Ligas Ferrosas: Aços e seus Elementos de Liga

12 – LIGAS METÁLICAS
• 12.1 Introdução
• 12.2 Aços
• 12.3 Elementos de liga
• 12.4 Ferros Fundidos
• 12.5 Ferros Fundidos Cinzento
• 12.6 Ferros Fundidos Branco
• 12.7 Ferros Fundidos Nodular
• 12.8 Ferros Fundidos Maleável
• 12.9 Aços Inoxidáveis
• 12.10 Aço Inoxidável Ferrítico
• 12.11 Aço Inoxidável Martensítico
• 12.12 Aço Inoxidável Austenítico
• 12.13 Aços Duplex
12.1 Introdução
• As ligas metálicas são agrupadas em duas classes:
ferrosas e não-ferrosas;
• As ferrosas são as ligas em que o ferro é o principal

constituinte e incluem os aços e os ferros fundidos;
• São produzidas em maiores quantidades do que

qualquer outro tipo de metal.
12.1 Introdução
O uso de ligas ferrosas é amplo pelos motivos:
• Compostos contendo ferro existem em quantidades

abundantes na crosta terrestre;
• O ferro metálico e as ligas aços podem ser
produzidos usando técnicas relativamente
econômicas de extração, refino, formação de ligas e
fabricação relativamente econômicas;
• As ligas ferrosas são extremamente versáteis, no
sentido de que podem ser projetadas para
possuírem uma gama de propriedades mecânicas.
12.1 Introdução
Figura 12.1 – Esquema de classificação para as várias ligas ferrosas.

• 12.2 Aços
12.2 Aços
• Os aços são ligas ferro-carbono;
• As propriedades mecânicas são sensíveis ao
teor de carbono, que é normalmente menor do
que 1,0%p;
• São classificados de acordo com a
concentração de carbono: aços com baixo,
médio e alto teor de carbono;
• Os aços-carbono contêm apenas
concentrações residuais de impurezas;
• Nos aços-liga, elementos de liga são
adicionados intencionalmente em
concentrações específicas.
12.2 Aços
Tabela 12.1 – Classificação geral dos aços.
Aço extra doce < 0,15 %C

Aço doce 0,15 a 0,30 %C
Aço meio doce 0,30 a 0,40 %C
Aço meio duro 0,40 a 0,50 %C
Aço duro 0,50 a 0,60 %C
Aço extra duro > 0,70 %C
12.2 Aços
Figura 12.2 – Diagrama de fases ferro-cementita.

Designação de Aços
• A designação AISI/SAE é um número com quatro
dígitos: os dois primeiros dígitos indicam o teor de
liga e os dois últimos dígitos indicam o teor de
carbono;
• O aço 1060 é um aço comum (10) com 0,60%p de

carbono (60);
Tabela 12.2 – Principais designações.
Segundo a ABNT, os dois primeiros algarismos designam a classe

do aço. Os dois últimos algarismos designam a média do teor de
carbono empregado.
• • Aço 1006 a 1010 - (Extra-macio)
– Resistência à ruptura - 35 a 45 kg/mm2
– Teor de carbono - 0,05% a 0,15%
– Não adquire têmpera
– Grande maleabilidade, fácil de soldar-se
– Usos: chapas, fios, parafusos, tubos estirados, produtos de
caldeiraria, etc.
• • Aço 1020 - (Macio)

– Não adquire têmpera
– Maleável e soldável
– Usos: barras laminadas e perfiladas, peças comuns de
mecânica;
• • Aço 1030 a 1040 - (Meio macio)
– Apresenta início de têmpera
– Difícil para soldar
– Usos: peças especiais de máquinas e motores, ferramentas
para a agricultura, etc.
• • Aço 1040 a 1060 - (Meio duro)

