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Estruturas de Concreto Armado I

Memorial de Cálculo
Pré-dimensionamento de uma edificação residencial em
concreto armado

Professor:
Julio Jeronimo Holtz Silva Filho
Alunos:
● Gabriela Alves Estrela (117245434)
● Leonardo Oliveira Rodriguez (117230510)

Rio de Janeiro
Setembro/2021
Índice

1. Descrição do Edifício………………………………………………………………...3

1.1 Corte Longitudinal do Edifício……………………………………………….. 3

2. Norma em Uso………………………………………………………………………... 4

3. Materiais……………………………………………………………………………….. 4

4. Classe de Agressividade Ambiental……………………………………………....5

5. Ações e Combinações……………………………………………………………….5

6. Modelo Estrutural……………………………………………………………………. 6

6.1. Pré-dimensionamento das Vigas e Lajes………………………………….. 6

6.2. Pré-dimensionamento dos Pilares………………………………………....13

6.3. Cálculo das Armaduras das Lajes……………………………………….... 17

6.4. Cálculo das Armaduras das Vigas………………………………………....21

6.5. Cálculo das Armaduras dos Pilares………………………………………. 23

6.5.1. Pilar de Centro [P21]........................................................................ 23

6.5.2. Pilar de Canto [P17]..........................................................................24

6.5.3. Pilar de Extremidade [P16].............................................................. 25

6.6. Verificação das Deformações Máximas…………………………………...26

7. Análise dos Resultados…………………………………………………………....32


1. Descrição do Edifício

O Edifício Residencial João Barros é constituído por um subsolo onde está


localizada a garagem, térreo composto por portaria e vagas de garagem, um
pavimento de uso comum (PUC), 5 pavimentos tipo e uma cobertura.

1.1. Corte Longitudinal do Edifício

A seguir é apresentado um corte longitudinal do edifício em que é possível


visualizar todos os pavimentos descritos:

Figura 1 - Corte A-A do Edifício Residencial João Barros


2. Norma em Uso

Para análise, pré-dimensionamento e detalhamento dos elementos estruturais


deste edifício foram utilizadas as prescrições indicadas nas seguintes normas:

➢ NBR 6118:2014 - Projeto de estruturas de concreto - Procedimento


➢ NBR 6120:2019 - Cargas para o cálculo de estruturas de edificações

3. Materiais

Os elementos estruturais (pilares, vigas e lajes) de todos pavimentos serão de


concreto armado com fck de 25 MPa. Para tal classe de resistência, foram
encontrados as seguintes propriedades, necessárias para modelagem dos
elementos:

Figura 2 - Marcha de cálculo das propriedades do concreto fck = 25 MPa


4. Classe de Agressividade Ambiental

A classe de agressividade ambiental para este projeto é CAA II. Com base
nesta classificação e nas demais tabelas encontradas no item 7 da NBR 6118:2014
é possível definir os cobrimentos de cada elemento estrutural, sendo possível
consultá-los abaixo:

Figura 3 - Tabela 7.2 da NBR 6118:2014

5. Ações e Combinações

Os elementos estruturais estão sob ação das seguintes cargas verticais: peso
próprio dos elementos estruturais, peso de revestimento, peso de alvenarias e
sobrecargas previstas em norma.
A NBR 6120 define o peso, por metro quadrado, de diversos revestimentos.
Neste projeto é adotado o peso devido ao revestimento de piso como 1.0 kN/m2.
Para parapeitos em áreas privativas de unidades residenciais, a norma
estabelece que é necessário considerar a aplicação de uma carga acidental
horizontal de 1.0 kN/m e uma acidental vertical de 2.0 kN/m na altura do parapeito. A
determinação das cargas de alvenaria será feita no tópico 6.2 (Pré-dimensionamento
dos pilares).

6. Modelo Estrutural

6.1. Pré-dimensionamento das Vigas e Lajes

Na análise estrutural do edifício, partiu-se da planta arquitetônica do


pavimento tipo para se dar início ao lançamento das estruturas de vigas, pilares e
lajes. Foi elaborado o seguinte desenho esquemático, de modo a auxiliar a criação
dos eixos estruturais:

Figura 4 - Desenho esquemático dos elementos estruturais do teto do pavimento tipo


Baseado nesse desenho esquemático, foram estabelecidos 12 eixos
horizontais (A,B,C,D,E,F,G,H,I,J,K,L) e mais 7 eixos verticais (1,2,3,4,5,6,7). Com
tais eixos criados e de posse das informações e cotas fornecidas pelas plantas
arquitetônicas, foram pré-dimensionadas as vigas e lajes do teto do pavimento tipo,
como pode ser observado nas tabelas abaixo:

Tabela 1 - Pré-dimensionamento das vigas horizontais do teto do pavimento tipo

Tabela 2 - Pré-dimensionamento das vigas verticais do teto do pavimento tipo


Tabela 3 - Pré-dimensionamento das lajes do teto do pavimento tipo

Cabe salientar que a largura adotada para todas as vigas foi de 12 cm, de
modo que a concepção estrutural não destoasse da arquitetura estipulada para a
edificação.

