Você está na página 1de 36

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TUCURUÍ


FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL

CASSIUS DA PAZ PEREIRA – 201833640001


EVANILTON BRITO DE SOUSA – 201833640028
RENAN DA SILVA SANTOS - 201833640032

MEMORIAL DESCRITIVO E DE CÁLCULO –


DIMENSIONAMENTO DE FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS E
PROFUNDAS

TUCURUÍ – PA
2022
CASSIUS DA PAZ PEREIRA - 201833640001
EVANILTON BRITO DE SOUSA – 201833640028
RENAN DA SILVA SANTOS - 201833640032

MEMORIAL DESCRITIVO E DE CÁLCULO – DIMENSIONAMENTO


DE FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS E PROFUNDAS

Trabalho apresentado ao
curso de Engenharia civil como
requisito para obtenção parcial de
nota da disciplina de Fundações I,
ministrada pelo docente MSc. Davi
Barbosa.

TUCURUÍ – PA
2022
LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Dimensões do edifício. .................................................................... 7


Quadro 2: Cargas das fundações ..................................................................... 10
Quadro 3: Parâmetros do Solo ........................................................................ 11
Quadro 4: Fatores de Forma com fator de correção de Skempton.................... 12
Quadro 6: Características dos solos. ............................................................... 13
Quadro 6: Carga Máxima ............................................................................... 15
Quadro 7: Excentricidade ............................................................................... 15
Quadro 8: Capacidade do solo admissível. ..................................................... 16
Quadro 9: Valores para estimativa de recalque das subcamadas..................... 17
Quadro 10: Valores de recalques .................................................................... 19
Quadro 11: Recalques por eixo e valores de beta ............................................ 19
Quadro 12: Capacidade de carga de ponta por Terzaghi ................................. 21
Quadro 13: Capacidade de carga pelo método alfa ......................................... 22
Quadro 14: Capacidade de carga pelo método alfa ......................................... 22
Quadro 15: Capacidade de carga pelo método Aoki Velloso ........................... 23
Quadro 16: Dados coletados para dimensionamento. ...................................... 24
Quadro 17: recalques por eixo e valores de beta ............................................. 24
Quadro 18: Valores de K – Laprovitera, 1988. ............................................... 25
Quadro 19: Capacidade de carga do solo em tubulões .................................... 26
Quadro 20: Coeficientes µ1 e µ0. ................................................................... 27
Quadro 21: Recalque Total............................................................................. 28
Quadro 22: Resumo dos cálculos de desaprumo ............................................. 28
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

et al. e outros
NBR Norma Brasileira
LISTA DE SÍMBOLOS

cm Centímetro
fck Resistência característica do concreto à compressão
m Metro
m² Metro Quadrado
mm Milímetro
MPa Megapascal
% Porcentagem
SUMÁRIO

1. CARACTERÍSTICAS GERAIS .......................................................................................... 7

2. PERFIL GEOTÉCNICO ...................................................................................................... 9

3. DIMENSIONAMENTO DAS FUDAÇÕES....................................................................... 10

3.1. DIMENSIONAMENTO DAS SAPATAS .................................................................... 11

3.1.1. Verificação da capacidade de carga do solo nas sapatas .......................................... 11

3.1.2. Verificação de recalque das sapatas ....................................................................... 16

3.2 DIMENSIONAMENTO DAS ESTACA ....................................................................... 20

3.2.1 Capacidade de Carga do Solo ................................................................................. 20

3.2.2 Recalque ................................................................................................................ 23

3.3 DIMENSIONAMENTO DO TUBULÃO ...................................................................... 24

3.2.1 Capacidade de carga do solo ................................................................................... 24

3.2.2 Recalque dos tubulões ............................................................................................ 26

4. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 29

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 30

ANEXO 01 ............................................................................................................................. 31

ANEXO 02 ............................................................................................................................. 32

ANEXO 03 – LAUDOS DE SONDAGEM, PARA SAPATA .................................................. 33

ANEXO 04 – LAUDO PARA ESTACA – PRÉ MOLDADA DE CONCRETO....................... 34

ANEXO 05 – LAUDO PARA TUBULÃO .............................................................................. 35


7

1. CARACTERÍSTICAS GERAIS

Este memorial apresenta a metodologia e os critérios adotados para o


dimensionamento das fundações de uma edificação residencial com o estudo voltado para
os 3 tipos de fundações apresentados em sala de aula, sendo eles: Sapata, Estaca e
Tubulão. O edifício contém 3 pavimentos e a cobertura em laje impermeabilizada. A obra,
por sua vez abrange uma área construída de 75 m² contendo 1m de recuo do limite do
terreno, sendo a área do terreno de 114 m².
A edificação apresenta as seguintes características, conforme o Quadro 1:

Quadro 1: Dimensões do edifício.


Comprimento 10 metros
Largura 7,5 metros
Altura total 10 metros
Fonte: Própria.

A Figura 1 mostra como está disposto o edifício, sendo locado com um recuo de
1 metro do limite do terreno, a Figura 2 apresenta o layout do edifício em cada Pavimento
e a Figura 3 demonstra uma visualização 3D do edifício. Esse edifício é melhor
demonstrado nos Anexo 01 e Anexo 02.
Figura 1: Área construída.

Fonte: Própria.
8

Figura 2: Layout da área construída

Fonte: Própria.
Figura 3: Vista 3D da residência

Fonte: Própria.
9

2. PERFIL GEOTÉCNICO
O perfil geológico foi obtido através de ensaios de percussão à trado adotado
para os 3 tipos de fundações e anexados no memorial, sendo abordado um número de
sondagens mínimas e a sua localização que dependem do tipo da estrutura, de suas
características e das condições geotécnicas do subsolo segundo a norma NBR 8036/83,
portanto devem ser suficientes para fornecer um quadro da provável variação das camadas
do subsolo do local em estudo.
Foram estabelecidas duas sondagens para a área da projeção em planta do
edifício que possui sua área menor que o valor estabelecido, sendo 200 m² o mínimo
apresentado na norma citada.
A Figura 3 apresenta a disposição das duas sondagens na área de estudo, através
dela é possível determinar o perfil longitudinal do solo para conhecer as distâncias das
camadas em cada eixo. Foram estabelecidos 4 eixos obtidos através da locação dos
pilares, para simplificação, os perfis obtidos foram considerados perpendiculares aos
eixos. A Figura 4 apresenta a disposição dos pilares e os eixos.

