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Portugal e o Estabelecimento do Tráfico Atlântico de

Escravos. Terceira aula 15/03/2023


 
A aliança com os portugueses acentuou a capacidade do reino
do Congo em adquirir escravos, vendidos para os portugueses
ou utilizados para suplementar a produção interna.
As Macrorregiões africanas
- Início
da expansão ultramarina portuguesa a partir da
tomada de Ceuta.
O comércio.
O estabelecimento de relações comerciais com os portugueses, que
traziam mercadorias desconhecidas naquela região da África, trouxe
poder e prestígio aos líderes locais envolvidos nas atividades do tráfico.
As plantações de cana-de-açúcar tinham se deslocado durante o século
XVI das ilhas do Atlântico para o arquipélago de São Tomé, e dali iriam
para a costa brasileira e depois para as Antilhas, no século XVII.
A impossibilidade de evangelização em massa dos africanos na África
foi um dos argumentos defendidos pelos jesuítas portugueses para
justificar a continuidade da venda de escravos africanos para as Américas
durante o século XVII.
A oferta de Escravos.

• À época da abertura do tráfico atlântico de escravos, a África ao sul do


Saara fornecia em média 5.000 escravos por ano para as rotas do
comércio transaariano para a África do Norte, nas quais se
comercializava ouro, sal e escravos.

•O tráfico era um negócio, uma grande empresa comercial que envolvia


agentes comerciais europeus e africanos; dependia, porém, da violência
política que sancionava a possibilidade da produção de cativos na África
e a legalidade da escravidão nas Américas.
O Navio Negreiro
Principais Grupos africanos que vieram para o Brasil
Os Mercados de Escravos na África Centro-Ocidental.
No final do século XVII, duas diferentes redes de mercados de
escravos tinham se estabelecido na África centro-ocidental:
A primeira tinha centro nos portos em torno da foz do rio Zaire;
 A outra era dominada pelo tráfico português-brasileiro, em Luanda
e Benguela.
Ao longo do século XVIII, ambas as redes aumentaram a
intensidade do comércio negreiro e expandiram o tamanho das áreas
envolvidas.
Da região de Moçambique, Congo e Angola vieram os bantos
(importante grupo étnico das regiões Centro-Sul e Nordeste da África).
Da Nigéria, Guiné e Costa do Ouro, os portugueses trouxeram
parte do grupo étnico conhecido como sudaneses, que predominava na
Costa Centro-Oeste do continente africano.
Fotos de escravos que trabalhavam nos engenhos de Campos dos
Goytacazes. (Imagens cedidas pelo colecionador Genilson Paes Soares em 25/03/2015)
Principais Rotas de comércio de escravos.
• ROTA DA GUINÉ: da região da Costa da Guiné, no ponto extremo oriental da África, para os
portos de Belém, o Grão-Pará e São Luís do Maranhão.
 
• ROTA DA MINA: da região do Golfo da Guiné para os principais portos do Brasil, ou seja,
Salvador, Recife, Rio de Janeiro, São Luís, Belém e Santos.
 
• ROTA DE ANGOLA: da Costa de Angola, dos portos de Loango, Luanda e Benguela. A direção
do fluxo forma os portos de Recife, Salvador, Santos e Rio Grande e, principalmente, o Rio de
Janeiro.
 
• ROTA DE MOÇAMBIQUE: da costa oriental africana, na região de Moçambique, para os
portos do Rio de Janeiro, Santos e Rio Grande.
 
• ROTA DO RIO DA PRATA: da Costa de Angola e de Moçambique para os portos do Rio de
Janeiro, Santos, Rio Grande, Montevidéu e Sacramento.

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