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INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

Organização de Estaleiros e Programação de


Obras Ferroviárias

Docentes: Eng. Joaquim Luís Rodrigues


Eng. Larissa Mazoio

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6. Estrutura Funcional e Tarefas do
Planeamento

6.1. Registo de dados do projecto

6.2. Selecção dos métodos de execução

6.3. Planeamento das actividades da obra

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6. Estrutura Funcional e Tarefas do
Planeamento
Estruturação do Planeamento dos
projecto métodos
1 2
Coordenação das
Definição das actividades e
actividades e do
processo de execução 3 recursos
9
Determinação dos
sim
5a índices de
4
Estimativa da produtividade e
duração das rendimento
6 7 8 São
actividades
por meio de
5 necessári
Levantamento dos
índices Calculo da duração Cronograma Layout do as
recursos
das actividades preliminar estaleiro de obras alterações
6a disponíveis
?
Recursos Não 10
necessários Indicação de
prazos para a
obra e posterior Cronograma definido
controlo

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6.1. Registo de dados do projecto

6.1.1. Condicionantes básicas

A primeira tarefa do planeamento prévio é a de examinar,


ordenar, conferir e completar todas as informações e dados
iniciais do empreendimento. As condicionantes mais
significativas para a execução de uma obra podem ser
classificadas da seguinte forma:

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6.1.1. Condicionantes básicas (Cont.)
a) Definições básicas para a execução:

Descrição da construção;

Descrição de todas as atividades e serviços;

Quantidade e tipo dos serviços que realmente serão realizados (comparação entre
lista de serviços e projeto executivo final);

Normas de qualidade (p.ex.: qualidade dos materiais de construção, tolerâncias
permitidas nas diferenças de medidas entre projeto e execução);

Normas de execução (p.ex.: métodos de execução obrigatórios ou proibidos em
determinadas circunstâncias).
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6.1.1. Condicionantes básicas (Cont.)
b) Definição preliminar de prazos:

Libertação dos terrenos;

Início da obra;

Prazos intermediários;

Início da execução do acabamento;

Início da utilização de partes da obra durante a sua execução;

Datas finais.
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6.1.1. Condicionantes básicas (Cont.)
c) Condições físicas locais:

Características do solo (p.ex.: tipo de solo, classificação, resistência,


degiadabiiidade, contaminação, etc.);

Características do lençol freático;

Características do tráfego local, ligações com vias de tráfego, acesso à obra;

Espaço disponível para a instalação do canteiro de obra e armazenagem de


materiais;

Construção vizinha (estado de conservação, fundação, altura, possíveis riscos);


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6.1.1. Condicionantes básicas (Cont.)

Localização das tubulações e ligações de abastecimento (se houver),


acima ou abaixo da superfície do terreno;

Ligações com as redes de abastecimento de água, elétrica e de


telefonia;

Ligação com a rede de esgoto; » condições climáticas e atmosféricas;

Riscos naturais (p.ex.: enchentes de rios nas proximidades,


vendavais).
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6.1.1. Condicionantes básicas (Cont.)
d) Condições contratuais:
Condições para prestação de contas e pagamentos;
Multas contratuais e prêmios;
Condições para a entrega do imóvel e para as garantias;
Delimitação das responsabilidades (p.ex.: controle de execução e de qualidade,
responsabilidade em caso de danos).

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6.1.2. Estrutura de Decomposição do Trabalho

Depois de analisadas as condicionantes básicas citadas no item anterior,


a próxima tarefa do planeamento prévio é a de levantar todas as
atividades/serviços necessários para a execução da obra. Para isto, é
feita a estrutura de decomposição do trabalho - EDT, que nada mais é
que uma divisão de toda a obra em atividades sumário (mãe) e
atividades detalhe (filha), distribuídas em diversas etapas e níveis, que
variam de acordo com o critério usado na decomposição.

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6.1.2. Estrutura de Decomposição do Trabalho
(Cont.)

