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Estruturas Metálicas

Rui Simões
João Pedro Martins
António Adão da Fonseca

MÓDULO 27 – Análise e Dimensionamento de Ligações Metálicas

2022/2023

Considerações Gerais

1
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Considerações gerais
A necessidade das ligações: A importância das ligações:
- mudanças de direção – forma da estrutura; - resistência e comportamento global da estrutura;
- mudança do elemento estrutural; - custos de projeto;
- manuseamento, transporte e montagem dos elementos. - custos de execução da estrutura.

1 Junta viga-coluna simples

2 Junta viga-coluna dupla

3 Emenda de viga

4 Emenda de coluna

5 Base de coluna

Componentes de ligação: cordões de soldadura, parafusos, rebites, chapas,…

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Considerações gerais

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Considerações gerais

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Considerações gerais
Principais requisitos (em termos económicos) de dimensionamento:

• Facilidade de acesso a zonas a soldar;


• Facilidade de acesso a zonas de parafusos;
• Minimização dos cortes a efetuar;
• Otimização do equipamento de montagem;
• “Standardização” de ligações.

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Considerações gerais
 Termos e Definições

Partes de uma configuração de junta viga-coluna

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Considerações gerais
 Abordagens para Dimensionamento

 ABORDAGEM TRADICIONAL

 ABORDAGEM SEMI-CONTÍNUA

a) Ligação rígida b) Ligação rotulada c) Ligação semi-rígida

Ligações rotuladas Ligações semi-rígidas


a) Ligação rígida b) Ligação rotulada c) Ligação semi-rígida

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Considerações gerais
 Fontes de deformabilidade das ligações: ligações viga-coluna de eixo forte

Configurações de junta
a) Junta num só lado b) Junta dupla

 DEFORMAÇÃO DA LIGAÇÃO

 DEFORMAÇÃO DO PAINEL DA ALMA DA COLUNA


Painéis de alma

Ligações
a) Junta num só lado b) Junta dupla

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Considerações gerais
 Abordagens de dimensionamento

 Modelação avançada por FEM

 Modelação simplificada – aplicação de análise plástica limite: método das componentes

 Métodos empíricos

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Análise estrutural e dimensionamento

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Análise estrutural e dimensionamento


 Comportamento de uma ligação viga-pilar resistente a flexão

EI
L

M
90°

 M j,Ed
Ed

M

Etapas: M j,
M
- Caracterização (método das componentes); Mj

- Idealização;
- Classificação;
- Modelação. Sj

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Análise estrutural e dimensionamento


 Caracterização de uma ligação viga-pilar resistente a flexão
M j
 momento resistente  Mj,Rd
 rigidez inicial rotacional  Sj,ini
S j,in i
M j,R d  capacidade de rotação  Cd
M j,E d

S j 
  
Ed Xd Cd
Curva Momento versus Rotação (Mj - )
Tipo de ligação ψ

S j S j , ini / onde  vem dado por : Soldada 2,7


Chapa de extremidade aparafusada 2,7
Se M j , Ed  2 / 3 M j , Rd  1
Cantoneiras de ligação de banzos aparafusadas 3,1
Se 2 / 3 M j , Rd  M j , Ed  M j , Rd   (1,5 M j , Ed /M j , Rd )
Chapas de base de pilares 2,7

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Análise estrutural e dimensionamento


 Idealização de uma ligação viga-pilar resistente a flexão
M M M

M j,R d M j,R d M j,R d

2 /3 M j,R d

S j,in i/ 
S j,in i S j,in i
S j,in i

Ø Ø Ø

Parâmetro 
Outros tipos de
ligação (viga-viga, de
Tipo de ligação Ligações viga-pilar continuidade de
vigas, de base de
pilares)

Soldada 2 3
Chapas de extremidade
aparafusadas 2 3
Cantoneiras de apoio de
banzo aparafusadas 2 3,5
Chapas de base - 3
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Análise estrutural e dimensionamento


 Classificação de uma ligação viga-pilar resistente a flexão

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Análise estrutural e dimensionamento


 Classificação de uma ligação viga-pilar em termos de rigidez e resistência

 rigidez  resistência

Ligações articuladas – o momento resistente da ligação deve ser inferior ou igual


a 25% do momento resistente dos elementos a ligar;
Ligações de resistência total – o momento resistente é pelo menos igual ao dos
elementos a ligar;
Ligações de resistência parcial - possuem uma resistência intermédia.

