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MFAB-10 Adequação ao Uso

Prof. Carlo Giuseppe Filippin


MÓDULO FABRICAÇÃO
MFAB-10 Adequação ao Uso

Graduação em Engenharia Mecânica – UFPR


Mestrado em Engenharia Mecânica – UFSC
Área de concentração: Projetos Mecânicos

Departamento de Engenharia Mecânica

Universidade Federal do Paraná

filippin@lactec.org.br - 3361 6289

Primavera de 2012

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Bibliografia Básica
• Branco, C.M., Fernandes, A.A. & de Castro, P.M.S.T, Fadiga
de Estruturas Soldadas, Fundação Calouste Gulbenkian,
Lisboa, Portugal, 1986;
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• Budynas, R. G. & Nisbett, J.K., Elementos de Máquinas de


Shigley, 8 ª Edição. McGraw Hill S.A., São Paulo, Brasil,
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2008;
• Lassen, T. & Recho, N., Fatigue Life Analyses of Welded
Structures, ISTE, Wiltshire, Inglaterra, 2006.
• Norton, R.L., Projeto de Máquinas, 2 ª Edição. Artmed
Editora S.A., São Paulo, Brasil, 2004;
• Rajad, D., Design and Analysis of Fatigue Resistant
Welded Structures, 1 ª Edição, Halsted Press, Cambridge,
Inglaterra, 1990;
• Shigley, J. E., Mischke, C. R. & Budynas, R. G., Projeto de
Engenharia Mecânica, 7 ª Edição. Artmed Editora S.A., São
Paulo, Brasil, 2005;

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MÓDULO FABRICAÇÃO Adequação ao Uso

• Adequação ao Uso - são


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avaliações técnicas quantitativas


que são realizados para
demonstrar a integridade estrutural
de um componente em serviço
contendo uma falha ou danos

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Adequação ao Uso

• Uma estrutura está adequada para o uso


quando sua função em serviço é cumprida
de forma satisfatória e segura, sujeita às
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cargas e condições ambientais durante sua


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vida útil remanescente;

• A estrutura pode sofrer deterioração em


serviço, mas não o suficiente para a
ocorrência de fratura ou falha;

• OBS: Adota-se como premissa no estudo


que a estrutura é utilizada dentro das
condições estabelecidas no projeto.

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Adequação ao Uso
• Equipamentos novos  se baseia na aplicação de códigos
tradicionais de projeto e fabricação;

• Códigos de Projeto  definem regras básicas envolvendo:


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• especificação dos materiais;


• fatores de segurança;
• critérios de dimensionamento;
• processos e detalhes de fabricação;
• exigências de inspeção e testes de fabricação;
• ensaios a serem empregados;
• etc...

• A qualificação da mão de obra de inspeção de


fabricação é totalmente direcionada para discernir e
registrar o que interessa a um sistema ligado à
fabricação, onde o objetivo principal é detectar e indicar
regiões de reparo comparando-se padrões de
aceitação definidos pelos códigos
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Adequação ao Uso

• Para equipamentos em operação não


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existem regras tão definidas como no caso


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de equipamentos novos, cabendo ao


responsável pela avaliação a definição de
critérios e propriedades de material a serem
empregadas, suportando a análise em
publicações oficiais e reconhecidas, mas
que não estabelecem todas as regras e
exigências para realização do trabalho.

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Adequação ao Uso

• Não é reconhecida, de uma forma geral, pelos códigos de


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projeto a presença de descontinuidades planares (iniciação


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e/ou propagação), redução localizada de espessura através


de processos corrosivos, desvios de forma relacionados a
ciclos térmicos, etc,.

• Ressalta-se que tais ocorrências apesar de inaceitáveis pelo


código de projeto podem não ser relevantes para o
equipamento e que por diversas vezes o dano presente no
equipamento é oriundo das fases da fabricação, não sendo
um resultado da operação e o tempo de uso.

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MÓDULO FABRICAÇÃO Adequação ao Uso
MFAB-10 Adequação ao Uso

• Dessa forma, atribui-se como o principal


objetivo da atividade de Adequação ao Uso
o de manter a integridade estrutural e
quantificar o risco associado à operação de
equipamentos com danos.

