorridas entre as chefias dos diferentes grupos chinas, facto que afectará a
extração do ouro e o funcionamento das férias tradicional.

A Ocupação portuguesa da costa aumenta

Em 1513, quando os portugueses abandonaram a sua feitoria de Quiloa, a sua


actividade no oceano Índico foi crescentemente marcada pela imposição enérgica
do monopólio e do controlo político. Os capitães das expedições marítimas
portuguesas eram quase todos oriundos das camadas mais baixas da nobreza,
homens que a tradição levava a fazer fortuna ao serviço do rei ou de um
príncipes.

Uma expedição armada reduziu a cidade a cinzas e captura o principal Xarifado.


No mesmo ano, Sofala voltou a dar problemas, e Solimão foi assassinado e
substituído por um outro Xeque. Mesmo com a destruição bde Angoche e de um
número considerável de navios muçulmanos, as redes familiares que haviam
controlado a actividade comercial no Índico a partir dos centros históricos de
Quiloa e Sofala continuaram a operar.
De qualquer forma, os portugueses preocupavam-se com o facto de comércio do
ouro conduzido nas cidades do Zambéze ainda escapasse ao seu controlo. Foi
feita uma tentativa, logo em 1513, de estabelecimentos de uma feitoria mercantil
no delta do Zambéze, mas conheceu o fracasso, e a ideia de bloqueiar os
desembocadouros do Zambéze.

O surgimento do comércio do marfim

Em 1530 foi publicado um regimento, ou conjunto de instruções, relativo a


administração do forte de Sofala. Influenciado pelo sucesso da feitoria real na
Mina, na África ocidental, este documento continuava a ter em mente um forte
sucesso da feitoria real na mina, na África ocidental, este documento continuava
a ter em mente um forte monopólio real do comércio do ouro.

Estes homens deveriam viver sob disciplina militar, tendo de se apresentar no


forte todas as noites para se pernoitar, recebendo o seu pré do tesouro real, e
limitando-se severamente nos seus contatos com a população local.

Em 1506, altura em que os portugueses impuseram a sua estrutura imperial vá


Quiloa e Sofala, e os acontecimentos registado por João Velho em 1547, a
comunidade portuguesa modificará consideravelmente as suas relações com os
povos africanos de um modo que os seus antecessores no Governo da costa.
Os capitães de Moçambique e Sofala

A capitania de Moçambique e Sofala era uma das maiores nomeações bque a


coroa portuguesa podia oferecer. Numa primeira fase, a responsabilidade pelos
assuntos relacionados com a África ocidental esteve repartida entre os capitães
de Quiloa e Sofala, mas a capitania de Quiloa foi abolida em 1513 e apartir de
então a parte norte vida costa ficou sob as ordens do capitão da costa de
Melinde, cuja base se situava em Melinde.

No mundo marítimo do indico, o poder político e o poder comercial eram quase


indissociável. Os chefes das cidades costeiras haviam concedido licença a
comerciantes e tinham sido eles próprios os principais mercadores e negociantes.
Como os capitães portugueses usurparam o poder político, era de esperar que
desenhassem um papel semelhante.

O crescimento do comércio do capitão foi facilitado pelo facto de o comércio do


ouro que para que a feitoria fora estabelecida estar de qualquer modo em
declínio, ao passo que o do marfim se encontrava agora em expansão e envolvia
relações comerciais não contemplada, visto que comandarem a frota e o pessoal
que se encontrava ao serviço do rei.

O impacto português na zona costeira da África Oriental

Os violentos acontecimentos de Quiloa e Sofala a destruição evidente de muito


do antigo sistema de comércio do ouro, quando visto a par do elevado declínio do
comércio aurífero, pode levar-nos a concluir que a chegada dos portugueses
contribuiu largamente para a destruição vida comercial da costa. Na primeira
metade do século, as guarnições portugueses na costa eram de dimensão
considerável, e o seu número aumentou frequentemente de forma significativa
com a chegada de frotas da Índia, que por vezes eram forcadas.

A base e. Moçambique injectou doses consideráveis de capital, bem como


procura flutuante, na economia costeira, que se viu então em condições de se
expandir de forma a satisfazer a procura.

Os portugueses também compravam quantidades elevadas de tecidos locais,


patrocinado os tecelaes de Sofala, o baixo Zambéze, maluana e Madagáscar,
todos eles com os seus próprios produtos. Contudo, foi na procura de géneros
alimentícios que portugueses causaram o seu maior impacto na economia local.
A partir de então, os portugueses estavam ansiosos por reter a amizade e boa
vontade de qualquer comunidade capaz e diáspora a fornecer alimentos, e os
seus navios mercantis visitavam todo o canal de Moçambique, criando uma fina
rede de contatos locais para fornecer o mercado português de géneros
alimentícios.

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