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A Manutenção de Sistemas

Construtivos Inovadores

Equipe – FAUUSP

Luciano Ferreti

Pirassununga, 09/Agosto/2012
A Manutenção de Sistemas
Construtivos Inovadores

SUBPROJETO 5 – FAUUSP

Arq. Doutorando: Luciano Ferreti


1º. Workshop de Integração da rede de Pesquisa INOVATEC FINEP
Alunas:
[Polo USP] Isabela Scarpelli Bellemo
9 e 10 de Agosto de 2012 – Pirassununga, SP – Brasil
Vanessa Dantas de Moraes
Apresentação

Este trabalho tem como proposta


apresentar o atual estágio dos estudos
acerca da manutenção dos Sistemas
Construtivos Inovadores (SCI), realizados
pela equipe da FAUUSP, no âmbito do
subprojeto 5 da rede Inovatec/ Finep.
Considerações Iniciais

O desenvolvimento de tecnologias
inovadoras logram sucesso na produção.
Porém, ainda há carências de
informações sobre o seu desempenho
em longo prazo e, também...
na interação do usuário com essas novas
tecnologias.
Proposta
O desconhecimento do comportamento em uso dificulta a
composição de referências normativas sobre a VU e
manutenção destes sistemas.
Verifica-se:
1. A consolidação de tais referências, necessárias, para
a conservação do nível de desempenho esperado;
2. Aprofundamento do conhecimento das variáveis que
influenciam sistemas inovadores;
3. Necessidade de proposição do plano de manutenção;
e
4. Aproximação desse plano perante a relação do
desempenho da edificação com o usuário.
Sistemas Construtivos
Relacionados
1. Light Steel Framing (LSF)
– SiNAT 003;
2. Paredes de Concreto Armado,
Bragança
Paulista/SP. moldadas no local – SiNAT 001;
3. Painéis pré-moldados mistos de CA
e blocos cerâmicos – SiNAT 002;
4. Paredes de concreto estruturais
com forma de PVC – SiNAT 004.
São Luiz do
Paraitinga/SP.
A importância da Manutenção
• Na produção de edificações:
- Projeto (conceitual e detalhes de execução);
- Canteiro (implantação da obra).

• A edificação só demonstra [prova] sua qualidade


durante o uso;

• A sociedade civil tem reconhecido a importância


das atividades de uso, operação e manutenção.
Por que a análise da Manutenção
dos SCI?

• Há carência de informação sobre o desempenho, em


longo prazo;
• É necessária para a conservação do nível de
desempenho esperado.
• Há lacunas na relação com o usuário, que ainda se
utiliza de técnicas construtivas tradicionais para a
manutenção.
• Ainda há incertezas da interação do usuário com
essas novas tecnologias?
Por que a Manutenção dos SCI?
• O gestor de construção precisa saber e registrar em
detalhes o que está gerenciando;
• Sem esta informação, não se pode decidir sobre uma
política de manutenção ou estimar seus gastos para um
orçamento;
• Informações básicas:
- planos;
- localização de todos os elementos;
- serviços executados e detalhes de construção;
- nomes e contatos dos responsáveis ​pela manutenção;
- dimensões e áreas de acomodação requisitos locais;
- histórico dos serviços de manutenção, etc...
Referências Normativas
Referências Normativas
Referências Internacionais
Estudos de Casos Piloto
1º - Edificações residenciais de 4 pavimentos
construídas com o sistema LSF (Diretriz SiNAT 3),
localizadas em Bragança Paulista, e

2º - Edificações térreas e sobrados construídos


com sistema paredes estruturais com fôrmas de
PVC incorporadas (Diretriz SiNAT 4), localizadas
em São Luiz do Paraitinga.
Metodologia
1ª Ab. Roteiro de inspeção predial com o
objetivo de identificar falhas dos sistemas
(partes) da edificação, que podem:

✓ comprometer os procedimentos da manutenção;

✓ diagnosticar falhas que possam reduzir a VUP,


pela deterioração precoce dos materiais ou
componentes.
Metodologia

2ª Ab. Aplicação de questionário ao


usuário, com os objetivos de:

✓ Identificar as principais dificuldades e limitações


no uso e manutenção da edificação;

✓ registrar como o usuário reconhece a sua


responsabilidade perante a manutenção desses
sistemas.
Imagens
Residencial Colina das Pedras (edifício de 4 pavimentos steel framing)
Bragança Paulista/SP – Conspar
Imagens
Imagens
Condomínio Residencial Monsenhor Tarcísio Castro Moura – São Luiz do Paraitinga/SP –
(sistema paredes estruturais com PVC) – Royal do Brasil
Imagens
Condomínio Residencial Monsenhor Tarcísio Castro Moura – São Luiz do Paraitinga/SP –
(sistema paredes estruturais com PVC) – Royal do Brasil
Imagens
Imagens
ResultadoS
• Sistema Light Steel Framing:
➢ edificações de 4 pavimentos – despertam interesse quanto ao seu
uso e manutenção;
➢ 6 anos de uso e já requerem as primeiras intervenções de
manutenção;
➢ revestimento externo (siding vinílico) –> formação de fungo nas
fachadas;
➢ deterioração do piso do ático em OSB;
➢ Falta estanqueidade na junção entre o marco das janelas e a
vedação externa;
❑ alguns usuários –> desconhecimento do manual de manutenção;
❑ outros –> dificuldade de contratação de mão-de-obra para os
serviços de manutenção.
Resultados
• Sistema formas incorporadas de PVC:
➢ muitas das UH (casas e sobrados) foram ampliadas com técnicas
convencionais –> blocos cerâmicos e CA;
➢ com 2 anos de uso, tomou-se o cuidado em distinguir os vícios de
construção das falhas evidenciadas pelo uso:
– condensação de água na face interna das paredes, Î umidade;
– tubulações elétricas e hidráulicas embutidas –> dificuldade de
manutenção .

❑ o manual do usuário não apresenta especificações para a


manutenção;
❑ dificuldade de contratação de mão-de-obra para a manutenção do
sistema.
Considerações finais
• Os SCI precisam a curto prazo, de modo mais
específico, definir qual os procedimentos ideais
para que a manutenção se dê na prática;
• Qualificação de mão-de-obra e adequação do
mercado de reposição, para viabilizar a
manutenção para o usuário;
• Esses procedimentos ainda são incertos para
mantê-los dentro da expectativa de VU, nas
condições reais de uso;
Referências bibliográficas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5674: Manutenção de Edificações -
Procedimento: Rio de Janeiro, 1999.
_________. NBR 6028: Informação e documentação – Resumo – Apresentação: Rio de Janeiro, 2003.
_________. NBR 15575 (Partes de 1 a 6): Edificações Habitacionais de até Cinco Pavimentos: Rio de
Janeiro, 2008.
_________. NBR 14037: Diretrizes para a elaboração de Manuais de Uso Operação e Manutenção das
edificações – Requisitos para a elaboração e apresentação dos conteúdos: Rio de Janeiro, 2011.
AZEREDO JUNIOR, Hélio Alves de (Coord.). Manuel técnico de manutenção e recuperação. São Paulo:
FDE, 1990.
FERRETI, Luciano. B-10 – Um Estudo de caso em HIS na Zona Leste de São Paulo. Dissertação
(mestrado). FAUUSP, São Paulo, 2008. 306 p.
FERRETI, L.; OLIVEIRA, C. T. A. Análise do desempenho técnico-construtivo de habitações de interesse
social. Cadernos do PROARQ (UFRJ), v. 15, p. 90-100, 2010.
INSTITUTE OF BUILDING. Maintenance Management: a guide to good practice. Ascot: England, 1975,
62p.
INSTITUTO BRASILEIRO DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE ENGENHARIA DE SÃO PAULO (IBAPE). Norma de
Inspeção Predial. São Paulo, 2011.
INTERNATIONAL STANDARD. Building and construted assets – Service life planning – Part 7: Performance
evaluation for feedback of service life data from practive. ISO 15686-7:2006.

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