– Adquire boa têmpera
– Muito difícil para soldar-se
– Usos: peças de grande dureza, ferramentas de corte, molas,
trilhos, etc.
• • Aço acima de 1060 - (Duro a extra-duro)
– Tempera-se facilmente
– Usos: peças de grande dureza e resistência, molas, cabos, etc.
Tabela 12.3 – Tabela SAE e AISI de classificação dos aços..
Tabela 12.5 –
Aplicações dos
aços.
Tabela 12.6 - Composição química de aços comuns

Aços com Baixo Teor de
Carbono
• Contém menos do que cerca de 0,25%p de C;
• São os mais produzidos;
• Não respondem a tratamentos térmicos que visem a
formação de martensita;
• O aumento da resistência pode ser obtido através de
trabalho a frio;
• As microestruturas consistem nos constituintes ferrita e
perlita;
• Têm baixas dureza e resistência;
• Possuem ductilidade e tenacidade;
• São usináveis, soldáveis e, de todos os aços,
apresentam o menor custo de produção;
• Aplicações típicas incluem componentes das carcaças
do automóvel, formas estruturais e chapas que são
usadas em tubulações, edifícios, pontes e latas
estanhadas
Carbono
• Um outro grupo de aços de baixo teor de carbono são os aços de
alta resistência e baixa-liga ( HSLA – High-Strength, Low-Alloy);
• Eles contêm outros elementos de liga, tais como cobre, vanádio,

níquel e molibdênio em concentrações combinadas que podem ter
até 10%p;
• Possuem maiores resistência do que os aços de baixo-carbono;
• Estes aços são mais resistentes à corrosão.

Carbono
Tabela 12.8 – Características mecânicas de materiais laminados a quente e
aplicações típicas para vários aços comuns com baixo teor de carbono e alta
resistência e baixa liga.
Aços com Médio Teor de
Carbono
• Possuem concentrações de carbono entre
aproximadamente 0,25 e 0,60%pC;
• Estas ligas podem ser tratadas termicamente por
austenitização e têmpera;
• Possuem baixas endurecibilidades e podem ser tratadas
termicamente com sucesso em seções finas e com
taxas de resfriamento muito rápidas;
• Adição de cromo, níquel e molibdênio melhora a
capacidade destas ligas serem tratadas termicamente;
• Suas aplicações incluem as rodas e os trilhos de trens,
engrenagens, virabrequins e outras partes de máquinas
e componentes estruturais de alta resistência que
exigem uma combinação de alta resistência, resistência
à abrasão e tenacidade.
Aços com Médio Teor de
Carbono
Tabela 12.9 – Aplicações típicas e faixas de propriedades mecânicas para
aços comuns e aços liga temperados em óleo e revenidos.
a: classificado como aço com alto teor de carbono.

Aços com Alto Teor de Carbono
• Possuem normalmente teores de carbono entre 0,60 e 1,4%p;
• São os mais duros e os mais resistentes e, portanto, os menos

dúcteis dos aços-carbono;
• Os aços-ferramenta e os utilizados em matrizes são ligas com alto

teor de carbono, contendo geralmente cromo, vanádio, tungstênio e
molibdênio;
• Estes aços são utilizados como ferramentas de corte e como

matrizes para moldar e conformar materiais, bem como em facas,
lâminas de corte, lâminas de serra, molas e arames de alta
resistência mecânica.
Aços com Alto Teor de Carbono
Tabela 12.10 – Designações, composições e aplicações para seis aços-
ferramentas.
11.2 Aços
Figura 12.3 –
Comportamento dos aços
com a variação do teor de
carbono.
• 12.2 Aços
12.3 Elementos de liga
• Carbono
– formação do carboneto de ferro (cementita).
– aumenta o L.R. e L.E.
– diminui a ductilidade, tenacidade e soldabilidade.
– aumenta a temperabilidade (formação de martensita).
• Manganês
– aumenta a dureza e resistência com menor prejuízo da
soldabilidade e tenacidade.
– combate o efeito nocivo do enxofre (MnS).
• Silício
– Usado como desoxidante, gerando aços com grande T.G.,
limitando a fluência;
– Aumenta o L.E. e L.R.;
– Diminui a ductilidade e tenacidade.
• Alumínio
– Usado como desoxidante, gerando aços com pequeno T.G.,
dando boa tenacidade a baixas temperaturas;
– Forma nitretos que limitam o crescimento de grão em altas
temperaturas.
• Dependendo do teor de Si e Al, os aços podem ser classificados
como:
– acalmados (killed)
– semi-acalmados (semi-killed)
– efervescentes (rimmed)
• Os aços acalmados são:

– mais caros;
– menor incidência de defeitos internos;
– maior homogeneidade microestrutural;
– melhor comportamento em alta e baixa temperaturas.
• Aços efervescentes: São aqueles que contém maior quantidade
de oxigênio e outros gases. Este tipo de aço é inadequado para
aplicações estruturais visto que durante o processo de solidificação,
bolhas de gás ficam presas no interior da peça e, devido a essas
descontinuidades e vazios, a peça estrutural apresenta sua
resistência mecânica comprometida.
• Aços acalmados: São os aços isentos de qualquer tipo de gás, ou
seja, possui grande uniformidade. São aços recomendados para
aplicações estruturais.
• Aços semi-acalmados: Possuem gases em sua constituição,
embora em menor quantidade do que os aços efervescentes. Pode
ser aplicado em peças estruturais, porém devem-se tomar cuidados
especiais em relação a resistência ao choque e à temperatura de
transição.
• Fósforo
– Altamente endurecedor e fragilizante, tendo teor limitado;
– Aumenta resistência à corrosão atmosférica e melhora
usinabilidade.
• Enxofre
– Fragilização a quente pela formação de FeS, de baixo P.F.
(1000oC);
– Fratura por decoesão lamelar e fragilização por hidrogênio em
sulfetos alongados de Mn.
• Cobre
– O Cu adicionado em alguns aços, até 0,25%, melhora a
resistência a corrosão atmosférica e aumenta a resistência e
escoamento devido a precipitação de compostos de ferro-cobre.
• Molibdênio
– Forma carbonetos estáveis a altas temperaturas, limitando a
fluência.
• Oxigênio
– Forma óxidos e silicatos, inclusões que, em grande quantidade
baixam a as propriedades mecânicas, especialmente tenacidade.
• Hidrogênio
– Fragilizante, causando trincas em concentrações muito baixas;
• Nitrogênio
– Formação de nitreto de ferro, causando endurecimento por
precipitação;
– Endurecimento superficial pela formação de nitretos de Al, Cr, V
e Mo - nitretação.
• Nióbio
– Aumento da resistência mecânica e tenacidade pelo refino de
grão;
– Usado na fabricação de aços microligados.
• Austenitizantes
– Estabilizam a austenita (CFC);
– Carbono, nitrogênio, níquel, manganês, cobalto, cobre, zinco,
ouro.
• Ferritizantes
– Estabilizam a ferrita (CCC);
– Cromo, alumínio, molibdênio, silício, tungstênio, vanádio, titânio,
fósforo, berilo, estanho, antimônio, arsênio.
Tabela 12.11 –
Principais aços
utilizados na
construção
mecânica
• 12.2 Aços
12.4 Ferros Fundidos
• Os ferros fundidos são uma classe de ligas ferrosas
com teores de carbono acima de 2,14%p;
• Na prática, a maioria dos ferros fundidos contém

entre 3,0 e 4,5%p C, além de outros elementos de
liga;
• Podem ser fundidas facilmente;
• Além disso, alguns ferros fundidos são frágeis e a

fundição é a técnica mais conveniente.
• O verdadeiro diagrama de equilíbrio para ferro e
o carbono é apresentado na Figura 11.1, que se
estende até 100%p de carbono, de tal modo
que a fase rica em carbono é a grafita, em vez
de cementita a 6,7%p.
Figura 12.6 – Diagrama de fases de equilíbrio ferro-carbono com grafita, em

lugar da cementita, como uma fase estável.
• A tendência para formar grafita é regulada por:
– Composição (a formação da grafita é promovida pela
presença de silício em concentrações superiores a
aproximadamente 1%p);
– taxa de resfriamento (taxas de resfriamento mais
lentas durante a solidificação favorecem a
grafitização);
• Os tipos mais comuns de ferros fundidos são:

– Cinzento
– Nodular
– Branco
M l á l
Tabela 11.12 – Composições químicas de ferros fundidos comerciais.

