Você está na página 1de 23

JAP Imobili – Gestão Imobiliária, S.A.

MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

 MATRIZAUTO LOURES

 ESTRUTURAS E FUNDAÇÕES – REVISÃO A

PROJETO DE EXECUÇÃO

Fevereiro de 2021
MATRIZAUTO LOURES
JAP Imobili – Gestão Imobiliária, S.A. Estruturas e Fundações – Revisão A

Projeto de Execução
Memória Descritiva e Justificativa

 MATRIZAUTO LOURES

PROJETO DE EXECUÇÃO

MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO 3
2. CONDICIONAMENTOS 3

2.1 Condicionamentos geológicos e geotécnicos 3

2.2 Condicionamentos de utilização 5

3. SOLUÇÃO ESTRUTURAL 5

3.1 Introdução 5

3.2 Superestrutura do Edifício Principal 6

3.3 Superestrutura do Pórtico de Lavagem Error! Bookmark not defined.

3.4 Exteriores 7

3.5 Poste publicitário 7

4. MATERIAIS E DURABILIDADE 8
5. AÇÕES 9

5.1 Introdução 9

5.2 Ações permanentes 9

5.2.1 Peso próprio 9

5.2.2 Restantes cargas permanentes 9

5.2.3 Impulsos estáticos do terreno 10

5.3 Variáveis 10

5.3.1 Sobrecarga uniforme 10

5.3.2 Acão do vento sobre o edifício 10

5.3.3 Acão do vento sobre o poste publicitário 15

5.3.4 Acão sísmica 16

50119.02.EST.PE.MD  1 / 22
MATRIZAUTO LOURES
JAP Imobili – Gestão Imobiliária, S.A. Estruturas e Fundações – Revisão A

Projeto de Execução
Memória Descritiva e Justificativa

5.3.5 Acão da temperatura 16

5.4 Combinações de ações 17

6. REGULAMENTAÇÃO 19
7. ANÁLISE ESTRUTURAL 20
8. EQUIPA TÉCNICA 22

50119.02.EST.PE.MD  2 / 22
MATRIZAUTO LOURES
JAP Imobili – Gestão Imobiliária, S.A. Estruturas e Fundações – Revisão A

Projeto de Execução
Memória Descritiva e Justificativa

1. INTRODUÇÃO

A presente memória descritiva e justificativa refere-se ao projeto de fundações e


estruturas, em fase de projeto de execução, de um edifício destinado a venda de
automóveis localizado na rua Cidade de Castelo Branco em Frielas, município de
Loures.

O layout de arquitetura foi desenvolvido pela VMA – Arquitetura e serviu de base ao


projeto apresentado.

2. CONDICIONAMENTOS

2.1 Condicionamentos geológicos e geotécnicos

No âmbito do projeto foi realizada em abril de 2019 uma campanha de sondagens


pela empresa Triáguas, para a avaliação das condições geotécnicas associadas aos
terrenos geológicos ocorrentes no local de implantação do presente edifício.

A campanha foi composta por três ensaios de penetração (SPT) e a sua observação
permitiu estabelecer a seguinte sequência cronoestratigráfica, em profundidade:

“- Solo de cobertura (sc) – Intersetado nas sondagens S1 e S2, desde a superfície do


terreno até à profundidade máxima observadas de 3.00m em S1. É constituído por
solo de aparência areno-argilosa, com contaminação orgânica, pequenos fragmentos
rochosos de tom castanho escuro.

- Depósitos aluvionares (a): Intersetado na sondagem S3, desde a superfície do


terreno atá à profundidade observada de 4.50m. Solo de aparência areno-siltosa a
areno-argilosa, com contaminação orgânica.

- Argila Margosa (Bf): Observada em todas as sondagens, subjacente aos solos acima
descritos até às profundidades máximas observadas, de coloração castanho
avermelhado a cinza esverdeado com fragmentos de calcário castanho esbranquiçados
de dimensões variadas. Obtiveram-se valores nos ensaios de SPT compreendidos
entre 17 e 60 pancadas.”

50119.02.EST.PE.MD  3 / 22
MATRIZAUTO LOURES
JAP Imobili – Gestão Imobiliária, S.A. Estruturas e Fundações – Revisão A

Projeto de Execução
Memória Descritiva e Justificativa

De acordo com os elementos geotécnicos disponíveis e resultados obtidos através da


presente campanha de prospeção, os parâmetros físicos e mecânicos para a unidades
geológicas acima descritas.

