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NCh433

Índice
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Preâmbulo V

1 Alcance 1

2 Referências 2

3 Terminologia e simbologia 2

3.1 Terminologia 2

3.2 Simbologia 3

4 Disposições de aplicação geral 6

4.1 Zoneamento sísmico 6

4.2 Efeito do piso da fundação e da topografia nas características do


movimento sísmico 6

4.3 Classificação dos edifícios e estruturas de acordo com a sua


importância, uso e risco de falha 6

4.4 Instrumentos sísmicos 7

5 Disposições gerais sobre projeto e métodos de análise 16

5.1 Princípios e hipótese básicos 16

5.2 Combinação das solicitações sísmicas com outras solicitações 16

5.3 Coordenação com outras normas de análise e projeto 17

5.4 Sistemas estruturais 18

5.5 Modelos estruturais 18

5.6 Limitações para o uso dos métodos de análise 19

5.7 Fator de modificação da resposta 19

I
NCh433

Índice
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5.8 Ações sísmicas sobre a estrutura 20

5.9 Deformações sísmicas 20

5.10 Separações entre edifícios ou estruturas dos edifícios 20

5.11 Planos e memória de cálculo 21

6 Métodos de análise 23

6.1 Aspectos gerais 23

6.2 Análise estática 23

6.3 Análise modal espectral 26

7 Projeto e construção das fundações 30

7.1 Especificações gerais para o projeto 30

7.2 Fundações superficiais 31

7.3 Pilotes 31

7.4 Estruturas contíguas 32

7.5 Cargas nos muros subterrâneos 32

8 Elementos secundários 33

8.1 Aspectos gerais 33

8.2 Critérios sobre o nível de desempenho 34

8.3 Forças para o projeto dos elementos secundários e suas ancoragens 34

8.4 Paredes divisórias 35

8.5 Aspectos complementares 36

II
NCh433

Índice
Página

Anexos

Anexo A (Informativo) Dano sísmico e recuperação estrutural 38

A.1 Aspectos gerais 38

A.2 Avaliação do dano sísmico e decisões sobre a recuperação estrutural 38

A.3 Requisitos que devem ser cumpridos pelo projeto de recuperação


estrutural 39

A.4 Disposições gerais sobre métodos de reparação 39

A.5 Requisitos que devem ser cumpridos pelo processo construtivo da


recuperação estrutural 40

A.6 Necessidade de recuperação de edifícios sem danos 40

Anexo B (Normativo) Referências transitórias 41

Figuras

Figura 4.1 a) Zoneamento sísmico das Regiões I, II e III 13

Figura 4.1 b) Zoneamento sísmico das Regiões IV, V, VI, VII, VIII, IX, X e
Região Metropolitana 14

Figura 4.1 c) Zoneamento sísmico das Regiões XI e XII 15

Tabelas

Tabela 4.1 Zoneamento sísmico por município para as Quarta e Nona Regiões 8

Tabela 4.2 Definição dos tipos de pisos de fundação 12

Tabela 5.1 Valores máximos dos fatores de modificação da resposta 22

Tabela 6.1 Valor do coeficiente I 30

Tabela 6.2 Valor da aceleração efetiva Ao 30

III
NCh433

Índice
Página

Tabela 6.3 Valor dos parâmetros que dependem do tipo de piso 30

Tabela 6.4 Valores máximos do coeficiente sísmico C 30

Tabela 8.1 Valores do coeficiente C p e do fator de desempenho Kd para o


37
projeto e ancoragem dos elementos secundários

Tabela 8.2 Valores do fator » 37

IV
NORMA CHILENA OFICIAL NCh433.Of96

Projeto sísmico dos edifícios

Preâmbulo

O Instituto Nacional de Normalização, INN, é o organismo que tem a seu cargo o


estudo e preparação das normas técnicas a nível nacional. É membro da
INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION (ISO) e da COMISSÃO
PAN-AMERICANA DE NORMAS TÉCNICAS (COPANT), representando ao Chile diante
desses organismos.

A norma NCh433 foi preparada pela Divisão de Normas do Instituto Nacional de


Normalização. A presente versão desta norma corresponde a uma revisão do
documento oficializado em 1993, cuja gestação será detalhada a seguir.

O Comitê Coordenador de Normas Sismorresistentes, constituído pelo Instituto Nacional


de Normalização em Julho de 1986, teve a responsabilidade de gerar o documento que
foi enviado para consulta pública em julho de 1989. Para este trabalho, esse Comitê
contou com a colaboração de 30 profissionais e professores universitários. Neste estudo
e no trabalho do Comitê que aprovou a redação das disposições da versão de 1993
desta norma, participaram os organismos e as seguintes pessoas:

Arze, Reciné e Associados Elías Arze L.


Eduardo Montegu G.
CODELCO Chile Alvaro Díaz I.
Colegio de Arquitectos Oscar Bórquez D.
Sergio Rojo A.
Consultores Particulares Issa Kort K.
Mario Pérez de Arce L.
Patricio Ruiz T.
Miguel Sandor E.
Dames and Moore Chile Ltda. Jaime Illanes P.
GEOPROSPEC Ltda. Andrés Pérez M.

V
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Geotécnica Consultores Roberto Lástrico O.


Pablo Talloni V.
IEC Ingenieros Ltda. Tomás Guendelman B.
INGENDESA Jorge Laval Z.
Instituto Nacional de Normalización, INN Arturo Arias S.
Pedro Hidalgo O.
Lagos, Contreras y Asociados René Lagos C.
METRO S.A. Santiago Saavedra T.
Ministerio de Vivienda y Urbanismo,
SERVIU Metropolitano Ernesto Herbash A.
Pontificia Universidad Católica de Chile,
Depto. de Ingeniería Estructural y Geotécnica Ernesto Cruz Z.
Rafael Riddell C.
Jorge Troncoso T.
Jorge Vásquez P.
Michel Van Sint Jan F.
Pontificia Universidad Católica de Chile, DICTUC Carl Lüders Sch.
RFA Ingenieros Rodrigo Flores A.
Rivera, Lederer, Baeza, Ingenieros Marcial Baeza S.
SAS Ingeniería Estruc tural Santiago Arias S.
Universidad Católica de Valparaíso Baldur Heim G.
Universidad de Chile, Depto. de Geofísica Alfredo Eisenberg G.
Edgar Kausel V.
Universidad de Chile, Depto. de Ingeniería Civil Maximiliano Astroza I.
Juan Cassis M. J
oaquín Monge E.
María Ofelia Moroni Y.
Rodol fo Saragoni H.
Universidad de Chile, Facultad de Arquitectura Leopoldo Dominichetti C.
Raúl Marchetti S.
Universidad de Chile, IDIEM Pablo Carrillo V.
Pedro Ortigosa de P.
Universidad de Santiago de Chile Paulina González S.
Universidad Técnica Federico Santa María Carlos Aguirre A.
Patricio Bonelli C.

Durante o ano 1994, a Associação Chilena de Sismologia e Engenharia Antisísmica,


ACHISINA, organizou um total de quatro oficinas, nas quais foi identificada a experiência
da comunidade profissional em relação à aplicação da norma NCh433. Of93. As
conclusões destas oficinas foram transmitidas ao INN, que as analisou e transformou em
um conjunto de proposições para serem estudadas no processo de revisão da norma.
Dado que elas não representavam uma mudança fundamental do documento, omitiu-se o
processo de consulta pública e foram encaminhadas diretamente ao Comitê que aprovou
a norma NCh433.Of93, convite que também incluiu as pessoas que participaram das
oficinas do ACHISINA. No trabalho do Comitê que aprovou a redação das disposições
desta norma, participaram as entidades e as seguintes pessoas:

ACMA S.A. David Escárate N.


Arze, Reciné y Asociados Elías Arze L.

Colegio de Arquitectos Oscar Bórquez D.


Consultores Particulares Denise Jequier L.

VI
NCh433

Sergio Rojo A.
Miguel Sandor E.
Gobierno Regional de Valparaíso Francisco Osorio M.
IDIEM, Universidad de Chile Fernando Yáñez U.
IEC Ingenieros Ltda. Tomás Guendelman B.
Instituto Nacional de Normalización, INN Arturo Arias S.
Pedro Hidalgo O.
Rivera, Lederer, Baeza, Ingenieros Civiles Marcial Baeza S.
Universidad Católica de Valparaíso Baldur Heim G.
Universidad de Chile, Depto. de Ingeniería Civil Maximiliano Astroza I.
María Ofelia Moroni Y.
Rodol fo Saragoni H.
Universidad de Concepción Gian M. Giuliano M.
Mario Valenzuela O.
Universidad de Santiago de Chile Paulina González S.
Universidad Técnica Federico Santa María Patricio Bonelli C.

Esta norma foi estudada para estabelecimento das disposições mínimas exigíveis ao
projeto sísmico dos edifícios.

O Anexo A não faz parte da norma, está inserida apenas a título

informativo.

O Anexo B faz parte da norma.

Os mapas que estão inclusos, Figuras 4.1 a), b) e c), foram autorizados pela Resolução
N°136 de 13 de julho de 1993, da Dirección Nacional de Fronteiras y Límites del Estado.

Esta norma anula e substitui a NCh433. Of93, "Projeto sísmico de edifícios", declarada
Oficial da República do Chile pelo Decreto N°90, de data de 24 de agosto de 1993, do
Ministério de Moradia e Urbanismo, publicado no Diário Oficial de 16 de setembro de
1993.

Esta norma foi aprovada pelo Conselho do Instituto Nacional de Normalização, em


sessão efetuada em 26 de junho de 1996.