Figura 4: Localização dos Furos

Fonte: Própria
10

Figura 5: Disposição dos Pilares e eixos

Fonte: Própria
Com base nos laudos de cada sondagem, é possível traçar o perfil longitudinal
do solo, apresentando em anexo no memorial o laudo obtido para cada fundação assim
como o perfil longitudinal.

3. DIMENSIONAMENTO DAS FUDAÇÕES


Foram obtidas as cargas transmitidas dos pilares para as fundações apresentados
na Quadro 2, que é essencial para dimensionamento das fundações, onde em cada uma
delas será obtida a capacidade de carga do solo assim como o recalque, onde por literatura
são divididos em fundações superficiais e fundações profundas, para cada tipo de
fundação foram usadas as teorias adequadas sendo mencionadas quais teorias foram
aplicadas, a demonstração do cálculo e em seguida a tabela aplicada a todos os valores,
pois se tratam de 12 pilares, por consequência a analise é feita para cada um deles.

Quadro 2: Cargas das fundações


11

Nome Seção Carga Carga Mx My Fx Fy


(cm) Máx. Mín (kgf.m) (kgf.m) (tf) (tf)
(tf) (tf)
P1 14x30 13,2 8,8 1100 400 0,4 0,6
P2 14x30 19,9 14,7 400 1400 0,8 0,4
P3 14x30 20,3 14,2 1100 500 0,6 0,6
P4 14x30 12,2 7,9 1000 400 0,3 0,6
P5 14x30 20,7 15,2 1300 300 0,3 0,9
P6 14x30 35,9 27,8 1300 400 0,4 1,4
P7 14x30 31,8 24,4 1200 400 0,4 1
P8 14x30 20,1 14,7 1200 300 0,3 0,8
P9 14x30 17,3 12,1 1100 400 0,4 0,5
P10 14x30 30,2 22,2 600 1300 0,8 0,8
P11 14x30 24,8 17,8 1100 500 0,6 0,6
P12 14x30 13,9 9,2 1000 400 0,3 0,5
Fonte: Própria

3.1. DIMENSIONAMENTO DAS SAPATAS


3.1.1. Verificação da capacidade de carga do solo nas sapatas

Existem diversos métodos para calcular a capacidade de carga do solo estimando


a tensão de ruptura do solo com base em suas propriedades.
Para calcular a capacidade do solo foi preciso obter as características físicas do
solo em estudo, sendo assim, foram usadas as informações da Quadro 3 com os
parâmetros do solo.
Quadro 3: Parâmetros do Solo

Tipo de solo FaixaMódulo de Peso Específico ângulo Coesão


de elasticidade Natural Saturado de efetiva(tf/m²)
SPT (t/m³) (t/m³) (t/m³) atrito
efetivo
Areia pouco 0 a 4 2000 - 5000 1,7 1,8 25 -
siltosa/ 5a8 4000 - 8000 1,8 1,9 30 -
pouco 9 a 18 5000 - 10000 1,9 2 32 -
argilosa 19 a 8000 - 15000 2 2,1 35 -
41
≥41 16000 - 20000 2 2,1 38 -
Areia média 0 a 4 2000 1,7 1,8 25 0
e fina muito 5 a 8 4000 1,8 1,9 28 0,5
argilosa 9 a 18 5000 1,9 2 30 0,75
19 a 10000 2 2,1 32 1
41
0a2 200 - 500 1,5 1,7 20 0,75
12

Argila 3a5 500 - 1000 1,6 1,7 23 1,5


porosa 6 a 10 1000 - 2000 1,7 1,8 25 3
vermelha e a 10 2000 - 3000 1,8 1,9 25 3a7
amarela
Argila 0a2 100 1,7 1,8 20 0,75
siltosa 3a5 100 - 250 1,8 1,9 23 1,5
pouco 6 a 10 250 - 500 1,9 1,9 24 2
arenosa 11 a 500 - 1000 1,9 1,9 24 3
19
20 a 3000 - 10000 2 2 25 4
30
≥30 10000 - 15000 2 2 25 5
Argila 0a2 500 1,5 1,7 15 1
arenosa 3a5 500 - 1500 1,7 1,8 15 2
pouco 6 a 10 1500 - 2000 1,8 1,9 18 3,5
siltosa 11 a 2000 - 3500 1,9 1,9 20 5
19
≥20 3500 - 5000 2 2 25 6,5
Turfa/argila 0 a 1 40 - 100 1,1 1,1 15 0,5
orgânica 2a5 100 - 150 1,2 1,2 15 1
Silte 5a8 8000 1,8 1,9 25 1,5
arenoso 9 a 18 1000 1,9 2 26 2
pouco 19 a 15000 2 2 27 3
argiloso 41
≥41 20000 2,1 2,1 28 5
Fonte: Jopert Junior, 2007.
Baseado nos Critérios de Lopes (1979) no estudo do deslocamento dos solos, o
solo abordado nos laudos para o dimensionamento das sapatas, apresentado no anexo A,
foi considerado incompressível com tendência a ruptura generalizada, sendo assim, o
método para determinação da capacidade de carga foi a teoria de Terzaghi, consistindo
na solução da superposição de três efeitos particulares do problema, apresentados na
Equação.
1
𝛔𝑟 = 𝑐𝑁𝑐 𝑆𝑐 + 𝑞𝑁𝑞 𝑆𝑞 + 𝛾𝐵𝑁𝛾 𝑆𝛾
2

As variáveis contidas na equação são obtidas a seguir, onde é apresentado os


fatores de forma de Terzaghi com fator de correção de Skempton no Quadro 4, e ainda os
fatores de carga no Quadro 5, segundo Joppert.

