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Classificação dos Aços

Composição Química

Microestrutura Propriedades Aplicação

Processamento

Versão 2020
Classificação dos Aços Quanto a Composição Química

Aços carbono são aqueles em que estão presentes o carbono e o elementos de liga
residuais, Mn, Si, P, S.

Teor de Carbono [%C]


Baixo Carbono ou Aço Doce < 0,25%
Médio Carbono ou Aço Meio Duro 0,25% < %C < 0,50%
Alto Carbono ou Aço Duro 0,50% < %C < 1,40%

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Codificação dos Aços AISI, SAE, ABNT

XXYY
XX: tipo de aço, por exemplo ao C, ao Mn, ao Cr,

YY: teor de carbono (x100%)

1020
10 significa aço comum ao carbono
0,20% de Carbono

Versão 2020
Codificação dos Aços AISI, SAE, ABNT

10YY – Aço ao Carbono


13YY – Aço ao Manganês, 1,75%
15YY – Aço ao Manganês, 0,15 a 0,8%
23YY – Aço ao Níquel, 3,5%
25YY – Aço ao Níquel, 5%
31YY – Aço ao Cromo, 0,65 a 0,8% com 1,25% de Ni
40YY – Aço ao Molibdênio, 0,2 a 0,25%
43YY – Aço Níquel Cromo Molibdênio, 1,82% Ni; 0,5 a 0,8% Cr; 0,12 a 0,3% Mo

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Codificação dos Aços AISI, SAE, ABNT

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Classificação dos Aços Quanto a Composição Química

Teor de Elementos de Liga [EL%]


Baixa Liga < 5%
Média Liga 5% < %EL < 10%
Alta Liga > 10%

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Classificação dos Aços Quanto ao Processamento

Processamento Microestrutura Propriedades


Encruada (alta densidade de discordâncias) Elevada Resistência
Trabalho a Frio Grão são alongados ou orientados pelo Baixa Ductibilidade
processo Grande anisotropia
Grãos refinados e equiaxiais Moderada resistência
Trabalho a Quente Ausência de tensões residuais Elevada ductibilidade
Moderada anisotropia
Estrutura dendrítica
Grãos colunares e equiaxiais Baixa resistência
Fundido Baixa densidade de discordâncias Elevada ductibilidade
Presença de segregação Moderada anisotropia
Presença de tensões residuais
Presença de poros
Sinterizado Heterogeneidade química Baixa resistência
Presença de poros Baixa ductibilidade
Recristalizada (baixa densidade de discordâncias) Moderada anisotropia

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Classificação dos Aços Quanto a Microestrutura

1. Encruados: Esses aços são de microestrutura predominantemente ferrítica, com um pouco de


perlita, sendo resultantes de processo de deformação a frio. Normalmente são aços com teor de carbono
inferior a 0,4% e com baixa quantidade de elementos de liga.
2. Ferríticos-Perlíticos: sem elementos de liga ou com elementos de liga relativamente baixos
(<5%); suas propriedades mecânicas, em função do teor de carbono e de elementos de liga, podem ser
melhoradas por tratamentos térmicos de têmpera e revenido; também em função do teor de carbono, sua
usinabilidade pode ser considerada boa.
3. Martensíticos: quando o teor de elementos de liga superar 5%; apresentam dureza muito elevada e
baixa usinabilidade.