Esta norma foi declarada Oficial da República do Chile pelo Decreto Nº172, de 05 de
dezembro de 1996, do Ministério de Moradia e Urbanismo, publicado no Diário Oficial
de 23 de dezembro de 1996.

VII
NORMA CHILENA OFICIAL NCh433.Of96

Projeto sísmico dos edifícios

1 Alcance

1.1 Esta norma estabelece requisitos mínimos para o projeto sísmico dos edifícios.

1.2 Esta norma também se refere às exigências sísmicas que devem ser cumpridas
pelas equipes e outros elementos secundários dos edifícios.

1.3 Também estão inclusas recomendações sobre a avaliação do dano sísmico e sua
reparação.

1.4 Esta norma não se aplica ao projeto sísmico de outras obras civis tais como pontes,
represas, túneis, aquedutos, portos, canais. Também não se aplica a edifícios
industriais nem a instalações industriais. O projeto destas obras deve reger-se pela
norma chilena correspondente.

2 Referências

NCh427 1) Construção - Especificações para o cálculo, fabricação e construção de


estruturas de aço.
NCh430 1) Concreto armado - Requisitos de projeto e cálculo.
NCh431 Construção - Sobrecargas de neve.
NCh432 Cálculo da ação do vento sobre as construções.
NCh1198 Madeira - Construção em madeira - Cálculo.
NCh1537 Projeto estrutural dos edifícios - Cargas permanentes e sobrecargas de uso.
NCh1928 Alvenaria armada - Requisitos para o projeto e cálculo.
NCh2123 Alvenaria confinada - Requisitos de projeto e cálculo.

1) Veja Anexo B, Referências transitórias.

1
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3 Terminologia e simbologia

3.1 Terminologia

3.1.1 Alvenaria armada: alvenaria reforçada que satisfaz os requisitos especificados


na NCh1928.

3.1.2 Alvenaria confinada: alvenaria reforçada que satisfaz os requisitos especificados


na NCh2123.

3.1.3 Diafragma: elemento estrutural ao nível de um piso, que distribui forças


horizontais aos elementos verticais resistentes.

3.1.4 Elemento secundário: elemento permanente que não faz parte da estrutura
resistente, mas que é afetado por seus movimentos e eventualmente interatua com ela,
tais como paredes divisórias e elementos de fachada não intencionalmente estruturais,
grandes janelas, tetos falsos, parapeitos, antetetos, estantes, elementos decorativos,
luminárias, equipamentos mecânicos e elétricos, etc.

3.1.5 Elemento secundário flexível: elemento secundário cujo período fundamental


próprio Tp , é maior que 0,06 s, incluindo o efeito do sistema de conexão à estrutura
resistente do edifício.

3.1.6 Elemento secundário rígido: elemento secundário que não satisfaz a definição
do 3.1.5.

3.1.7 Equipamento mecânico ou elétrico: qualquer equipamento que se encontre


ancorado a estrutura resistente do edifício ou que interatue de qualquer forma com ela;
por exemplo, estanque para gases e líquidos, sistemas de armazenamento,
encanamentos, dutos, elevadores, elevador de carga e maquinário fixo de emprego
habitual nos edifícios residenciais ou de uso público.

3.1.8 Esforço de corte basal: esforço de corte produzido pela ação sísmica no nível
basal do edifício.

3.1.9 Estrutura resistente: a estrutura resistente de um edifício compreende o conjunto


de elementos que são considerados no cálculo como colaboradores para manter a
estabilidade da obra frente a todas as necessidades a que pode ficar exposta durante
sua vida útil.

3.1.10 Grau de danos sísmicos: é o que fica determinado nos elementos estruturais
de um edifício depois que este sofreu os efeitos de um evento sísmico.

Nível basal: plano horizontal no qual se supõe que foi completada a transferência das forças
horizontais entre a estrutura e o piso da fundação. A partir deste nível é medida a altura e o número
de pisos do edifício. Para sua determinação deve ser levado em consideração o disposto no item 7.2.

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NCh433

3.2 Simbologia

Os símbolos empregados nesta norma têm o significado indicado a seguir:

Ao = Aceleração efetiva máxima do piso;

Ak = Fator de ponderação para o peso associado ao nível k;

C = Coeficiente sísmico;

Cp = Coeficiente sísmico para elementos secundários;

CR = Coeficiente que intervém na determinação de s;

Dw = Profundidade da camada de água;

Fk = Força horizontal aplicada no nível k;

FN = Força horizontal aplicada no nível superior;

H = Altura total do edifício sobre o nível basal; altura de um muro de contenção


em contato com o piso;

I = Coeficiente relativo à importância, uso e risco de falha do edifício;

ID (RD) = Índice de densidade (Ou densidade relativa);


Kd = Fator de desempenho associado ao comportamento sísmico dos elementos
secundários;

Kp = Fator de amplificação dinâmica para o projeto de elementos secundários;

M nx = Massa equivalente do modo n, para uma ação de direção X;

[M] = Matriz de massas da estrutura;

N = Índice de Penetração Padrão do piso; número de pisos de um edifício;

P = Peso total do edifício sobre o nível basal;

Pk = Peso associado ao nível k;

PN = Peso associado ao nível superior;

Pp = Peso total do elemento secundário, incluindo a sobrecarga de uso e o


conteúdo quando corresponder;

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Qo = Esforço de corte basal do edifício;

Qp = Esforço de corte na base do elemento secundário;

R = Fator de modificação da resposta estrutural (análise estática);

Ro = Fator de modificação da resposta estrutural (análise modal espectral);

R* = Fator de redução da aceleração espectral, calculado para o período do modo


com maior massa traslacional equivalente na direção de análise;

RQD = ∑ l/L em que:

∑ l : soma das longitudes de partes de rocha sã com comprimento individual


superior a 10 cm e diâmetro mínimo 47,6 mm, recuperados de uma
sondagem na rocha em uma longitude L .

L : longitude perfurada ou longitude de referência com 1,0 m d L d 1,5m;

S = Parâmetro que depende do tipo de piso;

Sa = Aceleração espectral do projeto;

n
T = Período de vibração do modo n;

To = Parâmetro que depende do tipo de piso;

Tp = Período próprio do modo fundamental de vibração do elemento secundário;

T* = Período do modo com maior massa traslacional equivalente na direção de


análise;

T' = Parâmetro que depende do tipo de piso;

X = Valor resultante da superposição modal espectral;

Xi = Valor máximo do modo i com seu sinal;

Zk = Altura do nível k, sobre o nível basal;

bk = Dimensão na direção X, da planta do nível k;

f = Fator de redução aplicável à determinação do valor máximo do coeficiente


sísmico C;

g = Aceleração de gravidade;

h = Altura de entrepiso;

n = Parâmetro que depende do tipo de piso; índice associado ao modo de


vibração;

4
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p = Parâmetro que depende do tipo de piso;

q = Quociente do esforço de corte tomado por muros de concreto armado dividido


pelo esforço de corte total no mesmo nível, para uma mesma direção de
análise;

qu = Resistência à compressão simples do piso;

{rx } = Vetor que tem o número 1.0 em cada posição correspondente aos graus de
liberdade de deslocamento na direção X, e zeros em todas as outras
posições;

{ rθ } = Vetor que tem o número 1.0 em cada posição correspondente aos graus de
liberdade de giro na planta de cada piso, e zeros em todas as outras
posições;

su = Resistência ao corte não drenado do piso;

vs = Velocidade de propagação das ondas de corte no piso;

α = Fator de amplificação da aceleração efetiva máxima;

β = Coeficiente que intervém na determinação de K p;

γ = Peso unitário úmido do piso;

γd = Resistência à compressão simples do piso;

{φn } = Vetor que representa a forma de vibrar associada ao modo n;

λ = Coeficiente relativo ao sistema de corte automático de redes de gás, vapor,


água a altas temperaturas, etc.;

ρij = Coeficiente de acoplamento entre os modos i e j;

S
= Pressão sísmica originada pela carga das terras;

ξ = Razão de amortização.

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4 Disposições de aplicação geral

4.1 Zoneamento sísmico

Distinguem-se três zonas sísmicas no território nacional, tal como está indicado nas
Figuras 4.1 a), 4.1 b) e 4.1 c). Para o zoneamento sísmico das regiões IV, V, VI, VII, VIII,
IX e Metropolitana, deve prevalecer o Zoneamento apoiado na divisão política por
municípios que está indicado na Tabela 4.1.

4.2 Efeito do piso da fundação e da topografia nas características do


movimento sísmico

4.2.1 Os parâmetros que representam as características do piso de fundação que


influem no valor do esforço de corte basal, são determinados de acordo com os valores
estabelecidos na Tabela 6.3 para os tipos de terrenos que estão definidos na Tabela 4.2.
Supõe-se que esses terrenos são de topografia e estratificação horizontal, e as
estruturas afetadas se encontram longe de singularidades geomorfológicas e
topográficas.

4.2.2 São excluídos da Tabela 4.2 os seguintes tipos de pisos, os quais necessitam de
um estudo especial:
a) Pisos potencialmente liquefeitos, entendendo assim as areias, areias limosas ou
limos, saturados, com Índice de Penetração Padrão N menor que 20, (Normalizado à
pressão efetiva de sobrecarga de 0,10 MPa);

b) Pisos suscetíveis de densificação por vibração.

4.2.3 A caracterização do piso deve estar apoiada em um relatório sustentado em uma


exploração do subsolo de acordo com as características do projeto.

4.2.4 Quando a informação sobre o piso de fundação não baste para classificá-lo de
acordo com Tabela 4.2, deverá considerar o perfil do piso que resulte no maior valor do
esforço de corte basal.

