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SÉCULOS XV E XVI
•Falta de Metais Preciosos: era preciso descobrir novas jazidas de ouro e prata para
cunhagem de moedas porque na Europa não havia mais esses metais preciosos;
• Interesse dos Estados Nacionais: a aliança da burguesia com os reis ajudou em muito
nesse processo;
•Ambição Material: todos que se envolviam nas longas viagens marítimas queriam
demais enriquecer com as descobertas que estavam por vir;
Logo após a conquista da cidade de Granada em 1492, foi a vez dos espanhóis. Com a
expulsão dos mouros. Os monarcas Fernando, de Aragão e principalmente Isabel, de
Castela lançaram-se nas navegações patrocinando a viagem de Cristóvão Colombo que
queria provar que o mundo era redondo, atingindo às Índias viajando para oeste.
Colombo, porém, acabou por descobrir um novo continente que acabaria se chamando
América. Após a chegada dele no novo continente, os reis da Espanha apressaram-se
para garantir seus direitos de posse sobre a nova terra. Para isso, pediram a intervenção
do papa Alexandre VI também espanhol, uma autoridade respeitada entre os reinos
cristãos.
Os espanhóis empreenderiam ainda outras viagens. Vicente Pinzón chegou até a foz do
rio Amazonas no início de 1500. Vasco Nunes de Balboa atinge o Oceano Pacífico, por
terra em 1513. Em 1519 Fernão de Magalhães inicia a primeira viagem de
circunavegação da Terra completada por Sebastião El Cano em 1521.
À medida que descobriam novas regiões, criavam feitorias. Nelas, ficavam alguns
homens encarregados de negociar com os nativos do local. Os portugueses queriam
adquirir somente lucros.
3.1. Cronologia
4.1. Cronologia
1492 – Colombo descobre a América
De 1492 ate 1504 – descobrimento das Antilhas, Panamá e da América do Sul
1504 – Américo Vespúcio afirmou que as terras descobertas por Colombo eram um
novo continente.
1513 – Nunes Balboa confirmou essa hipótese, atravessando por terra a América
Central chegando ao Oceano Pacífico. Em homenagem a Vespúcio, deu o nome de
América ao novo continente.
Entre 1519 e 1522 - Fernão de Magalhães iniciou a primeira viagem de circum-
navegação.
INGLATERRA: Por causa da Guerra das Duas Rosas (1455 – 1485) a Inglaterra
também começou tarde sua aventura pelos mares.
Em 1353 foi assinado um tratado comercial com a Inglaterra para que os pescadores
portugueses pudessem pescar nas costas inglesas, abrindo assim caminho para o futuro
Tratado de Windsor em 1386. Em 1380 foi criada a Companhia das Naus, uma bolsa de
Mas havia também outras razões para a conquista de Ceuta, mais de um século depois
resumidas pelo carmelita Frei Amador Arrais, ligando-as à acção de D. Afonso IV na
Batalha do Salado - “El-Rei Dom João o primeiro, começou a conquista de África,
tomado Septa, Baluarte da Cristandade, & Chave de toda Hespanha, Porta do
comércio do poente para levante."
Se, com o Infante, ao avançar pela costa de África na direcção do sul, parece haver
sobretudo a intenção de envolver pela retaguarda o grande poderio islâmico, adversário
da Cristandade (uma estratégia militar e diplomática tributária do espírito das
Cruzadas), a crescente intervenção dos "cavaleiros-mercadores" (Magalhães Godinho)
nos reinados de D. Afonso V e D. João II, acabará por levar a expansão portuguesa até
ao Oriente em busca das especiarias. Em 1453, com a tomada de Constantinopla pelos
Otomanos, as trocas comerciais no Mediterrâneo de Veneza e de Génova ficaram muito
reduzidas. O proveito de uma rota comercial alternativa mostrava-se recompensador.
Portugal iria ligar directamente as regiões produtoras das especiarias aos seus mercados
na Europa. Quando se firma o projecto da descoberta do caminho marítimo para a Índia,
a expansão portuguesa sem esquecer a vertente religiosa está também já dominada pelo
interesse comercial.
Por trás deste movimento, como dirigente governativo, estava o seu irmão Infante D.
Pedro, 1. ° Duque de Coimbra assim como um grupo vasto de religiosos cristão e
judeus, mercadores e armadores profissionais, interessados e participantes nas
navegações, responsáveis por uma série importante de iniciativas a que o navegador
aderiu. Entre eles o seu aventureiro sobrinho navegador, Infante D. Fernando, duque de
Beja, pai de D. Manuel I, que deu toda a continuidade a esses intentos.
9.2. Os Açores
Em 1427, dão-se os primeiros contactos com o arquipélago dos Açores por Diogo de
Silves. Ainda nesse ano é descoberto o grupo oriental dos Açores, São Miguel e Santa
Maria. Segue-se o descobrimento do grupo central -Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico
e Faial). Em 1452 o grupo ocidental (Flores e Corvo) é descoberto por Diogo de Teive.
Em 1460, Pêro de Sintra atinge a Serra Leoa. Nesse ano faleceu o Infante D. Henrique.
Após a sua morte, a missão é atribuída temporariamente ao seu sobrinho, o Infante D.
Fernando (filho de D. Duarte), já aqui referido.
Seguiram-se outros navegadores como Soeiro da Costa (que deu nome ao rio Soeiro),
Fernão do Pó (que descobriu a ilha Formosa (em África), que ficou conhecida
posteriormente pelo seu nome), João Vaz Côrte-real, que em 1472 descobriu a Terra
Nova, e em 1473Lopo Gonçalves (cujo nome se transmitiu ao Cabo Lopo Gonçalves,
hoje conhecido por Cabo Lopez) ultrapassou o Equador.
Em 1474, D. Afonso V entregou ao seu filho, o príncipe D. João, futuro D. João II, com
apenas dezanove anos, a organização das explorações por terras africanas. Mais tarde,
em 1481, o rei confirmou a missão do príncipe em novo diploma: «…sabemos certo que
Assim que lhe foi entregue a política de expansão ultramarina, D. João organizou a
primeira viagem de Diogo Cão. Este fez o reconhecimento de toda a costa até à região
do Padrão de Santo Agostinho. Em 1485, Diogo Cão levou a cabo uma segunda viagem
até à Serra Parda.
O projecto para o caminho marítimo para a Índia foi delineado por D. João II como
medida de redução dos custos nas trocas comerciais com a Ásia e tentativa de
monopolizar o comércio das especiarias. A juntar à cada vez mais sólida presença
marítima portuguesa, D. João almejava o domínio das rotas comerciais e expansão do
reino de Portugal que já se transformava em Império Porém, o empreendimento não
seria realizado durante o seu reinado. Seria o seu sucessor, D. Manuel I que iria designar
Vasco da Gama para esta expedição, embora mantendo o plano original.