Quadro 4: Fatores de Forma com fator de correção de Skempton


Sapata 𝑺𝒄 𝑺𝒒 𝑺𝒚
Corrida 1 1 1
Quadrada 1,2 1 0,8
13

Circular 1,2 1 0,6


Fonte: Jopert Junior, 2007.
Tabela 5: Fatores de Carga

ɵ Ruptura geral Ruptura local


Nc Ny Nq N'c N'y N'q
0 5,7 0 1 5,7 0 1
15 12,9 2,5 4,4 9,7 0,9 2,7
20 17,7 5 7,4 11,8 1,7 3,9
25 25,1 9,7 12,7 14,8 3,2 6,6
30 37,2 19,7 22,5 19 5,7 8,3
35 57,8 42,4 41,4 25,2 10,1 12,6
Fonte: Jopert Junior, 2007
Segundo o laudo obtido, o tipo de solo apresentado foi argila arenosa com
pedregulho, sendo assim foi determinado como argila arenosa pouco siltosa. As
características obtidas são mostradas no Quadro 6, e a sapata quadrada foi adotada no
projeto.
Quadro 6: Características dos solos.
Φ= 25 Grau
c= 65 (KN/m²)
γ= 20 (KN/m³)
Fonte: Própria
A altura de assentamento das sapatas foi considerada 1 metro. Para o caso de
carga vertical excêntrica foi adotado o método de Meyerhof sendo proposto que as
dimensões reais da base da sapata sejam substituídas, nos cálculos de capacidade de carga,
por dimensões efetivas, sendo considerado uma área efetiva de apoio, aonde o centro de
apoio coincide com a carga de aplicação, apresentados a seguir:
Dados:
𝐵𝐸𝑠𝑡𝑖𝑝𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 (𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠) = 0,70
𝐷𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑃𝑖𝑙𝑎𝑟(𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠) = 0,14 × 0,30
𝐿𝐸𝑠𝑡𝑖𝑝𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = 0,7 − 0,14 + 0,30 = 0,80 𝑚 (𝑎𝑟𝑟𝑒𝑑𝑜𝑛𝑑𝑎𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜)
𝐴𝐸𝑠𝑡𝑖𝑝𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = 0,7 × 0,8 = 0,56 𝑚²
Área efetiva (A’):
𝐵′ = 𝐵 − 2 × ℯ𝑥
𝐿′ = 𝐵 − 2 × ℯ𝑦
14

𝑀
ℯ=
𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑀á𝑥𝑖𝑚𝑎(𝐹)
𝐵𝐸𝑠𝑡𝑖𝑝𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = 0,7𝑚
𝑀𝑥 = 13 𝐾𝑁. 𝑚
𝑀𝑦 = 4 𝐾𝑁. 𝑚
𝐹𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 (𝑃𝑖𝑙𝑎𝑟 𝑃6) = 359 𝐾𝑁
13
ℯ𝑥 = = 0,0362
359
𝐵′ = 0,7 − 2 × 0,0362 = 0,628 𝑚
4
ℯ𝑦 = = 0,0111
359
𝐿′ = 0,8 − 2 × 0,0111 = 0,778 𝑚
𝐴′ = 𝐵′ × 𝐿′ = 0,628 × 0,778𝑚
𝐴′ = 0,4886 𝑚²
Após o cálculo da área efetiva, foi verificado a capacidade de carga do solo (𝜎𝑟 ):
Dados:
Solo: Argila Arenosa com Pedregulho
Φ = 25º
c = 65 KN/m²
𝛾 = 20 𝐾𝑁/𝑚³
𝑁𝑐 = 25,1
𝑁𝑞 = 12,7
𝑁𝛾 = 9,7
𝑆𝑐 = 1,2
𝑆𝑞 = 1
𝑆𝛾 = 0,8
1
𝜎𝑟 = 𝑐 × 𝑁𝑐 × 𝑆𝑐 + 𝑞 × 𝑁𝑞 × 𝑆𝑞 + × 𝛾 × 𝐵′ × 𝑁𝛾 × 𝑆𝛾
2
1
𝜎𝑟 = 65 × 25,1 × 1,2 + (20 × 1) × 12,7 × 1 + × 20 × 0,628 × 9,7 × 0,8
2
𝜎𝑟 = 2.260,53 𝐾𝑃𝑎
𝜎𝑟
𝜎𝑠 = = 753,51 𝐾𝑃𝑎
3
𝐹
𝜎𝑠𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 =
𝐴′
15

Onde:
𝐹𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 (𝑃𝑖𝑙𝑎𝑟 𝑃6) = 359 𝐾𝑁
𝐴′ = 0,4886 𝑚²
359
𝜎𝑠𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 = = 734,75 𝐾𝑁/𝑚²
0,4886
𝜎𝑠𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 < 𝜎𝑠 ; 𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎𝑛𝑡𝑜, 𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑜 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒 à 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎
𝑆𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 𝐷𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠𝑖𝑜𝑛𝑎𝑑𝑎(𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠) = 0,70 × 0,80
Porém, visando melhorar a praticidade na hora da execução da obra, as sapatas
foram consideradas quadradas, com dimensões de 0,8m x 0,8m. Para simplificação, os
resultados dos cálculos considerando a sapata com essa nova dimensão, foram
organizados nos Quadros 6, 7 e 8, sendo uma para carga máxima, outra para
excentricidade e outra para capacidade do solo admissível respectivamente:
Quadro 6: Carga Máxima
Pilar Carga máxima
P1 132 KN
P2 199 KN
P3 203 KN
P4 122 KN
P5 207 KN
P6 359 KN
P7 318 KN
P8 201 KN
P9 173 KN
P10 302 KN
P11 248 KN
P12 139 KN
Fonte: Própria
Quadro 7: Excentricidade
Mx (KN.m) My (KN.m) ex ey
11 4 0,083 0,030
4 14 0,020 0,070
11 5 0,054 0,025
10 4 0,082 0,033
13 3 0,063 0,014
13 4 0,036 0,011
12 4 0,038 0,013
12 3 0,060 0,015
11 4 0,064 0,023
16

6 13 0,020 0,043
11 5 0,044 0,020
10 4 0,072 0,029
Fonte: Própria
Quadro 8: Capacidade do solo admissível.
σs 1= 753,6488889 (Kpa)
σs 2= 756,920134 (Kpa)
σs 3= 755,1567159 (Kpa)
σs 4= 753,7195628 (Kpa)
σs 5= 754,7110467 (Kpa)
σs 6= 756,0866481 (Kpa)
σs 7= 756,0077987 (Kpa)
σs 8= 754,8714428 (Kpa)
σs 9= 754,6705973 (Kpa)
σs 10= 756,9321854 (Kpa)
σs 11= 755,6653763 (Kpa)
σs 12= 754,2381775 (Kpa)
Fonte: Própria