4.3 Classificação dos edifícios e estruturas de acordo com a sua


importância, uso e risco da falha

4.3.1 Para os efeitos da aplicação desta norma os edifícios são classificados na seguinte
forma:

− Categoria A: edifícios governamentais, municipais, de serviços públicos ou de utilidade


pública (Como quartéis de polícia, centrais elétricas e telefônicas, correios e telégrafos,
radioemissoras, canais de televisão, locais de água potável e de bombeamento, etc.), e
aqueles cujo uso é de especial importância em caso de catástrofe (Como hospitais, postos
de primeiros socorros, quartéis de bombeiros, garagens para veículos de emergência,
estações terminais, etc.).
− Categoria B: edifícios cujo conteúdo é de grande valor (Como bibliotecas, museus, etc.) e
aqueles onde existe frequentemente aglomeração de pessoas. Entre estes últimos estão
incluídos os seguintes edifícios:

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- Salas destinadas a assembleias para 100 ou mais pessoas;

- Estádios e escadarias ao ar livre para 2.000 ou mais pessoas;

- Escolas, maternais e recintos universitários;

- Presídios e lugares de detenção;

- Locais comerciais com uma superfície igual ou maior que 500 m2 por piso, ou
de altura superior a 12 m;

- Shoppings com corredores cobertos, com uma área total superior a 3.000 m2
sem considerar a superfície de estacionamentos.

- Categoria C: edifícios destinados à habitação privada ou ao uso público que não


pertencem a nenhuma das categorias A ou B, e construções de qualquer tipo cujo
falha pode colocar em perigo outras construções das categorias A, B ou C.

- Categoria D: construções isoladas ou provisórias não destinadas a habitação, não


classificáveis em nenhuma das categorias anteriores.

4.4 Instrumentos sísmicos

Ao projetar uma obra, a Autoridade Competente poderá exigir que no projeto se


contemple a inclusão de pelo menos dois recintos adequados para a instalação de
sismógrafos de movimentos fortes.

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Tabela 4.1 - Zoneamento sísmico por municípios para as Regiões Quarta a Nona

Região Zona 3 Zona 2 Zona 1


Andacollo
Combarbalá
Coquimbo
Illapel
La Higuera
La Serena
Los Vilos
4a. Mincha
Monte Patria
Ovalle
Paiguano
Puni taqui
Río Hurtado
Salamanca
Vicuña
Algarrobo Calle Larga
Cabildo Los Andes
Calera San Esteban
Cartagena
Casablanca
Catemu
Concón
El Quisco
El Tabo
Hijuelas
La Cruz
La Ligua
Limache
Llayllay
Nogales
Olmué
5a. Panquehue
Papudo
Petorca
Puchuncaví
Putaendo
Quillota
Quilpué
Quin tero
Rinconada
San Antonio
San Felipe
Santa María
Santo Domingo
Valparaíso
Villa Alemana
Viña del Mar
Zapallar
(continua)

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Tabela 4.1 - Zoneamento sísmico por municípios para as Regiões Quarta a Nona (Continuação)

Região Zona 3 Zona 2 Zona 1


Alhué Buin
Curacaví Calera de Tango
El Monte Cerrillos
Lampa Cerro Navia
María Pinto Colina
Melipilla Conchalí
San Pedro El Bosque
Tiltil Estación Central
Huechuraba
Independencia
Isla de Maipo
La Cisterna
La Florida
La Granja
La Pintana
La Reina
Las Condes
Lo Barnechea
Lo Espejo
Metropolitana Lo Prado
Macul
Maipú
Ñuñoa
Paine
Pedro Aguirre Cerda
Peñaflor
Peñalolén
Pirque
Providencia
Pudahuel
Puente Alto
Quilicura
Quin ta Normal
Recoleta
Renca
San Bernardo
San Joaquín
San José de Maipo
San Miguel
San Ramón
Santiago
Talagante
Vitacura

(continua)

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Tabela 4.1 - Zoneamento sísmico por municípios para as Regiões Quarta a Nona (Continuação)

Região Zona 3 Zona 2 Zona 1


La Estrella Chépica
Las Cabras Chimbarongo
Litueche Codegua
Lolol Coinco
Marchigüe Coltauco
Navidad Doñihue
6a. Palmilla Graneros
Peralillo Machalí
Paredones Malloa
Peumo Mostazal
Pichidegua Nancagua
Pichilemu Olivar
Pumanque Placilla
Santa Cruz Quin ta de Tilcoco
Rancagua
Rengo
Requínoa
San Fernando
San Vicente de Tagua
Tagua
Cauquenes Colbún
Chanco Curicó
Constitución Linares
Curepto Longaví
Empedrado Molina
Hualañé Parral
Licantén Pelarco
7a.
Maule Rauco
Pelluhue Retiro
Pencahue Río Claro
San Javier Romeral
Talca Sagrada Familia
Vichuquén San Clemente
Teno
Villa Alegre
Yerbas Buenas
(continua)

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Tabela 4.1 - Zoneamento sísmico por municípios para as Regiões Quarta a Nona (Conclusão)

Região Zona 3 Zona 2 Zona 1


Arauco Bulnes Antuco
Cabrero Coihueco
Cañete El Carmen
Chillán Los Angeles
Cobquecura Mulchén
Coelemu Ñiquén
Concepción Pemuco
Contulmo Pinto
Coronel Quilaco
Curanilahue Quilleco
Florida San Fabián
Hualqui San Ignacio
Laja Santa Bárbara
Lebu Tucapel
Los Alamos Yungay
8a. Lota
Nacimiento
Negrete
Ninhue
Penco
Portezuelo
Quillón
Quirihue
Ranquil
San Carlos
San Nicolás
San Rosendo
Santa Juana
Talcahuano
Tirúa
Tomé
Treguaco
Yumbel
Angol Collipulli Curarrehue
Carahue Cunco Lonquimay
Galvarino Curacautín Melipeuco
Los Sauces Ercilla Pucón
Lumaco Freire
Nueva Imperial Gorbea
9a. Purén Lautaro
Renaico Loncoche
Saavedra Perquenco
Teodoro Schmidt Pitrufquén
Toltén Temuco
Traiguén Victoria
Vilcún
Villarrica

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Tabela 4.2 - Definição dos tipos de pisos de fundação. (Só para ser usada com Tabela 6.3)

Tipo de
Descrição
piso

Rocha: Material natural, com velocidade de propagação de ondas de corte in-situ igual ou
I maior que 900 m/s, ou, resistência da compressão uniaxial de provetas intactas (Sem
fissuras) igual ou maior que 10 MPa e RQD igual ou maior que 50%.

a) Piso com vs igual ou maior que 400 m/s nos 10 m superiores, e crescente com a

profundidade; ou bem,

b) Cascalho denso, com peso unitário seco γ d igual ou maior que 20 kN/m , o índice de

3 densidade ID(DR) (Densidade relativa) igual ou maior que 75%, ou grau de


compactação maior que 95% do valor Proctor Modificado; ou,
c) Areia densa, com ID(DR) maior que 75%, ou Índice de Penetração Padrão N maior que
II 40 (Normalizado à pressão efetiva de sobrecarga de 0,10 MPa), ou grau de compactação
superior a 95% do valor Proctor Modificado; ou,

d) Piso coesivo duro, com resistência ao corte não drenado su igual ou maior que 0,10 MPa

(Resistência à compressão simples qu igual ou maior que 0,20 MPa) em provetas sem

fissuras.
De qualquer maneira, as condições indicadas deverão ser cumpridas independentemente
da posição do nível freático e a espessura mínima do estrato deve ser 20 m. Se a
espessura sobre a rocha for menor que 20 m, o piso será classificado como tipo I.

a) Areia permanentemente não saturada, com ID(DR) entre 55 e 75 %, ou N maior que 20


(Sem normalizar à pressão efetiva de sobrecarga de 0,10 MPa); ou

b) Cascalho ou areia não saturada, com grau de compactação menor que 95% do valor
Proctor Modificado; ou,

III c) Piso coesivo com su compreendido entre 0,025 e 0,10 MPa (qu entre 0,05 e 0,20 MPa)
independentemente do nível freático; ou,

d) Areia saturada com N compreendido entre 20 e 40 (Normalizado à pressão efetiva de


sobrecarga de 0,10 MPa).

Espessura mínima do estrato: 10 m. Se a espessura do estrato sobre a rocha ou sobre


piso correspondente ao tipo II for menor que 10 m, o piso será classificado como tipo II.

Piso coesivo saturado com su igual ou menor que 0,025 MPa (qu igual o menor que 0,05 0
MPa).
IV
Espessura mínima do estrato: 10 m. Se a espessura do estrato sobre o piso correspondente a
alguns dos tipos I, II ou III for menor que 10 m, o piso será classificado como tipo III.

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Figura 4.1 a) Zoneamento sísmico das Regiões I, II e III.

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Figura 4.1 b) Zoneamento sísmico das Regiões IV, V, VI, VII, VIII, IX, X e Região Metropolitana.

14
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Figura 4.1 c) Zoneamento sísmico das Regiões XI e XII.

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5 Disposições gerais sobre projeto e métodos de análise

5.1 Princípios e hipótese básicos

5.1.1 Esta norma, aplicada em conjunto com as normas de projeto específicas para
cada material enumeradas no item 5.3, está orientada a obter estruturas que:

a) Resistam sem danos a movimentos sísmicos de intensidade moderada;

b) Limite os danos nos elementos não estruturais durante sismos de média


intensidade;

c) Embora apresentem danos, evitem o colapso durante sismos de intensidade


excepcionalmente severa.