Em 1492, Abraão Zacuto é expulso da Espanha por ser judeu, vindo viver para Portugal,
trazendo consigo as tábuas astronómicas que ajudariam os navegadores portugueses no
mar.
D. João II consegue uma renegociação, mas só entre os dois Estados, sem a intervenção
do Papa, propondo estabelecer um paralelo das Ilhas Canárias. Os castelhanos
recusaram a proposta inicial, mas prestaram-se a discutir o caso. Reuniram-se então os
diplomatas em Tordesilhas.
A sua foi a mais bem equipada armada do século XV, integrada por dez naus e três
caravelas, transportando de 1.200 a 1.500 homens, entre funcionários, soldados e
religiosos. Era integrada por navegadores experientes, como Bartolomeu Dias e Nicolau
Coelho, tendo partido de Lisboa a 9 de Março de 1500, após missa solene na ermida do
Restelo, à qual compareceu o Rei e toda a Corte.
Mas Pedro Álvares Cabral, por alturas de Cabo Verde, desvia-se da rota. Tendo-se
afastado da costa africana, a 22 de Abril de 1500, após quarenta e três dias de viagem,
avistou o Monte Pascoal no litoral sul da Bahia. No dia seguinte, houve o contato inicial
com os indígenas. A 24 de Abril, seguiu ao longo do litoral para o norte em busca de
abrigo, fundeando na atual baía de Santa Cruz Cabrália, nos arredores de Porto Seguro,
onde permaneceu até 2 de Maio.
Cabral tomou posse, em nome da Coroa portuguesa, da nova terra, a qual denominou de
"Ilha de Vera Cruz" (mais tarde Terra de Santa Cruz e finalmente Brasil - face à
abundante existência de madeira pau-brasil), e enviou uma das embarcações menores
com a notícia, inclusive a Carta de Pero Vaz de Caminha, de volta ao reino. Retomou
então a rota de Vasco da Gama rumo às Índias.
Ao cruzar o cabo da Boa Esperança, perderam-se quatro dos navios, entre os quais o de
Bartolomeu Dias, navegador que o descobrira em 1488. Diogo Dias contava entre os
navegadores experientes da frota de Pedro Álvares Cabral na segunda armada à Índia. É
citado na Carta do Achamento do Brasil de Caminha como «homem gracioso e de
prazer». A 10 de Agosto de 1500, após ter dobrado o cabo da Boa Esperança, separou-
se do resto da expedição devido aos ventos, e descobriu uma ilha a que deu o nome de
São Lourenço, mais tarde designada Madagáscar. Sua embarcação se perdeu durante a
A armada de Pedro Álvares Cabral chega a Calecute em 1501, onde ocorrem confrontos
com o Samorim, com o qual acaba por romper relações. Assim, dirige-se para Sul e
estabelece uma feitoria em Cochim.
A Fenícia foi um antigo reino cujo centro se situava na planície costeira do que é hoje o
Líbano, no Mediterrâneo oriental. Esta civilização desenvolveu-se entre os séculos X e
V a.C., estabelecendo colónias em todo o norte de África. Uma das colónias fenícias
mais importantes desta região foi Cartago.
Em 146 a.C. Cartago foi destruída por Roma no que se pode considerar a implantação
daquele império no Norte de África. O Império Romano dominou toda a África
Mediterrânica, ou seja, a parte do norte da África e que rodeia o Mar Mediterrâneo,
quando ocorreu a descolonização na África.
1.5. Omã
Durante o século XVIII o Omã estabeleceu várias colónias ultramarinas, dentre as quais
estão o Baluchistão (atual Paquistão), as Comores, Moçambique, Madagáscar e
Tanzânia. Porém, com o declínio do sultanato, tais colónias foram perdidas quando, em
1891 o sultanato vira protetorado britânico.
Em 1444, Dinis Dias descobre Cabo Verde e segue-se a ocupação das ilhas ainda no
século XV, povoamento este que se prolongou até ao século XIX.
Durante a segunda metade do século XV Portugal foi estabelecendo feitorias nos portos
do litoral oeste africano. No virar do século, Bartolomeu Dias dobrou o Cabo da Boa
Esperança, abrindo as portas para a colonização da costa oriental da África pelos
europeus.
Os atuais estados africanos que se tornaram independentes do Reino Unido foram (por
ordem cronológica):
3. Partilha de África
A Partilha de África também conhecida como a Corrida a África ou ainda Disputa pela
África, foi a proliferação de reivindicações europeias conflituantes ao território africano
durante o período do neo-imperialismo, entre a década de 1880 e a Primeira Guerra
Mundial em 1914. Envolveu principalmente a França e o Reino Unido, mas também a
Itália, Bélgica, Alemanha, Portugal, Espanha e, com menos intensidade, os Estados
Unidos. Este último participou da fundação da Libéria.
De qualquer maneira, logo no início dos conflitos pela posse da África, as nações
ocidentais controlavam apenas 10% do continente. Em 1875 os territórios mais
importantes tanto pela sua extensão quanto pela sua riqueza eram Argélia, sob domínio
francês; Colônia do Cabo, controlado pelo Reino Unido e Angola, que estava sob o
domínio português.
A África subsariana, uma das últimas regiões do mundo ainda não afetada pelo
"Imperialismo Formal" e a "civilização" tornou-se uma região atrativa para as
potências europeias por razões económicas e raciais. Durante uma época em que a
balança comercial da Grã-Bretanha mostrava um déficit em seu crescimento, com os
mercados continentais se encolhendo e, cada vez mais protecionistas devido a Grande
Depressão, entre os anos de 1815/ e 1817, a África oferecia ao Reino Unido, Alemanha,
França, entre outros países, um mercado aberto no qual se aproveitava o grande
excedente de produção e um mercado que importa mais da metrópole do que exporta.
Esboço do Canal de Suez realizado em 1881. O Canal era uma das grandes ambições
europeias para ampliar seus mercados ao nível global.
Além disso, o capital excedente era em geral mais rentável que investir no exterior,
onde a mão-de-obra barata, competência limitada e matérias-primas abundantes
desencadearam a grande exploração do continente africano. Outro atrativo para o
Imperialismo foi a demanda por recursos não disponíveis e/ou escassos da Europa, -
recursos dos quais os consumidores europeus já haviam se acostumados, e, a indústria
do Velho Mundo se tornara novamente dependente.
Enquanto que a África tropical não era uma região de grandes investimentos, o vasto
interior entre a África do Sul, rica em ouro e diamantes, e o Egito tinham, contudo, um
alto valor estratégico, importante para assegurar o fluxo do comércio exterior. O Reino
Unido estava sob uma intensa pressão política, especialmente devido aos partidários do
Partido Conservador para proteger os mercados lucrativos na Índia britânica, Dinastia
Qing (China) e América Latina dos rivais usurpadores. Desta forma, proteger a
importante via marítima entre o leste e oeste - O Canal de Suez - era crucial. A
rivalidade entre o Reino Unido, França, Alemanha, entre outras potências europeias
esteve presente na maior parte do período da colonização.