Com base nesta estruturação, é elaborada a lista de serviços, onde são


apontados todos os serviços/atividades a serem executados, suas respectivas
quantidades e unidades de medida. Estes serviços/atividades podem ser
encontrados novamente no caderno de encargos, onde está descrito o método
de execução a ser usado. A partir destas informações, é possível realizar o
planeamento de prazos e de recursos e obter-se, assim, os parâmetros
básicos que irão definir os demais passos do planeamento da obra.

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6.1.2. Estrutura de Decomposição do Trabalho
(Cont.)

De um modo geral, na elaboração de uma EDT o critério de


decomposição usado nos primeiros níveis da estrutura é o da
decomposição física da obra, indicada no projeto; ou seja, a obra é
decomposta em unidades físicas, definidas pelo projeto arquitetônico,
como p.ex.: desmatação, terraplanagem, drenagens, etc. Estas unidades
físicas definirão, então, as etapas de construção na estrutura de
decomposição do trabalho.

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6.1.2. Estrutura de Decomposição do Trabalho
(Cont.)

Nos níveis seguintes da estrutura de decomposição, as etapas acima citadas


serão subdivididas não mais em função da decomposição física da obra, mas
em função das atividades/serviços de obra que correspondem à execução
daquela etapa, p.ex.: serviços de balastragem, colocação de travessas, etc.

Ao fazer-se a decomposição de uma obra em função das atividades de


execução, é importante considerar que há uma influência recíproca entre a
forma de decompor a obra e os métodos construtivos escolhidos.

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6.1.2. Estrutura de Decomposição do Trabalho
(Cont.)

Isto porque os serviços a serem realizados podem variar dependendo


dos métodos de execução escolhidos, o que pode levar a uma forma
diferente de decompor a obra. Inversamente, através da estrutura de
decomposição da obra, ficam definidas algumas condições de execução
que terão influência decisiva na escolha dos métodos.

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6.1.2. Estrutura de Decomposição do Trabalho
(Cont.)

No último nível da estrutura de decomposição do trabalho, estão os pacotes


de trabalho, compostos por atividades que podem ser facilmente identificadas
(atividades detalhe), e que permitem uma boa visualização do processo de
execução. Nos pacotes de trabalho estão listadas todas as atividades
necessárias, sendo que as quantidades que correspondem a cada uma delas
podem ser definidas com grande precisão através do levantamento das
dimensões que constam nos projetos executivos de engenharia e arquitetura.

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6.1.2. Estrutura de Decomposição do Trabalho
(Cont.)
Obra de
construção
Decomposição
em unidades Terraplanagem Infraestrutura Superestrutura …
físicas

Decomposição
Segundo as
famílias das
Drenagens Obras de arte …
actividades

Decomposição
em partes físicas Pontes Viadutos …
da obra

Pacote de trabalho
Decomposição Actividade Quant.
Segundo
actividades Montar formas 𝑚2
Armadura kg
Concretagem 𝑚2

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6.2. Selecção dos métodos de execução

Uma das funções mais importantes do planeamento prévio é realizar um


levantamento, antes do início da obra, dos métodos de execução mais
econômicos. Sob o termo métodos de execução devese entender a
combinação de mão-de-obra com os meios de produção e os materiais
de construção. Estes meios de produção, assim como a conseqüente
escolha dos métodos de execução, dependem das condicionantes
gerais, correspondentes a cada empreendimento.

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6.2.1. Requisitos
Os requisitos que determinam a escolha dos métodos de execução dependem de
fatores externos e internos à empresa. Os fatores externos já foram levantados no
registro de dados do projeto e os principais dentre eles são:

Dimensão da obra;

Requisitos quanto à técnica e à qualidade construtiva;

Condições locais do canteiro de obra;

Prazos pré-determinados;

Métodos impostos por normas ou regulamentos.


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6.2.1. Requisitos
Por sua vez, os fatores internos à empresa que, da mesma forma, influem na escolha
dos métodos de execução são:

Disponibilidade e qualidade do pessoal;

Disponibilidade de equipamentos;

Capital disponível para investimentos;

Rentabilidade ideal;

Definição dos objetivos da empresa.