• 12.2 Aços
12.5 Ferros Fundidos Cinzento
• Os teores de carbono e de silício de ferros
fundidos cinzentos variam entre 2,5 e 4,0%p e
1,0 e 3,0%p, respectivamente;
• Para a maioria destes ferros fundidos, a grafita

existe na forma de flocos, os quais se
encontram normalmente envolvidos por uma
matriz de ferrita-α ou de perlita;
• Por causa destes flocos de grafita, uma

superfície fraturada assume uma aparência
acinzentada, daí o seu nome.
Figura 12.7 – Fotomicrografia ópticas do ferro fundido cinzento: os flocos

escuros de grafita estão em uma matriz de ferrita α. Ampliação de 500x.
• O ferro fundido cinzento é comparativamente pouco resistente e
frágil em tração;
• As extremidades dos flocos de grafita são afiladas e pontiagudas e
podem servir como pontos de concentração de tensões quando
uma tensão externa de tração for aplicada;
• A resistência mecânica e ductilidade são muito maiores para cargas
de compressão;
• Eles são muito eficientes no amortecimento de energia vibracional,
motivo pelo qual as estruturas das bases de máquinas e
equipamentos pesados que são expostas a vibrações são
frequentemente construídos com esse material;
• Os ferros fundidos cinzentos exibem alta resistência ao desgaste e,
no estado fundido, eles possuem alta fluidez;
• Os ferros fundidos cinzentos estão entre os materiais metálicos
mais baratos.
• 12.2 Aços
12.6 Ferros Fundidos Branco
• A superfície da fratura desta liga apresenta uma
aparência esbranquiçada, desta forma, denominada
ferro fundido branco;
• Para ferros fundidos de baixo teor de silício (menos que
1,0%p de Si) e altas taxas de resfriamento, a maioria do
carbono existe na forma de cementita, em vez de grafita;
• O ferro fundido branco é extremamente duro e também
muito frágil, ao ponto de ser virtualmente não-usinável.
• O seu uso está limitado a aplicações que necessitam
uma superfície muito dura e resistente ao desgaste, por
exemplo, como os cilindros de laminação;
• Geralmente, ferro fundido branco é usado como um
produto intermediário na produção de um outro ferro
fundido, o ferro fundido maleável.
Figura 12.8 – Fotomicrografia ópticas do ferro fundido branco: as regiões

claras de cementita estão envolvidas por perlita, que possui uma estrutura
ferrita-cementita em lamelas. Ampliação de 400x.
FORMAÇÃO DO FOFO BRANCO:
• O silício favorece a decomposição da cementita em

ferrita e grafita, ou seja, a ele se recorre quando se
quer o fofo cinzento;
• O manganês tem ação contrária à do silício, pois

dificulta a decomposição da cementita, e em teor
muito elevado, pode anular a ação do silício e o
ferro fundido resultar em branco;
• O esfriamento lento favorece a formação da grafita.

• 12.2 Aços
12.7 Ferros Fundidos Nodular
• A adição uma pequena quantidade de magnésio e/ou
cério ao ferro fundido cinzento antes da fundição produz
nódulos de grafita ou partículas com formato esférico;
• A matriz que envolve essas partículas consiste ou em
perlita ou em ferrita, dependendo do tratamento térmico.
Normalmente é perlita;
• Esses fundidos são mais resistentes e muito mais
dúcteis do que o ferro cinzento;
• O ferro fundido nodular possui características mecânicas
que se aproximam daquelas do aço;
• Aplicações típicas deste material incluem válvulas,
corpos da bomba, virabrequins, engrenagens e outros
componentes automotivos e de máquinas.
12.7 Ferros Fundidos Nodular
Figura 12.9 – Fotomicrografia ópticas do ferro fundido nodular: os nódulos