Desse modo, enquanto a Alemanha, que havia sido unificada sob o domínio da Prússia
após a Batalha de Sadowa em 1886 e a Guerra franco-prussiana em 1870, dificilmente
seria uma potência colonial antes do período do Neo-imperialismo e, participaria das
disputas. Tornou-se uma potência industrial em crescimento que incomodava o Reino
Unido, porém não havia tido a oportunidade de controlar territórios extra-continentais,
principalmente devido ao fato de ter a sua unificação tardia, uma fragmentação em
vários estados e uma falta de experiência na Navegação moderna. Fator que mudaria
sob a liderança de Otto Von Bismarck, quem implementou a "Weltpolitik" (política
Enquanto Pierre de Brazza estava explorando o Reino do Congo para a França, Henry
Stanley também o explorou durante o início de 1880 em nome de Leopoldo II da
Bélgica, quem conquistaria seu próprio Estado livre do Congo. Ao pretender defender o
humanitarismo e denunciar a escravidão, Leopoldo II usou das táticas mais desumanas
para explorar suas conquistas recentes. Seus crimes foram descobertos em 1905, porém
A França ocupou a Tunísia em Maio de 1881 e Guiné em 1884, que em parte convenceu
a Itália para se unir em 1882 à Aliança Dual entre a Alemanha e o Império Austro-
húngaro, formando assim a Tríplice Aliança. No mesmo ano, o Reino Unido ocupou o
Egito Otomano, que dominava o Sudão e parte da Somália.
Em 1870 e 1882, Itália tomou posse das primeiras partes de Eritreia, enquanto que a
Alemanha declarou Togolândia, Camarões e Sudoeste Africano Alemão sob seu
domínio em 1884. A África Ocidental Francesa foi fundada em 1895, e a África
Equatorial Francesa em 1910
Por outro lado, os britânicos abandonaram seu isolamento em 1902 com a Aliança
Anglo-Japonesa, que permitiu ao Império do Japão sair vitorioso na Guerra Russo-
Japonesa (1904-1905). O Reino Unido firmou então o Entente Cordiale com a França
em 1904 e em 1907 a Tríplice Entente, que incluía a Rússia que se opôs à Tríplice
Aliança que Bismarck havia formado tão pacientemente.
O meio milhão de km² de Katanga entraram nas posses de Leopoldo II e formou parte
do reino africano de mais de 2.300.000 km², em torno de 75 vezes o tamanho da
Bélgica. O Estado Livre do Congo impôs um regime de terror no povo colonizado,
incluindo assassinatos em massa com milhares de vítimas, e trabalho escravo, que
Bélgica, sob pressão da Associação da Reforma do Congo, terminou o mandato de
Leopoldo II e a anexou como uma colónia em 1908, território conhecido como Congo
Belga.
5. A Conferência de Berlim
A ocupação do Egito e a aquisição do Congo foram os primeiros acontecimentos
importantes do que se transformaria em uma disputa precipitada pelo território africano.
Em 1884, Bismarck convocou a Conferência de Berlim para discutir os problemas
relacionados à África. Os diplomáticos se mascararam com uma fachada humanitária
condenando o tráfico de escravos, proibindo a venda de bebidas alcoólicas e armas de
fogo em certas regiões e expressando sua preocupação pelas atividades missionárias. Os
diplomatas em Berlim estabeleceram as regras de carácter que guiava as potências
europeias em busca de novas colónias. Também concordaram que a área em torno do
Rio Congo seria administrada por Leopoldo II da Bélgica como uma área neutra,
conhecida como o Estado Livre do Congo, na qual o comércio e a navegação seriam
liberados. Nenhuma nação reclamaria nenhum território africano sem antes ter
notificado suas intenções aos demais países envolvidos e nenhum território deveria ser
reclamado sem antes ser ocupado. Contudo, os países na prática ignoravam tais regras.
O Incidente de Fachoda de 1898 foi um dos conflitos cruciais para que a Europa
consolidasse suas possessões no continente africano. Levou ao Reino Unido e França à
margem de uma guerra porém culminou em uma grande vitória estratégica para o Reino
Unido, e dispôs as bases para o "Ententecordiale" de 1904 entre as nações rivais. O
conflito surgiu de algumas batalhas sobre o controle de certas regiões no Nilo, o que
aconteceu foi que Reino Unido de expandiu até o Sudão.
O avanço francês até o interior da África foi principalmente desde a África Ocidental
até o leste, através do Sahel, em torno da borda sul do Saara, um território que
atualmente engloba Senegal, Mali, Níger e Chade. Seu principal objetivo era possuir
uma união ininterrupta entre o Rio Níger e o Nilo, controlando desta forma todo o
comércio da região de Sahel, em virtude do existente controlo sobre os caminhos das
caravanas que atravessavam o Saara. Os britânicos por outro lado, queriam unir suas
possessões na África Austral (atuais África do Sul, Botsuana, Zimbabué, Lesoto,
Zâmbia e Suazilândia) com seus territórios em África Oriental (atual Quénia) e essas
duas com o nascimento no nilo. Sudão era a chave para a realização destas ambições,
especialmente desde que o Egito esteve sob o controle britânico. Esta "linha vermelha"
através da África foi o feito mais famoso de Cecil Rhodes. Junto com Lord Milner, o
(ministro colonial britânico na África do Sul), Rhodes defendeu tal império de "Cabo a
Cairo" unindo com vias-férreas o Canal de Suez com a parte rica em minerais do sul do
continente. Enquanto que impedido pela ocupação alemã de Tanganica até o final da
Primeira Guerra Mundial, Rhodes exerceu pressão com êxito em nome do império.
Se desenha uma linha desde a Cidade do Cabo até o Cairo, e uma de Dacar até o Corno
de África, essas duas linhas de interceptariam em alguma parte do leste do Sudão perto
5.2.2. Bélgica
5.2.3. Espanha
5.2.4. França
Argélia
Tunísia
Marrocos
África Ocidental Francesa
Mauritânia
Senegal
Camarões
Sudão Francês (atual Mali)
Guiné
Costa do Marfim
Madagáscar
Comores
5.2.5. Itália
5.2.6. Portugal
Egito
Sudão Anglo-Egípcio (atual Sudão)
África Oriental Britânica
Quénia
Uganda
– A primeira forma de resistência consistia em pegar em armas. Esta forma de luta foi
abandonada no final da primeira guerra mundial, pois era um recurso sem esperança e
condenado ao fracasso, pois as armas haviam sido confiscadas em sua maior parte e a
pólvora não era encontrada.