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6.2.2. Comparação de métodos
Muitas vezes os requisitos são tão específicos para um determinado empreendimento
que, para a execução de algumas atividades, existe apenas um método aplicável.
Nestes casos, a redução nos custos de produção só pode ser obtida através de um
planeamento de obra adequado em que, por exemplo, seja otimizada a duração das
atividades ou a quantidade de mão-de-obra a ser empregada. Estes aspectos serão
tratados com mais detalhe nos itens referentes à formação de equipes de trabalho e
cronograma ( mais adiante).

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6.2.2. Comparação de métodos
Caso existam várias possibilidades quanto aos métodos de execução, deve ser
realizada uma comparação sistemática dos mesmos. Dependendo dos critérios
adotados para a seleção (econômicos, técnicos e/ou organizacionais), são
diferenciadas duas formas de comparação:

Comparação com base nos custos;

Comparação com base em outros critérios.

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6.2.2.1. Comparação com base nos custos
Na comparação com base nos custos são realizados levantamentos de custos para cada um dos
métodos de execução possíveis de serem aplicados. A comparação pode ser feita de duas
formas:

 Diferença de custos absoluta: Aqui a diferença entre os custos dos métodos é dada de forma
absoluta [R$ ou R$/unidade], ou relativos à um valor percentual do método [%].

Comparação entre as faixas de viabilidade: Neste tipo de comparação, é determinada a


evolução dos custos de acordo com um fator de influência variável (p.ex.: quantidade produzida,
tempo de execução, salários por horas). Desta forma, pode ser delimitada uma faixa na qual o
método se mostra economicamente viável, possibilitando assim uma comparação entre as faixas
de viabilidade dos diferentes métodos.
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6.2.2.2. Comparação com base em outros
critérios
Neste método de comparação são considerados na avaliação outros critérios além
daqueles puramente econômicos. Tais critérios podem ser: rapidez de execução,
qualidade alcançável, requisitos quanto à mão-de-obra, experiência anteriormente
obtida com o referido método e outros. Embora muitas vezes seja difícil a avaliação
destes critérios, é necessário que se tome uma decisão de forma objetiva. Uma forma
sistemática, porém trabalhosa, de avaliação consiste na análise do índice de
rentabilidade, que é obtido através dos seguintes passos:

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6.2.2.2. Comparação com base em outros
critérios
Levantamento dos fatores de influência;

Determinação do peso deste fator em relação ao objetivo almejado;

Avaliação do método com base nos fatores de influência, de forma quantitativa;

Para cada fator de influência, multiplicação do valor atribuído na classificação de um


determinado método pelo peso do respectivo fator de influência;

 Comparação dos índices de rentabilidade obtidos.

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6.3. Planeamento das actividades da obra
O planeamento das atividades de uma obra é o planeamento do processo de
construção propriamente dito. Ele deve ser realizado através de uma permanente
coordenação com o planejamento dos métodos, dos recursos, assim como do
estaleiro de obras e suas instalações. Por isso, o processo de planeamento de
uma obra sucede-se em vários ciclos. Só através de repetidos estudos e
preparações, que se tornam cada vez mais precisos e detalhados, pode ser
alcançado um nível de planeamento que satisfaça aos requisitos gerais do
empreendimento e aos critérios de otimização do processo de construção.

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6.3.1. Formação de equipes de trabalho
Sob o termo equipe de trabalho, deve-se entender a formação de um grupo
específico de trabalhadores e/ou equipamentos para a execução de um
serviço. O planejamento da obra depende do tipo de grupo de trabalho que
será empregado para a execução dos serviços.

Existem as seguintes possibilidades de formação das equipes de trabalho:

Equipes mistas ou complexas: este grupo de trabalho é composto por


diversos profissionais que realizam vários tipos de atividade;

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6.3.1. Formação de equipes de trabalho

Equipes especializadas: estas equipes realizam


continuamente as mesmas atividades;

Equipes mecanizadas, nos quais a produtividade é


determinada principalmente pela utilização de equipamentos.

