Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Naquela época, Portugal estava em paz, mas continuava a enfrentar dificuldades económicas.
Faltavam cereais, metais preciosos, matérias-primas e mão de obra. Para resolver a crise, os
Portugueses ultrapassaram os obstáculos criados pelas lendas e aventuraram-se pelo mar,
iniciando a expansão marítima para alargar o seu território. D. João I pretendia resolver os
problemas económicos do reino e afirmar o prestígio da nova dinastia.
O rei sabia que todos os grupos sociais apoiavam a expansão marítima, como solução para os
problemas de Portugal:
• a nobreza queria participar em ações de conquista para obter novos cargos e mais terras;
• o clero desejava difundir a fé cristã;
• a burguesia pretendia ter acesso a novos mercados e produtos para comprar e vender e
obter mais lucros;
• o povo tinha esperança que a expansão marítima lhe melhorasse as difíceis condições de
vida;
Este movimento de expansão foi possível porque o reino reunia uma série de condições propícias:
tinha uma extensa costa marítima, com bons portos naturais e uma localização no sudoeste da
Europa, próxima de África; estava em paz e tinha as fronteiras definidas; os seus marinheiros
possuíam uma grande experiência no mar, devido à prática ancestral da pesca e do comércio
marítimo.
1
A nível técnico e científico, o contacto com judeus e árabes tinha transmitido o conhecimento de
vários instrumentos e técnicas de navegação.
Os Portugueses também aperfeiçoaram a
construção naval, desenvolvendo um
novo tipo de embarcação: a caravela.
Esses conhecimentos permitiram navegar
em mar alto através da navegação
astronómica, que é a técnica de
navegação orientada pelos astros.
Esta cidade do Norte de África era controlada pelos Muçulmanos e possuía muitas riquezas:
ouro, escravos, cereais e especiarias vindas do Oriente.
A expedição a Ceuta foi um êxito militar, mas os objetivos iniciais não foram alcançados:
2
ARQUIPÉLAGO DA MADEIRA
Reconhecimento das ilhas da Madeira e Porto Santo pelos navegadores: João Gonçalves Zarco;
Tristão Vaz Teixeira; Bartolomeu Perestrelo
ARQUIPÉLAGO DOS AÇORES
Reconhecimento e descoberta pelos navegadores: Diogo de Silves; Gonçalo Cabral e Diogo de
Teive
A PASSAGEM DO CABO BOJADOR
Gil Eanes, ao ultrapassar este cabo, acabou com os mitos e as lendas sobre o desconhecido e
possibilitou que Portugal descobrisse novas terras e novos mares.
Por sua vez, o príncipe D. João, futuro D. João II, tinha grande interesse pela continuação da
expansão. O sonho era chegar à Índia por mar. Continuou, por isso, a exploração na costa africana
e, em 1488, Bartolomeu Dias dobrou o Cabo da Boa Esperança, descobrindo a passagem para o
Oceano Índico.
Entretanto, os reis de Castela também queriam alargar o seu território. Ao seu serviço, o
navegador Cristóvão Colombo desembarcou nas Antilhas em 1492, ilhas da América Central,
julgando ter chegado à Índia. D. João II informou que, de acordo com o Tratado de Alcáçovas
(assinado em 1479), essas terras pertenciam ao reino português, originando um conflito entre os
dois reinos, resolvido em 1494, através da assinatura de um novo tratado: o Tratado de Tordesilhas,
que dividiu o mundo em duas partes (uma para Portugal e outra para Castela).
Tratado de Tordesilhas.
O caminho marítimo para a Índia foi descoberto apenas no reinado de D. Manuel I. A armada,
comandada por Vasco da Gama, chegou a Calecute em 1498 e tinha como missão fazer o comércio
das especiarias. As negociações com os chefes da Índia não foram fáceis e, poucos meses após Vasco
da Gama ter regressado a Lisboa, o rei D. Manuel enviou uma poderosa armada, dirigida por Pedro
Álvares Cabral, para impor a presença dos Portugueses no Oriente.
3
No entretanto, durante a viagem, a armada desviou-se
da rota e acabou por descobrir o Brasil em 1500, ao qual
chamaram Terra de Vera Cruz.
O Império Português
Com a expansão marítima, Portugal formou um vasto império, formado pelos arquipélagos
atlânticos e territórios africanos, asiáticos e americanos.
4
Na Madeira desenvolveram:
a extração de madeira,
a pesca;
a agricultura, com o cultivo do trigo, da cana-de-açúcar e da vinha.
Os lucros da exportação destes produtos foram importantes para o avanço da exploração da costa
ocidental africana.