A conformidade com as disposições destas normas não assegura, de qualquer maneira,


o cumprimento dos objetivos antes mencionados.
Particularmente, as disposições para edifícios de muros de concreto armado estão
inspiradas no satisfatório comportamento que tiveram durante o sismo de março de
1985, os edifícios deste tipo desenhados de acordo com NCh433.Of72.

5.1.2 A análise para determinar os esforços internos devidos à ação sísmica deve ser
baseada no comportamento linear e elástico da estrutura; entretanto, o dimensionamento
dos elementos estruturais deve ser feito pelo método especificado na norma de projeto
relativa a cada material, que pode ser por tensões plausíveis ou pelo método dos fatores
de carga e resistência. A análise dos efeitos de outras cargas que podem combinar-se
com os efeitos da ação sísmica, também deve ser baseada na teoria linear-elástica do
comportamento estrutural.

5.2 Combinação das solicitações sísmicas com outras solicitações

5.2.1 A combinação das solicitações sísmicas com as cargas permanentes e


sobrecargas de uso deve ser feita usando as seguintes regras de superposição:

a) Quando o projeto for realizado pelo método das tensões plausíveis:

cargas permanentes + sobrecargas de uso ± sismo,

cargas permanentes ± sismo;

b) Quando o projeto for realizado pelo método dos fatores de carga e resistência:

1,4 (Cargas permanentes + sobrecargas de uso ± sismo),

0,9 cargas permanentes ± 1,4 sismo.

5.2.2 Quando o dimensionamento dos elementos estruturais for realizado pelo método
das tensões plausíveis, elas podem aumentar 33,3% em relação aos valores normais
do projeto.

16
NCh433

5.2.3 As ações das cargas permanentes e sobrecargas de uso indicadas no item 5.2. 1
devem ser determinadas de acordo com a NCh1537. A redução indicada no item 5.5.1
só se aplica ao cálculo da ação sísmica, e não às solicitações devido às sobrecargas de
uso a que se referem as regras de superposição do item 5.2.1.

5.2.4 A ação sísmica é considerada como uma carga eventual e não é necessário
combiná-la com outras cargas eventuais.

5.2.5 Mesmo que o projeto fique controlado pelas solicitações de vento, especificadas
na NCh432, devem ser respeitadas as disposições de detalhamento e as limitações do
projeto sísmico que estabelece a norma relativa a cada material.

5.3 Coordenação com outras normas de análise e projeto

As disposições da presente norma devem ser aplicadas em conjunto com o disposto


em outras normas de análise e nas normas específicas do projeto para cada material
que estiver indicado a seguir. Em caso de contradição, devem prevalecer as
disposições da presente norma.

5.3.1 Análise das solicitações de peso próprio e sobrecargas, segundo as disposições


da NCh1537.

5.3.2 Análise das solicitações de neve, segundo as disposições da NCh431.

5.3.3 Estruturas de aço, segundo as disposições da NCh4272).

5.3.4 Estruturas de concreto armado, segundo as disposições da NCh4302).

5.3.5 Estruturas de alvenaria armada de tijolos cerâmicos ou blocos de concreto,


segundo as disposições da NCh1928.

5.3.6 Estruturas de alvenaria de tijolos cerâmicos ou blocos de concreto confinado


com cadeias e pilares de concreto armado, segundo as disposições da NCh2123.

5.3.7 Estruturas de alvenaria de pedra com pilares e cadeias de concreto armado,


segundo as disposições do Regulamento Geral de Urbanismo e Construções.

5.3.8 Estruturas de madeira segundo as disposições da NCh1198.

2) Veja Anexo B, Referências transitórias.

17
NCh433

5.4 Sistemas estruturais

5.4.1 A transmissão das forças desde seu ponto de aplicação aos elementos
resistentes e ao piso da fundação, deve ser feito na forma mais direta possível através
de elementos dotados da resistência e a rigidez adequadas.

5.4.2 Para os efeitos desta norma se distinguem os seguintes tipos de sistemas


estruturais:

5.4.2. 1 Sistemas de muros e outros sistemas na posição oblíqua

As ações gravitacionais e sísmicas são resistidas por muros, ou, por pórticos na posição
oblíqua que resistem as ações sísmicas mediante elementos que trabalham
principalmente por esforço axial.

5.4.2. 2 Sistemas de pórticos

As ações gravitacionais, e as sísmicas em ambas as direções de análise, são resistidas


por pórticos.

5.4.2. 3 Sistemas mistos

As cargas gravitacionais e sísmicas são resistidas por uma combinação dos sistemas
anteriores.

5.5 Modelos estruturais

5.5.1 Para o cálculo das massas devem ser consideradas as cargas permanentes mais
uma porcentagem da sobrecarga de uso, que não poderá ser inferior a 25% em
construções destinadas à habitação privada ou ao uso público onde não é usual a
aglomeração de pessoas ou coisas, nem 50% em construções em que é usual essa
aglomeração.

5.5.2 Diafragmas de piso

5.5.2.1 Deverá ser verificado se os diafragmas têm a rigidez e a resistência suficiente


para obter a distribuição das forças inerciais entre os planos ou subestruturas verticais
resistentes. Se existirem dúvidas sobre a rigidez do diafragma, deverá ser levado em
consideração sua flexibilidade adicionando os graus de liberdade que seja necessário ou
introduzindo separações estruturais.

5.5.2. 2 Os edifícios de planta irregular (Em H, em L, em T, em U, etc.) só poderão ser


projetados como uma só estrutura, quando os diafragmas forem calculados e
construídos de modo que a obra se comporte durante os sismos como um só conjunto,
e levando em consideração o especificado no item 5.5.2.1. Caso contrário, cada corpo
deverá ser projetado como uma estrutura separada, respeitando o disposto no item
5.10.

5.5.2. 3 Se o edifício de planta irregular for projetado como uma só estrutura, deverá
existir especial cuidado no projeto das conexões entre as distintas partes que formam a
planta.

18
NCh433

5.5.2. 4 Nos níveis onde haja descontinuidade de rigidezes nos planos resistentes ou
outras subestruturas verticais, deve ser verificado se o diafragma é capaz de redistribuir
as forças.

5.5.3 Compatibilidade de deformações horizontais

5.5.3. 1 Nos edifícios com diafragmas horizontais, os métodos de análise devem


satisfazer as condições de compatibilidade dos deslocamentos horizontais das
subestruturas verticais e dos diafragmas horizontais. Estas condições devem ser
cumpridas em todos os níveis em que existam diafragmas.

5.5.3. 2 Nos pisos sem diafragma rígido os elementos resistentes devem ser calculados
com as forças horizontais que incidem diretamente sobre eles.

5.5.4 A definição do modelo da estrutura deve ser feita de acordo com o indicado no
item 7.2.3, 7.2.4 e 7.2. 5.

5.6 Limitações para o uso dos métodos de análise

No capítulo 6 são estabelecidos dois métodos de análise:

a) Um método de análise estática;

b) Um método de análise modal espectral.

O método de análise estática pode ser usado caso sejam satisfeitas as limitações
indicadas no item 6.2.1. As limitações para o uso do método de análise modal espectral
estão especificadas no item 6.3.1.

5.7 Fator de modificação da resposta

5.7.1 O fator de modificação da resposta Ro (o R) está estabelecido na Tabela 5.1.


Esse fator reflete as características de absorção e dissipação de energia da estrutura
resistente, assim como a experiência sobre o comportamento sísmico dos diferentes
tipos de estruturações e materiais empregados.

5.7.2 Em edifícios que apresentem pisos com diferentes sistemas ou materiais


estruturais, as solici tações sísmicas devem ser determinadas com o valor de Ro (o R)
que corresponda a do subsistema com menor na Tabela 5.1.

5.7.3 Se a estrutura resistente do edifício contempla sistemas com diferente valor de


Ro (o R) de acordo com distintas direções horizontais, a análise sísmica deve ser feita
com o menor valor de Ro (o R ).

19
NCh433

5.8 Ações sísmicas sobre a estrutura

5.8.1 A estrutura deve ser analisada, como mínimo, para ações sísmicas
independentes de acordo com cada uma de duas direções horizontais perpendiculares
ou aproximadamente perpendiculares.

5.8.2 As marquises, balcões, beirais e outros elementos vulneráveis à ação vertical do


sismo, devem ser projetadas para uma força vertical igual às cargas permanentes mais a
totalidade da sobrecarga de uso aumentadas ambas em 30%.

5.9 Deformações sísmicas

5.9.1 Os deslocamentos horizontais e rotações dos diafragmas do piso devem ser


calculados para as ações sísmicas do projeto estipuladas no capítulo 6, incluindo o efeito
da torção acidental.

5.9.2 O deslocamento relativo máximo entre dois pisos consecutivos, medido no centro
de massas em cada uma das direções de análise, não deve ser maior que a altura de
entrepiso multiplicada por 0,002.

5.9.3 O deslocamento relativo máximo entre dois pisos consecutivos, medido em


qualquer ponto da planta em cada uma das direções de análise, não deve exceder mais
de 0,001 h ao deslocamento relativo correspondente medido no centro das massas, em
que h é a altura do entrepiso.

5.9.4 Em pisos sem diafragma rígido, o valor máximo do deslocamento transversal de


entrepiso das cadeias, produzido por solicitações que atuam perpendicularmente ao
plano do muro sobre o que se localiza a cadeia, deve ser igual ou menor que a altura de
entrepiso multiplicada por 0,002.

5.10 Separações entre edifícios ou estruturas dos edifícios

Em edifícios ou em estruturas de um mesmo edifício que não sejam projetados e


construídos como unidos ou interconectados devem ser adotadas as seguintes
disposições para permitir seu movimento relativo devido a forças laterais.