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a) Equipes mistas:
Esta equipe de trabalho executa todas as atividades necessárias para a realização de
uma etapa de produção. A variedade dos tipos de atividade exige uma combinação de
mão-de-obra de diferentes grupos profissionais, como por exemplo:

Operador de maquinas;

 Assentador de travessas;

 carpinteiro;

 Balastrador;

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a) Equipes mistas:
Apesar da variedade de serviços que o grupo misto realiza, a combinação e o tamanho da equipe
devem ser compatíveis com o projeto em questão. Uma equipe mista pode ser composta por até
20 operários, dirigidos por um supervisor e 1 ou 2 contramestres. As vantagens da utilização de
grupos mistos são:

O desempenho de um grupo, após alterações como retirada ou inclusão de operários, pode ser
recuperado com maior facilidade;

A maior estabilidade em relação a alterações que possam ocorrer na equipe durante a execução
torna mais fácil o planejamento das atividades de cada operário no planejamento prévio.

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a) Equipes mistas:

Este tipo de equipe de trabalho se mostra desfavorável nos casos em


que existam atividades para as quais é necessária mão-de-obra
especializada ou quando a demanda de mão-de-obra varia
acentuadamente em etapas diferentes de uma única atividade. Além
disso, em grupos mistos, a obtenção do efeito aprendizagem (aumento
de produtividade com o tempo, em atividades que se repetem), é quase
nula.

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b)Equipes especializadas:
A divisão do trabalho em grupos que realizam continuamente a mesma tarefa pode
ter como efeito o aumento de produtividade. Equipes especializadas são
geralmente pequenas e compõem-se de 4 a 8 trabalhadores no máximo, em que a
maioria é especializada. Esta equipe é dirigida por um contramestre que, na maioria
dos casos, também realiza os serviços junto à equipe. A coordenação e a atuação
deste tipo de equipe é de competência direta do gerente da obra. O efeito-
aprendizagem que se pode obter quando se tem equipes especializadas e muita
repetição da mesma atividade leva a um aumento considerável da produtividade.

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b)Equipes especializadas:
A desvantagem da atuação deste tipo de equipe é o maior trabalho que se tem
durante o planejamento prévio, ela exige uma coordenação e planejamento das
atividades mais detalhados. Alterações no decorrer dos trabalhos de execução
podem levar ao não aproveitamento total da capacidade disponível, ou deixar
que a equipe especializada fique sobrecarregada. Uma outra possibilidade de
formação de grupos é dada quando, de uma equipe mista, pode-se formar mais
tarde uma equipe especializada ou semi-especializada.

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b)Equipes especializadas:

Para projetos de pequeno e médio porte, que não permitem a utilização


exclusiva de equipes especializadas, mas que possuem uma grande
quantidade de atividades ou tarefas que se repetem, esta formação de
grupo é bastante favorável. Desta forma, equipes semi-especializadas
podem realizar uma ou duas tarefas que se repetem em diversas etapas
da obra (p.ex.:assentamento de travessas), tendose assim melhor
aproveitamento do efeito aprendizagem.

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6.3.2. Efeito de aprendizagem

Quando em uma construção se tem múltiplas repetições de


uma mesma etapa de produção, pode-se obter um efeito de
treinamento na equipe de trabalho que as executa, que leva a
um aumento de produtividade. Denomina-se isto efeito
aprendizagem. Ele é percebido com maior clareza nas
primeiras repetições.

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6.3.2. Efeito de aprendizagem
Juntamente ao número de repetições, existem também outros fatores que têm
influência no grau do efeito aprendizagem, tais como:

Grau de dificuldade do trabalho;

Composição da equipe;

Duração do trabalho conjunto dos operários de uma equipe;

Interrupções no processo de execução;

Nível da preparação das atividades.

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6.3.2. Efeito de aprendizagem
No âmbito do planeamento da obra, geralmente é suficiente que o efeito
aprendizagem seja considerado em forma uma redução do tempo gasto na
execução do serviço. O tempo gasto na primeira execução é considerado sempre
como 100%. Devido ao aumento de produtividade (efeito-aprendizagem), tem-se
para a primeira repetição uma redução do tempo de execução. Nas repetições
subseqüentes tem-se ainda redução do tempo gasto, que, entretanto, tornam-se
cada vez menor, aproximando-se de zero após um determinado número de
repetições.