Uma vez finalizado o pré-dimensionamento do pavimento tipo, o desenho


esquemático foi espelhado para o PUC, pavimento térreo, subsolo e cobertura, onde
foram adicionados outros componentes estruturais exigidos pela arquitetura. As
modificações mais marcantes se deram no teto do PUC pelo fato da concepção do
pavimento tipo acabar prevendo dois pilares esteticamente inadequados nesse
andar: um que atravessaria a sala da casa do zelador e outro que coincidiria com
uma das janelas do salão de festas. Desse modo, foram movidos os pilares e
pré-dimensionadas duas vigas de transição. Os desenhos esquemáticos para tais
pavimentos seguem abaixo:
Figura 5 - Desenho esquemático dos elementos estruturais do teto do PUC
Figura 6 - Desenho esquemático dos elementos estruturais do teto do térreo
Figura 7 - Desenho esquemático dos elementos estruturais do teto do subsolo
Figura 8 - Desenho esquemático dos elementos estruturais do teto da cobertura

Baseado nesses desenhos esquemáticos, foi necessário pré-dimensionar


vigas e lajes adicionais, cujas denominações e dimensões se encontram abaixo, já
condizentes com a planta de formas final que segue em anexo:
Tabela 4 - Pré-dimensionamento das vigas adicionais do teto do PUC, térreo, subsolo e
cobertura

Tabela 5 - Pré-dimensionamento das lajes adicionais do teto do PUC, térreo, subsolo e


cobertura

6.2. Pré-dimensionamento dos Pilares

Para o pré-dimensionamento dos pilares, foram utilizados dois métodos: um


baseado na determinação das áreas de influência de cada pilar e outro que envolve
resultados da análise por elementos finitos do pavimento.
Com as vigas e lajes já pré-dimensionadas, fez-se um modelo estrutural do
teto do pavimento tipo no software Robot Structural Analysis Professional 2021. Para
que o modelo pudesse fornecer os esforços necessários às análises em questão,
foram adotados pilares retangulares de 20 x 30 cm, descritos na planta de formas
em anexo.

Cabe ressaltar que o modelo estrutural foi simplificado desconsiderando-se os


chanfros nas varandas frontais do edifício, além de desprezar a existência de
“shafts” no interior de alguns cômodos, de modo a garantir um modelo a favor da
segurança.

Em seguida, foram definidos os tipos de cargas como descrito no tópico 5


deste presente memorial e, além disso, foram adicionadas cargas uniformemente
distribuídas por área referentes às alvenarias distribuídas na edificação. A tabela
contendo os cálculos de alvenaria para cada laje segue abaixo:

Tabela 6 - Cálculo das cargas de alvenaria atuantes em cada laje do teto do pavimento tipo

Com as cargas definidas, foi criada a seguinte combinação característica,


com coeficientes de majoração unitários:
Figura 9 - Lista de cargas e seus coeficientes na combinação característica

O modelo foi executado de modo que fossem encontrados os esforços axiais


nos pilares. Paralelamente, foi elaborado o croqui com as áreas de influência de
cada pilar do pavimento tipo (Figura 10), partindo-se das seguintes premissas:

➢ Pilares externos recebem 40% da área entre ele e o pilar interno mais
próximo;
➢ Pilares internos recebem 60% da carga da área se ela for externa e
50% da carga de áreas internas.

Em seguida, foi elaborada a Tabela 7 reunindo os valores de esforços axiais


encontrados pelo programa (coluna “n_robot”) e as áreas de influência
estabelecidas. Os esforços totais descritos na coluna “N_robot” foram encontrados
multiplicando os resultados do programa pelo número de pavimentos em que aquele
pilar se reflete, enquanto que os esforços totais calculados via área de influência são
produto da seguinte expressão:

2
𝑁_𝑚𝑎𝑛𝑢𝑎𝑙 = 1, 05 * (Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑓𝑙𝑢ê𝑛𝑐𝑖𝑎 * 10 𝑘𝑁/𝑚 * 𝑁º 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑣𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠)
Para determinação das áreas de concreto (Ac), foi utilizada a expressão
simplificada fornecida em aula, adaptada para uma taxa de armadura de 2%:

𝐴𝑐 = 1, 48 * 𝑃𝑘/𝑓𝑐𝑘

Figura 10 - Desenho esquemático para determinação das áreas de influência no


pré-dimensionamento dos pilares do teto do pavimento tipo
Tabela 7 - Tabela comparando os resultados do pré-dimensionamento
dos pilares pelos dois métodos empregados