5.10.1 A distância de um edifício ao plano medianeiro em qualquer nível não deve ser
*
inferior a R / 3 vezes o deslocamento a esse nível calculado com os métodos de análise
estabelecidos no item 6.2 e 6.3, nem a um dois por mil da altura do mesmo nível nem a
1,5 cm. Com exceção dos edifícios limítrofes com um prédio de uso público não
destinado a ser edificado.

5.10.2 As distâncias entre as estruturas de um mesmo edifício ou entre o edifício em


estudo e um existente, medidas em cada nível, não devem ser inferiores ao dobro das
estabelecidas no item 5.10.1.

5.10.3 Será considerado o cumprimento com as condições do item 5.10.1 e 5.10.2


quando as separações ao nível de cada piso forem satisfeitas.

20
NCh433

5.10.4 As separações entre edifícios ou entre estruturas de um mesmo edifício não


são aplicáveis às fundações, a menos que o projeto estrutural assim o estabeleça. Os
espaços de separação devem ficar livres de escombros e devem permitir movimentos
relativos em qualquer direção. Os elementos de amparo das separações devem
assegurar a disposição anterior, sem transmitir entre os edifícios ou partes de edifícios
adjacentes força cuja magnitude seja de significação.

5.11 Planos e memória de cálculo

5.11.1 Os planos das estruturas devem especificar:

- A qualidade dos materiais considerados no projeto;

- A zona sísmica onde será construída a obra;

- O tipo de piso de fundação, de acordo à classificação de Tabela 4.2 desta norma.

5.11.2 A memória de cálculo deve conter os seguintes antecedentes, em adição ao


estipulado para a folha de cálculo no Regulamento Geral de Urbanismo e Construções.

- Uma descrição do sistema sismorresistente;

- Uma descrição do método de análise sísmica, com uma identificação dos


parâmetros utilizados para determinar a solicitação sísmica;

- Os resultados principais da análise (Períodos fundamentais, esforços de corte


basal em cada direção de análise, deformações máximas absolutas e de
entrepiso);

- A forma em que foram consideradas as paredes divisórias na análise e no projeto,


para os efeitos da aplicação do item 8.4.

21
NCh433

Tabela 5.1 - Valores máximos dos fatores de modificação da resposta 1)

Sistema estrutural Material estrutural R Ro

Aço estrutural 7 11
Pórticos
Concreto armado 7 11

Aço estrutural 7 11

Concreto armado 7 11

Concreto armado e alvenaria confinada

- Caso seja cumprido o critério A 2) 6 9

- Caso não seja cumprido o critério A 2) 4 4


Madeira
5,5 7
Alvenaria confinada
4 4
Muros e sistemas na posição Alvenaria armada
oblíqua
- De blocos de concreto ou unidades de
geometria similar nas que se enchem 4 4
todos as cavidades, e alvenaria de
muros com chapa dupla.
- De tijolos cerâmicos tipo ralo com e
sem preenchimento das cavidades e 3 3
alvenaria de blocos de concreto ou
unidades de geometria similar em que
não sejam preenchidas todas as
cavidades.

Qualquer tipo de estruturação ou material que não possa ser classificado em 2 -


3)
alguma das categorias anteriores

1) Os valores indicados nesta tabela para aço estrutural e concreto armado supõem o cumprimento
do estabelecido no Anexo B.

2) Critério A: os muros de concreto armado devem ser em cada piso, 50% do esforço de corte do
piso, no mínimo.

3) Não procede o uso da análise modal espectral para este tipo de estruturação ou material.
Portanto, não é estabelecido um valor para Ro.

22
NCh433

6 Métodos de análise

6.1 Aspectos gerais

6.1.1 Qualquer que seja o método de análise usado, deve ser considerado um modelo
da estrutura com um mínimo de três graus de liberdade por piso: dois deslocamentos
horizontais e a rotação do piso em torno da vertical. Na escolha do número de graus de
liberdade incluídos na análise deve ser levado em consideração o disposto no item
5.5.2.1.

6.1.2 Podem ser desprezados os efeitos da torção acidental no projeto dos elementos
estruturais se, ao realizar a análise indicada no item 6.3. 4 a), forem obtidas as
variações dos deslocamentos horizontais em todos os pontos das plantas do edifício
iguais ou inferiores a 20%, em relação ao resultado obtido do modelo com os centros de
massas em sua localização natural.

6.2 Análise estática

6.2.1 O método de análise estática só pode ser utilizado na análise sísmica das
seguintes estruturas resistentes:

a) Todas as estruturas das categorias C e D se localizadas na zona sísmica 1 do


zoneamento indicado no item 4.1;

b) Todas as estruturas inferiores a 5 pisos e de altura e menores que 20 m;

c) As estruturas de 6 a 15 pisos quando forem satisfeitas as seguintes condições para


cada direção de análise:

i) Os quocientes entre a altura total H do edifício, e os períodos dos modos com


maior massa traslacional equivalente nas direções "x" e "y", Tx y Ty,
respectivamente, devem ser iguais ou superiores a 40 m/s;

ii) O sistema de forças sísmicas horizontais do método estático deve ser tal que
os esforços de corte e momentos de volta em cada nível não difiram em mais
de 10% em relação ao resultado obtido mediante uma análise modal espectral
com igual esforço de corte basal.

Caso sejam cumpridas as condições (i) e (ii) anteriores e o esforço de corte basal
que for obtido da aplicação das forças sísmicas estáticas horizontais resultasse
menor que o determinado, de acordo com o item 6.2.3, essas forças deverão ser
multiplicadas por um fator de maneira que o esforço de corte basal alcance no
mínimo o valor apontado.

6.2.2 No método de análise, a ação sísmica se assimila a um sistema de forças cujos


efeitos sobre a estrutura é calculado seguindo os procedimentos da estática. Este
sistema de forças horizontais aplicadas no centro de massas de cada uma das
partes está definido no item 6.2.3 a 6.2.7.

23
NCh433

6.2.3 O esforço de corte basal está dado por:

Qo = CIP (6-1)

em que:
C = É o coeficiente sísmico que está definido no item 6.2.3.1 e 6.2.7.
I = É o coeficiente relativo ao edifício, cujos valores estão especificados na
Tabela 6.1 de acordo com a classificação indicada no item 4.3;

P = É o peso total do edifício sobre o nível basal, calculado na forma indicada


no item 6.2.3.3.
6.2.3. 1 O coeficiente sísmico C, é obtido na expressão:

(6-2)

em que:

n ,T ′ = São parâmetros relativos ao tipo de piso de fundação que está determinado


na Tabela 6.3 de acordo com a classificação da Tabela 4.2;

Ao = Tem o significado indicado no item 6.2.3.2;

R = É um fator de redução que está estabelecido no item 5.7;

T* = É o período do modo com maior massa traslacional equivalente na direção


de análise.

6.2.3. 1.1 Em nenhum caso o valor de C será menor que Ao / 6 g .

6.2.3. 1.2 O valor de C não necessita ser maior que o indicado na Tabela 6.4.

6.2.3. 1.3 No caso de edifícios estruturados para resistir as solicitações sísmicas


mediante muros de concreto armado, ou uma combinação formada por muros e pórticos
de concreto armado e panos de alvenaria confinada, o valor máximo do coeficiente
sísmico obtido da Tabela 6.4 poderá ser reduzido multiplicando-o pelo fator f
determinado pela expressão:

(6-3)

Onde q é o menor dos valores obtidos pelo cálculo do quociente do esforço de corte
tomado pelos muros de concreto armado dividido pelo esforço de corte total em cada um
dos níveis da metade inferior do edifício, em uma e outra das direções de análise.

24
NCh433

6.2.3. 2 A aceleração efetiva máxima Ao é determinado na Tabla 6.2 de acordo com o


zoneamento sísmico do país indicado no item 4.1.

6.2.3. 3 O peso total P do edifício sobre o nível basal deve ser calculado de acordo com
o disposto no item 5.5. 1. Para efeitos deste cálculo, pode ser considerado um valor
nulo para a sobrecarga de cálculo dos tetos.

6.2.4 O valor do período de vibração T*em cada uma das direções da ação
sísmica consideradas na análise, deve ser calculado mediante um procedimento
fundamentado.

6.2.5 Para estruturas inferiores a 5 pisos as forças sísmicas horizontais podem ser
calculadas pela expressão:

(6-4)

em que:

(6-5)

Para estruturas maiores que 5 pisos mas inferiores a 16 pisos, pode ser usado o
sistema de forças definido pelas expressões (6-4) e (6-5) ou qualquer outro sistema de
forças horizontais, sempre que se satisfaçam as condições (i) e (ii) especificadas em
6.2.1 (c).
As forças devem ser aplicadas independentemente em cada uma das duas direções de
análise contempladas no item 5.8, todas no mesmo sentido.

6.2.6 Os edifícios de dois ou mais pisos sem diafragma rígido no nível superior podem
ser analisados considerando a existência de um diafragma rígido nesse nível.
Entretanto, para o projeto do piso sem diafragma, cada elemento resistente ao sismo
deve ser calculado aplicando uma aceleração horizontal igual a 1,20 FN g / PN a massa
que atua sobre ele.

Particularmente, deve ser verificada a magnitude dos deslocamentos horizontais


perpendiculares ao plano resistente, obtidos da análise anterior, satisfaçam o disposto
no item 5.9.4.

6.2.7 Para determinar o esforço de corte basal dos edifícios de um piso que têm
diafragma rígido no nível superior, pode ser usado um coeficiente sísmico igual a 80%
do determinado de acordo com o item 6.2.3.1.

25
NCh433

6.2.8 Análise por torção acidental

Os resultados da análise feita para as forças estáticas aplicadas em cada uma das
direções da ação sísmica, devem ser combinadas com os da análise por torção
acidental.

