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2018/2
Professora: Paula Weber Prediger
Aula 02 – Roteiro
• Roteiro do planejamento
• Estrutura Analítica do Projeto – EAP
• Duração das Atividades
• Sequenciação
• Diagrama de Rede
Roteiro de um planejamento
• O planejamento de uma obra segue passos bem definidos. Em cada
passo, coletam-se elementos dos passos anteriores e a eles se agrega
algo.
Geração do
Montagem do Identificação do
cronograma e
diagrama de rede caminho crítico
cálculo das folgas
Roteiro de um planejamento
Identificação das Definição das Definição da
atividades durações precedência
Geração do
Montagem do Identificação do
cronograma e
Geração do
Montagem do Identificação do
cronograma e
Geração do
Montagem do Identificação do
cronograma e
Definição da precedência
diagrama de rede caminho crítico
cálculo das folgas
Definição da precedência
Geração do
Montagem do Identificação do
cronograma e
diagrama de rede caminho crítico
cálculo das folgas
Roteiro de um planejamento
Identificação das Definição das Definição da
atividades durações precedência
Geração do
Montagem do Identificação do
cronograma e
Geração do
Montagem do Identificação do
cronograma e
• Exemplo: paisagismo.
ESTRUTURA ANALÍTICA DO PROJETO - EAP
Escopo total
Aprimoramento
Aprimoramento Aprimoramento de detalhes
de detalhes de detalhes
Aprimoramento Aprimoramento
de detalhes de detalhes
ESTRUTURA ANALÍTICA DO PROJETO – EAP
Diferentes possibilidades de EAP para o mesmo projeto. Exemplo para a
construção de uma casa – decomposição por partes físicas.
ESTRUTURA ANALÍTICA DO PROJETO – EAP
Diferentes possibilidades de EAP para o mesmo projeto. Exemplo para a
construção de uma casa – decomposição por grandes serviços.
ESTRUTURA ANALÍTICA DO PROJETO – EAP
Diferentes possibilidades de EAP para o mesmo projeto. Exemplo para a
construção de uma casa – decomposição por especialidade de trabalho.
ESTRUTURA ANALÍTICA DO PROJETO – EAP
Diferentes possibilidades de EAP para o mesmo projeto. Exemplo para a
construção de uma casa – decomposição por etapas globais.
ESTRUTURA ANALÍTICA DO PROJETO – EAP
Diferentes possibilidades de EAP para o mesmo projeto. Exemplo para a
construção de uma casa – decomposição por tipo de contratação.
ESTRUTURA ANALÍTICA DO PROJETO – EAP
EAP de Subcontratos:
• A estrutura analítica deve ser desenvolvida da mesma forma,
preferencialmente sendo fornecida pelo subcontratado.
• Incluir as atividades do subcontratado na rede é uma maneira de
envolvê-lo no esforço global de planejamento e garantir que as
atividades estarão identificadas no cronograma, o que permitirá um
melhor monitoramento desses subcontratados.
• É recomendável amarrar no contrato de prestação de serviço o
encargo de fornecer a EAP ao construtor.
ESTRUTURA ANALÍTICA DO PROJETO – EAP
EAP Analítica:
• EAP Analítica, ou sintética, é o formato com que os principais
softwares de planejamento trabalham.
• Cada novo nível da EAP é indentado em relação ao anterior, isto é, as
atividades são alinhadas mais internamente. Tarefas de um mesmo
nível tem o mesmo alinhamento. Quanto mais indentadas as
atividades, menor o nível a que pertencem.
• A EAP analítica geralmente vem associada a uma numeração lógica,
segundo a qual cada novo nível ganha um dígito a mais.
• Presta-se muito bem para relatórios.
ESTRUTURA ANALÍTICA DO PROJETO – EAP
EAP Analítica:
ESTRUTURA ANALÍTICA DO PROJETO – EAP
1º nível:
2º nível:
3º nível:
Exercícios
2) Projeto de construção de um condomínio residencial.
1º nível:
2º nível:
3º nível:
DURAÇÃO DAS ATIVIDADES
Estimativa Paramétrica:
• Índice (RUP)
• Produtividade
DURAÇÃO DAS ATIVIDADES
Processo Aplicação
Dimensionar a Quando a quantidade de recursos é restrita e passa a ser
DURAÇÃO em função determinante, como é o caso de quando se sabe de antemão que só
da equipe haverá duas escavadeiras alocadas à escavação, ou que a equipe de
alvenaria terá necessariamente quarto pedreiros.