escuros de grafita estão envolvidos por uma matriz de ferrita α. Ampliação de
200x.
• 12.2 Aços
12.8 Ferros Fundidos Maleável
• O aquecimento do ferro fundido branco até temperaturas
entre 800 e 900ºC durante um período de tempo
prolongado e em uma atmosfera neutra (para prevenir a
oxidação) causa a decomposição da cementita,
formando grafita, que existe na forma de aglomerados
envolvidas por uma matriz de ferrita ou de perlita,
dependendo da taxa de resfriamento;
• A microestrutura do ferro maleável é semelhante àquela
exibida pelo ferro fundido nodular, que explica uma
resistência mecânica relativamente alta e uma
ductilidade ou maleabilidade considerável;
• Aplicações representativas incluem barras de ligação,
engrenagens de transmissão e cárteres do diferencial
para indústria automotiva, além dos flanges, conexões
de tubulações e peças de válvulas para serviços
marítimos e outros serviços pesados.
Figura 12.10 – Fotomicrografia ópticas do ferro fundido maleável: rosetas

escuras de grafita (grafita de recozimento) em uma matriz de ferrita α.
Ampliação de 150x.
• Os ferros fundidos cinzento e nodular são
produzidos em quantidades aproximadamente
iguais, entretanto, a produção de ferro fundido
branco e maleável é menor.
Figura 12.11 – Faixa de composições para os ferros fundidos comerciais.
Tabela 12.13 - Algumas aplicações dos ferros fundidos.
Tipo de
ferro Propriedades Produtos
fundido Blocos e cabeçotes de motor, carcaças e platôs
Ferro Boa usinabilidade.
de embreagem, discos e tambores de freio;
fundido Capacidade de suportes, bases e barramentos de máquinas
cinzento amortecer vibrações. industriais.
Dureza e fragilidade.
Ferro Elevada resistência à Equipamentos de manuseio de terra, mineração
fundido compressão. e moagem; rodas de vagões; revestimentos de
branco Resistência ao moinhos.
desgaste e à abrasão.
Alta resistência
Ferro Suportes de molas, caixas de direção, cubos de
mecânica e alta fluidez
fundido roda; conexões para tubulações hidráulicas e
no estado líquido.
maleável industriais; suportes de barras de torção, copos
(preto ou Resistência ao choque de mancais, flanges para tubos de
branco) e às deformações. escapamento.
Ductilidade,
Ferro tenacidade, Mancais, virabrequins, caixas de diferencial,
fundido usinabilidade. carcaças de transmissão, caixas satélites para
Resistência mecânica
nodular automóveis, caminhões e tratores.
e à corrosão.
• 12.2 Aços
12.9 Aços Inoxidáveis
• São altamente resistentes à corrosão em diversos
ambientes;
• Seu elemento de liga predominante é o cromo;
• A resistência à corrosão também pode ser melhorada

através de adições de níquel e molibdênio;
• Os aços inoxidáveis são divididos em 3 classes

principais, com base na fase constituinte predominante
da microestrutura - martensítico, ferrítico ou austenítico;
• Uma ampla faixa de propriedades mecânicas

combinadas com excelente resistência à corrosão torna
os aços inoxidáveis muito versáteis em sua
aplicabilidade.
Aplicações:
– Serviços em baixa temperatura;
– Serviços em alta temperatura;
– Fluidos com alta corrosividade;
– Peças com alta resistência mecânica e a corrosão;
– Implantes cirúrgicos;
– Equipamentos para indústria alimentícia /

farmacêutica;
• Os aços inoxidáveis martensíticos podem ser tratados
termicamente, de tal maneira que a martensita é o microconstituinte
principal;
• Para aços inoxidáveis austeníticos, o campo da fase austenita (ou
γ) se estende até a temperatura ambiente;
• Os aços inoxidáveis ferríticos são compostos da fases ferrita-α
(CCC);
• Os aços inoxidáveis austeníticos e ferríticos têm sua resistência
aumentada por trabalho a frio, pois não são tratáveis termicamente;
• Os aços inoxidáveis austeníticos são os mais resistentes à
corrosão, devido aos seus altos teores de cromo e também às
adições de níquel. Eles também são produzidos nas maiores
quantidades;
• Tanto os aços inoxidáveis martensíticos quanto os aços inoxidáveis
ferríticos são magnéticos. O aço inoxidável austenítico não é
magnético.
Figura 12.12 – Diagrama de Schaeffler.