“Atendendo aos resultados obtidos nos trabalhos de prospeção, podem tecer-se as


seguintes considerações:

A análise dos elementos recolhidos demonstrou a existência a um nível superficial de


materiais com comportamento geotécnico condicionado, que englobam solo de
cobertura e depósitos fluviais com contaminação orgânica (ZG3) de estabilidade
precária. […]

Sob o ponto de vista das fundações estruturais, considera-se que estas unidades
superficiais, não possuem características adequadas para serem eleitos para horizonte
de fundação da futura estrutura, pelo que a solução deverá passar pelo alcance dos
estratos subjacentes, que se situam a maior profundidade. […]

Neste âmbito, refere-se que as características das zonas geotécnicas ZG2 e ZG1 são
compatíveis com a execução de uma fundação do tipo direto.”

Os valores dos parâmetros do solo considerados no cálculo foram então os seguintes:

ângulo de atrito interno: ` = 30º

peso específico do solo: sat = 18 kN/m³

tensão de segurança: σseg = 200 kPa

50119.02.EST.PE.MD  4 / 22
MATRIZAUTO LOURES
JAP Imobili – Gestão Imobiliária, S.A. Estruturas e Fundações – Revisão A

Projeto de Execução
Memória Descritiva e Justificativa

2.2 Condicionamentos de utilização

O edifício destina-se à exposição de automóveis ligeiros, sendo que na utilização


prevista a concentração de pessoas é o elemento preponderante, sendo uma
utilização de caracter coletivo de média concentração.

3. SOLUÇÃO ESTRUTURAL

3.1 Introdução

O edifício principal apresenta uma planta aproximadamente retangular com 44 x 46


metros. A cobertura apresenta duas variantes, junto à fachada principal do edifício, é
uma cobertura múltipla, composta por uma cobertura de uma vertente e uma
cobertura dupla de duas águas, a restante parte do edifício é constituída apenas por
uma cobertura dupla de duas águas. A cobertura tem uma altura total entre 5.75 e
7.60 metros acima do piso térreo.

50119.02.EST.PE.MD  5 / 22
MATRIZAUTO LOURES
JAP Imobili – Gestão Imobiliária, S.A. Estruturas e Fundações – Revisão A

Projeto de Execução
Memória Descritiva e Justificativa

A geometria e o tipo da estrutura foram condicionados pela arquitetura e pela


economia do empreendimento, prevendo-se para os pavimentos térreos, muros e
fundações, uma solução estrutural em betão armado, sendo a superestrutura em
estrutura metálica.

No que diz respeito às fundações, e de acordo com as indicações do relatório


geotécnico, serão diretas em sapatas de betão armado, devendo ter uma
profundidade suficiente para atingir as zonas geotécnicas ZG2 e ZG3. Para o
pavimento térreo preconizou-se uma solução de massame de betão armado, assente
sobre uma camada de brita compactada.

3.2 Superestrutura do Edifício Principal

De um modo genérico, a estrutura em elevação do edifício é formada por vários


pórticos metálicos (tipo Portal Frame) vencendo dois vãos de cerca de 19 metros e um
outro vão, existente em cerca de metade do edifício, de cerca de 5.60 metros. Os
pórticos metálicos possuem um afastamento irregular entre si, que varia entre os 2.60
e 6 metros, de forma a perfazer os 46 metros de largura do edifício.

Estes pórticos metálicos apresentam duas variantes alternadas: uma em que existe
um pilar central e outra em que esse apoio interior é assegurado por uma viga
transversal de alma cheia. Essa viga transversal apoia nos pilares dos pórticos
adjacentes vencendo um vão que varia entre os 6 e os 12 metros.

Os pórticos são constituídos por vigas do tipo I e pilares do tipo H, existindo


esquadros de reforço no meio vão das vigas e junto aos apoios dos pilares.

50119.02.EST.PE.MD  6 / 22
MATRIZAUTO LOURES
JAP Imobili – Gestão Imobiliária, S.A. Estruturas e Fundações – Revisão A

Projeto de Execução
Memória Descritiva e Justificativa

Para o suporte da chapa de cobertura, utilizam-se madres de cobertura perfiladas em


chapa fina, na generalidade com secção em Z, que também contribuirão para a
estabilização dos pórticos principais. O sistema de contraventamento dos pórticos
metálicos será constituído por perfis de secção tubular tipo RHS.