Dimensionar a Quando a duração é imposta e a incógnita é a quantidade de
EQUIPE em função da recursos (equipe), como é o caso de obras com ciclos de produção
duração pré-definidos (ex.:5 dias de alvenaria por pavimento; 10 dias de
pintura por casa; etc.), ou quando a duração é fixada por alguma
condicionante externa (ex.: desvio do rio não pode passar de 2
meses porque começa o período de cheia).
DURAÇÃO DAS ATIVIDADES
Para uma obra com muitas atividades, uma boa medida é concentrar
todos os cálculos de duração e equipe (quantidade de recursos) em uma
planilha única:
QUADRO DURAÇÃO-RECURSOS
DADOS DE ENTRADA DADOS DE SAÍDA
PEDREIRO
CARPINTEIRO
CARPINTEIRO
SERVENTE
SERVENTE
AJUDANTE
AJUDANTE
ARMADOR
ARMADOR
ATIVIDADE UN. QTDE.
EQUIPE (h/dia) EQUIPE ADOTADA EQUIPES
DURAÇÃO DAS ATIVIDADES
Para uma obra com muitas atividades, uma boa medida é concentrar
todos os cálculos de duração e equipe (quantidade de recursos) em uma
planilha única:
QUADRO DURAÇÃO-RECURSOS
DADOS DE ENTRADA DADOS DE SAÍDA
PEDREIRO
PEDREIRO
CARPINTEIRO
CARPINTEIRO
AJUDANTE
SERVENTE
SERVENTE
AJUDANTE
ARMADOR
ARMADOR
ATIVIDADE UN. QTDE.
EQUIPE (h/dia) CALCULADA ADOTADA
PRODUTIVIDADE
CÓDIGO ATIVIDADE UN. QTDE. JORNADA DURAÇÃO
DA EQUIPE
Acessos
A Ao túnel km 3 0,2 km/dia
B A ens. Montante km 1 0,2 km/dia
C A ens. Jusante km 2 0,2 km/dia
Túnel
D Emboque m³ 12.000 100 m³/h
(8h/dia)
E Escavação m 150 3m/dia
(5 dias/ semana)
Ensecadeiras
F Montante m³ 30.000 150 m³/h
G Jusante m³ 12.000 150 m³/h
Fundação
H Esgotamento m³ 100.000 100 l/s
I Escavação fundação m³ 80.000 250 m³/h
PRECEDÊNCIA
A é predecessora de B B é sucessora de A
PRECEDÊNCIA
Ter em mente a noção de dependência imediata é fundamental para
que não se criem vínculos redundantes.
PRECEDÊNCIA
Quadro de sequenciação:
Tabela em que se definem e se registram as atividades e suas relações
de interdependência.
QUADRO DE SEQUENCIAÇÃO
Código Atividade Predecessoras
Identificação
Atividade(s)
simplificada da
Nome da tarefa, tal imediatamente
atividade – pode
como identificada antecessoras à
ser com letras,
na EAP atividade em
números ou
questão
alfanumérica
PRECEDÊNCIA
Exemplo: Interpretar o quadro de sequenciação das atividades
referentes à concretagem de um bloco de fundação:
QUADRO DE SEQUENCIAÇÃO
Código Atividade Predecessoras
A Locação da fundação
B Escavação da fundação
C Montagem das formas
D Obtenção do aço
E Preparação da armação
F Colocação da armação
G Mobilização da betoneira
H Concretagem
PRECEDÊNCIA
QUADRO DE SEQUENCIAÇÃO
Código Atividade Sucessoras
A Locação da fundação
B Escavação da fundação
C Montagem das formas
D Obtenção do aço
E Preparação da armação
F Colocação da armação
G Mobilização da betoneira
H Concretagem
PRECEDÊNCIA
C B
PRECEDÊNCIA
Dependência mandatória:
A dependência entre duas atividades é mandatória, ou de lógica rígida,
quando a ligação entre elas é obrigatória. Acontece quando uma
atividade necessariamente tem de vir antes de outra.
Dependência mandatória:
Há também dependências mandatórias contratuais: como no caso em
que uma área só pode ser liberada para o construtor depois de
desapropriada.
Dependência preferencial:
Também conhecida como arbitrada, discricionária ou de lógica fina, é
uma dependência criada por conveniência da equipe executora do
projeto, em função do plano de ataque da obra.