3.1.2. Verificação de recalque das sapatas

Nessa etapa do cálculo, com base nas teorias aplicadas em recalque de fundações
superficiais, foi utilizado o método de Schmertmann (1978) aplicada no uso de sapata
quadrada. Os cálculos serão apresentados a seguir assim como o diagrama obtido
utilizando o fator de influência 𝐼𝑧 pela profundidade.
𝜎
𝜀𝑧 = × 𝐼𝑧
𝐸𝑠
𝐼𝑧
𝑤 = 𝐶1 × 𝐶2 × 𝜎𝐿 × ∑ ( × ∆𝑧 )
𝐸𝑠
Fatores de correção do recalque (C1 e C2):
Embutimento da sapata (C1)
𝑞
𝐶1 = 1 − 0,5 × ( ) ≥ 0,5
𝜎𝐿
𝜎𝐿 = 𝜎 − 𝑞
Efeito do tempo (C2)
𝑡
𝐶2 = 1 + 0,2 × 𝑙𝑜𝑔 ( )
0,1
Onde:
T em anos.
17

𝜎𝐿
𝐼𝑧𝑚𝑎𝑥 = 0,5 + 0,1 × √
𝜎′
𝑧 𝐿
= 2 × [1 + 𝑙𝑜𝑔 ( )]
𝐵 𝐵
Utilizando o Pilar P6 para demonstração dos cálculos.
Dimensões Sapata:
B = 0,8 metros
L = 0,8 metros

𝑧 0,8
= 2 × [1 + 𝑙𝑜𝑔 ( )]
𝐵 0,8
𝑧
=2
𝐵
𝐴𝑣𝑎𝑙𝑖𝑎𝑟 𝑜𝑠 𝑟𝑒𝑐𝑎𝑙𝑞𝑢𝑒𝑠 𝑎𝑡é 𝑎 𝑝𝑟𝑜𝑓𝑢𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 2𝐵 = 2 × 0,8 = 1,6 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠
𝐵 0,8
𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑑𝑜 𝐼𝑧𝑚𝑎𝑥 = = = 0,4 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠
2 2
𝜎𝐿 = 𝜎 − 𝑞
𝜎𝑠𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 = 634,45 𝐾𝑁/𝑚²
𝛾 = 20 𝐾𝑁/𝑚³
𝜎𝐿 = 634,45 − 20 × 1 = 614,45 𝐾𝑁/𝑚²

614,45
𝐼𝑧𝑚𝑎𝑥 = 0,5 + 0,1 × √
(20 × (1 + 0,4)

𝐼𝑧𝑚𝑎𝑥 = 0,968
Os valores para estimativa de recalque das subcamadas encontradas a partir dos
cálculos acima descritos estão em resumo no Quadro 9.
Quadro 9: Valores para estimativa de recalque das subcamadas
Camada ∆𝒛 𝑰𝒛 𝑵𝑺𝑷𝑻 𝑬𝒔 𝑰𝒛
× ∆𝒛
𝑬𝒔
1 0,4 0,53 31 65100 3,26 × 10−6
2 0,6 0,73 29 60900 7,19 × 10−6
3 0,6 0,24 24 50400 2,86 × 10−6
Total 1,33 × 10−5
Fonte: Própria

Foi avaliado os resultados ao longo do tempo, então demonstra-se o cálculo para


1 mês, e para 2 anos respectivamente.
18

20
𝐶1 = 1 − 0,5 × ( ) = 0,98 ≥ 0,5
614,45
Para 1 mês:
0,1
𝐶2 = 1 + 0,2 × 𝑙𝑜𝑔 ( )=1
0,1
𝐼𝑧
𝑤 = 𝐶1 × 𝐶2 × 𝜎𝐿 × ∑ ( × ∆𝑧 ) = 0,98 × 1 × 614,45 × 1,33 × 10−5
𝐸𝑠
𝑤 = 8 × 10−3 𝑚 = 8 𝑚𝑚
Para 2 anos:
2
𝐶2 = 1 + 0,2 × 𝑙𝑜𝑔 ( ) = 1,26
0,1
𝐼𝑧
𝑤 = 𝐶1 × 𝐶2 × 𝜎𝐿 × ∑ ( × ∆𝑧 ) = 0,98 × 1,26 × 614,45 × 1,33 × 10−5
𝐸𝑠
𝑤 = 10,1 × 10−3 𝑚 = 10,1 𝑚𝑚
Foram obtidos os recalques fundação de cada pilar utilizando os dados da Figura
5, os resultados estão mostrados no Quadro 10.
Figura 5: Diagrama fator de influência na deformação

Fonte: Própria
19

Quadro 10: Valores de recalques


Pilar Z/B Z Cota σ' σL Izmax C1 C2 - C2 - W - W -
do 1 2 1mês 2ano
Izmax mês anos (mm) (mm)
(m)
P1 2 1,6 0,4 28 261,88 0,81 0,96 1 1,26 3,4 4,2
P2 2 1,6 0,4 28 377,26 0,87 0,97 1 1,26 4,9 6,2
P3 2 1,6 0,4 28 370,96 0,86 0,97 1 1,26 4,8 6,1
P4 2 1,6 0,4 28 241,16 0,79 0,96 1 1,26 3,1 3,9
P5 2 1,6 0,4 28 378,10 0,87 0,97 1 1,26 4,9 6,2
P6 2 1,6 0,4 28 614,45 0,97 0,98 1 1,26 8,0 10,1
P7 2 1,6 0,4 28 546,45 0,94 0,98 1 1,26 7,1 9,0
P8 2 1,6 0,4 28 363,47 0,86 0,97 1 1,26 4,7 5,9
P9 2 1,6 0,4 28 321,12 0,84 0,97 1 1,26 4,1 5,2
P10 2 1,6 0,4 28 536,42 0,94 0,98 1 1,26 7,0 8,8
P11 2 1,6 0,4 28 438,96 0,90 0,98 1 1,26 5,7 7,2
P12 2 1,6 0,4 28 265,34 0,81 0,96 1 1,26 3,4 4,3
Fonte: Própria
Após obter-se os valores de recalque, foi analisado o modo de deformação da
estrutura, onde apresenta distorção angular, característico por apresentar danos estéticos
e funcionais além de recalque diferencial, ambos expostos no Quadro 11.
A Figura 6 mostra como foi obtido os desaprumos da estrutura (ω) assim como
a rotação relativa ou distorção angular (β). Os pilares na figura são representados por
letras, os valores de ω e βsão apresentados na tabela 11. Ao todo foi obtido 7 eixos.