Tabela 12.14 - Algumas aplicações dos aços inoxidáveis.

Designação AISI – Aço inoxidável
– Série 200 e 300: austeníticos

– Série 400: ferríticos e martensíticos
• 12.2 Aços
12.10 Aço Inoxidável Ferrítico
• Os mais baratos
• Resistentes à corrosão atmosférica
• São difíceis de soldar
• Pouco sujeitos à corrosão sob tensão, mas
fragilizam a 475°C
• Não são endurecíveis por têmpera
• Usados em fogões, geladeiras, pias, sistemas de
exaustão de gases em motores de explosão, etc.
12.10 Aço Inoxidável Ferrítico
Tabela 12.15 – Composição química dos aços inoxidáveis ferríticos.

• 12.2 Aços
12.11 Aço Inoxidável
Martensítico
• Podem atingir altas durezas por tratamento térmico
(têmpera), além de excelente resistência mecânica;
• Insoldáveis e incortáveis por maçarico;
• Aplicações estruturais, instrumentos de corte,

instrumentos de medida, discos de freio, etc.
Martensítico
Tabela 12.16 – Composição química dos aços inoxidáveis martensíticos.
• 12.2 Aços
Austenítico
• Uso geral e em alta temperatura (mas têm
problemas com cloretos);
• Dúcteis (encruam muito) e tenazes;
• Soldáveis;
• Não magnéticos;
• Na série 200 o Mn substitui parcialmente o Ni;
• Principais Tipos:
– 304 (18-20Cr, 8-12Ni, 2Mn)
– 316 (16-18Cr, 10-14Ni, 2Mn, 2-3Mo)
• Uso geral: 202, 302, 303 (usinagem), 304, 316
• Alto encruamento: 201, 301
• Alta temperatura: 316, 317, 310, 314, 321, 347, 348
Austenítico
• Elevada resistência à corrosão;
• Fáceis de serem trabalhados, aceitam deformações

permanentes;
• São versáteis e de fácil limpeza;
• Aspecto estético atraente, com superfícies lisas;

Austenítico
Tabela 12.17 –
Composição
química dos
aços
inoxidáveis
austeníticos.
Aços Inoxidáveis
Tabela 12.18 – Propriedades mecânicas dos aços inoxidáveis.
Ferríticos
Austeníticos
Martensíticos
Tabela 12.19 –
Designações,
composições e
aplicações para
aços inoxidáveis.
Aços Inoxidáveis
Tabela 12.20 –
Resistência a
corrosão relativa.
• 12.2 Aços
12.13 Aços Duplex
• Os aços inoxidáveis duplex e superduplex estão
sendo utilizados em quantidades cada vez maiores,
principalmente nos segmentos químico,
petroquímico, papel e celulose, naval e offshore;
• No segmento petroquímico são empregados em
unidades de dessalinização, dessulfuração e
equipamentos de destilação;
• Nos segmentos naval e offshore estão presentes
em tanques para transporte de substâncias
corrosivas, árvores de natal molhadas, tubulações
para trabalho em altas temperaturas com elevados
teores de íons cloreto, etc.
12.13 Aços Duplex
• Possui excelente combinação de propriedades
mecânicas e elevada resistência à corrosão;
• Possuem maior resistência à corrosão em

comparação ao aço austenítico (por pites, sob
tensão, meio cáustico, ácido orgânico);
• Vantagens como redução de peso, manutenção e

melhoria de propriedades;
12.13 Aços Duplex
• São ligas metálicas a base de ferro-carbono com
teor mínimo de 12% de cromo;
• Apresentam duas fases principais em sua

microestrutura em quantidades aproximadamente
iguais (50%-50% - duplex);
• Composta por ferrita (CCC) e por austenita (CFC).