3.3 Exteriores

As estruturas exteriores são essencialmente compostas por muros de betão armado e


rampas que permitem realizar os desníveis entre as várias plataformas de circulação.
Os muros são em betão armado e dadas as reduzidas tensões de contacto (<50 kPa)
ficarão assentes nas camadas mais superficiais do terreno.

3.4 Poste publicitário

Prevê-se a construção de um poste publicitário com 20 metros de altura e expositor


tríptico com 12×5 metros por face.

A solução estrutural passa por um fuste central metálico de duas secções circulares:
uma primeira secção composta por CHS 1219×16 nos primeiros 10 metros de altura,
e uma segunda secção CHS 1016×16 nos restantes 10 metros de altura.

A estrutura dos expositores publicitários propriamente ditos e passadiço de acesso à


manutenção serão, por sua vez, formados por perfis HEB apoiados no fuste central.

Os paramentos verticais serão formados por pórticos treliçados, constituídos por


pilares tubulares de secção retangular e por vigas em cantoneiras, igualmente
travados por perfis tubulares.

A fundação será composta por um bloco em betão armado.

50119.02.EST.PE.MD  7 / 22
MATRIZAUTO LOURES
JAP Imobili – Gestão Imobiliária, S.A. Estruturas e Fundações – Revisão A

Projeto de Execução
Memória Descritiva e Justificativa

4. MATERIAIS E DURABILIDADE

Os materiais utilizados no projeto estrutural são os seguintes:

BETÕES (CLASSIFICADOS DE ACORDO COM A NP EN 206-1)

RECOBRIMENTO
CLASSE DE CLASSE DE TEOR DE CLASSE
dMAX CONSISTÊNCIA
RESISTÊNCIA EXPOSIÇÃO CLORETOS (cm)
REGULARIZAÇÃO DE
C 12/15 XC0 cl 1.00 - - -
FUNDAÇÕES

MASSAME C 25/30 XC2 cl 0.40 22 S3 5.0

FUNDAÇÕES (EM GERAL) C 25/ 30


XC2 cl 0.40 22 S3 5.0
FUNDAÇÕES (POSTE PUB) C 30/37

ESTRUTURA (EM GERAL) C 30/37 XC3 cl 0.40 22 S3 3.5

AÇOS | PARAFUSOS

 Aço A500 NR SD em geral


 Aço A500 EL em malhasol AQ50
 Aço St 275 (Fe430) em perfis metálicos, em geral (syd ≥ 275 MPa)
 Aço St 355 (Fe510) em perfis metálicos, poste publicitário (syd ≥ 355 MPa)
 Parafusos classe 8.8 (EN 14399)

Vida útil da estrutura (NP EN 206-1 – DNA 5.3.1): Categoria 4 (50 anos)

Classe estrutural (EC 2): S4

Classe de execução (NP EN 13670): 2

Resistência ao fogo R60

50119.02.EST.PE.MD  8 / 22
MATRIZAUTO LOURES
JAP Imobili – Gestão Imobiliária, S.A. Estruturas e Fundações – Revisão A

Projeto de Execução
Memória Descritiva e Justificativa

5. AÇÕES

5.1 Introdução

As ações adotadas são as especificadas no RSA e Eurocódigo 1 (caso do vento e


temperatura) para cada tipo de utilização, isto é, para além das cargas permanentes,
as sobrecargas em coberturas e pavimentos, ação sísmica e impulsos sobre as
paredes de contenção. Definem-se em seguida os valores adotados.

5.2 Ações permanentes

5.2.1 Peso próprio

O peso próprio dos elementos estruturais é igual a:

betão armado .................................................................................. 25.00 kN/m³

aço ................................................................................................ 78.50 kN/m³

O coeficiente de segurança relativo ao peso próprio é 1.35 no caso de ter um efeito


desfavorável e 1.00 no caso contrário.