Figura 6: Deslocamento da estrutura

Fonte: Própria

Quadro 11: Recalques por eixo e valores de beta


20

A B C D Wa W Wc Wd β(Rad) Desapru β lim


b mo (rad)
P1 P2 P3 P4 3,4 4,9 4,8 3,1 0,0845088 0,00003 1/33333,3
42 3
P5 P6 P7 P8 4,9 8 7,1 4,7 0,1617920 0,00002 1/50000
22
P9 P1 P1 P1 4,1 7 5,7 3,4 0,1608495 0,00007 1/14285,7
0 1 2 44 1
P1 P5 P9 - 3,4 4,9 4,1 - 0,0578053 0,00009 1/11111,1
05 1
P2 P6 P1 - 4,9 8 7 - 0,1027300 0,00032 1/3125
0 8
P3 P7 P1 - 4,8 7,1 5,7 - 0,0926769 0,00024 1/4166,66
1 83 7
P4 P8 P1 - 3,1 4,7 3,4 - 0,0728849 0,00004 1/25000
2 5
Fonte: Própria

3.2 DIMENSIONAMENTO DAS ESTACA


3.2.1 Capacidade de Carga do Solo
Para se fazer o cálculo da capacidade de carga do solo das estacas pré-moldadas
de concreto, foram utilizados diferentes métodos. Para resistência de ponta, o método
racional de Terzaghi para a estaca de seção circular foi utilizada. Nas resistências laterais
há tantos o método alfa, de resistência não drenada, quanto o método beta, de resistência
drenada. Os dois foram utilizados e somados com a resistência de ponta por Terzaghi para
encontrar a capacidade admissível.
Além disso, a capacidade de carga também foi calculada pelo método Aoki
Velloso, que combina a resistência de ponta com a resistência lateral. Abaixo estão
espostos os dados da estaca e as fórmulas utilizadas.
𝐷𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑑𝑎 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑐𝑎 𝑝𝑟é 𝑚𝑜𝑙𝑑𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜
𝐷 = 0,5𝑚 − 𝑆𝑒çã𝑜 𝑣𝑎𝑧𝑎𝑑𝑎
𝐸𝑠𝑝𝑒𝑠𝑠𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 = 0,123𝑚
𝜋 × 0,52
Á𝑟𝑒𝑎 𝑐ℎ𝑒𝑖𝑎(𝐴𝑢 ) = = 0,1963𝑚2
4
𝜋 × (0,5 − 0,123)²
Á𝑟𝑒𝑎 𝑣𝑎𝑧𝑎𝑑𝑎 = = 0,1116𝑚²
4
Á𝑟𝑒𝑎 𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎(𝐴𝑝 ) = á𝑟𝑒𝑎 𝑐ℎ𝑒𝑖𝑎 − á𝑟𝑒𝑎 𝑣𝑎𝑧𝑎𝑑𝑎 = 0,1963 − 0,1116 = 0,0847𝑚²

𝑀é𝑡𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑒 𝑓ó𝑟𝑚𝑢𝑙𝑎𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎


21

𝑄𝑢𝑙𝑡 = 𝐴𝑏 × 𝑞𝑝,𝑢𝑙𝑡 + 𝑈 ∑ 𝜏𝑙,𝑢𝑙𝑡 × ∆𝑙

𝑇𝑒𝑟𝑧𝑎𝑔ℎ𝑖
𝐵
𝑞𝑝,𝑢𝑙𝑡 = 1,2 × 𝑐 × 𝑁𝑐 + 𝛾 × 𝐿 × 𝑁𝑞 + 0,6 × 𝛾 × × 𝑁𝛾
2
𝑀é𝑡𝑜𝑑𝑜 𝐴𝑙𝑓𝑎
𝜏𝑙,𝑢𝑙𝑡 = 𝛼 × 𝑆𝑢 ; Onde: 𝑆𝑢 = 𝑁𝑠𝑝𝑡 × 9
𝑀é𝑡𝑜𝑑𝑜 𝐵𝑒𝑡𝑎
𝐴𝑟𝑔𝑖𝑙𝑎𝑠 𝑚𝑜𝑙𝑒𝑠: 𝜏𝑙,𝑢𝑙𝑡 = [(1 − 𝑠𝑒𝑛𝜙𝑎′ ) × 𝑡𝑎𝑛𝜙𝑎′ ] × 𝜎𝑣′
1
𝐴𝑟𝑔𝑖𝑙𝑎𝑠 𝑅𝑖𝑗𝑎𝑠: 𝜏𝑙,𝑢𝑙𝑡 = × ∑ 𝜎𝑣′ × 𝐾0 × tan (𝛿) × ∆𝐿
𝐿
𝐾0 = 1 − 𝑠𝑒𝑛𝜑′
𝐴𝑜𝑘𝑖 𝑉𝑒𝑙𝑙𝑜𝑠𝑜
𝑘 × 𝑁𝑠𝑝𝑡 𝛼 × 𝑘 × 𝑁𝑠𝑝𝑡
𝑄𝑢𝑙𝑡 = 𝐴 × +𝑈∑ × ∆𝐿
𝐹1 𝐹2
Para melhor visualização, abaixo, nos Quadros 12, 13, 14 e 15, estão mostrados
os resultados obtidos aplicando as fórmulas expostas para os quatro eixos:

Quadro 12: Capacidade de carga de ponta por Terzaghi


Resistência de Ponta Terzaghi
Eixo 1 Eixo 2 e 3 Eixo 4
qp Qp = qp Qp = qp Qp =
(KN/m²) qp×Ap (KN/m²) qp×Ap (KN/m²) qp×Ap
(KN) (KN) (KN)
304,74 25,81809 304,74 25,81809 304,74 25,81809
209,985 17,79028 209,985 17,79028 209,985 17,79028
276,285 23,40733 276,285 23,40733 276,285 23,40733
342,585 29,02438 342,585 29,02438 342,585 29,02438
648,72 54,96065 648,72 54,96065 648,72 54,96065
736,92 62,4331 736,92 62,4331 736,92 62,4331
825,12 69,90556 825,12 69,90556 1003,615 85,02795
913,32 77,37801 913,32 77,37801 913,32 77,37801
1205,015 102,0909 1205,015 102,0909 1001,52 84,85046
1305,715 110,6224 1305,715 110,6224 1305,715 110,6224
2905,395 246,15 2905,395 246,15 3188,595 270,1431
3408,995 288,8158 3408,995 288,8158 3408,995 288,8158
3629,395 307,4885 3629,395 307,4885 3346,195 283,4953
22

4662,9 395,0487 3849,795 326,1611 3566,595 302,1679


4070,195 344,8338 4070,195 344,8338 4070,195 344,8338
3897,195 330,1769 4180,395 354,1701 5043,9 427,3277
Fonte: Própria

Quadro 13: Capacidade de carga pelo método alfa


Resistência Lateral Método Alfa
Eixo 1 Eixos 2 e 3 Eixo 4
Qult Ql×1,25 Qadm Qult Ql×1,25 Qadm Qult = Ql×1,25 Qadm
Qp+Ql

42,7827 21,2058 10,6029 41,4255 19,5093 9,75465 41,4255 19,5093 9,75465


42,389 30,7483 15,3742 41,0318 29,0519 14,5259 41,0318 29,0519 14,5259
56,4883 41,3512 20,6756 55,1311 39,6548 19,8274 55,1311 39,6548 19,8274
77,6562 60,7898 30,3949 76,2991 59,0934 29,5467 76,2991 59,0934 29,5467
124,798 87,297 43,6485 123,441 85,6005 42,8003 123,441 85,6005 42,8003
158,283 119,812 59,9062 156,926 118,116 59,058 159,188 120,943 60,4717
194,03 155,155 77,5777 192,673 153,459 76,7295 214,015 161,234 80,6172
227,515 187,671 93,8354 221,351 179,966 89,9831 227,571 187,742 93,8708
288,843 233,44 116,72 278,297 220,257 110,129 263,318 223,084 111,542
335,827 281,506 140,753 323,443 266,026 133,013 325,705 268,854 134,427
540,627 368,096 184,048 548,035 377,356 188,678 600,585 413,053 206,526
699,076 512,826 256,413 719,349 538,167 269,083 752,854 580,048 290,024
872,975 706,858 353,429 853,381 682,366 341,183 816,806 666,638 333,319
1118,87 904,779 452,389 1000,7 843,176 421,588 918,039 769,839 384,92
1166,63 1027,24 513,621 1148,02 1003,99 501,993 1109,71 956,097 478,048
1197,92 1084,67 542,337 1234,97 1101 550,501 1289,54 1077,76 538,882
Fonte: Própria

Quadro 14: Capacidade de carga pelo método alfa


Resistência Lateral Método Beta
Eixo 1 Eixos 2 e 3 Eixo 4
Qult Ql×1,25 Qadm Qult Ql×1,25 Qadm Qult Ql×1,25 Qadm
27,4761 2,07253 1,03626 27,4761 2,07253 1,03626 27,4761 2,07253 1,03626
24,8246 8,79295 4,39648 24,8246 8,79295 4,39648 24,8246 8,79295 4,39648
40,3063 21,1237 10,5619 40,3063 21,1237 10,5619 40,3063 21,1237 10,5619
59,6789 38,3182 19,1591 59,6789 38,3182 19,1591 59,6789 38,3182 19,1591
105,598 63,2973 31,6486 105,598 63,2973 31,6486 105,598 63,2973 31,6486
137,66 94,0334 47,0167 137,66 94,0334 47,0167 137,66 94,0334 47,0167
174,327 130,527 65,2633 174,327 130,527 65,2633 190,695 132,083 66,0416
215,599 172,777 86,3883 215,599 172,777 86,3883 217,101 174,653 87,3266
23

280,273 222,727 111,364 280,273 222,727 111,364 263,235 222,98 111,49


333,79 278,959 139,48 333,79 278,959 139,48 333,992 279,212 139,606
493,868 309,648 154,824 493,868 309,648 154,824 518,063 309,9 154,95
583,618 368,503 184,251 583,618 368,503 184,251 583,82 368,755 184,378
670,374 453,607 226,804 670,374 453,607 226,804 646,583 453,86 226,93
845,602 563,192 281,596 776,938 563,472 281,736 753,148 563,724 281,862
902,026 696,49 348,245 902,364 696,913 348,456 902,566 697,166 348,583
952,388 777,763 388,882 976,726 778,195 389,097 1050,03 778,376 389,188
Fonte: Própria

Quadro 15: Capacidade de carga pelo método Aoki Velloso


Método Aoki Velloso
Eixo 1 Eixos 2 e 3 Eixo 4
Qult Ql×1,25 Qadm Qult Ql×1,25 Qadm Qult Ql×1,25 Qadm
(KN) = (KN) =
Qp + Ql Qp + Ql
27,4761 2,07253 1,03626 57,17121 18,51296 9,256478 57,17121 18,51296 9,256478
24,8246 8,79295 4,39648 30,95446 25,45532 12,72766 30,95446 25,45532 12,72766
40,3063 21,1237 10,5619 37,12545 33,16905 16,58452 37,12545 33,16905 16,58452
59,6789 38,3182 19,1591 60,05763 48,59651 24,29826 60,05763 48,59651 24,29826
105,598 63,2973 31,6486 89,1608 71,73771 35,86885 89,1608 71,73771 35,86885
137,66 94,0334 47,0167 124,435 102,5926 51,29632 141,1961 110,3064 55,15318
174,327 130,527 65,2633 165,8801 141,1613 70,58065 188,8123 156,5888 78,29438
215,599 172,777 86,3883 163,2126 164,3025 81,60631 175,5546 179,73 87,7773
280,273 222,727 111,364 232,0092 210,5849 105,2924 227,5899 218,2986 109,1493
333,79 278,959 139,48 285,7963 264,581 132,2905 291,9673 272,2947 136,1474
493,868 309,648 154,824 362,5156 334,0046 167,0023 418,9701 364,8595 182,4298
583,618 368,503 184,251 501,8604 441,9968 220,9984 543,3056 480,5655 240,2828
670,374 453,607 226,804 554,7318 534,5616 267,2808 501,7808 534,5616 250,8904
845,602 563,192 281,596 662,306 642,5539 321,2769 561,7389 596,2715 280,8694
902,026 696,49 348,245 748,6998 750,5461 374,3499 761,9575 727,4049 363,7025
952,388 777,763 388,882 846,5996 819,9697 409,9849 951,1679 831,5403 415,7702
Fonte: Própria