12.13 Aços Duplex
Ferrita (α)
Austenita (γ)
Figura 12.16 – Aços duplex.

12.13 Aços Duplex
Tabela 12.21 – Propriedades mecânicas de alguns aços inoxidáveis.
12.13 Aços Duplex
Tabela 12.22 – Principais aços inoxidáveis duplex trabalhados.

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12 – LIGAS METÁLICAS

• As ferrosas são as ligas em que o ferro é o principal

• São produzidas em maiores quantidades do que

• Compostos contendo ferro existem em quantidades

Figura 12.1 – Esquema de classificação para as várias ligas ferrosas.

Aço extra doce < 0,15 %C

Figura 12.2 – Diagrama de fases ferro-cementita.

• O aço 1060 é um aço comum (10) com 0,60%p de

Segundo a ABNT, os dois primeiros algarismos designam a classe

• • Aço 1020 - (Macio)

• • Aço 1040 a 1060 - (Meio duro)

Tabela 12.6 - Composição química de aços comuns

• Eles contêm outros elementos de liga, tais como cobre, vanádio,

• Possuem maiores resistência do que os aços de baixo-carbono;

• Estes aços são mais resistentes à corrosão.

a: classificado como aço com alto teor de carbono.

• São os mais duros e os mais resistentes e, portanto, os menos

• Os aços-ferramenta e os utilizados em matrizes são ligas com alto

• Estes aços são utilizados como ferramentas de corte e como

• Os aços acalmados são:

• Na prática, a maioria dos ferros fundidos contém

• Podem ser fundidas facilmente;

• Além disso, alguns ferros fundidos são frágeis e a

Figura 12.6 – Diagrama de fases de equilíbrio ferro-carbono com grafita, em

• Os tipos mais comuns de ferros fundidos são:

Tabela 11.12 – Composições químicas de ferros fundidos comerciais.

• Para a maioria destes ferros fundidos, a grafita

• Por causa destes flocos de grafita, uma

Figura 12.7 – Fotomicrografia ópticas do ferro fundido cinzento: os flocos

Figura 12.8 – Fotomicrografia ópticas do ferro fundido branco: as regiões

• O silício favorece a decomposição da cementita em

• O manganês tem ação contrária à do silício, pois

• O esfriamento lento favorece a formação da grafita.

Figura 12.9 – Fotomicrografia ópticas do ferro fundido nodular: os nódulos

Figura 12.10 – Fotomicrografia ópticas do ferro fundido maleável: rosetas

• Seu elemento de liga predominante é o cromo;

• A resistência à corrosão também pode ser melhorada

• Os aços inoxidáveis são divididos em 3 classes

• Uma ampla faixa de propriedades mecânicas

– Serviços em baixa temperatura;

– Serviços em alta temperatura;

– Fluidos com alta corrosividade;

– Peças com alta resistência mecânica e a corrosão;

– Equipamentos para indústria alimentícia /

Figura 12.12 – Diagrama de Schaeffler.

Tabela 12.14 - Algumas aplicações dos aços inoxidáveis.

– Série 200 e 300: austeníticos

Tabela 12.15 – Composição química dos aços inoxidáveis ferríticos.

• Insoldáveis e incortáveis por maçarico;

• Aplicações estruturais, instrumentos de corte,

• Fáceis de serem trabalhados, aceitam deformações

• São versáteis e de fácil limpeza;

• Aspecto estético atraente, com superfícies lisas;

• Possuem maior resistência à corrosão em

• Vantagens como redução de peso, manutenção e

• Apresentam duas fases principais em sua

• Composta por ferrita (CCC) e por austenita (CFC).

Figura 12.16 – Aços duplex.

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