5.2.2 Restantes cargas permanentes

As restantes cargas permanentes compreendem a revestimentos, paredes divisórias e


paredes exteriores, entre outros, sendo variáveis de nível para nível:

Nível 0 (mezanino) .............................................................................. 3.00 kN/m2

Cobertura (inclui peso dos revestimentos) ............................................ 0.50 kN/m2

O coeficiente de segurança relativo às restantes cargas permanentes é 1.35 no caso de ter um


efeito desfavorável e 1.00 no caso contrário.

50119.02.EST.PE.MD  9 / 22
MATRIZAUTO LOURES
JAP Imobili – Gestão Imobiliária, S.A. Estruturas e Fundações – Revisão A

Projeto de Execução
Memória Descritiva e Justificativa

5.2.3 Impulsos estáticos do terreno

Representou-se o impulso das terras sobre as paredes de contenção por uma ação
triangular correspondente a zero no topo, e a variar linearmente com a altura numa
relação K  h. Desprezou-se o atrito entre o tardoz das paredes e as terras, pelo que a
direção dos impulsos é horizontal.

Relativamente aos valores utilizados para o coeficiente de impulso K, os muros


exteriores foram considerados como não restringidos aos movimentos horizontais,
considerando-se o desenvolvimento de um estado ativo (Ka). Nas situações de muros
ligados ao edifício considerou-se a estrutura rígida com os movimentos restringidos,
sem possibilidade de se desenvolver um estado ativo (K0).

5.3 Variáveis

5.3.1 Sobrecarga uniforme

Escritórios .......................................................................................... 3.00 kN/m3

Cobertura ordinária ............................................................................ 0.40 kN/m3

O coeficiente de segurança relativo às sobrecargas uniformes é 1.50 no caso de ter um efeito


desfavorável e nulo no caso contrário.

5.3.2 Acão do vento sobre o edifício

5.3.2.1 Pressão

A quantificação do vento foi efetuada de acordo com o disposto na EN 1991-1-4


(Eurocódigo 1, parte 1-4: Ações do vento).

Para efeitos de quantificação da ação do vento, considerou-se que o edifício se


encontra localizado na zona A e num terreno com uma rugosidade aerodinâmica da
categoria III-NA, de onde resultam as seguintes velocidades de referência:

vb,o = 27 m/s; vb=27 m/s

50119.02.EST.PE.MD  10 / 22
MATRIZAUTO LOURES
JAP Imobili – Gestão Imobiliária, S.A. Estruturas e Fundações – Revisão A

Projeto de Execução
Memória Descritiva e Justificativa

E a seguinte pressão dinâmica de referência: qb = 0.456 kN/m2

Considerando uma altura média do edifício de 7.60 metros, tem-se os seguintes


coeficientes de orografia e rugosidade:

c0 = 1.0; cR = 0.696

E uma velocidade média de: vm = 18.79 m/s;

E uma intensidade de turbulência: Iv = 0.31

Que resulta numa pressão final de: qp = 0.70 kN/m²

5.3.2.2 Coeficientes de força

Paredes:

50119.02.EST.PE.MD  11 / 22
MATRIZAUTO LOURES
JAP Imobili – Gestão Imobiliária, S.A. Estruturas e Fundações – Revisão A

Projeto de Execução
Memória Descritiva e Justificativa

50119.02.EST.PE.MD  12 / 22
MATRIZAUTO LOURES
JAP Imobili – Gestão Imobiliária, S.A. Estruturas e Fundações – Revisão A

Projeto de Execução
Memória Descritiva e Justificativa

Cobertura:

50119.02.EST.PE.MD  13 / 22
MATRIZAUTO LOURES
JAP Imobili – Gestão Imobiliária, S.A. Estruturas e Fundações – Revisão A

Projeto de Execução
Memória Descritiva e Justificativa

50119.02.EST.PE.MD  14 / 22
MATRIZAUTO LOURES
JAP Imobili – Gestão Imobiliária, S.A. Estruturas e Fundações – Revisão A

Projeto de Execução
Memória Descritiva e Justificativa

Atrito:

Paredes: cpa = 0.04

Cobertura: cpa = 0.04

5.3.3 Acão do vento sobre o poste publicitário

A quantificação do vento foi efetuada de acordo com o disposto na EN 1991-1-4


(Eurocódigo 1 parte 1-4: Ações do vento).