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Etapas de uma Avaliação de Integridade

Item Atividade
1 Identificação do dano
2 Definição da extensão do dano
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3 Definição do mecanismo de falha associado ao dano presente


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4 Levantamento dos dados do equipamento


5 Verificação do critério de avaliação mais adequado, sua aplicabilidade
e limitações
6 Definição de F.S. para a operação dentro dos níveis de risco
assumidos
7 Utilização dos critérios de avaliação e aceitação
8 Avaliação da vida remanescente do equipamento
9 Definição do intervalo entre inspeções e/ou tempo de campanha
10 Definição de medidas para reduzir a taxa de progressão do dano
(remediação)
11 Definir meios de monitorar a extensão do dano e sua taxa de
propagação
9
12 Documentação
Etapas de uma Avaliação de Integridade
• As especialidades envolvidas para a completa caracterização de um
problema, análise de falhas, avaliação da integridade estrutural e
proposição de soluções são variadas e com funções definidas.
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Especialidade Item
Metalurgia ou Materiais 1, 3, 4, 5, 8, 9, 10
Estrutural Mecânica 1, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9
Inspeção 1, 2, 4, 5, 9, 11
Mecânica da Fratura 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9
Processo 4, 9, 10, 11

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Codes, Standard and Recommended Practices
ID Título
API RP 530 Calculation of Heater-Tube Thickness in Petroleum Refineries

API RP 571 Recognition of Conditions Causing Deterioration of Failure


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API RP 574 Inspection of Piping, Tubing, Valves, and Fittings

API RP 575 Recommended Practice for Inspection of Atmospheric and Low Pressure Storage Tanks
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API RP 576 Inspection of Pressure Relieving Devices

API RP 577 Recommended Practice for Inspection of Welding

API RP 578 Recommended Practice for Positive Materials Identification

API RP 580 Recommended Practice for Risk-Based Inspection

API RP 572 Inspection of Pressure Vessels

API RP 573 Inspection of Fired Boilers and Fired Heaters

API 510 Pressure Vessel Inspection Code: Maintenance Inspection, Rerating, Repair and Alteration

API Std 620 Design and Construction of Large, Welded, Low-Pressure Storage Tanks

API Std 650 Welded Steel Tanks for Oil Storage

API Std 653 Tank Inspection, Repair, Alteration, and Reconstruction

ASME B31G Manual for Determining the Remaining Strength of Corroded Pipelines

NB-23 National Board Inspection Code


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Codes, Standard and Recommended Practices

ID Título
API 570 Piping Inspection Code: Inspection, Repair, Alteration, and Rerating of In-
Service Piping Systems
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API 581 Base Resource Document – Risk Based Inspection


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API RP 941 Steels for Hydrogen Service at Elevated Temperature and Pressures in
Petroleum Refineries and Petrochemical Plants
API RP 945 Avoiding Environmental Cracking in Amine Units

ASCE 7 Minimum Design Loads for Building and Other Structures

ASME B&PV Code Case Alternative Method to Area Replacement Rules for Openings Under Internal
2168 Pressure, Section VIII, Division 1
ASME B&PV Code Case Alternative Method of Calculating Maximum Allowable Stresses Based on a
2278 Factor of 3.5 on Tensile Strength, Section II and Section VIII, Division 1
ASME B&PV Code Case Alternative Rules for Determining Allowable Compressive Stresses For
2290 Cylinders, Cones, Spheres and Formed Heads Section VIII, Divisions 1 & 2
ASME P&PC Code Case Alternative Maximum Allowable Stresses Based on a Factor of 3.5 on Tensile
2290 Strength, Section II and Section VIII, Division 1

12
MÓDULO FABRICAÇÃO Codes, Standard and Recommended Practices

ID Título
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ASME B&PV Code Section I Rules For Construction of Power Boilers

ASME B&PV Code Section II Boiler and Pressure Vessel Code, Section II, Part D - Properties