3.2.2 Recalque
Para o cálculo do recalque, foi utilizado a contribuição de Poulos e Davis (1980),
baseado na teoria da elasticidade. É um método que emprega a utilização de alguns ábacos
para encontrar os fatores de correção. Sua fórmula está expressa abaixo:
𝑄 ×𝐼
𝜔=
𝐸×𝐵
24

𝐼 = 𝐼0 × 𝑅𝑘 × 𝑅ℎ × 𝑅𝑣 × 𝑅𝑏
Dessa forma, foram obtidos os fatores e dados necessários expostos no Quadro
16, e com isso os recalques e o valor de beta, no Quadros 17.
Quadro 16: Dados coletados para dimensionamento.
Dados utilizados
K= 3311,64
Ep = 30700 Mpa
Ra = 0,431484
E= 4 Mpa
Au = 0,19635 m²
Av = 0,111628

Ap = 0,084722

D= 0,5 m
L/B = 30
Bb/B = 1
h= 20,4 m
L= 15 m
v= 0,3
Fonte: Própria

Quadro 17: recalques por eixo e valores de beta

A B C D Wa Wb Wc Wd β(Rad) Desaprumo β lim


(mm) (mm) (mm) (mm) (rad)
P1 P2 P3 P4 2,84 4,33 4,42 2,63 0,00048 0,00021 1/4761,904762
P5 P6 P7 P8 4,45 7,82 6,92 4,33 0,00097 0,00001 1/100000
P9 P10 P11 P12 3,72 6,57 5,4 6,5 0,000531 0,00028 1/3571,428571
P1 P5 P9 - 2,84 4,45 3,72 - 0,00032 0,00012 1/8333,333333
P2 P6 P10 - 4,33 7,82 6,57 - 0,00067 0,00031 1/3225,806452
P3 P7 P11 - 4,42 6,92 5,4 - 0,00055 0,00014 1/7142,857143
P4 P8 P12 - 2,63 4,33 6,5 - 0,00006 0,00054 1/1851,851852
Fonte: Própria

3.3 DIMENSIONAMENTO DO TUBULÃO


3.2.1 Capacidade de carga do solo
Com base nos laudos obtidos, foi traçado o perfil longitudinal do solo, porém foi
aferido que os dois furos possuem características muito diferentes de um para o outro.
Dessa forma, determinou-se que para os 2 primeiros eixos, seriam usadas as
características do 1° laudo, e para o 3° e 4° eixo, as características do 2° laudo, por
25

instrução do docente. Vale ressaltar que o mais aconselhado é que se faça uma nova
sondagem intermediária entre os furos, sendo assim traçado um novo perfil longitudinal
do solo traçado através dos 3 laudos obtidos.
O método usado para aferir a capacidade do solo foi o de Aoki-Velloso, que
utiliza os dados de SPT do solo, além de utilizar os valores de k que constam na Quadro
18.
Quadro 18: Valores de K – Laprovitera, 1988.
Tipo de solo k(kgf/cm² KN/m²
Areia 6 600
areia siltosa 5,3 530
areia 5,3 530
siltoargilosa
Areia 5,3 530
argilossiltosa
silte arenoso 4,8 480
silte 3,8 380
arenosoargiloso
silte 4,8 480
silte 3,8 380
agiloarenoso
silte argiloso 3 300
argila arenosa 4,8 480
argila 3 300
arenossiltosa
argila 3 300
siltoarenosa
argila siltosa 2,5 250
argila 2,5 250
Fonte: Velloso Lopes

Por se tratar de Tubulão a céu aberto, foi determinado o valor de F1 com base na
contribuição de Laprovitera e Benegas, como sendo do tipo Escavada, fixando o valor de
4,5 para F1, sendo assim, a capacidade de carga é dada pela expressão:
𝐾∗𝑁
𝑄𝑢𝑙𝑡 = 𝐴 ∗
𝐹1
Sendo o valor de N limitado a 40, e o valor mínimo de profundidade para
tubulões é 4 m de profundidade, calculados a seguir no pilar mais carregado, além disso,
o diâmetro interno o mínimo é de 0,80 m segundo Velloso e Lopes, nos cálculos foi 1,2
metros na base alargada.
Dados:
26

P= 359 KN Pilar “P6”


D=1,2 m
N=20
Profundidade = 10 Metros
K= 480 KN/m²
𝜋 ∗ 𝐷² 480 ∗ 20
𝑄𝑢𝑙𝑡 = = 2412,743 KN
4 4,5
𝑄𝑢𝑙𝑡
𝑞𝑝,𝑢𝑙𝑡 = = 804,2477 KN
3
Solicitação= 359 kN
Sendo “𝑞𝑝,𝑢𝑙𝑡 >Solicitação” então atende aos critérios.
Analogamente aos outros tubulões, o Quadro 19 apresenta os seguintes dados:
Quadro 19: Capacidade de carga do solo em tubulões
Tubulã Solicitaçã K Nsp Resistência Cota de Diâmetr
o o (KN) (KN/m² t de Ponta Assentament o (m)
) (KN) o (m)
T1 132 480 20 804 -10 1,2
T2 199 480 20 804 -10 1,2
T3 203 480 22 553 -9 1,2
T4 122 480 22 553 -9 1,2
T1 207 480 20 804 -10 1,2
T2 359 480 20 804 -10 1,2
T3 318 480 22 553 -9 1,2
T4 201 480 22 553 -9 1,2
T1 173 480 20 804 -10 1,2
T2 302 480 20 804 -10 1,2
T3 248 480 22 553 -9 1,2
T4 139 480 22 553 -9 1,2
Fonte: Própria.