Para efeitos de quantificação da ação do vento, considerou-se que o poste publicitário


se encontra localizado na zona A e num terreno com uma rugosidade aerodinâmica da
categoria II-NA, de onde resultam as seguintes velocidades de referência:

vb,o = 27 m/s; vb=27 m/s

50119.02.EST.PE.MD  15 / 22
MATRIZAUTO LOURES
JAP Imobili – Gestão Imobiliária, S.A. Estruturas e Fundações – Revisão A

Projeto de Execução
Memória Descritiva e Justificativa

E a seguinte pressão dinâmica de referência: qb = 0.456 kN/m²

Considerando a altura de referência (zs) de 17.5 m obtêm-se os seguintes coeficientes


de orografia (c0), rugosidade (cr), força (cf), e estrutural (cscd):

c0 = 1.0; cR = 0.707; cf = 1.80; cscd = 0.951

Considerando uma frequência própria da estrutura de 1.35 Hz.

E uma velocidade média de: vm = 30.1 m/s (zs = 17.5 m);

E uma intensidade de turbulência: Iv = 0.171

Que resulta numa pressão final de: qp(zs) = 1.239 kN/m² (zs = 17.5 m)

5.3.4 Acão sísmica

Acão tipo 1 e tipo 2 conforme preconizado no RSA

Zona A; Tipo de terreno II

Coeficiente de comportamento para esforços = 2.5

Coeficiente de comportamento para deslocamentos = 1.0

Coeficiente de amortecimento = 5%

5.3.5 Acão da temperatura

A quantificação do vento foi efetuada de acordo com o disposto na EN 1991-1-5


(Eurocódigo 1, parte 1-5: Ações térmicas).

Loures – Zona B

Verão => Tmáx = 40ºC; Tin = 25º C; Tout=40º + 2º =42ºC; Tméd = 33.5ºC

Inverno => Tmin = 0ºC; Tin = 18º C; Tout=0º C; Tméd = 9ºC

Assumindo uma temperatura inicial de 15ºC, tem-se as seguintes variações de


temperatura: Verão - T = + 18,5ºC; Inverno - T = - 6º C

50119.02.EST.PE.MD  16 / 22
MATRIZAUTO LOURES
JAP Imobili – Gestão Imobiliária, S.A. Estruturas e Fundações – Revisão A

Projeto de Execução
Memória Descritiva e Justificativa

5.4 Combinações de ações

As combinações de ações consideradas são as combinações preconizadas na EN 1990


(Eurocódigo 0, Bases para o projeto de Estruturas).

Estados limites últimos (ELU):

 ação variável base sobrecarga

 ação variável base sismo

 ação variável base temperatura

 ação variável base vento

m  n 
S d    gi S Gik   q S Q1k   0 j S Qjk  (em geral)
i 1  j 2 
m n
S d   S Gik   q S Ek   2 j S Qjk (ação sísmica)
i 1 j 1

Estados limites de utilização (ELS):

 ação variável base sobrecarga

 ação variável base sismo

 ação variável base temperatura

 ação variável base vento

m n
S d   S Gik  1,1 S Q1k   2 j S Qjk (combinações frequentes)
i 1 j 2

m n
S d   S Gik   2 j S Qjk (combinações quase permanentes)
i 1 j 1

50119.02.EST.PE.MD  17 / 22
MATRIZAUTO LOURES
JAP Imobili – Gestão Imobiliária, S.A. Estruturas e Fundações – Revisão A

Projeto de Execução
Memória Descritiva e Justificativa

No dimensionamento das sapatas considerou-se uma filosofia baseada em tensões


admissíveis, tendo-se por isso considerado os esforços obtidos pelas seguintes
combinações de ações:

S d   S Gik   SQik
(em geral)

S d   S Gik  S Ek
(ação sísmica)

Sendo os coeficientes de segurança e os valores reduzidos adotados os indicados no


quadro:

AÇÕES γg | γgq ψ0 ψ1 ψ2

PESO PRÓPRIO 1.35 ou 1.00 - - -

RESTANTES CARGAS PERMANENTES 1.35 ou 1.00 - - -

SOBRECARGA EM SALÃO DE EXPOSIÇÃO 1.50 ou 0.00 0.70 0.60 0.40

SOBRECARGA DE COBERTURA (NÃO ACESSÍVEL) 1.50 ou 0.00 0.00 0.00 0.00

VENTO 1.50 ou 0.00 0.40 0.20 0.00

IMPULSO DO TERRENO 1.50 ou 0.00 - - -

TEMPERATURA 1.50 ou 0.00 0.60 0.50 0.30

RETRAÇÃO (*) 1.50 ou 1.00 - - -


(*) no caso de estruturas de betão armado, os efeitos da retração e da ação da temperatura foram apenas
considerados na verificação dos estados limites últimos quando os seus efeitos são significativos, como por exemplo
na verificação de estados limites de estabilidade onde os efeitos de 2ª ordem são importantes. Nos restantes casos,
desde que os elementos possuam ductilidade e capacidade de rotação suficiente, são apenas verificados os seus
efeitos para os estados limites de utilização.