– A segunda forma era a retirada, pois quando a situação se tornava intolerável, aldeias
inteiras abandonavam os campos e partiam para zonas situadas fora do alcance das
autoridades coloniais.
Enquanto maior parte dessas formas de oposição tinham a base rural, os intelectuais e
jornalistas assimilados, denunciavam os abusos do colonialismo e reafirmavam a sua
identidade africana. De facto, desde meados do século XIX, existia uma tradição de
oposição literária muito rica.
Era quase sempre difundida pelos imperialistas europeus que África era uma espécie de
vazio político onde tinha livre curso a anarquia e selvajaria sangrenta e gratuita a
escravidão, a ignorância, miséria e ainda ausência total do nacionalismo entre os
africanos. A atitude dos africanos aquando da chegada dos europeus no século XIX foi
muito variada. A primeira reação dos africanos raramente foi de hostilidade.
Por motivos religiosos o Damel conservava um poder de tipo mágico que lhe era
atribuído, pelo facto no dia da sua iniciação em M´Bul capital do reino de Cayor ,
recebe o turbante , assim como um vaso de semente , passando na floresta sagrada
Foi o último damel (rei) de Cayor , no Senegal , no pais de Wolof . Foi um rei
inteligente, ao mesmo tempo um guerreiro fogoso, tenaz, duma personalidade vincada.
Para tentar ultrapassar as divisões que o separava e opunha aos guerreiros indiferentes,
feiticistas e marabus , ele converteu-se ao islamismo .
Em 1864, Faiderbe consegue expulsa-lo pela primeira vez no cayor , que foi anexado à
colónia francesa do Senegal . Mas em 1870, após a partida de Faiderbe , Lat Dior Diop
retoma o Cayor . Em 1879, os franceses, Empreendem a construção do caminho-de-
ferro de Dakar a Saint Louis , passando pelo seu território , comportando-se como se
tivesse num país conquistado .
A guerra recomeça em 1882 e não acaba senão com a sua morte em combate no ano de
1886, na batalha de Dhkele
Cedo fez a guerra por sua própria conta e aliando a astúcia e a força , unifica sob a sua
autoridade a Alta Guiné e as vizinhas regiões do Mali e da Costa do Marfim .
Samori Turé viveu a sua vida de resistente contra a dominação francesa, entre a
diplomacia e guerrilha.
Ele organizou o seu estado em dez (10) governos, esforçando-se para vencer as
imposições tribais, organizou um exército dividido em sete (7) e depois com dez (10)
corpos, mais uma guarda de elite que estacionava na sua capital Bissandugo.
Zona militar Norte: comandada por Massaram Mamadu, depois por Diara Diamondé .
Controlava a rota do Norte.
Zona militar Oeste: comandado por Langmala Falé Bilali e Side Bamba, mais forte,
por ser munido de armas modernas. Protegia o comércio de armas.
Zona militar Leste: comandada por Tammari (condenado a morte depois da sua derrota
ao enfrentar Tieba) depois por Bolu Mamadu Mamadi. Tem como a missão assegurar
Kong (zona de escravo)
Em 1886 – 1887, esforça-se para tomar Sikasso , no entanto esta campanha foi um erro ,
pois não pode ocupar a cidade , poderosamente fortificada , por falta de canhões .
Enfraqueceu inutilmente as suas forças, provocando revolta nas suas fileiras.
Com esta derrota, estando no seu isolamento, não podia aguentar por muito tempo o seu
império, adoptou uma nova táctica, dividindo as suas tropas em três grupos :
1o Grupo – constituindo por jovens com armas modernas de tiro rápido para travar o
avanço dos franceses e retirar, queimando tudo para não permitir o inimigo ter acesso a
lamentação;
2o Grupo – constituídos por velhos com armas tradicional, que tinham como a missão
de organizar e administrar zonas libertadas;
30 Grupo – constituídos por militares de idade médios, com armas modernas de tiro
menos rápido, que têm como a missão conquistar novas terras para transferência da
População.
Em 1891, os franceses tendo tomado Nioro , decidem liquida-lo . Pensavam acabar com
ele numa única ou duas campanhas. Mas de fato, conseguiu prosseguir com a sua
resistência durante mais sete (7) anos (1891 - 1898).
Em 1898, cercado , ele volta a Oeste e é feito prisioneiro de surpresa no seu quartel-
general em Guelemou. Deportado para gabão, ali morre em 1900 .
Pela sua qualidade de chefe de estado, chefe militar, pela sua tenacidade irredutível,
Almami Samori Turé coloca-se entre os maiores resistentes africanos.
Tal como nos impérios fulas dos séculos XVII e XIX, estes movimentos fulas na sua
origem traduziam o descontentamento dos pastores fulas oprimidos na sociedade feudal
mandinga .
O verdadeiro chefe ou senhor de Gabu , no finais do século XIX não era o almami de
Timbo (capital histórica de Futa-Djalon) cuja autoridade era completamente teórica ,
mas o seu poderoso vassalo , o chefe da província de Labe. Instalado em Kade (Fula-
Mori) , que se situa a igual distância de Labe e Gabu ,desconfia dos seus compatriotas
No entanto, a ocupação francesa, que se torna cada vez mais evidente, e a atribuição
deste território de Gabu a Portugal, colocam o Alfa Iaia , em dificuldades. Em 1905 é
preso e deportado pelos franceses. Os seus vassalos fulas de Gabu , encontravam-se
neste contexto .
Pelo contrario o litoral onde não há autoridade com quem negociar permanece livre, e
as expedições portuguesas contenta-se , em caso de sucesso , em incendiar e pilhar as
aldeias para em seguida se retirarem sem podido ocupar os territórios por falta de
efectivos . Em 1900 expedições contra os Bijagós na ilha de canhabaque; em 1901
expedição contra os Felupes; Em 1902 expedição contra os Oincas (vingança da derrota
de 1867) e a submissão dos Oincas em 1903; ataque aos Felupes em 1904; expedições
contra os papeis que bloqueavam o posto de Cacheu ; expedições à Formosa.
Assim, Infali Sonco , chefe dos beafadas de Cuor , investido pelos portugueses , é
ofendido pelo comandante português de posto de Geba . Na sua própria presença, um
soldado chicoteou um dos seus colaboradores, reage matando o executante e levando o
comandante preso, que viera a libertar de seguida. Mas a partir deste momento recusa o
pagamento de imposto, corta a navegação entre Bissau e Bafata , isolando assim o
Gabu e prevê estabelecer relações comerciais com os comerciantes franceses da Guiné-
Conakri .
6.4.4. A pacificação e a
ocupação dos territórios - 1913 a 195
Em 1913, uma grande parte das zonas florestais e litorais continuaram livre, é o caso de
Oio , região dos balantas; Bissau dos papéis; dos manjacos da região situada a sul do rio
São Domingos e dos Bijagós.