Para este efeito, devem ser aplicados momentos de torção em cada nível, calculados
como o produto das forças estáticas que atuam nesse nível por uma excentricidade
acidental dada por:

para o sismo de acordo com X;

p ara o sismo de acordo com Y.

Deve ser usado o mesmo sinal para as excentricidades em cada nível, de maneira que
geralmente, seja necessário considerar dois casos para cada direção de análise.

6.3 Análise modal espectral

6.3.1 Este método pode ser aplicado às estruturas que apresentem modos normais de
vibração clássicos, com amortizações modais da ordem de 5% da amortização crítica.

6.3.2 Uma vez determinados os períodos naturais e modos de vibração, as massas


equivalentes para cada modo n estão indicadas pelas seguintes expressões:

(6-6)

em que:

(6-7)

6.3.3 Serão incluídas na análise todos os modos normais ordenados de acordo


com os valores crescentes das frequências próprias, que sejam necessários para que
a soma das massas equivalentes para cada uma das duas ações sísmicas seja maior
ou igual a 90% da massa total.

26
NCh433

6.3.4 Análise por torção acidental

O efeito da torção acidental deve ser considerado em qualquer uma das duas formas
alternativas seguintes:

a) Deslocando transversalmente a localização dos centros de massas do modelo em


± 0,05 bky para o sismo da direção X, e em ± 0,05 kx para o sismo da direção Y.
Deve ser usado o mesmo sinal para os deslocamentos em cada nível k, de
maneira que geralmente, seja necessário considerar dois modelos em cada
direção de análise, além do modelo com os centros de massas em sua
localização natural;

b) Aplicando momentos de torção estáticos em cada nível, calculados como o


produto da variação do esforço de corte combinado nesse nível, por uma
excentricidade acidental dada por:

para o sismo de acordo com X;

para o sismo de acordo com Y.


Deve ser usado o mesmo sinal para as excentricidades em cada nível, de maneira
que geralmente, seja necessário considerar dois casos para cada direção de
análise. Os resultados desta análise deverão ser somados aos das análises modais
espectrais que resultam na consideração do sismo atuando de acordo com a
direção X ou E da planta, do modelo com os centros de massas em sua localização
natural.

6.3.5 Espectro de projeto

6.3.5. 1 O espectro de projeto que determina a resistência sísmica da estrutura está


definido por:

(6-8)

em que os valores do I e Ao estão determinados na forma estipulada no item 6.2. 3.

6.3.5. 2 O fator de amplificação αdeterminado para cada modo de vibração n, de


acordo com a expressão:

(6-9)

em que:

Tn = Período de vibração do modo n;


To , p = Parâmetros relativos ao tipo de piso de fundação que está determinado na Tabela
6.3 de acordo com a classificação da Tabela 4.2.

27
NCh433

6.3.5. 3 O fator de redução R* é determinado por:

(6-10)

em que:
T* = Período do modo com maior massa traslacional equivalente na direção
de análise;

Ro = Valor para a estrutura que é estabelecido de acordo com as


disposições do item 5.7.

6.3.5. 4 Para os edifícios estruturados com muros, o fator de redução R* pode ser
determinado usando a seguinte expressão alternativa:

(6-11)

em que:
N = número de pisos do edifício.

6.3.6 Superposição modal

6.3.6.1 Os deslocamentos e rotações dos diafragmas horizontais e as solicitações de


cada elemento estrutural devem ser calculados para cada uma das direções de ação
sísmica, sobrepondo as contribuições de cada um dos modos de vibração. Devem ser
consideradas limitações ao esforço de corte basal indicadas no item 6.3.7.

6.3.6. 2 A superposição dos valores máximos modais deve ser feita mediante a
expressão:

(6-12)

em que as somas Σ y j Σ são sobre todos os modos considerados; os coeficientes de


acoplamento modal ρij devem ser determinados por um dos seguintes métodos
alternativos:

a) O método CQC.

(6-13)

em que:

ξ = razón de amortiguamiento, uniforme para todos los modos de


vibração, que devem ser usados igual a 0,05.

28
NCh433

b) O método CQC com ruído alvo filtrado por um piso de característica To .

(6-13)

em que ρ* está dado por:

(6-13)

nas expressões (6-14) e (6-15) deve ser usado T >T .

6.3.7 Limitações do esforço de corte basal

6.3.7. 1 Se o componente do esforço de corte basal na direção da ação sísmica


resulta menor que, IAo P /6 g os deslocamentos e rotações dos diafragmas horizon
tais e as solicitações dos elementos estruturais devem ser multiplicados por um fator
de maneira que esse esforço de corte alcance o valor mínimo apontado.

6.3.7. 2 O componente do esforço de corte basal na direção da ação sísmica não


necessita ser maior que ICmáx.P, em que Cmáx. é determinado no item 6.2.3.1. No caso
que esse componente seja maior que a quantidade anterior, as solicitações dos
elementos estruturais podem ser multiplicados por um fator de maneira que esse
esforço de corte não ultrapasse o valor ICmáx.P. Esta disposição não determina o
cálculo dos deslocamentos e rotações dos diafragmas horizontais do piso.

6.3.8 No projeto dos elementos estruturais devem ser considerados os esforços


internos e os deslocamentos que não satisfazem as condições de equilíbrio e de
compatibilidade, quando são obtidos usando o método de Análise Modal Espectral. O
projetista deve considerar este fato no projeto sismorresistente, de modo a assegurar
que o projeto atenda o aspecto da segurança.

29
NCh433

Tabela 6.1 - Valor do coeficiente I

Categoria do edifício I
A 1,2
B 1,2
C 1,0
D 0,6

Tabela 6.2 - Valor da aceleração efetiva Ao

Zona sísmica Ao

1 0,20 g
2 0,30 g
3 0,40 g

Tabela 6.3 - Valor dos parâmetros que dependem do tipo de piso

Tipo de To T' p
S n
piso s s
I 0,90 0,15 0,20 1,00 2,0
II 1,00 0,30 0,35 1,33 1,5
III 1,20 0,75 0,85 1,80 1,0
IV 1,30 1,20 1,35 1,80 1,0

Tabela 6.4 - Valores máximos do coeficiente sísmico C

R C
máx.

2 0,9 0 SAo / g

3 0,6 0 SAo / g

4 0,5 5 SAo / g

5.5 0,4 0 SAo / g

6 0,3 5 SAo / g

7 0,3 5 SAo / g

7 Projeto e construção das fundações

7.1 Especificações gerais para o projeto

7.1.1 As solicitações transferidas ao piso pelas fundações devem ser verificadas para a
superposição de efeitos indicada no item 5.2.1 a).

30
NCh433

7.1.2 Deve-se comprovar que as fundações tenham um comportamento satisfatório


tanto diante a ação de cargas estáticas como ante a ação de cargas sísmicas,
verificando que a pressão de contato entre o piso e a fundação seja tal que as
deformações induzidas sejam aceitáveis para a estrutura.

7.2 Fundações superficiais

7.2.1 Pelo menos 80% da área sob cada fundação isolada deve ficar submetida a
compressão. Percentagens menores da área em compressão devem justificar-se de
modo a assegurar a estabilidade global e que as deformações induzidas sejam
aceitáveis para a estrutura. As disposições anteriores não são determinadas caso sejam
usadas ancoragens entre a fundação e o piso.

7.2.2 As fundações sobre sapatas isoladas que não contem com restrição adequada
ao movimento lateral, devem ser unidas mediante cadeias de amarração desenhadas
para absorver uma compressão ou tração não inferior a 10% da solicitação vertical
sobre a sapata.

7.2.3 Pode ser considerada a restrição lateral do piso que rodeia a fundação sempre
que as características de rigidez e resistência desse piso garantam sua colaboração e
que a fundação tenha sido concretada no piso natural não removido. No caso de
colocar preenchimentos em torno das fundações, a restrição lateral considerada deve
justificar-se adequadamente e a colocação desses preenchimentos deve ser feita
seguindo procedimentos de compactação e de controle claramente especificados.

7.2.4 Para calcular as forças sísmicas que são desenvolvidas na base de fundações
enterradas em terreno plano, podem ser desprezadas as forças de inércia das massas
da estrutura que fiquem sob o nível do piso natural e as cargas sísmicas do terreno,
sempre que existir a restrição lateral de acordo ao disposto no item 7.2.3.

7.2.5 O nível basal do edifício deve ser considerado na base de suas fundações. A
consideração de outra posição do nível basal deve justificar-se mediante uma análise.

7.2.6 A pressão de contato plausível deve ser definida no nível de contato entre o
terreno e a base do elemento de fundação utilizado. No caso de preenchimentos de
concreto pobre sob as fundações, a pressão de contato deve ser definida na base
desse preenchimento; devem ser comprovadas as pressões de contato e as
deformações, tanto na base do concreto pobre como no contato entre fundação e
concreto pobre.

7.3 Pilotes
7.3.1 Na avaliação da possibilidade de deterioração temporária ou permanente das
características de resistência ou de deformação dos pisos de fundação como resultado
da ação sísmica, devem ser incluídos os pisos que podem ser afetados pelo pilote
isolados ou grupos de pilote, de acordo com as seguintes pautas mínimas:

a) Pilote isolados: até duas vezes o diâmetro do pilote por debaixo da cota da ponta
do mesmo;

b) Grupo de pilote: até duas vezes o diâmetro ou largura do grupo por debaixo da
cota da ponta do mesmo.