50119.02.EST.PE.MD  18 / 22
MATRIZAUTO LOURES
JAP Imobili – Gestão Imobiliária, S.A. Estruturas e Fundações – Revisão A

Projeto de Execução
Memória Descritiva e Justificativa

6. REGULAMENTAÇÃO

Na elaboração do presente projeto teve-se em consideração os diversos


regulamentos, normas e especificações, para estruturas de betão armado e aço
nomeadamente:

R.S.A. Regulamento de segurança e ações para estruturas de edifícios e pontes

R.E.B.A.P. Regulamento de estruturas de betão armado pré-esforçado

R.E.A.E. Regulamento de estruturas de aço para edifícios

E.C.0 Pré-norma europeia com as bases para projeto

E.C.1 Pré-norma europeia com as ações em estruturas

E.C.2 Pré-norma europeia para o dimensionamento em betão armado

E.C.3 Pré-norma europeia para o dimensionamento de estruturas metálicas

E.C.4 Pré-norma europeia para o dimensionamento de estruturas mistas aço-betão

E.C.5 Pré-norma europeia para o dimensionamento de estruturas em madeira

E.C.6 Pré-norma europeia para o dimensionamento de estruturas em alvenaria

E.C.7 Pré-norma europeia para o dimensionamento de fundações

E.C.8 Disposições para o projeto de estruturas sismo-resistentes

E 217/68 Fundações diretas correntes

50119.02.EST.PE.MD  19 / 22
MATRIZAUTO LOURES
JAP Imobili – Gestão Imobiliária, S.A. Estruturas e Fundações – Revisão A

Projeto de Execução
Memória Descritiva e Justificativa

7. ANÁLISE ESTRUTURAL

O modelo de análise adotado foi um modelo global, em que se procedeu à modelação


de todo o edifício integralmente, ou seja, criou-se um modelo tridimensional com o
refinamento suficiente para se obterem resultados sustentados.

A análise estrutural global foi efetuada recorrendo ao programa de elementos finitos


SAP2000 (CSI). Este programa permite efetuar uma modelação tridimensional
integrando os diferentes tipos de elementos.

Por vezes, a necessidade de melhor refinar o modelo da estrutura global, conduziu a


modelos locais na verificação da segurança de alguns elementos.

FIGURA 1 – modelo estrutural do edifício

50119.02.EST.PE.MD  20 / 22
MATRIZAUTO LOURES
JAP Imobili – Gestão Imobiliária, S.A. Estruturas e Fundações – Revisão A

Projeto de Execução
Memória Descritiva e Justificativa

Foi adotado um modelo de cálculo local para a zona do mezanino.

FIGURA 2 – modelo estrutural do mezanino

No que diz respeito ao painel publicitário foi também adotado um modelo de cálculo
tridimensional para o seu dimensionamento.

FIGURA 3 – modelo estrutural do poste publicitário

50119.02.EST.PE.MD  21 / 22
MATRIZAUTO LOURES
JAP Imobili – Gestão Imobiliária, S.A. Estruturas e Fundações – Revisão A

Projeto de Execução
Memória Descritiva e Justificativa

8. EQUIPA TÉCNICA

Colaboraram neste estudo os seguintes técnicos:

Especialidades / Técnicos Cat. profissional Obs.

Diretor de projeto:

Eduardo Seixas Monteiro Eng.º civil OE n.º 26108

Chefe de projeto:

Ricardo Pinto Eng.º civil OE n.º 38628

Eng.º projetista:

Ana Silva Est Eng.º civil OE n.º xxxxx

Desenho:

Carlos Martins

Lisboa, fevereiro de 2021

50119.02.EST.PE.MD  22 / 22

Você também pode gostar