Estes auxiliares estão equipados com armas modernas, mas não pagos pelos
colonialistas portugueses, pagar-se-ão com a pilhagem efectuadas, fazendo cativos,
onde um destes (auxiliares), serão nomeados chefes dos territórios conquistados.
Os abusos e crimes cometidos pelo capitão Teixeira Pinto e do auxiliar Abdu Indjai,
provocaram a transferência do capitão em 19915, para a Moçambique, onde veio a
morrer em combate com as tropas alemãs, em 1817.
Geralmente considera-se o ponto inicial da guerra como sendo a invasão da Polónia pela
Alemanha Nazista em 1 de Setembro de 1939 e subsequentes declarações de guerra
contra a Alemanha pela França e pela maioria dos países do Império Britânico e da
Commonwealth. Alguns países já estavam em guerra nesta época, como Etiópia e
Reino de Itália na Segunda Guerra Ítalo-Etíope e China e Japão na Segunda Guerra
Sino-Japonesa.[2] Muitos dos que não se envolveram inicialmente acabaram aderindo ao
conflito em resposta a eventos como a invasão da União Soviética pelos alemães e os
ataques japoneses contra as forças dos Estados Unidos no Pacífico em Pearl Harbor e
em colónias ultramarítimas britânicas, que resultou em declarações de guerra contra o
Japão pelos Estados Unidos, Países Baixos e o Commonwealth Britânico.
1. Os antecedentes da guerra
A Primeira Guerra Mundial alterou radicalmente o mapa geopolítico da Europa, com a
derrota dos Impérios Centrais (Áustria-Hungria, Alemanha e Império Otomano) e a
tomada do poder pelos bolcheviques em 1917 na Rússia. Os aliados vitoriosos, como
França, Bélgica, Itália, Grécia e Romênia ganharam territórios, enquanto novos Estados
foram criados a partir do colapso da Áustria-Hungria e dos impérios russo e otomano.
Apesar do movimento pacifista após o fim da guerra, as perdas causaram um
nacionalismo irredentista e revanchista em vários países europeus. O irredentismo e
revanchismo eram fortes na Alemanha por causa das significativas perdas territoriais,
coloniais e financeiras incorridas pelo Tratado de Versalhes. Pelo tratado, a Alemanha
perdeu cerca de 13% do seu território e todas as suas colónias ultramarinas, foi proibida
de anexar outros Estados, teve que pagar indemnizações e sofreu limitações quanto ao
tamanho e a capacidade das suas forças armadas. Enquanto isso, a Guerra Civil Russa
levava à criação da União Soviética.
Muito fraca para resistir ao Japão, a China apelou à Liga das Nações por ajuda. O Japão
retirou-se desta organização internacional após ser condenado por sua incursão na
Manchúria. As duas nações passaram a enfrentar-se em várias batalhas, em Xangai,
Rehe e Hebei, até a Trégua de Tanggu ser assinada em 1933. Depois disso, forças
voluntárias chinesas continuaram a resistência à agressão japonesa na Manchúria,
Chahar e Suiyuan.
Cerca de 100 000 militares poloneses foram evacuados para a Roménia e países
bálticos, muitos destes soldados lutaram mais tarde contra os alemães em outras frentes
da guerra. Decifradores poloneses de enigmas também foram evacuados para a França.
Este tempo, o Japão lançou o seu primeiro ataque contra Changsha, uma cidade chinesa
importante e estratégica, mas as forças japonesas foram repelidas no final de Setembro.
Durante todo esse período, o neutro Estados Unidos tomou medidas para ajudar a China
e os Aliados Ocidentais. Em Novembro de 1939, a Lei de Neutralidade norte-americana
foi alterada para permitir compras do chamado "cash and carry" (dinheiro e transporte)
por parte dos Aliados. Em 1940, após a captura alemã de Paris, o tamanho da Marinha
Americana aumentou significativamente e, depois da incursão japonesa na Indochina, o
Os alemães logo intervieram para ajudar a Itália. Hitler enviou forças alemãs para a
Líbia em fevereiro e até o final de Março eles lançaram uma ofensiva contra as
enfraquecidas forças da Commonwealth. Em menos de um mês, as forças da
Commonwealth foram empurradas de volta para o Egito com exceção do sitiado porto
de Tobruk. A Comunidade Britânica tentou desalojar as forças do Eixo em Maio e
novamente em Junho, mas falhou em ambas as ocasiões. No início de Abril, após a
assinatura da Bulgária do Pacto Tripartite, os alemães fizeram uma intervenção nos
Balcãs ao invadir a Grécia e a Jugoslávia na sequência de um golpe; nesse episódio os
alemães também fizeram um rápido progresso e acabaram forçando os Aliados a
evacuar depois que a Alemanha conquistou a ilha grega de Creta, no final de Maio.
Os Aliados tiveram alguns sucessos durante este tempo. No Oriente Médio, as forças da
Commonwealth primeiro anularam um golpe de Estado no Iraque, que tinha sido
apoiado por aviões alemães a partir de bases dentro da Síria controlada pela França de
Vichy, então, com a ajuda da França Livre, invadiram a Síria e o Líbano para evitar
mais ocorrências. No Atlântico, os britânicos conquistaram um impulso moral público
muito necessário ao afundar o emblemático couraçado alemão Bismarck. Talvez ainda
mais importante foi a bem-sucedida resistência da Força Aérea Real, durante a Batalha
Na Ásia, apesar de várias ofensivas de ambos os lados, a guerra entre a China e o Japão
foi paralisada em 1940. Com o objetivo de aumentar a pressão sobre a China ao
bloquear rotas de abastecimento e para as forças japonesas terem uma melhor posição
em caso de uma guerra com as potências ocidentais, o Japão tomou o controlo militar do
sul da Indochina. Em Agosto daquele ano, os comunistas chineses lançaram uma
ofensiva na China Central; em retaliação, o Japão instituiu medidas duras (a Política dos
Três Tudos) em áreas ocupadas para reduzir os recursos humanos e materiais dos
comunistas. A contínua antipatia entre as forças comunistas e nacionalistas chinesas
culminaram em confrontos armados em Janeiro de 1941, efetivamente terminando com
a cooperação entre os dois grupos.