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NCh433

7.3.2 Os pilotes devem ficar adequadamente conectados às partes fixas.

7.3.3 Os pilotes individuais ou as partes fixas dos grupos de pilote devem ser
conectadas mediante vigas de amarração projetadas para resistir a uma força de
compressão ou tração não inferior a 10% da maior carga vertical que atue sobre o pilote
ou sobre o conjunto.

7.3.4 No cálculo da resistência lateral do pilote ou grupos de pilote deve ser


considerado que esta pode encontrar-se diminuída por aumento da pressão de poros ou
liquefação do piso, ou por perda de contato entre o piso e parte da longitude do pilote
devida a deformação plástica do piso.

7.3.5 Não devem ser aceitos pilotes de concreto sem proteção. No projeto dos pilote
devem ser considerados, entre outros, os estados de carga correspondentes ao traslado,
instalação, alicerce e operação do pilote.

7.3.6 É necessária a inspeção especializada durante o alicerce ou construção do pilote.

7.4 Estruturas contíguas

7.4.1 No projeto de fundações dos edifícios limítrofes ou próximos a obras existentes,


deve ser verificado se a influência das novas cargas aplicadas não afeta o
comportamento da obra existente.

7.4.2 O projeto e cálculo das obras de esgotamento, reforço, escavação, escoramento e


sustentação, necessárias para materializar a construção dos edifícios contíguos a outros
já existentes, devem considerar e dispor das medidas necessárias para evitar que por
motivo destas tarefas ocorram deformações ou apareçam solicitações que sejam
prejudiciais à obra existente.

7.4.3 Antes de iniciar a construção de um novo edifício, contiguo a obras existentes,


deve executar um cadastro detalhado das estruturas limítrofes ou próximas
comprometidas, incluindo fissuras, aberturas e desnivelações ou distorções.

7.4.4 A natureza temporária de algumas das obras indicadas no item 7.4.2 permite que
seu projeto e dimensionamento sejam realizados com fatores de segurança menores que
os usuais. Por esse motivo, no caso de interrupção de tarefas que impliquem em que as
obras de amparo trabalhem em um período maior ao contemplado no projeto, devem ser
adotadas as medidas de reforço que sejam pertinentes.

7.5 Cargas nos muros subterrâneos

7.5.1 A avaliação das cargas de terra que são indicadas a seguir considera pisos com
superfície horizontal, atuando sobre muros perimetrais verticais na posição oblíqua por
lajes de piso.

7.5.2 O componente estático da carga das terras deve ser avaliado para uma condição
de repouso.

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NCh433

7.5.3 O componente sísmico da carga pode ser avaliado usando a seguinte expressão:

(7-1)

em que:

σ = É a pressão sísmica uniformemente distribuída em toda a altura H do


muro;

H = É a altura do muro em contato com o piso;

γ = É o peso unitário úmido do piso ou do preenchimento colocado contra


o muro;

Ao = É a aceleração efetiva máxima do piso, que é determinada na Tabela


6.2 de acordo com o Zoneamento sísmico do país;

CR = É um coeficiente igual a 0,45 para pisos duros, densos ou


compactados; igual a 0,70 para pisos moles ou fofos; e igual a 0,58
para preenchimentos moles depositados entre o muro e a superfície
de um muro oblíquo de uma escavação praticada em piso denso ou
compactado.

7.5.4 No caso de existir napa dentro do piso retido, se a permeabilidade do piso


ou suas condições de drenagem são tais que impedem o desenvolvimento de
incrementos de pressão de poros que conduzam a uma deterioração do piso ou a sua
eventual liquefação, a expressão(7-1) deve ser usada considerando um peso unitário
modificado γ* dado por:

(7-2)

em que:
γ = É o peso unitário úmido do material retido sobre a napa;

γsat = É o peso unitário saturado do material sob a napa;

Dw = É a profundidade da napa;

H = É a altura do muro em contato com o piso.

8 Elementos secundários

8.1 Aspectos gerais

8.1.1 O objetivo deste capítulo é estabelecer condições e solicitações para o projeto e


a ancoragem de elementos secundários e a interação destes com a estrutura resistente,
levando em consideração o uso do edifício e a necessidade de continuidade de
operação.

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NCh433

8.1.2 Não será necessário efetuar a análise especificada neste capítulo no caso de
veículos e outros equipamentos móveis.

8.1.3 Para o projeto dos elementos secundários devem ser consideradas as seguintes
forças sísmicas em conjunto com outras solicitações. O componente horizontal deve ser
definido no item 8.3. O componente vertical deve ter uma magnitude igual a 0,67 Ao Pp
/ g e deve ser considerado para cima ou para baixo de acordo com essas situações seja
a mais desfavorável.

8.2 Critérios sobre o nível de desempenho

Distinguem-se três níveis de desempenho em relação ao comportamento sísmico de


elementos secundários: superior, bom e mínimo, aos quais correspondem valores do
fator de desempenho Kd iguais a 1,35; 1,0 e 0,75 respectivamente.

8.2.1 O nível de desempenho que deve ser exigido em cada caso depende do elemento
secundário que esteja sendo considerado e da categoria do edifício, de acordo com a
classificação indicada no item 4.3. Na Tabela 8.1 estão indicados os fatores de
desempenho para vários casos de uso frequente.

8.3 Forças para o projeto dos elementos secundários e suas ancoragens

8.3.1 Os elementos secundários e suas ancoragens à estrutura resistente devem ser


projetados com a seguinte força sísmica horizontal atuando em qualquer direção.

(8-1)

em que Qp é o esforço de corte que é apresentado na base do elemento secundário de


acordo com uma análise do edifício em que oelemento secundário foi incluído na
modelação. O coeficiente C p e o fator de desempenho Kd são obtidos na Tabela 8.1.

8.3.2 Alternativamente, o projeto e a ancoragem dos elementos secundários rígidos, e


de elementos secundários flexíveis relativamente leves (Cujo peso total é menor que
20% do peso sísmico do piso em que se encontram localizados), podem ser realizadas
com a seguinte força sísmica horizontal atuando em qualquer direção:

(8-2)

em que o fator de amplificação dinâmica K p é determinado de acordo com o disposto no


item 8.3.3, Cp y K p são obtidos na Tabela 8.1. No caso que se use ométodo de análise
estático estipulado no item 6.2, deve ser utilizado um valor de Fk Pk não inferior a Ao / g.

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NCh433

8.3.3 O coeficiente K p deve ser determinado alternativamente mediante um dos dois


procedimentos seguintes:

(8-3)

(8-4)

em que:

em que T p é o período próprio do modo fundamental de vibração do elemento


secundário, incluindo seu sistema de ancoragem, eT* é o período do modo com maior
massa traslacional equivalente do edifício na direção em que pode entrar em
ressonância o elemento secundário. Para determinar βnão poderá ser utilizado um
valor de T* menor que 0,06 s.

8.4 Paredes divisórias

8.4.1 Para os efeitos da interação entre a estrutura do edifício e as paredes divisórias


estes são classificados da seguinte maneira:

- Solidários, se devem seguir a deformação da estrutura;

- Flutuantes, se podem ser deformados independentemente da estrutura.

8.4.2 A interação entre as paredes solidárias e a estrutura resistente do edifício deve


ser analisada prestando especial atenção à compatibilidade das deformações; para
tanto, estes elementos devem ser incorporados no modelo utilizado na análise sísmica
do conjunto, a menos que o deslocamento relativo de entrepiso medido no ponto em
que estão as paredes seja igual ou menor que 0,001 vezes a altura do entrepiso.

8.4.3 As paredes solidárias devem aceitar, sem que apresentem danos que impeçam
seu uso normal, a deformação lateralque é obtida na amplificação por R* Kd / 3 a
deformação lateral do entrepiso no ponto em que estão localizadas as paredes,
calculada com os métodos do capítulo 6.

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NCh433

8.4.4 A distância lateral livre entre as paredes flutuantes e a estrutura resistente deve
ser igual ou maior que a deformação lateral que é obtida pela amplificação pelo R* Kd / 3
a deformação lateral do entrepiso no ponto em que estão localizadas as paredes,
calculada com os métodos do capítulo 6.

8.4.5 As ancoragens das paredes flutuantes devem estar dispostas de tal maneira que
permitirão a deformação livre da estrutura resistente e a sua vez assegurem a
estabilidade transversal das paredes.

8.5 Aspectos complementares

8.5.1 O dimensionamento das ancoragens será feito sem contar com o contato que
pudesse existir entre as superfícies de apoio.

8.5.2 Para evitar que os pinos de ancoragem fiquem submetidos a esforços de corte
originados por solicitações sísmicas, devem ser dispostos elementos adicionais de
fixação. Naqueles casos em que isto não resulte prático, os pinos de ancoragem devem
ser projetados para resistir ao esforço de corte sísmico incrementado em 100%. Em
nenhuma situação serão aceitos equipamentos sem ancoragem.

8.5.3 Os elementos secundários que devem ter um nível de desempenho superior (Kd
=1,35 ) ou bom (Kd =1,0 ) devem ser capazes de resistir sem danos as forças do projeto
resultado das expressões (8-1) y (8-2) conforme corresponda.

8.5.4 Todos os equipamentos de fornecimento de gás, vapor, gases em redes de frio,


água a altas temperaturas ou outros líquidos perigosos de edifícios pertencentes à
categoria A indicada no item 4.3, devem estar providos de um sistema de corte
automático que seja ativado quando a aceleração na base do edifício alcance um valor
igual a λ Ao . Os valores deλsão indicados na Tabela 8.2, e dependem da relação que
existe entre a periculosidade do efeito direto a que pode dar origem ao dano e das
possibilidades que existem de suspender sem maiores problemas o fornecimento ou
serviço que oferece a equipe.

