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Arquitetura e Urbanismo – Planejamento e Controle de Obras
Prof. Eng. Civil Rodrigo Uczak
O formato da curva mostra a evolução típica dos projetos: lenta no estágio inicial, rápida no
estágio de execução e novamente lenta na finalização do projeto.
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Estágio IV - Finalização
• Comissionamento - colocação em funcionamento e testes de operação do produto final;
• Inspeção final - testes para recebimento do objeto contratado;
• Transferência de responsabilidades - recebimento da obra e destinação final do produto;
• Liberação de retenção contratual - caso a empresa contratante tenha retido dinheiro da
empresa executante;
• Resolução das últimas pendências - encontro de contas, pagamento de medições
atrasadas, negociações de pleitos contratuais etc;
• Termo de recebimento - provisório e definitivo.
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A EAP pode ser apresentada em três diferentes configurações - árvore, analítica (ou
sintética) e mapa mental:
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A EPT pode ser pode ser caracterizada como sendo nada mais que a partição dos
objetivos do projeto em seus sub objetivos componentes, que provê um modelo do produto
final e define completamente o projeto. Este modelo poderá ser usado como fulcro em torno
do qual o projeto é gerenciado – relatando progressos e situações dos esforços de engenharia
(projeto e construção), alocação de recursos, estimativas de custos, atividades de
suprimentos etc.
EAP é a divisão natural do projeto, de caráter essencialmente prático, que se realiza
levando-se em conta os produtos finais: bens de consumo, máquinas, equipamentos,
informações, serviços etc, e as suas divisões funcionais, isto é, as funções e operações
suscetíveis de controle em que ele se divide.
Em resumo, a Estrutura Analítica nada mais é do que a síntese estrutural do projeto.
A partição se dá através de tarefas maiores e menores, e estas, por sua vez, em tarefas ainda
menores, as quais são subdivididas em subtarefas e assim por diante, até chegar-se àquele
que se considere o elemento mais simples de todos, obtendo-se uma estrutura hierárquica de
trabalho interligados por relações e definições.
A EET serve de base à estimativa de custos de um projeto e para o planejamento da
duração do projeto.
A divisão deve se dar através de segmentos do projeto a executar facilmente
discerníveis e que resultem em um componente acabado do projeto.
A EAP pode conter qualquer número de níveis de partição ou de desdobramento, não
se devendo, entretanto, passar de seis níveis, sendo quatro o número recomendável.
A partição do projeto é feita segundo elementos decorrentes do tipo de projeto, podendo, por
exemplo, obedecer à seguinte sequência:
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Sistema: permite a subdivisão de um item principal, no caso de ser muito grande. Por
exemplo, a Unidade Energia Elétrica pode ser subdivida nos Sistemas de Geração (motor e
gerador), de Transformação (subestação principal) e de Distribuição (linha de transmissão).
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A EAP da Fig. a desce até o 4º nível, embora nem todos os ramos cheguem até lá. O nível
inferior de cada ramo gera um total de nove pacotes de trabalho para o planejamento — são
eles que integrarão o cronograma;
A EAP da Fig. b desce até o 3º nível, desmembrando o escopo total em seis pacotes de
trabalho. A atividade Telhado presumivelmente engloba o madeiramento (terças, caibros e
ripas) e a colocação das telhas. O pacote Fundação só se desdobra em uma única atividade
(Sapatas), o que não é tecnicamente uma solução elegante, porque decomposição
pressupõe desdobramento em mais de uma subatividade;
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A EAP da Fig. c desce até o 5º. nível, definindo sete pacotes de trabalho no final da
ramificação. Embora ela desdobre muito o pacote Estrutura, os demais pacotes ficaram
muito genéricos, englobando vários serviços que poderiam ter sido individualizados. A EAP
ficou com uma aparência assimétrica;
A EAP da Fig. 5. Id desce até o 3º. nível, decompondo o escopo em apenas cinco pacotes
de trabalho. É uma EAP bem simples. Fundação compreende a escavação e a concretagem
da sapata, serviços que estão apenas subentendidos, quando melhor seria que estivessem
explicitados;
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A EAP da Fig. e desce até o 3º. nível e define seis pacotes de trabalho. A subdivisão do
segundo nível só faz sentido se a separação entre serviços próprios e terceirizados for muito
importante do ponto de vista gerencial.
Eis uma boa pergunta, geralmente feita por todo planejador. Na verdade, não há uma
regra definida e a resposta fica por conta do bom senso. Tudo é função do grau de controle
que se quer imprimir ao planejamento: muito detalhe acarreta uma rede extensa e um custo
de controle mais elevado, pouco detalhe rende uma rede sucinta e de custo de controle
mais baixo, porém o planejamento pode ficar pouco "profundo" e pouco prático de
acompanhar.
Um ponto a ponderar é o tempo médio das atividades do planejamento. Não é viável
com atividades muito genéricas trabalhar e longas misturadas com atividades de duração
reduzida. É preciso haver um equilíbrio nas durações, o que já é um ponto de orientação
para o planejador. Não é coerente haver em um cronograma atividades com duração em
meses e outras em dias, ou algumas em semanas e outras em anos.
Um serviço como concretagem da laje, por exemplo, pode ser considerado atividade
única ou subdividida em fôrma, corte e dobra da ferragem, instalação da armação,
lançamento do concreto, cura e desfôrma. Com o desdobramento do pacote de trabalho em
atividades menores, a rede fica mais detalhada, porém mais longa e complexa. Em uma
obra predial, que depende muito de lajes, a EAP mais detalhada é uma boa ideia. Contudo,
se a obra for uma estrada e a laje em questão for uma parada de ônibus, é mais
aconselhável manter o serviço único por se tratar de algo menor, menos representativo no
todo.
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Além do formato tradicional de árvore de blocos, a EAP pode também ser apresentada
sob a forma de mapa mental, uma solução visualmente muito atraente e de fácil criação.
Um mapa mental é um diagrama utilizado para representar ideias, que são
organizadas radialmente a partir de um conceito central. A estrutura do mapa mental é de
árvore, com ramos divididos em ramos menores, como na árvore de blocos. A diferença é que
o mapa permite a criação da EAP de maneira que fixa mais a imagem, centralizando a ideia
central e o espírito de decomposição progressiva das ideias.
Supostamente, o mapa mental funciona como o cérebro humano, mantendo a ideia-
chave em posição central e criando conexões por meio de associações traçadas de forma não
linear. Organização do pensamento, palavras-chave, associação, agrupamento e facilidade
cognitiva são algumas das características do processo.
Em relação à EAP por blocos, o mapa mental tem a vantagem de mostrar toda a
decomposição do projeto em uma tela única. Para quem trabalha no computador, não é
preciso rolar a barra do programa para visualizar a totalidade da EAP.
Referencias
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