Sendo Mj,Rd ≥ Mb,pℓ,Rd


Mj,Rd
ou Mj,Rd ≥ Mc,pℓ,Rd
k b EI b
Zona 1: rígidas  S j ,ini 
Lb
Sendo Mj,Rd ≥ Mb,pℓ,Rd
onde Mj,Rd
kb = 8 para pórticos contraventados ou Mj,Rd ≥ 2 Mc,pℓ,Rd
kb = 25 outros pórticos

Zona 2: semi-rígidas
onde
0 ,5 EI b Ib é o momento de inércia da viga
Zona 3: flexíveis  S j,ini 
Lb
Lb é o vão da viga

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Análise estrutural e dimensionamento


 Classificação de uma ligação viga-pilar em termos de ductilidade

 Capacidade de rotação

 Relações M - 

Ductilidade infinita Ductilidade limitada Comportamento não ductil

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Análise estrutural e dimensionamento


 Modelação das ligações viga-pilar (painel da alma + ligações)

Modelação rigorosa – a ligação e o painel da alma ao corte são modelados por duas molas separadas;
Modelação simplificada – o comportamento do painel é incorporado (através dos parâmetros b 1 e b 2) na mola
representativa da ligação.

x
1 Sj Sj

Nó externo Sj Sj

Esq. Dir. 2
x x
3

Nó interno

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Análise estrutural e dimensionamento


 Modelação das ligações viga-pilar (painel da alma + ligações)
Tipo de configuração da ligação Acção Valor de β

Mb1,Ed b β= ≈1 1*)

Mb1,Ed = Mb2,Ed β = 0 *)

Mb1,Ed / Mb2,Ed > 0 β ≈ 1

Mb1,Ed / Mb2,Ed < 0 β ≈ 2

Mb1,Ed + Mb2,Ed = 0 b β= ≈2 2*)

b 1 e b 2 podem também ser obtidos com as expressões fornecidas em 5.3 (9) do EC3-1-8.

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Análise estrutural e dimensionamento


 Exemplo
Avaliação da influência da rigidez na distribuição de esforços na estrutura de um pavilhão.

Rotulada

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Análise estrutural e dimensionamento


 Exemplo

Diagrama de momentos fletores com ligações rotuladas nas bases e ligações viga-coluna e
viga-viga rígidas  resistência insuficiente nas ligações viga-coluna.

Mj,Rd = 104 kNm (verifica)

Mj,Rd = 31 kNm
0.00
(não verifica)

0.00

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Análise estrutural e dimensionamento


 Exemplo

Resistência e rigidez das ligações viga-coluna e viga-viga.

Ligação viga-coluna Ligação viga-viga

Mj,Rd = 31 kNm Mj,Rd = 104 kNm


Sj,ini = 6 000 kNm/rad e Sj = 3 000 kNm/rad Sj,ini = 127 500 kNm/rad e Sj = 63 750 kNm/rad
(Ligação semi-rígida) (Ligação rígida)

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Análise estrutural e dimensionamento


 Exemplo
Diagrama de momentos fletores com ligações rotuladas nas bases, ligações viga-coluna

Copyright © 2017 Associação Portuguesa de Construção Metálica e


semi-rígidas e ligações viga-viga rígidas  todas as ligações verificam a segurança.

Mj,Rd = 104 kNm (verifica)

Mj,Rd = 31 kNm
0.00 (verifica)

Mista
0.00

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Fabricação e montagem e orçamentação

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Fabricação
Receção de matéria-prima EN 10204
Designação Conteúdo Emitido por:
Declaração de
Declaração de conformidade com a
Tipo 2.1 conformidade com a Produtor
encomenda
encomenda
Declaração de conformidade com a
Tipo 2.2 Relatório de Ensaio encomenda e com os resultados de Produtor
ensaios mas, sem especificar a norma
Declaração de conformidade com a
Entidade produtora
Certificado de inspecção encomenda e com os resultados de
Tipo 3.1
3.1 ensaios especificados numa dada
independente do sector de
produção
Oxicorte
norma
Declaração de conformidade com a Entidade produtora
Certificado de inspecção encomenda e com os resultados de independente do sector de
Tipo 3.2
3.2 ensaios especificados numa dada
norma
produção e/ou um
representante do comprador
Plasma

Corte e furação Broca

Serrote de disco Serrote de fita

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Fabricação
Armação
Armação
Limpeza de peças e preparação de bordos

Soldadura

Solda MIG/MAG. (2) Tubo de contato, (3)


Arame consumível, (4) Gás de proteção, (5)
Poça de fusão, (6) Solda solidificada MIG/MAG Arco submerso

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Fabricação

Pré-montagem Proteção contra corrosão Decapagem

Pintura à
pistola

Categoria Corrosividade Exterior

C1 Muito baixa –

Atmosferas com baixo nível de poluição. Principalmente áreas


C2 Baixa
rurais.

Atmosferas urbanas e industriais com poluição moderada de


C3 Média
dióxido de enxofre. Áreas costeiras com baixa salinidade.

C4 Alta Áreas industriais e áreas costeiras com elevada salinidade.

C5-I Muito alta (industrial) Áreas industriais com alta humidade e atmosfera agressiva.

C5-M Muito alta (marítima) Áreas costeiras e “offshore” com alta salinidade.