ASME B&PV Code Section III Subsection NH – Class 1 Components In Elevated Temperature
Service
ASME B&PV Code Section VIII, Division 1 Boiler and Pressure Vessel Code, Section VIII, Pressure
Vessels Division 1
ASME B&PV Code Section VIII, Division 2 Boiler and Pressure Vessel Code, Section VIII, Pressure
Vessels Division 2, Alternative Rules
ASME B&PV Code Section XI Rules For Inservice Inspection Of Nuclear Power Plant
Components
ASME B16.5 Factory-Made Wrought Steel Buttwelding Fittings

ASME B31.3 Process Piping

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Codes, Standard and Recommended Practices

ID Título
ASTM A 20 Specification for General Requirements for Steel Plates for Pressure Vessels
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ASTM A 358 Electric-Fusion-Welded Austenitic Chromium-Nickel Alloy Steel Pipe for High
Temperature Service
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ASTM A 370 Standard Test Methods and Definitions for Mechanical Testing of Steel Products

ASTM A 530 General Requirements for Specialized Carbon and Alloy Steel Pipe

ASTM A 671 Electric-Fusion Welded Steel Pipe for Atmospheric and Lower Temperatures

ASTM A 672 Electric-Fusion Welded Steel Pipe for High-Pressure Service at Moderate
Temperatures
ASTM A 691 Carbon and Alloy Steel Pipe, Electric-Fusion Welded for High-Pressure Service at High
Temperatures
ASTM E 1049 Standard Practices for Cycle Counting in Fatigue Analysis

ASTM E 1820 Standard Test Method for Measurement of Fracture Toughness

ASTM E 1921 0 Test Method For The Determination of Reference Temperature T, For Ferritic Steels In
The Transition Range

ASTM E 647 Standard Test Method for Measurement of Fatigue Crack Growth Rates

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Codes, Standard and Recommended Practices

ID Título
ASTM E 8 Test Methods of Tension Testing of Metallic Materials
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ASTM G 46 Standard Guide for Examination and Evaluation of Pitting Corrosion


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BS 5500 Specification for Unfired Fusion Welded Pressure Vessels

BS 7448 : Part Method for Determination of K- Ic, Critical CTOD and Critical J Values of Welds in
2 Metallic Material
BS 7608 Code of Practice for Fatigue Design and Assessment of Steel Structures

BS 7910 Guide on Methods For Assessing the Acceptability of Flaws in Structures

BS PD 6493 Guidance on Methods for Assessing the Acceptability of Flaws in Fusion Welded
Structures
BS PD 6539 Methods for the Assessment of the Influence of Crack Growth on the Significance of
Defects in Components Operating at High Temperatures
DIN 2413 Part 1 Design of Steel Pressure Pipes

DIN 2413 Part 2 Design of Steel Bends Used in Pressure Pipelines

ISO/TR 7468 Summary of the Average Stress Rupture Properties of Wrought Steels for Boilers and
Pressure Vessels

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Codes, Standard and Recommended Practices

ID Título
IIW/IIS – SST 1157 Guidance On Assessment of the Fitness For Purpose of Welded Structures, Draft
For Development
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NACE Std RP 0296 Guidelines for Detection, Repair, and Mitigation of Cracking of Existing Petroleum
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Refinery Pressure Vessels in Wet H-2S Environments


Nuclear Electric R-5 Assessment Procedure For High Temperature Response of Structures

Nuclear Electric R-6 Assessment Of The Integrity of Structures Containing Defects

PVRC Evaluation Of Design Margins For ASME Code Section VIII

PVRC Evaluation Of Design Margins For ASME Code Section VIII, Division 1 And 2 –
Phase 2 Studies
SAQ/FoU – Report A Procedure for Safety Assessment of Components with Cracks - Handbook
96/06
WES 2805 Method of Assessment for Flaws in Fusion Welded Joints with Respect to Brittle
Fracture and Fatigue Crack Growth

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Adequação ao Uso

• Qual a razão para que um fio de qualidade


desconhecida tenha um comportamento não linear
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e um maior comprimento acarreta uma menor


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carga admissível?