O desvio de três quartos das tropas do Eixo e da maioria das suas forças aéreas da
França e do Mediterrâneo central para a Frente Oriental levou o Reino Unido a
reconsiderar a sua grande estratégia. Em Julho, o Reino Unido e a União Soviética
formaram uma aliança militar contra a Alemanha. Os britânicos e os soviéticos
Estes ataques levaram os Estados Unidos, o Reino Unido, a China, a Austrália e vários
outros países a emitir uma declaração de guerra formal contra o Japão. Enquanto a
União Soviética, que estava fortemente envolvida com as grandes hostilidades dos
Enquanto isso, até o final de Abril de 1942, o Japão e seu aliado, a Tailândia, quase
conquistaram totalmente Birmânia, Malásia, Índias Orientais Holandesas, Singapurae
Rabaul, causando fortes perdas para as tropas dos Aliados e conquistando um grande
número de prisioneiros. Apesar da resistência persistente em Corregidor, as Filipinas
foram capturadas em Maio de 1942, forçando o governo da Commonwealth das
Filipinas ao exílio. As forças japonesas também alcançaram vitórias navais no Mar da
China Meridional, Mar de Java e no Oceano Índico, além de bombardearem a base
naval aliada de Darwin, na Austrália. O único sucesso real dos Aliados contra o Japão
foi uma vitória chinesa em Changsha, no início de Janeiro de 1942. Estas vitórias fáceis
sobre adversários despreparados deixaram o Japão confiante, além de sobrecarregado.
No início de Maio de 1942, o Japão iniciou as operações para capturar Port Moresby
através de desembarques militares e, assim, cortar as comunicações e linhas de
abastecimento entre os Estados Unidos e a Austrália. Os Aliados, no entanto, impediram
a invasão ao interceptar e derrotar as forças navais japonesas na Batalha do Mar de
Coral. O próximo plano do Japão, motivado pelo Ataque Doolittle, era conquistar o
Atol Midway e atrair companhias norte-americanas para a batalha para serem
eliminadas; como uma distração, o governo japonês também enviou forças para ocupar
as Ilhas Aleutas, no Alasca. No início de Junho, o Império Japonês colocou suas
operações em ação, mas os norte-americanos, por terem decifrado os códigos navais
japoneses no final de Maio, estavam plenamente conscientes desses planos e
disposições de força e usaram esse conhecimento para alcançar uma vitória decisiva em
Midway sobre a Marinha Imperial Japonesa.
Na Itália, a rendição assinada em 29 de Abril pelo comando das forças alemãs naquele
país, se efetivou em 2 de Maio. O tratado de rendição alemão foi assinado em 7 de Maio
em Reimse ratificado em 8 de Maio em Berlim. O Grupo de Exércitos Centro alemão
resistiu em Praga até o dia 11 de Maio.
3. Consequências de guerra
As estimativas para o total de mortos na guerra variam, pois muitas mortes não foram
registadas. A maioria sugere que cerca de 60 milhões de pessoas morreram no conflito,
incluindo cerca de 20 milhões de soldados e 40 milhões de civis. Somente na Europa,
houve 36 milhões de mortes, sendo a metade de civis. Muitos civis morreram por causa
de doenças, fome, massacres, bombardeios e genocídios deliberados. A União Soviética
perdeu cerca de 27 milhões de pessoas durante a guerra, quase metade de todas as
mortes da Segunda Guerra Mundial. Uns em cada quatro cidadãos soviéticos foram
mortos ou feridos nesse conflito.
Do total de óbitos na Segunda Guerra Mundial cerca de 85 por cento, na maior parte
soviéticos e chineses, foram do lado dos Aliados e 15 por cento do lado do Eixo. Muitas
dessas mortes foram causadas por crimes de guerra cometidos pelas forças alemãs e
japonesas nos territórios ocupados. Estima-se que entre 11 e 17 milhões de civis
morreram como resultado direto ou indireto das políticas ideológicas nazistas, incluindo
o genocídio sistemático de cerca de seis milhões de judeus durante o Holocausto,
juntamente com mais cinco milhões de ciganos, eslavos, homossexuais e outras
minorias étnicas e grupos minoritários. Aproximadamente 7,5 milhões de civis
morreram na China durante a ocupação japonesa e os sérvios foram alvejados pela
Ustaše, organização croata alinhada ao Eixo.
As forças do Eixo fizeram uso de armas biológicas e químicas. Os italianos usaram gás
mostarda durante a conquista da Abissínia, enquanto o Exército Imperial Japonês usou
vários tipos de armas biológicas durante a invasão e ocupação da China e nos conflitos
iniciais contra os soviéticos. Tanto os alemães quanto os japoneses testaram tais armas
contra civis e, em alguns casos, sobre prisioneiros de guerra. A Alemanha nazista e o
Império Japão realizaram experiências utilizando seres humanos como cobaias Unidade
731 Temendo punições, vários criminosos de guerra fugiram da Europa após término do
conflito. As rotas de fuga usadas por estes criminosos ficaram conhecidas como as
"linhas de ratos" (Ratlines).
Embora muitos dos atos do Eixo tenham sido levados a julgamento nos primeiros
tribunais internacionais, muitos dos crimes causados pelos Aliados não foram julgados.
Entre os exemplos de ações dos Aliados estão as transferências populacionais na União
Soviética e o internamento de estadunidenses-japoneses em campos de concentração
nos Estados Unidos; a Operação Keelhaul, a expulsão dos alemães após a Segunda
Também tem sido sugerido como crimes de guerra por alguns historiadores o
bombardeio em massa de áreas civis em território inimigo, incluindo Tóquio e mais
notadamente nas cidades alemãs de Dresden, Hamburgo e Colónia pelos Aliados
ocidentais, que resultou na destruição de mais de 160 cidades e matou um total de mais
de 600 mil civis alemães.
Uma parte dos historiadores argumenta que foi uma disputa dos países que apoiavam as
Liberdades civis, como a liberdade de opinião e de expressão e de voto, representada
pelos Estados Unidos e outros países ocidentais e do outro lado a doutrina comunista
ateia, onde era suprimida a possibilidade de eleger e de discordar, defendida pela União
Soviética (URSS) e outros países onde o comunismo fora imposto por ela. Outra parte
defende que esta foi uma disputa entre o capitalismo, que patrocinou regimes ditatoriais
na América Latina, representado pelos Estados Unidos, e o socialismo totalitário
expansionista ou socialismo de Estado, onde fora suprimida a propriedade privada,
defendido pela União Soviética (URSS) e China. Entretanto, esta caracterização só pode
ser considerada válida com uma série de restrições e apenas para o período do imediato
1. A Crise no Pós-Guerra
Com o final da Segunda Guerra Mundial, a Europa estava arrasada e ocupada pelos
exércitos das duas grandes potências vencedoras, os Estados Unidos e a URSS. O
desnível entre o poder destas duas superpotências e o restante dos países do mundo era
tão gritante, que rapidamente se constitui um sistema global bipolar, ou seja, centrada
em dois grandes polos.
Sob a influência das duas doutrinas, o mundo foi dividido em dois blocos
liderados ,cada um, por uma das superpotências: a Europa Ocidental e a América
Central e do Sul sob influência cultural, ideológica e económica estadunidense, e parte
do Leste Asiático, Ásia central e Leste europeu, sob influência soviética. Assim, o
mundo dividido sob a influência das duas maiores potências económicas e militares da
época, estava também polarizado em duas ideologias opostas: o Capitalismo e o
Socialismo.