Versão 2020
Versão 2020
SAE 1050
SAE 1005

SAE 1010

Versão 2020
Perlita – Aço 1076

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Martensita Martensita Revenida

Versão 2020
Classificação dos Aços Quanto a Microestrutura

4. Austeníticos: caracterizados por reterem a estrutura austenítica à temperatura ambiente, devido aos
elevados teores de certos elementos (Ni, Mn, Co); os inoxidáveis, não magnéticos, e resistentes ao calor,
por exemplo, pertencem a esse grupo. A austenita quando estabilizada pelo Mn produz um classe da aços
chamada de Hadfield que transforma a microestrutura austenítica em martensítica mediante a impactos.
5. Duplex ou Bifásicos: São aços caracterizado por possuir dois tipos de microestrutura: austenita +
ferrita; ferrita + martensítica.
6. Carbídicos: caracterizados por apresentarem quantidades consideráveis de carbono e elementos de
liga formadores de carbetos o carbonetos com por exemplo Cr, W, Mn, Ti, Nb, Zr. Sua estrutura compõe-
se de carbonetos dispersos na matriz. São aços usados especialmente em ferramentas de corte e em
matrizes.

Versão 2020
Aço Ferramenta - carbídico

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Classificação dos Aços Quanto a Aplicação
1. Aços Estruturais: aços destinados a construção de estruturas metálicas; requisitos: resistência
mecânica, soldabilidade, baixo custo.
2. Aços para Molas: alto limite de elasticidade e resistência a fadiga.
3. Aços para Beneficiamento ou Tratamentos Térmicos: teor de C acima de 0,5%,
adição de elementos de liga intensificam ou potencializam os tratamentos térmicos.
4. Aços para Cementação ou Nitretação: em geral são aços com teor de C inferior a 0,5%,
com ou sem a adição de elementos de liga. São empregados em elementos de máquinas que devem ter
elevada resistência mecânica superficial ao desgaste e elevada ductibilidade no núcleo.
5. Aços Ferramentas:
1. Trabalho a Frio: considera-se trabalho a frio as aplicações que ocorrem na temperatura ambiente ou
abaixo de 200 °C, tais como: matrizes para estampagem; dobramento; ferramentas de corte e
usinagem de papel e madeira; tesouras; compactação de pós, etc.
2. Trabalho a quente: são aplicações que ocorrem acima de 200 °C, exemplos: matrizes para
forjamento; molde de fundição; fieira de extrusão; etc.
3. Ferramentas de Usinagem: são as aplicações mais severa dessa categoria, as propriedades devem
combinar resistência mecânica, dureza, estabilidade em temperaturas na faixa de 500 °C a 600 °C.
Exemplo: brocas; bits, machos; cossintes; fresas; etc.
Versão 2020
Elementos de Liga

Embora um aço comum seja uma liga de ferro e carbono com pequenas quantidades de
manganês, silício, enxofre e fósforo, o termo AÇO LIGA é aplicado quando um ou mais
elementos diferentes do carbono são introduzidos em quantidades suficientes para
modificar suas propriedades substancialmente. Os aços liga além de exibirem
propriedades mecânicas/químicas/físicas mais desejáveis, também permitem uma
amplitude maior no processo de tratamento térmico.

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CARBONO

O carbono eleva os limites de resistência e a sensibilidade a concentrações de tensões mas


reduz a tenacidade e a usinabilidade, bem como a forjabilidade, a soldabilidade e as
condutibilidades térmicas e elétricas. A formação de ferrugem, entretanto, é independente
do teor de carbono. É sobretudo, a insuficiência de tenacidade, associada ao teor de
carbono e à dureza mais elevados, que se procura contornar através de certas precauções
(adição de elementos de liga e tratamento térmico).

Versão 2020
CROMO
Célula unitária CCC

A adição de cromo resulta na formação de vários carbonetos de cromo muito duros;


apesar disso, o aço resultante é mais dúctil que um aço da mesma dureza produzido
por um simples aumento no conteúdo de carbono. O cromo também refina a
estrutura de grão, de modo que esses dois efeitos combinados resultam em
tenacidade e dureza aumentadas. Trata-se, portanto, de um elemento de muito útil.