A presença de uma quantidade maior de defeitos em


um maior comprimento explica um comportamento
diferente do previsto para um material homogêneo.

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Adequação ao Uso

• Em qualquer estrutura soldada existem defeitos, inerentes ao


processo de fabricação e detectáveis aos níveis de
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sensibilidade dos ensaios utilizados durante a inspeção.


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• Normalmente e supondo uma qualidade mínima de


fabricação, tais defeitos não são “sentidos” pela estrutura que
se comporta como se não fossem presentes.

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Adequação ao Uso

• O crescimento progressivo de defeitos leva a uma diminuição


da resistência da estrutura, até tornar-se insuficiente para
MÓDULO FABRICAÇÃO

sustentar os carregamentos externos levando a um processo


de fratura.
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• Assim relaciona-se um tamanho crítico de defeito que é função


da capacidade do material a resistir a sua propagação instável.

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Adequação ao Uso

• A figura a seguir exemplifica a influência da dimensão


do defeito na estrutura, tempo de operação e cargas
MÓDULO FABRICAÇÃO

em serviço na resistência residual do equipamento.


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Adequação ao Uso

• As perguntas que normalmente são respondidas pela aplicação dos


conceitos de adequação ao uso em uma estrutura são as seguintes:
MÓDULO FABRICAÇÃO
MFAB-10 Adequação ao Uso

•Qual é a resistência residual da estrutura em função do dano


acumulado?
• Qual a extensão do dano que pode ser tolerada em serviço (vida útil
residual)?
• Qual a taxa de progressão do dano até que se alcance o seu limite
operacional?
• Qual a qualidade de fabricação exigida ao início da operação da
estrutura?
• Qual a freqüência/plano de inspeção recomendado de forma a evitar
uma falha prematura?

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MÓDULO FABRICAÇÃO Adequação ao Uso

• Normalmente, a avaliação de defeitos em uma


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determinada estrutura consiste em levantar sua


criticidade, o que na conceituação dos diversos
procedimentos de avaliação, significa verificar se o
defeito, sujeito a um nível de tensões em uma
estrutura cujo material possui uma capacidade de
resistência à propagação conhecida, não irá propagar
de forma instável.

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MÓDULO FABRICAÇÃO Descontinuidades de Característica Planar
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Descontinuidades de Característica Planar

Diagrama FAD (Failure Assessment Diagram)


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• Utilizado para a avaliação de componentes com


descontinuidades planares.

• Este diagrama estabelece o ponto de trabalho da


descontinuidade considerando parcelas de colapso e
fratura com o objetivo de definição da aceitabilidade do
componente trincado.

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MÓDULO FABRICAÇÃO Descontinuidades de Característica Planar
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MÓDULO FABRICAÇÃO
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Fratura Frágil

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Descontinuidades Não Planares

• No documento BS-7910 – Guide on Methods for Assessing the


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Acceptability of Flaws in Metallic Structures, a avaliação de defeitos


volumétricos através de critérios utilizados para defeitos com
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característica planar é conservativo e, se atendidos os requisitos


abaixo, a tabela com limites dimensionais a seguir pode ser
utilizada.

– Limite de escoamento do material inferior a 450 MPa;


– Energia Charpy-V média de 40 Joules para 3(três) espécimes e
energia Charpy-V mínima de 28 Joules, obtidas na temperatura
mínima de operação;

• Qualquer outra condição, a descontinuidade volumétrica deve ser


avaliada como uma descontinuidade planar.

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Descontinuidades Não Planares
Reprodução da Tabela 1 do BS-7910 – Limits for slag inclusions and
porosity
MÓDULO FABRICAÇÃO

Porosidade
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Porção da área
Inclusões de escória projetada Diâmetro de poro
da na radiografia (%) individual

Sem limite para o


comprimento; altura 5 B/4 ou 6 mm, o que
máxima ou largura for menor
máxima de 3 mm

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Descontinuidades Não Planares

• Variações no perfil da solda que resultem em seção


resistente inferior à necessária para o carregamento
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aplicado são inaceitáveis.