Entretanto era notória desde o início da Guerra Fria a superioridade económica norte
americana. Em 1945 os Estados Unidos tinham metade do PIB mundial, 2/3 das
reservas mundiais de ouro, 60% da capacidade industrial ativa do mundo, 67% da
capacidade produtora de petróleo, além da maior Marinha e da maior Força Aérea que
existia. Seus exércitos ocupavam parte da Europa ocidental e o Japão, algumas das
zonas foram as mais ricas e industrializadas do mundo antes da Guerra. Também
ocupavam parte do sudeste asiático, especificamente metade da península da Coreia e
grande parte das ilhas do Pacífico. O território continental americano nunca havia sido
realmente ameaçado durante a Segunda Guerra Mundial, sendo que a batalha travada
geograficamente mais próxima do continente foi a de Pearl Harbor, no Havai.
Por sua vez a União Soviética ocupava a metade oriental da Europa e a metade norte da
Ásia, uma parte da Manchúria e da Coreia, regiões tradicionalmente agrícolas e pobres.
O próprio território soviético havia sido palco de batalhas durante a II Guerra Mundial,
contra divisões alemãs. O resultado é que em 1945 os Estados Unidos contabilizavam
cerca de 500 mil mortos na guerra, contra cerca de 20 milhões de soviéticos mortos
(civis e militares). Centenas de cidades soviéticas estavam destruídas em 1945. A maior
parte das indústrias, da capacidade produtiva agrícola e da infra-estrutura de transportes,
energia e comunicações estava destruída ou seriamente comprometida.
A Operação Impensável foi o nome de um plano inicial de guerra feito pelo governo
britânico em 1945. Tal operação consistia na invasão da então União Soviética por
forças militares britânicas, poloneses exilados, estadunidenses e mesmo alemães recém
rendidos.
Para não abandonar as zonas ocidentais de Berlim e dar vitória à União Soviética, os
países ocidentais prontificaram-se a criar uma grande ponte aérea, em que aviões de
transporte de cargas estado-unidenses, ingleses, e australianos saíam da "trizona"
levando mantimentos aos mais de dois milhões de berlinenses que viviam no ocidente
da cidade. Estaline reconheceu a derrota dos seus planos em 12 de Maio de 1949. Pouco
depois, as zonas estadunidense, francesa e britânica se unificaram, originando a
Bundesrepublik Deutschland (República Federativa da Alemanha ou Alemanha
Ocidental), cuja capital era Bonn. Da zona soviética surgiu a Deutsche Demokratische
Republik (República Democrática Alemã ou Alemanha Oriental), com capital Berlim, a
porção oriental.
Em 1951 foi elaborado o Plano Colombo, uma organização realizada por países do
Sudeste Asiático, com intenções de reestruturação social. Os norte-americanos
realizaram alguns investimentos para estimular a economia do sub-continente, mas o
volume de capital investido foi muito menor ao destacado para o Plano Marshall, porém
bem menos ambicioso, para estimular o desenvolvimento de países do sul e sudeste da
Ásia.
A União Soviética iniciou então seu programa de pesquisas para também produzir tais
bombas, o que conseguiu em 1949. Mas logo a seguir, os Estados Unidos testavam a
primeira bomba de hidrogénio, centena de vezes mais poderosa. A União soviética
levaria até 1953 para desenvolver a sua versão desta arma, dando início a uma nova
geração de ogivas nucleares menores, mais leves e mais poderosas.
Essa corrida ao armamento era movida pelo receio recíproco de que o inimigo passasse
a frente na produção de armas, provocando um desequilíbrio no cenário internacional.
Se um deles tivesse mais armas, seria capaz de destruir o outro.
Em resposta à OTAN, a URSS firmou entre ela e seus aliados o Pacto de Varsóvia
(1955) para unir forças militares da Europa Oriental. Logo as alianças militares estavam
em pleno funcionamento, e qualquer conflito entre dois países integrantes poderia
ocasionar uma guerra nunca vista antes.
A tensão sentida pelas pessoas com relação às duas superpotências acentuou-se com o
início da corrida armamentista, cujo “vencedor” seria a potência que produzisse mais
armas e mais tecnologia bélica. Em contraponto, a corrida espacial trouxe grandes
inovações tecnológicas e proporcionou um grande avanço nas telecomunicações e na
informática.
O macartismo, criado pelo senador estadunidense Joseph McCarthy nos anos 1950,
culminou na criação do Comité de Investigação de Atividades Antiamericanas do
Senado dos Estados Unidos. Em outras palavras, toda e qualquer atividade pro-
comunismo estava terminantemente proibida e qualquer um que as estimulasse estaria
sujeito à prisão ou extradição. Inúmeros artistas e produtores de filmes ou de programas
de televisão que criticavam o governo estadunidense foram acusados de comunistas. Foi
criada a Lista Negra de Hollywood contendo os nomes de pessoas do meio artístico
acusados de atividades antiamericanas.
A era do macartismo acabou por extirpar do meio artístico norte americano a maior
parte dos produtores progressistas ou simpatizantes da esquerda. A URSS aplicou
extensivamente o Artigo 58 de seu Código Penal na Zona de ocupação soviética na
Alemanha, onde as pessoas eram internadas como "espiões" pela simples suspeita de
oposição ao regime stalinista, como pelo simples ato de contatar organizações com base
nas Zonas ocupadas pelos Aliados ocidentais. No campo especial da NKVD em
Bautzen, 66% dos presos, tinham sido encarcerados por suspeita de apoiarem o
capitalismo.
Durante o período da Guerra Fria, a disputa ideológica entre os dois blocos foi acirrada.
As duas superpotências fizeram grandes esforços de propaganda política no intuito de
conquistar o apoio mundial. Tanto Estados Unidos quanto União Soviética
concentravam sua propaganda político-ideológica em duas frentes: desacreditar a
ideologia e as ações do adversário e, ao mesmo tempo, convencer a opinião
internacional de que seu sistema político, económico e sociocultural era superior.
Em seu avanço para a Alemanha Nazista, o exército vermelho ocupou o Leste Europeu,
levando governos pró soviéticos ao poder nos países da região. Do "socialismo em um
só país" chegou-se à "revolução mundial" e, no final do conflito, o comunismo estava
presente em 12 países.
Victor Kravchenko pediu asilo político aos EUA em 1944. Dois anos depois publicou o
livroI Choose Freedom (Eu Escolhi a Liberdade). Nesta obra, ele denuncia os trágicos
resultados da coletivização forçada na União Soviética e as condições desumanas dos
Gulags (campos de trabalho forçado) mais de trinta anos antes da publicação de
Arquipélago Gulag de Alexander Soljenítsin. Kravchenko foi vítima de uma campanha
difamatória, neste caso, veiculada pela revista francesa Les Lettres Françaises. Isto,
valeu ao semanário um processo por difamação, vencido por Kravchenko, que foi
conhecido como "o julgamento do século".