Tipos de dependência:
Até agora quando tratamos de dependências, consideramos que uma
atividade só poderia começar quando sua predecessora terminasse:
TÉRMINO – INÍCIO
Sem defasagem
DURAÇÃO DAS ATIVIDADES
TÉRMINO – INÍCIO
Com defasagem
DURAÇÃO DAS ATIVIDADES
INÍCIO – INÍCIO
Quando uma atividade não precisa que sua predecessora esteja 100%
terminada. B pode começar sem que A esteja concluída, havendo uma
sobreposição entre elas, aceitando também início com defasagem.
TÉRMINO – TÉRMINO
É o caso em que se estipula que o término de uma atividade está
vinculado ao término de sua predecessora, ou seja, o fim de B depende
do fim de A.
Ex.: montagem da subestação (A) decreta o fim da necessidade do
aluguel do gerador (B)
Sem defasagem Com defasagem
DURAÇÃO DAS ATIVIDADES
INÍCIO – TÉRMINO
Vínculo pouco utilizado. É o caso em que uma atividade só pode
terminar quando se iniciar outra, ou seja, o fim de B depende do início
de A.
Ex.: o início da operação da subestação amarra o fim da necessidade do
gerador alugado.
Sem defasagem Com defasagem
DURAÇÃO DAS ATIVIDADES
PERT/CPM
Cálculos numéricos permitem saber as datas mais cedo e mais tarde em que
cada atividade pode ser iniciada, assim como a folga de que elas dispõem.
DIAGRAMA DE REDE
CPM
• Em 1957, a Indústria química norte-americana E.l. du Pont de Nemours and
Co. (DuPont) possuía o computador mais potente da época, o Univac I,
produzido pela Remington Rand, porém o utilizava muito pouco.
DIAGRAMA DE REDE
CPM
Foi no PERT que surgiu o termo caminho crítico embora o CPM é que o
tenha incorporado ao nome.
Tipos de diagrama de rede:
• Há dois métodos de construção de um diagrama de rede: o método das
flechas (ou Arrow Diagramming Method — ADM) e o método dos blocos (ou
Precedent Diagramming Method — PDM).
Segundo o método das flechas, cada atividade é representada por uma flecha (ou
linha orientada), que parte de um evento e termina em outro:
Atividade i-j
i j
Atividade e evento
• Ele caracteriza instantes do projeto. Por não ser uma operação física, o
evento não consome nem tempo nem recursos.
ATIVIDADE EVENTO
É uma tarefa a ser É um ponto no tempo, um
desempenhada instante do projeto
Possui duração Não possui duração
Recursos (mão de obra, Não possui recursos
material, equipamentos) podem
ser atribuídos a ela
Representada por flecha entre Representado por círculo (nó)
dois eventos
Regras de traçado
Código Predecessoras
A -
B -
C A
D C
E B
Exemplo:
Montar o diagrama de rede através do método das flechas para o exemplo do
quadro de sequenciação:
Código Predecessoras
A -
B A
C A
D B
E C
F D,E
Exemplo:
Montar o diagrama de rede através do método das flechas para o exemplo do
bloco de fundação:
Código Atividade Predecessoras
A Locação da fundação -
B Escavação da fundação A
C Montagem das formas B
D Obtenção do aço -
E Preparação da armação D
F Colocação da armação C,E
G Mobilização da betoneira -
H Concretagem F,G
Exemplo:
Solução:
Primeiro, desenha-se o evento Inicial e as atividades iniciais (sem
predecessoras), que são A, D e G .
G
Exemplo:
Em seguida, desenham-se B e E, que são atividades cujas predecessoras já
estão no diagrama. Pode-se então traçar o flecha correspondente à atividade
C:
E
D
A B C
G
Exemplo:
Como F tem duas predecessoras (C e E), estas duas atividades têm de convergir
para que F possa "nascer".
E
D
A B C F
G
Exemplo:
Finalmente, seguindo o mesmo raciocínio, traça-se H a partir da convergência
de F e G, H "morre" no evento final.
E
D
A B C F H
G
Exemplo:
• Um pouco de estética não faz mal nenhum.
• Vale a pena caprichar um pouco para obter alguma simetria no diagrama. Na
hora dos cálculos, uma boa arrumação ajuda muito, A mesma rede do
exemplo poderia ser representada de maneira desorganizada e pouco
elucidativa.
C
B E
D
A
G
Regras de traçado
Atividade i-j
0 10
Numeração dos eventos
E
10
D
A B C F H
0 5 15 20 25 30
G
Numeração dos eventos
Interpretação:
A B C
• Quando atividades podem ocorrer simultaneamente, diz-se que estão em
paralelo, surgindo um ganho de tempo. Na representação esquemática a
seguir, C não depende de A, nem de B, nem de D, nem de E, podendo ser
realizada concomitantemente a elas.