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• A presença de mordeduras pode afetar a detecção de


descontinuidades pela aplicação de ensaios não
destrutivos.

• Se for comprovada a ausência de qualquer outra


descontinuidade, a mordedura é aceitável com limite de
profundidade de 1,0 mm ou 10% da espessura, o que for
menor, desde que atendidas as condições de material
citadas anteriormente.

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Propagação de Descontinuidades

• A presença de carregamentos cíclicos com tensões


abaixo do escoamento do material pode ser suficiente
MÓDULO FABRICAÇÃO

para a nucleação de
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trincas em pontos de concentração de tensões ou


imperfeições superficiais do material, e sua posterior
propagação até a falha do
componente.

• Após iniciadas, a taxa de crescimento destas trincas


possui grande
dependência de fatores metalúrgicos, sendo, portanto
necessário um estudo baseado em resultados muitas
vezes obtidos em laboratório.

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MÓDULO FABRICAÇÃO Propagação de Descontinuidades

• O desenvolvimento progressivo de uma trinca ocorre


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sob influência de aplicações repetidas de tensão, que


muitas vezes são inferiores às necessárias para provocar
a fratura do componente sob carga monotonicamente
crescente ou à tensão de escoamento do
material.

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Propagação de Descontinuidades

• O processo de fadiga envolve as seguintes fases, representadas


na figura abaixo
MÓDULO FABRICAÇÃO
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• A engenharia de inspeção e o controle das estruturas têm o


campo de atuação centrado no período de propagação, no
entanto, a previsão de vida útil através de metodologias
tradicionais de projeto, contempla a fase de iniciação,
propagação e falha da trinca.
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Propagação de Descontinuidades

• Os documentos de avaliação de integridade apresentam diversas


leis de propagação, sendo a mais comumente utilizada a chamada
“Lei de Paris”, que é descrita pela equação abaixo.
MÓDULO FABRICAÇÃO
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• da/dN - taxa de propagação do defeito


• A ,m - constantes do material que dependem do material,
condições de aplicação da carga, incluindo meio e freqüência do
carregamento.
• DK - range de fator de intensificação de tensões ao longo do ciclo
de carregamento, calculado para o tamanho instantâneo do defeito.

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Propagação de Descontinuidades
O valor de DK é obtido através da fórmula a seguir. K = Y() √a
MÓDULO FABRICAÇÃO
MFAB-10 Adequação ao Uso

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MÓDULO FABRICAÇÃO
MFAB-10 Adequação ao Uso
Propagação de Descontinuidades

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Descontinuidades em Soldas
• Abertura de Arco: Imperfeição local na superfície do metal de
base resultante da abertura do arco elétrico.
• Fissura: Ver termo preferencial: trinca.
• Inclusão Metálica: Metal estranho retido na zona fundida.
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• Micro-Trinca: Trinca com dimensões microscópicas.


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• Poro: Vazio arredondado, isolado e interno à solda.


• Poro Superficial: Poro que emerge à superfície da solda.
• Rachadura: Ver termo preferencial: trinca.
• Rechupe Interdendrítico: Vazio alongado situado entre
dendritas da zona fundida.
• Respingos: Glóbulos de metal de adição transferidos durante
a soldagem e aderidos à superfície do metal de base ou à zona
fundida já solidificada.
• Trinca: Descontinuidade bidimensional produzida pela ruptura
local do material.
• Trinca em Estrela: Trinca irradiante de tamanho inferior à
largura de um passe da solda considerada.

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Descontinuidades em Soldas
GLOSSÁRIO PORTUGUÊS-INGLÊS
• Abertura de Arco - arc strike.
• Ângulo Excessivo de Reforço - bad reinforcement angle.
• Cavidade Alongada - elongated cavity.
MÓDULO FABRICAÇÃO

• Cavidade Alongada na Raiz - hollow bead.


• Chapelim (fundição) - chaplet.
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• Chupagem (fundição) - shrinkage cavity.


