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Desenvolvimento
O sistema bancário da Guiné-Bissau no contexto da evolução macroeconómica do
país
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mercado financeiro, os instrumentos financeiros, neste caso, dinheiro e, títulos
convertidos em títulos escriturais graças a nova tecnologia e sujeitos do mercado
(entidades financeiras) dotados de estatuto jurídico com princípios essenciais comum.
Outro aspeto decorre ao nível da perspetiva contratual. As operações no mercado
financeiro são negócios complexos muitas vezes ligados ao mercado de crédito e de
títulos, o que habitualmente acontece com a compensação dos depositantes com reforço
pelo recurso ao fundo de investimento no mercado de ações. Olhando aos princípios e à
sua comunicabilidade, a Banca, os Seguros e os Valores Mobiliários, devem ter o seu
tratamento num único sistema de Direitos dos mercados financeiros. O Direito dos
mercados financeiros constitui a disciplina académica que compreende o estudo de
conjunto das normas que regulam os mecanismos que permitem garantir afetação das
poupanças para o investimento15 . É um ramo didático em progressão com princípios
próprios caraterizado pela conjunção das normas do Direito público e normas do Direito
privado confinado a cada ordenamento setorial. Pese embora, o carácter tendente em
progressão constitui também parte do Direito comercial como ramo de Direito especial.
Compõe um ordenamento que fixa princípios que presidem à aplicação eficiente do
próprio mercado, a estabilidade dos intermediários e as transferências dentro do
mercado. 15 CF. Fernando Zunzunegue, Derecho del mercado financiero, tercera
edición, ediciones jurídicas y sociales, S.A Madrid/ Barcelona, p. 21, 2005.24 A sua
especificidade estrutural distingue entre as normas de eficiência, normas prudenciais e
comportamentais sendo ainda, coordenado por um sistema de autoridade administrativas
independentes, caso do Banco Central dos Estados de África Ocidental através da
Comissão Bancaria, Conseil Régional d´Epargne Publique et des Marchés Financiers
integrando a Bourse Régional de Valeur Mobilière e Conférence Interafricaine des
Marchés D´Assurances. Determina o objeto da matéria i.e., instrumentos financeiros,
organiza os diversos mercados de instrumentos financeiros (primário e secundário),
criando estatuto profissional dos intermediários com vista à proteção da solvência
sobretudo, no subsetor bancário. Mas atenção, esta intervenção não se deve entender
como afronta ou condicionante ao exercício profissional. No ponto de vista sistemático
não aparece adequado distinguir, entre Direito público que estuda o estatuto profissional
das entidades financeiras do Direito privado que atende aos contratos celebrados nesse
mercado pois assim, se estaria a separar a empresa do contrato16 . Ainda, no exercício
da profissão comercial, a empresa e o contrato são partes integrantes do Direito
comercial, tanto assim deve se preservar essa unidade no mercado financeiro. Assim,
Direito dos mercados financeiros compreende tanto as normas que compõem o estatuto
profissional das entidades financeiras como as normas que regem os contratos
financeiros, daí compagina a unidade técnica e jurídica de matéria. Este critério define,
simplesmente, a referência ao regime de supervisão administrativa e poderes de que as
autoridades financeiras se devem revestir, fato que tornou difícil, nos outros subsetores,
delimitar o âmbito de atuação pública do privado, neste, esta tarefa se torna
acentuadamente impossível, visto que, se o Direito comercial regula a relação resultante
do exercício de atividade empresarial de um lado, do outro, o direito mobiliário
preocupa-se com atos17 empresariais relativo a emissão de valores e a sua eventual
negociação. 16 Op cit, Fernando Zunzunegui, Derecho del mercado financiero, p.32,
2005. 17 São considerados atos mobiliários, a emissão, registo, titularização,
transferência e negociação dos valores. 25 Em suma, apesar da intensa sujeição do
estatuto do empresário ao crivo público, ainda acresce a sua relevância em especial no
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mercado dos valores. Daí, a razão e a defesa do Direito dos mercados de valores quer
pelas normas que regulam a organização desse mercado quer por aquelas que regulam a
contratação. Contudo, continua vigorar o código comercial oitocentista18 , a GB já
dispõe do Acto Uniforme Geral sobre o Comércio que estabelece uma convivência
harmoniosa de normas institucionais com as normas contratuais.
Os bancos guineenses estão mais fortes para responder à atual crise, mas tudo dependerá
da sua duração e da recuperação da economia.
A qualidade dos ativos e a liquidez são duas áreas em que a banca deverá sentir, de
forma mais significativa, o impacto da pandemia da Covid 19.