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NÍQUEL
Célula unitária CFC

O níquel é um elementos austenitizante, mas também se dissolve na ferrita e não forma


carbonetos ou óxidos. Isso aumenta a resistência sem reduzir a ductibilidade. O
endurecimento de camada de aços de níquel resulta em um núcleo melhor do que
aquele que poderia ser obtido com aços comuns de carbono. O cromo é
frequentemente usado em combinação com o níquel, a fim de obter a tenacidade e a
ductilidade providas pelo níquel e a resistência ao desgaste e a dureza fornecidas pelo
cromo. Aumenta apreciavelmente a resistência à oxidação atmosférica.

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MANGANÊS
Célula unitária Cúbica

O manganês é adicionado a todos os aços como um agente desoxidante e


dessulfurante; todavia, se o conteúdo de enxofre for baixo e o de manganês, superior a
1%, o aço é classificado com uma liga de manganês. O manganês aumenta a
resistência ao desgaste (dureza) e a oxidação. Formado de carbetos. Austenitizante.

COBRE
Célula unitária CFC

Eleva os limites de resistência e, sobretudo, aumenta a resistência a oxidação.

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SILÍCIO
Célula Unitária CFC

O silício é adicionado a todos os aços como agente desoxidante. Quando acrescido a


aços de muito pouco carbono, produz um material frágil. Seu principal uso ocorre
com outros elementos ligantes, tais como manganês, cromo e vanádio, para estabilizar
os carbonetos. Aumenta a resistência à oxidação; aumenta a dureza.

COBALTO
Célula Unitária CFC

Eleva sensivelmente a capacidade de corte de aços rápidos (até 15%) e os torna mais
estáveis durante o revenido e mais resistentes a altas temperaturas.

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MOLIBDÊNIO
Célula Unitária CCC

Ainda que o molibdênio seja empregado sozinho em poucos aços, sua maior utilização
ocorre quando combinado com outros elementos ligantes, tais como cromo, níquel ou
ambos. Ele forma carbonetos e também se dissolve na ferrita até certo ponto, de modo
que adiciona dureza e tenacidade. O molibdênio é mais efetivo na produção de
propriedades desejáveis de endurecimento em óleo e no ar. Exceto pelo carbono, ele
tem o maior efeito endurecedor; ademais, por também contribuir para o tamanho de
grão fino, isso resulta na retenção de boa tenacidade. Eleva a dureza e a resistência
mecânica e a quente, aumenta a resistência a fluência.

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VANÁDIO
Célula Unitária CCC

O vanádio tem uma tendência considerável de formar carbonetos, sendo, por isso,
utilizado em pequenas quantidades. É um forte agente desoxidante e promove um
tamanho de grão fino. Visto que alguma quantidade sua é dissolvida na ferrita, ele
também enrijece o aço. Além disso, fornece ao aço um amplo intervalo de
endurecimento, de modo que a liga pode ser endurecida a partir de uma temperatura
mais elevada. É muito difícil amolecer aço de vanádio por revenimento; por tal
razão, ele é amplamente empregado em aços para ferramentas.

Versão 2020
TUNGSTÊNIO
Célula Unitária CCC

O tungstênio é amplamente utilizado em aços de ferramenta, uma vez que estes


devem manter sua dureza mesmo se aquecidos até a incandescência. Ele produz
uma estrutura fina e densa e adiciona tanto tenacidade quanto dureza. Seu efeito
é similar ao molibdênio, à exceção que deve ser acrescentado em maiores
quantidades.

ALUMÍNIO
Célula Unitária CFC

Eleva a dureza superficial de aço nitretados, através da formação de nitreto de


alumínino, e aumenta a resistência dos aços à corrosão e ao “envelhecimento”.
Não se deve, entretanto, tolerar a existência de traços de Al2O3 nos aços.
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ENXOFRE

O enxofre melhora a usinabilidade e, por isso, é adicionado aos aços de usinagem


automática na proporção de até 0,05%.

FÓSFORO

É encontrado nos aços comuns na proporção de até 0,2% e aumenta o limite de


escoamento e a resistência à ferrugem. Teores mais elevados tornam o aço “frágil a
frio” e reduzem sua resistência à fadiga.

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