• Concavidade - concavity.
• Concavidade Central - root concavity.
• Concavidade Lateral - shrinkage groove.
• Concavidade Excessiva - excessive concavity.
• Convexidade Excessiva - excessive convexity.
• Crosta (fundição) - scab.
• Deformação Angular - angular misalignment.
• Deposição Insuficiente - incompletely filled groove.
• Desalinhamento - linear misalignment, high-low.
• Desencontro (fundição) - shift
• Dobra - lap.
• Dupla Laminação - lamination.
• Embicamento - angular misalignment.
• Enchimento Incompleto - misrun.
• Falta de Fusão - lack of fusion, incomplete fusion.
• Falta de Penetração - lack of penetration, inadequate penetration.
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• Fissura - fissure
Descontinuidades em Soldas
GLOSSÁRIO PORTUGUÊS-INGLÊS
• Gota Fria (fundição) - cold shut.
• Inclusão (fundição) - insert.
• Inclusão de Areia (fundição) - sand inclusion.
MÓDULO FABRICAÇÃO

• Inclusão de Escória - slag inclusion.


• Inclusão Metálica - metallic inclusion.
MFAB-10 Adequação ao Uso

• Interrupção de Vazamento (fundição) - shut metal.


• Lasca - seam.
• Metal Frio (fundição) - shut metal.
• Micro Trinca - micro crack.
• Mordedura - undercut.
• Penetração Excessiva - excessive penetration.
• Perfuração - burn thru, excessive melt thru.
• Poro - gas pore.
• Porosidade - gas pocket, porosity, blow hole.
• Porosidade (fundição) - porosity.
• Porosidade Agrupada - clustered porosity.
• Porosidade Alinhada - linear porosity.
• Porosidade Vermiforme - worm-hole.
• Queda de Bolo (fundição) - crush.
• Rabo de Rato (fundição) - rat tail.
• Rechupe (fundição) - shrinkage cavity.

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Descontinuidades em Soldas
GLOSSÁRIO PORTUGUÊS-INGLÊS
• Rechupe de Cratera - crater pipe.
• Rechupe Interdendrítico - interdendritic shrinkage.
• Reforço Excessivo - excessive reinforcement.
MÓDULO FABRICAÇÃO

• Respingos - spatter.
• Segregação (fundição, forjamento, laminação) - segregation.
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• Sobreposição - overlap.
• Solda em Ângulo Assimétrica - assymetrical fillet weld.
• Trinca - crack.
• Trinca de Cratera - crater crack.
• Trinca de Contração (fundição) - hot tear.
• Trinca em Estrela - star crack.
• Trinca Interlamelar - lamellar tearing.
• Trinca Irradiante - radiating crack.
• Trinca Longitudinal - longitudinal crack.
• Trinca na Margem - toe crack.
• Trinca na Raiz - root crack.
• Trinca Ramificada - branching crack.
• Trinca sob Cordão - underbead crack.
• Trinca Transversal - transverse crack.
• Veio (fundição) - veining, fin.

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Descontinuidades em Soldas
GLOSSÁRIO INGLÊS-PORTUGUÊS
• Angular Misalignment - embicamento, deformação angular.
• Arc Strike - abertura de arco.
• Assymetrical Filler Weld - solda em ângulo assimétrica.
MÓDULO FABRICAÇÃO

• Bad Reinforcement Angle - ângulo excessivo de reforço.


• Blow hole - porosidade.
MFAB-10 Adequação ao Uso

• Branching Crack - trinca ramificada.


• Burn Thru - perfuração.
• Chaplet - chapelim (fundição).
• Clustered Porosity - porosidade agrupada.
• Cold Shut - gota fria (fundição).
• Concavity - concavidade.
• Crack - trinca.
• Crater Crack - trinca de cratera.
• Crater Pipe - rechupe de cratera.
• Crush - queda de bolo (fundição).
• Elongated Cavity - cavidade alongada.
• Excessive Concavity - concavidade excessiva.
• Excessive Convexity - convexidade excessiva.
• Excessive Melt Thru - perfuração.
• Excessive Penetration - penetração excessiva.
• Excessive Reinforcement - reforço excessivo.
• Fin - veio (fundição).
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• Fissure - fissura.
Descontinuidades em Soldas
GLOSSÁRIO INGLÊS-PORTUGUÊS
• Gas Pocket - porosidade.
• Gas Pore - poro.
• High-Low - desalinhamento.
MÓDULO FABRICAÇÃO

• Hollow Bead - cavidade alongada na raiz.