3.2.2 Recalque dos tubulões


O método utilizado para o recalque nos tubulões foi o das camadas finitas, sendo
considerado os dados em cada um dos tubulões e apresentados na Quadro 19.
Os cálculos foram feitos a partir da equação:
𝜌1 − 𝜌2 + 𝜌3
𝜎∗𝐵
Onde 𝜌𝑖 = µ0 ∗ µ1 ∗ 𝐸𝑠

Sendo que, para os cálculos foram feitos os recalques para o 1° e 2° eixo, e depois
para o 3° e 4° eixo e seus pilares correspondentes.
27

Para demonstração do cálculo, no eixo 1 e 2 serão demonstrados o cálculo para


o tubulão abaixo do pilar 6, sendo utilizado ábacos fornecidos pelo livro Aoki Ribeiro
nos valores de µ0 𝑒 µ1 .
Dados:
Solicitação=359 KN
A=1,37 m²
B=1,2
Es1= 60000 Kn/m³
Es2=150000 Kn/m³
O Quadro 20 apresenta os dados para µ1 e µ0.
Quadro 20: Coeficientes µ1 e µ0.
ρ1 ρ2 ρ3
µ1 0,5 0,55 0,5
µ0 0,56 0,56 0,56
Fonte: Aoki, 2011.

317,42 ∗ 1,2
𝜌1 = 0,5 ∗ 0,56 ∗
60000
𝜌1 = 0,18 𝑚𝑚
317,42 ∗ 1,2
𝜌2 = 0,55 ∗ 0,56 ∗
150000
𝜌2 = 0,078 𝑚𝑚
317,42 ∗ 1,2
𝜌3 = 0,5 ∗ 0,56 ∗
150000
𝜌3 = 0,071 𝑚𝑚
𝜌1 − 𝜌2 + 𝜌3 = 0,187 mm
Para os eixos 3 e 4 exemplificando o tubulão abaixo do P3:
281,17 ∗ 1,2
𝜌1 = 0,5 ∗ 0,58 ∗
150000
𝜌1 = 0,071 𝑚𝑚
Após exemplificar os cálculos, os dados foram organizados no Quadro 21 para
melhor compreensão.
28

Quadro 21: Recalque Total


PILAR Solicitação DIÂMETRO A Tensão ρ1 ρ2 ρ3 ρT
(KN) (m) (m) (mm) (mm) (mm) (mm)
P1 132 1,2 1,13 116,71 0,07 0,03 0,03 0,07
P2 199 1,2 1,13 175,95 0,10 0,04 0,04 0,10
P3 203 1,2 1,13 179,49 0,05 0,00 0,00 0,05
P4 122 1,2 1,13 107,87 0,03 0,00 0,00 0,03
P5 207 1,2 1,13 183,03 0,10 0,05 0,04 0,11
P6 359 1,2 1,13 317,43 0,18 0,08 0,07 0,18
P7 318 1,2 1,13 281,17 0,07 0,00 0,00 0,07
P8 201 1,2 1,13 177,72 0,05 0,00 0,00 0,05
P9 173 1,2 1,13 152,97 0,09 0,04 0,03 0,09
P10 302 1,2 1,13 267,03 0,15 0,07 0,06 0,16
P11 248 1,2 1,13 219,28 0,06 0,00 0,00 0,06
P12 139 1,2 1,13 122,90 0,03 0,00 0,00 0,03
Fonte: Própria

Após obter todos os valores para recalque, é apresentado os valores de


desaprumo e Βlim, no Quadro 22.

Quadro 22: Resumo dos cálculos de desaprumo


Eixos A B C D Wa Wb Wc Wd β Desapru Βlim
(m (m (m (m (Rad) mo (rad)
m) m) m) m)
I P P2 P3 P4 0,06 0,10 0,04 0,02 .0000 0,000140 7143
1 8 2 6 8 47
I P P6 P7 P8 0,10 0,18 0,07 0,04 0,000 0,000060 16667
I 5 7 5 2 5 30
I P P1 P1 P1 0,08 0,15 0,05 0,03 0,000 0,000040 25000
II 9 0 1 2 9 6 6 1 17
I P P5 P9 - 0,06 0,10 0,08 - 0,000 0,000001 10000
V 1 8 7 9 02 00
V P P6 P1 - 0,10 0,18 0,15 - 0,000 0,000070 14286
2 0 2 5 6 15
V P P7 P1 - 0,04 0,07 0,05 - 0,000 0,000007 14285
I 3 1 6 2 6 05 7
V P P8 P1 - 0,02 0,04 0,03 - 0,000 0,000007 14285
II 4 2 8 5 1 03 7
Fonte: Própria
29

4. CONCLUSÃO

Com os trabalhos de Skempton e MacDonald (1956) e de Grant et al. (1974), foi


possível classificar a estrutura como edifício que não admite fissuras. Utilizando o βlim
como denominador é comprovado que a estrutura, para todos os tipos de fundação (sapata,
estaca e tubulão), suporta os danos associados e resistem os recalques limites fixando o
valor de βlim em 1/500 sendo necessário apenas o monitoramento previsto na norma NBR
6122/2010.
30

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT, NBR 6122/2010:


Projeto e execução de fundações. Rio de Janeiro, 2010, 91p.

CINTRA J. C. A.; AOKI, N.; ALBIERO, J. H. (2011). Dimensionamento de dimensões


profundas. Editora Oficina de Textos. São Paulo.

VELLOSO, D. A.; LOPES, F. R. Fundações: Critérios de projeto, investigação do


subsolo, fundações superficiais e fundações profundas. São Paulo: Oficina de Textos,
2010. 568 p.
JOPPERT JUNIOR, Ivan. Fundações e contenções de edifícios: Qualidade total na
gestão do projeto e execução. São Paulo: PINI, 2007. 221 p.
31

ANEXO 01
32

ANEXO 02
33

ANEXO 03 – LAUDOS DE SONDAGEM, PARA SAPATA


34

ANEXO 04 – LAUDO PARA ESTACA – PRÉ MOLDADA DE CONCRETO


35

ANEXO 05 – LAUDO PARA TUBULÃ


36

Você também pode gostar