A pandemia tem estado a ter um impacto significativo a nível global e obviamente que a
Guiné-Bissau não está imune a estes impactos. A qualidade dos ativos é colocada em
causa, desde a dívida pública às próprias aplicações. Podemos ter um aumento do risco
dos devedores e isso terá um reflexo no crédito concedido. Quando a economia real
sofre, os bancos sofrem também.
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Nas situações de pandemia, as populações têm uma apetência natural para ter mais
liquidez consigo, têm tendência a querer que as suas poupanças sejam mais líquidas e
isso impacta os balanços dos bancos de uma forma directa.
A pandemia veio trazer aos cinco bancos (BAO, ORABANK, ECOBANK, BDU e
BANCO ATLANTIQUE) uma alteração profunda no paradigma de fazer negócios,
obrigando a fortes investimentos na arquitetura dos sistemas de informação e
cibersegurança, bem como na criação de condições técnicas e tecnológicas para o
regime de teletrabalho.
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Avaliação do BCEAO
A banca comercial da Guiné-Bissau tem 28 mil milhões de francos CFA em crédito mal
parado, o que irá dificultar a concessão de empréstimos aos operadores económicos nos
próximos tempos, disse esta sexta-feira uma fonte oficial.
Rómulo Pires, diretor-geral do Banco da África Ocidental (BAO), fez este anúncio aos
jornalistas num encontro promovido pela direção do Banco Central dos Estados da
África Ocidental (BCEAO) com os diretores dos bancos comerciais.
Neste sentido, Helena Nosolini enfatiza que o Banco Central não só está interessado que
o sistema bancário seja estável e sólido para que possa resistir à qualquer situação de
fragilidade e crise como também está preocupado com o financiamento da economia,
sobretudo do setor agrícola e outros que possam também contribuir “ fortemente” para
o desenvolvimento do país. E lembra que semanalmente o Banco Central põe à
disposição do sistema bancário cerca de quarenta mil milhões (40.000.000.000) de
francos CFA.
Por sua vez, Rómulo Pires, diretor-geral de Banco da África Ocidental (BAO), lembrou
que em relação ao financiamento dos bancos ao setor agrícola e outros, foi discutido
com BCEAO e com o governo, através do ministro da Economia e Finanças, sobre a
necessidade de se criar fundos de garantia para diminuir os riscos dos bancos na
participação em financiamento dessasatividades.
“No caso concreto da agricultura, devo dizer que é uma atividade cujos resultados
dependem de outros fatores, neste caso, fatores climatéricos que podem ter impactos
negativos no seu rendimento e os bancos também necessitarão de outras garantias
associadas a esses financiamentos”, esclareceu. Porém, o também vice-presidente da
Associação Profissional dos bancos e estabelecimentos financeiros da Guiné-Bissau
deixou claro que o financiamento dos bancos comerciais não tem setores específicos,
mas o setor de caju acaba por ser aquele que mais recursos absorve por ser a principal
atividade económica do país.
CONCLUSÕES
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Espera-se uma potencial desvalorização das carteiras de dívida pública, em particular
para os segmentos bancários mais expostos a estes ativos, tendo em consideração o
aumento das necessidades de financiamento das administrações públicas;
Apesar dos riscos decorrentes desta crise terem tido uma resposta rápida da parte do
BCEAO, é preciso estar atento às vulnerabilidades que advêm sobretudo da recuperação
económica.
Jornal o Democrata
ulfd135746_tese.pdf
RTP NOTÍCIAS
CAPITAL NEWS
Relatorio de FMI.
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Universidade Gean Piaget Guiné-Bissau
Trabalho de Pesquisa
Agradecimentos
Com você aprendemos muito mais do que teoria e sobretudo com estes
trabalhos de pesquisa foi o marco da nossa extra aprendizagem,
aprendemos valores humanos para colocarmos em prática. Você é um
mestre generoso, que tem o dom de ensinar com simplicidade. Você
consegue despertar em nós a curiosidade e a vontade de aprender sempre
mais.
Você será sempre para mim uma referência de ética e amor pela profissão.
Obrigado, querido professor, pela sua dedicação e paciência, obrigado por
transmitir todo o seu conhecimento e sabedoria conosco, obrigado por nos
fazer sonhar e acreditar em nossas capacidades!
Agora se abre uma nova etapa na sua vida, e ninguém mereceu mais este
descanso do que você, mas ficará para sempre a saudade de um professor
que jamais será possível substituir. Obrigado por tudo, professor!