C
E
A B
D
Atividades fantasmas
• Não se trata de uma tarefa física, algo que precise ser realizado no projeto —
ela é apenas um recurso necessário de diagramação, com valor lógico, mas
sem tradução no mundo real.
Exemplo: Seja um projeto de três atividades (Boiteux, 1979):
• comprar café
• comprar leite
• tomar café com leite.
Como esta última atividade depende das outras duas, um possível diagrama
seria:
Comprar café
Tomar café
com leite
10 20 30
Comprar leite
Exemplo: Seja um projeto de três atividades (Boiteux, 1979):
• comprar café
• comprar leite
• tomar café com leite.
Como esta última atividade depende das outras duas, um possível diagrama
seria:
Comprar café
Tomar café
Há duas atividades
com leite
10
com o mesmo início e
fim!!! INCORRETO!
20 30
Comprar leite
• Embora a dependência esteja correta, o diagrama peca por ter duas
atividades com o mesmo par de eventos Início-fim, na etapa de cálculos,
quando as atividades são referenciadas por seus respectivos eventos,
comprar café e comprar leite seriam equivalentes para fins de computação
(ambas são 10-20), o que não serve.
Comprar café
Tomar café
com leite
10 20 30
Comprar leite
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Atividades-fantasma só devem ser incluídas no diagrama se forem
estritamente necessárias. Assim, na rede abaixo a atividade fantasma é
dispensável, pois o diagrama pode ser redesenhado sem ela, ficando mais
lógico, simples e com menos atividades.
20 20
B A
A B
40 10 30
10 C
C
30
ATIVIDADE-FANTASMA
a) atividade-fantasma de programação;
b) atividade-fantasma de sequenciação;
c) atividade-fantasma de rompimento de evento.
ATIVIDADE-FANTASMA DE PROGRAMAÇÃO:
A atividade-fantasma de programação é aquela que supre um problema de
numeração. Como não é permitido haver duas atividades com o mesmo par
ordenado de evento início-fim, a atividade-fantasma entra em cena para
resolver essa impossibilidade. O exemplo tipifica isso:
Atividade Predecessoras
A -
B A
C A
D B
E A
F C,D,E
ATIVIDADE-FANTASMA DE SEQUENCIAÇÃO:
Há casos em que o diagrama de flechas não consegue refletir a correta
sequência das atividades. A atividade-fantasma de sequenciação surge para
sanar esse problema. Os exemplos a seguir ilustram a situação.
Código Predecessoras
A -
B -
C A
D A
E B
F B
G C,D,E
H C,D,E,F
I G,H
Exemplo barragem
Código Atividade Predecessoras
Acessos
A Acesso ao túnel -
B Acesso à ensecadeira de montante A
C Acesso à ensecadeira de jusante -
Túnel
D Emboque do túnel A
E Escavação do túnel D
Ensecadeiras
F Construção da ensecadeira de montante B,E
G Construção da ensecadeira de jusante C
Fundação da barragem
H Esgotamento F, G
I Escavação para a fundação da barragem H
Exemplo: Rede de Saneamento:
Uma obra de saneamento básico consiste em uma rede coletora de esgotos
de 4km de extensão. Os técnicos da obra definiram que a rede será
executada por trechos (ciclos) sucessivos de 1km, com quatro equipes
especializadas: locação, escavação, assentamento de tubo e reaterro. A obra
funciona como um “trenzinho”, no qual cada serviço depende de outro
dentro do próprio trecho e depois avança para o trecho subsequente (a
equipe de escavação entra em cena quando houver 1 km de vala locada; o
assentamento dos tubos entra em cena quando houver 1 km de vala
escavada e a equipe de reaterro vem fechando a vala em trechos de 1 km
depois de assentada a tubulação.
Atividades (trechos 1, 2, 3, 4):
• Locação A1, A2, A3, A4;
• Escavação B1, B2, B3, B4;
• Assentamento C1, C2, C3, C4;
• Reaterro D1, D2, D3, D4.
Atividade Predecessoras
A1 -
A2 A1
A3 A2
A4 A3
B1 A1
B2 A2, B1
B3 A3, B2
B4 A4, B3
C1 B1
C2 B2, C1
C3 B3, C2
C4 B4, C3
D1 C1
D2 C2, D1
D3 C3, D2
D4 C4, D3