• Hot Tear - trinca de contração (fundição).
MFAB-10 Adequação ao Uso

• Inadequate Penetration - falta de penetração.


• Incomplete Fusion - falta de fusão.
• Incompletely Filled Groove - deposição insuficiente.
• Insert - inclusão (fundição).
• Interdendritic Shrinkage - rechupe interdendrítico.
• Lack of Fusion - falta de fusão.
• Lack of Penetration - falta de penetração.
• Lamellar Tearing - trinca interlamelar.
• Lamination - dupla laminação (laminação).
• Lap - dobra (laminação, forjamento).
• Linear Misalignment - desalinhamento.
• Linear Porosity - porosidade alinhada.
• Longitudinal Crack - trinca longitudinal.
• Metallic Inclusion - inclusão metálica.
• Micro Crack - micro-trinca.
• Misrun - enchimento incompleto (fundição).
• Overlap - sobreposição.
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• Porosity - porosidade.
Descontinuidades em Soldas
GLOSSÁRIO INGLÊS-PORTUGUÊS
• Radiating Crack - trinca irradiante.
• Rat Tail - rabo de rato (fundição).
• Root Concavity - concavidade central.
MÓDULO FABRICAÇÃO

• Root Crack - trinca na raiz.


• Sand Inclusion - inclusão de areia (fundição).
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• Scab - crosta (fundição).


• Seam - lasca (forjamento, laminação).
• Segregation - segregação (fundição, forjamento, laminação).
• Shift - desencontro (fundição).
• Shrinkage Cavity - rechupe, chupagem (fundição).
• Shrinkage Groove - concavidade lateral.
• Shut Metal - metal frio, interrupção de vazamento (fundição).
• Slag Inclusion - inclusão de escória.
• Spatter - respingos.
• Star Crack - trinca em estrela.
• Toe Crack - trinca na margem.
• Transverse Crack - trinca transversal.
• Underbead Crack - trinca sob cordão.
• Undercut - mordedura.
• Veining - veio (fundição).
• Worm Hole - porosidade vermiforme.
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Descontinuidades em Soldas
SUPLEMENTO COM DEFINIÇÕES E DESENHOS
ESQUEMÁTICOS DE DEFEITOS COMUNS EM JUNTAS
SOLDADAS, FORJADOS E LAMINADOS[*].
• [*] De acordo com a norma PETROBRAS N-1738 (JUL/97) –
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DESCONTINUIDADES EM JUNTAS SOLDADAS, FUNDIDOS,


MFAB-10 Adequação ao Uso

FORJADOS E LAMINADOS.

• DEFINIÇÃO:
• Descontinuidade é a interrupção das estruturas típicas de uma
peça, no que se refere à homogeneidade de características físicas,
mecânicas ou metalúrgicas. Não é necessariamente um defeito. A
descontinuidade só deve ser considerada defeito, quando, por sua
natureza, dimensões ou efeito acumulado, tornar a peça
inaceitável, por não satisfazer os requisitos mínimos da norma
técnica aplicável.

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Descontinuidades em Soldas

NOMENCLATURA:
MÓDULO FABRICAÇÃO
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MÓDULO FABRICAÇÃO
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Descontinuidades em Soldas

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Descontinuidades em Soldas

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MÓDULO FABRICAÇÃO
MFAB-10 Adequação ao Uso
Descontinuidades em Soldas

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Descontinuidades em Soldas

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Descontinuidades em Soldas

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MÓDULO FABRICAÇÃO
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Descontinuidades em Soldas

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Descontinuidades em Soldas

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Descontinuidades em Soldas

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Descontinuidades em Soldas

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Descontinuidades em Soldas

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