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6.3.2. Efeito de aprendizagem
Os valores relativos a esta redução são maiores para atividades mais complexas
(por exemplo: produção de fôrmas) e menores para as menos complexas (por
exemplo: desmontagem de fôrmas). Em processos mais complexos, o tempo
gasto para a execução poderia se desenvolver como se segue: 100% para a
primeira execução, 80% para a segunda, 64% para a terceira, 51 % para a
quarta e 41 % para a quinta. Para os processos menos complexos estes valores
seriam respectivamente: 100%, 90%, 81%, 73% e 66%.

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6.3.3. Métodos de planeamento
Planejar a execução de uma obra significa ordenar a realização das atividades
pelas equipes de trabalho, de acordo com sua seqüência e dentro dos intervalos
de tempo previstos para elas. Estas atividades podem ser planejadas segundo
três métodos principais:

produção em seqüência;

produção simultânea;

produção em linha.

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a) Produção em sequência:
Neste método de produção os trabalhos de uma etapa são realizados um após o
outro por uma equipe de trabalho, geralmente do tipo mista. Como nesta forma de
execução, os prazos obrigatórios são determinados geralmente por fatores
técnicos, o trabalho durante o planeamento prévio é relativamente simples.
Entretanto, a organização das atividades na produção sequencial não se mostra
ideal no que diz respeito ao desenvolvimento dos custos, tempo de construção e
utilização dos recursos. Por isto, a utilização deste método de produção só é
recomendada em determinados casos, sob as seguintes condições:

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a) Produção em sequência:
Em etapas de trabalho pouco volumosas, prazos de construção não muito
curtos e em casos de utilização de uma equipe de trabalho que possa executar
todas as atividades de forma sequencial;

Quando a sequência das atividades, condicionada por aspectos técnicos, não


permite outra forma de desenvolvimento;

Quando o espaço da obra for limitado ou o tamanho da equipe de trabalho


não permitir outro procedimento.

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b) Produção simultânea:
Na produção simultânea são usadas, em uma mesma etapa de produção (desde que a
etapa seja grande o suficiente para isto), ou em etapas de produção paralelas, diversas
equipes ao mesmo tempo, sendo estas geralmente mistas. Com isto pode-se diminuir
significativamente o tempo de construção. Este planeamento, embora seja mais trabalhoso
para a equipe de planeamento, permite obter um aproveitamento optimizado dos recursos
disponíveis (maior aproveitamento da capacidade dos equipamentos e das instalações do
estaleiro) reduzindo-se assim os custos indiretos (p.ex.: tempo de disponibilidade de um
equipamento em que este não é utilizado diretamente na produção).

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b) Produção simultânea:
Entretanto, o processo de produção simultânea só deve ser utilizado quando:

As dimensões do projeto e das etapas de produção são suficientemente


grandes;

 Há mão-de-obra suficiente;

A utilização intensa dos recursos (grande número de mão-de-obra e de


equipamentos) foi adequadamente pré-planeada.

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c) Produção em linha / trabalho cadenciado:

Produção em linha e trabalho cadenciado são formas de produção


sequencial onde ocorrem interrupções obrigatórias no processo, porém
de forma organizada. Neste caso, cada atividade é executada por uma
equipe especializada, ou várias atividades (não todas) são executadas
por equipes semi-especializadas, uma após a outra em intervalos pré-
determinados. O desenvolvimento de um processo contínuo, sem
delimitação clara das etapas de construção

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c) Produção em linha / trabalho cadenciado
(cont.):

É denominado produção em linha; e processos escalonados com etapas de


produção delimitadas (p.ex.: edificações com mais de um pavimento) são
denominados trabalhos cadenciados. Na construção de edifícios o método
que corresponde ao processo de execução, é o trabalho cadenciado. O
objetivo deste método de desenvolvimento dos trabalhos é obter custos de
produção tão baixos quanto possível, através de uma utilização contínua
dos recursos disponíveis, com intervalos tão curtos quanto possível.

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Fim

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