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Fabricação
Defeitos de pintura
Proteção contra corrosão Descrição Foto Causa
1) Superfície mal
preparada, contaminada Escorridos - Nas superfícies 1) Excesso de diluição
Descamação (falta de com gorduras ou verticais a tinta líquida
aderência) - Consiste na partículas sólidas soltas tende, por acção da
perda de aderência entre a gravidade, a deslocar-se 2) Aplicação em sobre-
película e o substrato ou 2) Humidade no substrato sobre a forma de onda, espessura
entre demãos. lágrima ou cortina para a
3) Pintura sobre
parte inferior do substrato. 3) Má técnica de
superfície aquecida
aplicação

Descrição Foto Causa Crateras (Olhos de peixe)


Fissuração - Aparecimento de - Formação de uma pequena 1) Superfície contaminada
fissuras de diferentes depressão arredondada por óleos ou gorduras
1) Aplicação de tintas Etil
profundidades e comprimentos
Silicato de Zinco com sobre a superfície pintada.
espessuras muito elevadas Pode apresentar-se de forma
perfurante ou apenas 2) Falta de instalação de
superficial. purgadores e filtros de ar

2) Camada muito espessa


1) Evaporação muito
3) Incompatibilidade entre Bicos de alfinete - rápida do solvente
demãos Presença de várias bolhas
Embaciamento/Perda de pequenas que aparecem em
brilho - A superfície apresenta parte da superfície ou em
2) Deficiente projecção da
menos brilho na demão toda a superfície pintada.
1) Uso do diluente não tinta
recomendado

Casca de Laranja - 1) Viscosidade elevada da


2) Secagem excessivamente Irregularidades da superfície tinta
lenta devido a grande pintada similares ao aspecto
humidade ou a uma de casca de laranja (filme 2) Velocidade de
temperatura muito baixa não uniforme, micro aplicação e distância
relevos), defeito estético e entre a pistola e a
não de protecção. superfície incorrecta
3) Exposição a ambientes
muito húmidos durante a 1) Secagem superficial
aplicação/secagem rápida do filme (retenção
Bolhas e empolamentos - de solvente)
Formação de bolhas
contendo sólidos, líquidos ou
gases. 2) Excesso de humidade
no substrato ou ambiente
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Transporte e Montagem
Transporte rodoviário Transporte marítimo
Plat aforma “normal” sem qualquer
Máx. carga út il (Kg) 25000
aut orização
Medidas máximas das
Medidas Ext eriores Medidas máximas das
MEDIDAS peças indivísiveis
da plat aforma (mm) peças solt as (mm)
(mm)
Compriment o 13600 13600 15600
Largura 2500 2500 3100
Alt ura 1500 2500 2500
Plat aforma “normal” com aut orização
Máx. carga út il (Kg) 40000
especial
Medidas máximas das
Medidas Ext eriores
MEDIDAS peças indivísiveis
da plat aforma (mm)
(mm)
Compriment o 13600 - 20150
Largura 2500 4000
Alt ura 1500 4600

Contentor 20' Open Top Máx. carga útil (Kg) 18270


Exteriores Interiores Abertura da Abertura de
MEDIDAS
(mm) (mm) porta (mm) tecto (mm)
Comprimento 6058 5900 - 5720
Largura 2438 2330 2315 2190
Altura 2591 2350 2220 -
Contentor 40' Open Top Máx. carga útil (Kg) 26280
Comprimento 12192 12010 - 11400
Largura 2438 2315 2315 2186
Altura 2591 2330 2202 -

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Transporte e Montagem
Auto-grua
Meios de elevação

Multifunções

Plataforma elevatória Tesoura

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Orçamentação
Custo por unidade de medida C EM   Q i C i
u n it

C u n it
 C mp  C f C p C m ont C proj  C t C a ce ss C me C g  E n c  L u c ro

• custos unitários diretos, CDir C Trans - custo unitário transformado (€/kg);


C Trans - custo total a transformar (€);
• custos unitários transformados, CTrans. C mp - custo global da matéria prima (€);

C  C f - custo global de fabrico (€);


C C  C T ra n s
C T r a n s  C C C    mp f p
 1 C p - custo global de pintura (€);
mp f p
C C  C 
 mp f p 
Cmp- custo unitário da matéria prima (com desperdício, incluindo percentagem de chapas, em
€/kg);
Cf - custo unitário de fabrico (calculado com base em €/hora e ton/hora);
Cp - custo unitário de pintura (calculado com base em €/m2 );
Cmont - custo unitário de montagem (calculado com base em €/hora);
Cproj - custo unitário de preparação/projecto (calculado com base em €/hora);
Ct - custo unitário de transporte (calculado com base em €/km);
Cacess - custo unitário dos acessórios (calculado com base em €/un);
Cme - custo unitário dos meios de elevação (calculado com base em €/dia/máquina);
Cg - custo unitário de garantias (calculado com base numa percentagem);
Enc – custo unitário dos encargos (calculado com base numa percentagem);
Lucro – custo unitário do lucro (calculado com base numa percentagem)

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