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NCh433

Tabela 8.1 - Valores do coeficiente C p y do fator de desempenho K d


para o projeto e ancoragem dos elementos secundários

Fator de desempenho,
Kd
Cp
Categoria do edifício
A B C
I Elementos secundários
Apêndices e elementos adicionados
- Chaminés, parapeitos, molduras e elementos 2,0 1,35 1,35 1,0
adicionados nos muros
- Elementos isolados embutidos na sua base 1,5 1,0 1,0 0,75
- Equipamento montado no teto, parede ou piso 1,0 1,35 1,0 0,75
- Suportes incluindo seu conteúdo permanente 1,0 1,35 1,0 0,75
- Letreiros 2,0 1,0 1,0 0,75
Paredes e muros não estruturais
- Escadas 1,5 1,35 1,0 1,0
- Escapamentos horizontais ou verticais 1,0 1,35 1,35 1,0
- Corredores públicos 1,0 1,35 1,0 0,75
- Corredores privados 0,7 1,35 0,75 0,75
- Outras divisões de altura total 1,0 1,35 1,0 1,0
- Outras divisões de altura parcial 0,7 1,0 0,75 0,75
- Muros externos não resistentes e muros cortina 2,0 1,35 1,0 0,75
II Equipamentos mecânicos ou elétricos
- Equipamentos elétricos de emergência
- Sistemas de alarme de fogo e fumaça 2,0 1,35 1,35 1,35
- Sistemas para sufocar incêndios
- Sistemas de emergência
- Aquecedores, recipientes térmicos, incineradores,
chaminés, ventilações
- Sistema de comunicação 2,0 1,35 1,0 0,75
- Sistemas de distribuição elétrica
- Tanques a pressão e para líquidos perigosos
- Tanques para líquidos inertes 1,5 1,35 1,0 0,75
- Elevadores 1,5 1,35 1,0 0,75
- Dutos e tubos de distribuição 1,5 1,35 1,0 0,75
- Maquinaria em geral 0,7 1,35 1,0 0,75
- Iluminação 0,7 1,35 1,0 0,75

Tabela 8.2 - Valores do fator »

Transtornos produzidos pela Nível de periculosidade


interrupção do fornecimento ou Alto Médio Baixo
serviço
Pequenos 0,8 1,1 1,4
Médios 1,1 1,4 1,7
Grandes 1,4 1,7 N.R1)
1) N.R = Não se requer sistema de corte.

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NCh433

Anexo A
(Informativo)

Dano sísmico e recuperação estrutural

A.1 Aspectos gerais

A.1. 1 As disposições deste anexo estão destinadas a fixar critérios e procedimentos


para:

a) Avaliar o dano produzido na estrutura resistente dos edifícios como consequência


de um sismo;

b) Orientar a recuperação estrutural tanto dos edifícios danificados por um sismo como
de edifícios potencialmente inseguros frente a um movimento sísmico futuro.

A.1. 2 As características de uma estrutura que podem ser modificadas com um processo
de recuperação estrutural são sua resistência, rigidez, dutilidade, massa e sistema das
fundações.

A.1. 3 A recuperação estrutural é denominada "reparação " quando a uma estrutura


danificada lhe restitui ao menos sua capacidade resistente e sua rigidez original.

A.1. 4 A recuperação estrutural é denominada "reforço" quando a uma estrutura


danificada ou sem dano lhe modificam suas características de modo a alcançar um nível
de segurança predeterminado maior que o original.

A.2 Avaliação do dano sísmico e decisões sobre a recuperação estrutural

A.2. 1 O grau de dano sísmico de um edifício pode ser leve, moderado ou severo.

A.2. 2 A estimativa do grau de dano deve ser realizada por um profissional especialista,
que deve analisar e quantificar o comportamento de todos os parâmetros que definem o
dano.

A.2. 3 A Direção das Obras Municipais pode ordenar o desalojamento de todo edifício
que apresente um grau de dano severo e a possibilidade de colapso total ou parcial
frente a réplicas ou sismos futuros.

A.3. 4 A Direção das Obras Municipais, com o relatório escrito com a concordância de
pelo menos um profissional especialista, pode ordenar a demolição dos edifícios com
danos sísmicos severos que apresentem a possibilidade de colapso, que ponha em
perigo vidas humanas ou bens localizados na vizinhança do edifício.

A.4. 5 A decisão sobre o tipo de recuperação estrutural de um edifício não só deve


considerar o grau de dano mas também a intensidade sísmica que teve o evento no
lugar considerado.

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NCh433

A.3 Requisitos que devem ser cumpridos pelo projeto de recuperação


estrutural

A.2. 1 O projeto de recuperação estrutural de um edifício prejudicado por um sismo


deve ser elaborado por um profissional especialista e deve contar com a aprovação da
Direção das Obras Municipais. Quando se tratar de edifícios da categoria A indicada no
item 4.3, o projeto de recuperação estrutural deve ser revisado por outro profissional
especialista.

A.3. 2 O projeto de recuperação estrutural deve incluir os seguintes antecedentes:

a) Cadastro detalhado dos danos nos elementos componentes da estrutura


resistente;
b) Estimativa do grau de dano;
c) Determinação das causas e justificação dos danos;
d) Nível de segurança sísmica da recuperação estrutural;
e) Critérios básicos do projeto;
f) Soluções de reparação e de reforços;
g) Planos gerais e de detalhes;
h) Especificações técnicas construtivas;
i) Nível de inspeção das obras;
j) Aprovação do revisor do projeto de acordo com o estabelecido no item A.3.1.

A.4 Disposições gerais sobre métodos de reparação

A.4. 1 No caso que a recuperação estrutural consulte elementos resistentes adicionais


deve assegurar-se para que sua contribuição ao comportamento sísmico da estrutura
seja efetiva, quer dizer, que durante o sismo desses elementos de reforço recebam e
transmitam as solicitações na forma considerada no cálculo.

A.4. 2 Devem ser especificados cuidadosamente os processos de liberação e


transpasse de cargas contempladas no projeto de recuperação estrutural. Caso
necessário, deverão ser efetuadas medições no terreno necessário para verificar se
são cumpridas as condições do projeto e levar o registro correspondente.

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NCh433

A.5 Requisitos que devem ser cumpridos pelo processo construtivo da


recuperação estrutural

A.5. 1 O processo construtivo da recuperação estrutural deve ser realizado por uma
empresa com experiência neste tipo de trabalho, deve contar com uma inspeção
especializada, e com a supervigilância do profissional especialista que efetuou o projeto
de recuperação.

A.5. 2 O profissional encarregado da inspeção deve ser independente da empresa


executora da obra e de estadia permanente durante a etapa da obra grossa. A Inspeção
pode ser realizada pelo autor do projeto de recuperação.

A.5. 3 A Direção das Obras Municipais poderá eximir das disposições A.5.1 e A.5.2 às
moradias isoladas individuais que cumpram simultâneamente com as duas condições
seguintes:

a) Ter uma superfície inferior a 200 m2;

b) Ter um número de pisos não superior a dois.

Neste caso, o processo construtivo deve contar com a supervigilância do autor do projeto
de recuperação.

A.6 Necessidade de recuperação dos edifícios sem danos

A.6. 1 Os edifícios da categoria A indicada no item 4.3, devem ser submetidos a cada 10
anos a uma revisão com o objetivo de estabelecer sua conformidade com os requisitos
desta norma.

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NCh433

Anexo B
(Normativo)

Referências
transitórias

B.1 Enquanto não se oficialize a NCh427, devem ser usadas as disposições de


"Specification for Structural Steel Buildings" de American Institute of Steel Construction,
Inc., nas suas versões " Allo wable Stress Design ", 1989, ou "Load and Resistance
Factors Design", 1993, complementadas com "Seismic Provisions for Structural Steel
Buildings", de AISC, 1992. Para elementos formados no frio deve ser usado
"Specification for the Design of Cold-Formed Steel Structural Members", American Iron
and Steel Institute, 1986.

B.2 Enquanto não se oficialize a nova versão da NCh430, que substitui NCh429.Of57 e
NCh430. Of61, devem ser usadas as disposições de "Building Code Requirements for
Reinforced Concrete, ACI 318 -95 ". Particularmente, os elementos estruturais que
fazem parte de pórticos de concreto armado destinados a resistir a solicitações
sísmicas devem ser dimensionados e detalhados de acordo com as disposições para
zonas de alta sismicidade do capítulo 21 desse Código.

B.2.1 No caso de edifícios estruturados com uma combinação de muros e pórticos de


concreto armado, em que o conjunto dos muros compreende em cada nível e em cada
direção de análise um porcentual do esforço de corte total do nível igual ou superior a
75%, o projeto dos pórticos deve satisfazer como mínimo as disposições 21.8.4 e 21.8.5
do Código ACI 318 -95, sempre que o pórtico seja responsável por tomar menos que
10% do esforço de corte total de cada um de seus níveis. Também podem ser acolhidos
nessa disposição aqueles pórticos de estruturas cujas solicitações sísmicas foram
calculadas com fatores R0 = 1 o R = 2 .

B.2.2 O projeto de muros não precisa satisfazer as disposições de 21.6.6. 1 a 21.6.6. 4


do Código ACI 318 -95.

41
NORMA CHILENA OFICIAL NCh 433. Of96
INSTITUTONACIONALDENORMALIZAÇÃOeINN-CHILE

Projeto sísmico dos edifícios

Earthquake resistant design of buildings

Primeira edição : 199 6


Reimpressão : 200 5

Descritores: Projeto estrutural, projeto sísmico, cálculo estrutural, edifícios, estruturas,


zonas sísmicas, Chile , classi ficação, análise , fundações , ensaios,
requisi tos
CIN 91.0 80
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