Svetlana Alliluyeva, filha de Josef Stalin, em viagem à Índia, solicitou asilo político
para a embaixada norte americana em Nova Deli. Sua autobiografiaTwenty Letters To A
Friend[25] seria publicada em 1967 coincidindo com o 50º aniversário da Revolução
Russa. Pressões da URSS adiaram o lançamento do livro. Svetlana denunciou as
violências praticadas pelo regime soviético, antes e depois de seu pai.
Governos autoritários pró EUA e pró URSS, em todo o mundo, fizeram muitas vítimas.
Repressão política, censura, exílio, tortura e assassinato foram praticados igualmente
por governos comunistas e anticomunistas. Regimes políticos conservadores,
reacionários e contra-revolucionários de direita, apoiados pelos estadunidenses (ver:
Ações de mudanças de regimes patrocinadas pela CIA), foram responsáveis por graves
Após muitas batalhas, com avanços e recuos de ambos os lados, um primeiro acordo de
paz é negociado, mas demora dois anos para ser ratificado. O General americano
Douglas MacArthur chegou a solicitar o uso de armas nucleares contra a Coreia do
Norte e a China, mas foi afastado do comando das forças americanas.
Apenas quando a União Soviética já havia testado sua primeira bomba de hidrogénio,
em 1953, é que um armistício foi assinado em Panmunjon, em 27 de Julho de 1953. O
acordo manteve a península da Coreia dividida em dois Estados soberanos, praticamente
como antes do início da guerra, com mudanças mínimas na linha de fronteira. Essa
divisão da Coreia em dois países se mantém até hoje. Em Junho de 2000, os governos
das duas Coreias anunciaram planos de reaproximação dos dois países. Isso significou o
início da desmilitarização da região, a diminuição do isolamento internacional da Coreia
do Norte e, para milhares de coreanos, a possibilidade de reencontrar parentes separados
há meio século pelo conflito. Pela tentativa, o então presidente da Coreia do Sul, Kim
Dae Jung, recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2000.
A partir daí, a rivalidade aumentou a ponto de o presidente dos Estados Unidos, John F.
Kennedy, prometer enviar americanos à Lua e trazê-los de volta até o fim da década. Os
soviéticos apressaram-se para vencer os estadunidenses na chegada ao satélite. As
missões Zond deveriam levar os primeiros humanos a orbitarem a Lua, mas devido a
falhas, só foi possível aos soviéticos os envios de missões não-tripuladas, Zond 5 e
Zond 6, em 1968. Os Estados Unidos, por outro lado, conseguiram enviar a missão
tripulada Apollo 8 no Natal de 1968 a uma órbita lunar.
A corrida espacial se tornou secundária com a distensão dos anos 1960-1970, mas volta
a ter relevância nos anos 1980, no que pode ser considerado o último capítulo daquela
disputa. O presidente dos Estados Unidos anuncia investimentos bilionários na
construção de um sistema espacial de defesa anti-mísseis balísticos. A oficialmente
denominada Iniciativa Estratégica de Defesa e conhecida como guerra nas estrelas,
poderia defender o território americano dos mísseis russos e acabar com a lógica da
Destruição Mútua Assegurada.
Esgotados com os índices económicos cada vez piores e com os governos de Enrö Gero
e Mátyás Rákosi, a população tomou as ruas de Budapeste na noite de 23 de outubro de
1956. O objetivo desse levante era o fim da ocupação da União Soviética e a
implantação do "socialismo verdadeiro". Houve um confronto entre autoridades
policiais e manifestantes e durante esse confronto, houve a derrubada da estátua de Josef
Stálin.
Infelizmente para o Vietname do Sul, o líder do Norte, Ho Chi Minh, era muito
benquisto entre a população, por ser defensor popular e herói de guerra. O governo do
Vietname do Sul decidiu proibir o plebiscito de ocorrer em seu território, pois queria
manter o alinhamento com os estadunidenses. Como o Vietname do Norte queria a
reunificação, lançaram-se em uma guerra contra o Sul.
Até 1965, a guerra estava favorável ao Vietname do Norte, mas quando os Estados
Unidos se lançaram ao ataque contra o Vietname do Norte, tudo parecia indicar que
seria um grande massacre dos vietnamitas, e uma fácil vitória ocidental. Mas os
vietnamitas do norte viram nessa guerra uma extensão da guerra de independência que
5. Descolonização de África
Durante séculos XV/XVI, os estados da Europa começaram a descobrir a África,
encontraram aí reinos ou estados, que era de feição árabe e berbere ou islamizados, no
norte e ocidente daquele continente, que era habitados por populações negras
pertencentes a uma variedade de grupos, principalmente ao Sul do Saara, com a
importante excepção do império cristão da Etiópia. Os primeiros contactos com estes
povos não foram imediatamente de dominação, mas de carácter comercial. No entanto,
No entanto, as duas grandes guerras que fustigaram a Europa durante a primeira metade
do século XX deixaram aqueles países sem condições para manterem um domínio
económico e militar nas suas colónias. Estes problemas, associados a um movimento
independentista que tomou uma forma mais organizada na Conferência de Bandung,
levou as antigas potências coloniais a negociarem a independência das colónias.
Com exceção da Guiné, que votou pela independência imediata, a Costa do Marfim, o
Níger, o Alto Volta e o Daomé decidiram formar a “União Sahel-Benin” e, mais tarde, o
“Conselho do Entendimento”, enquanto o Senegal se unia ao “Sudão Francês” para
formar a “Federação do Mali”. Estas uniões não duraram muito tempo e a França, em
1960, reconheceu a independência da maioria das suas colónias africanas.
Além dessas colónias, a Itália invadiu o atual território da Etiópia em 1936. Depois da
invasão, a Etiópia perdeu sua independência para a Itália e logo foi incorporada à África
Oriental Italiana. Cinco anos depois, em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial, a
Etiópia reconquistaria sua independência, junto com a Eritreia, que em 1993 separou-se
da Etiópia e antiga África Oriental Italiana (Etiópia) foi dividida em Eritreia e Etiópia.
Isto permanece até hoje.
Algumas pessoas, tanto em Portugal, como nas suas ex-colónias de África, consideram
que o processo de descolonização foi mal conduzido. Um dos argumentos é o fato de
não terem sido incluídos nos acordos que levaram à independência das colónias
garantias sobre os direitos dos residentes (muito preponderantemente portugueses e seus
descendentes) que ali viviam e que viriam a escolher a nacionalidade portuguesa. Esses
críticos explicam por essa razão o êxodo da grande maioria dos portugueses em
1974/1975. No entanto, os problemas que viveram, a seguir independências
principalmente de Angola e Moçambique, são geralmente atribuídos a questões de
governação.