6.3. Cálculo das Armaduras das Lajes

Para o cálculo das armaduras das lajes, utilizou-se a combinação


característica descrita no tópico anterior, ou seja, todas as cargas entraram com
seus valores sem coeficientes de majoração, para obtenção dos valores de
momentos fletores. Os resultados obtidos no software Robot para esta combinação
estão apresentados nas Figuras 11 e 12 a seguir:
Figura 11 - Mapa de momentos Mxx das lajes do teto do pavimento tipo para combinação
característica

Figura 12 - Mapa de momentos Myy das lajes do teto do pavimento tipo para combinação
característica
Foi considerado, para efeito de cálculo da armadura das lajes, o maior valor
do momento (em torno de x ou em torno de y) no meio dos vãos ou no meio dos
apoios das lajes. Apesar do Robot ter eventualmente fornecido momentos fletores
maiores, estes se dão nas quinas ou em pilares de extremidade, portanto não
refletem um real esforço nas lajes.

Para as lajes internas, o maior momento solicitante aconteceu na Laje 03 com


valor de 9.24 kNm. É um momento próximo de seus apoios com outra laje, portanto
se trata de um momento negativo e em torno do eixo x. A marcha de cálculo para
encontrar a armadura necessária segue abaixo:

Figura 13 - Marcha de cálculo para dimensionamento da armadura da laje L03

Para as lajes em balanço, o que se tem é o maior momento acontecendo na


Laje 18 com valor de 8.54 kNm. É um momento próximo de seus apoios com outra
laje, portanto se trata de um momento negativo e em torno do eixo y. A marcha de
cálculo para encontrar a armadura necessária segue abaixo:
Figura 14 - Marcha de cálculo para dimensionamento da armadura da laje L17

Os valores de 𝑘𝑧 foram retirados da tabela de dimensionamento à flexão no


estádio III, como mostra a figura a seguir:

Tabela 8 - Dimensionamento à flexão no estádio III


6.4. Cálculo das Armaduras das Vigas

Com a mesma combinação de cargas já citada anteriormente, obteve-se,


como saída do Robot, a viga/elemento 59 como a mais solicitada, apresentando
momento fletor em torno do eixo y positivo de 132.21 kNm. Neste caso, a viga 59
corresponde na prancha de desenho do pavimento tipo à viga V19b.

Figura 15 - Mapa de momentos My das vigas do pavimento tipo para combinação


característica

A marcha de cálculo para dimensionar a armadura necessária para a viga 59


encontra-se abaixo:
Figura 16 - Marcha de cálculo para dimensionamento da armadura da viga 59

O valor de 𝑘𝑧 foi retirado da tabela de dimensionamento à flexão no estádio


III, como mostra a figura a seguir:

Tabela 9 - Dimensionamento à flexão no estádio III


6.5. Cálculo das Armaduras dos Pilares

Através da mesma combinação foi possível obter os valores de esforço


solicitante 𝐹𝑥 através do Robot para todos os pilares modelados. Este tópico irá focar

no dimensionamento das armaduras dos pilares de centro, canto e extremidade que


ficaram mais solicitados. Dessa forma, tem-se que o pilar de centro mais solicitado
foi o P21, o de canto foi o P17 e o de extremidade P16.

Figura 17 - Mapa de esforços Fx dos pilares do pavimento tipo para combinação


característica

6.5.1. Pilar de Centro [P21]

O software Robot, forneceu para este pilar uma solicitação de 364.22


kN. No entanto esse valor é para um pavimento apenas. Para encontrar a
solicitação no pilar mais sobrecarregado será multiplicado esse valor pelo
número de pavimentos em que esse pilar se repete, que neste caso são 6
pavimentos. Assim, pode-se efetuar o cálculo da área de concreto necessária
e de armadura através das fórmulas fornecidas na NBR 6118. A marcha de
cálculo consta a seguir:

Figura 18 - Marcha de cálculo para dimensionamento do pilar P21 e de sua armadura


longitudinal

6.5.2. Pilar de Canto [P17]

O software Robot, forneceu para este pilar uma solicitação de 249.56


kN. Seguindo o mesmo raciocínio do pilar anterior e considerando que este
pilar se repete nos nove pavimentos da edificação, temos os seguintes
cálculos:
Figura 19 - Marcha de cálculo para dimensionamento do pilar P17 e de sua armadura
longitudinal

6.5.3. Pilar de Extremidade [P16]

O software Robot, forneceu para este pilar uma solicitação de 160.62


kN. Seguindo o mesmo raciocínio do pilar anterior e considerando que este
pilar se repete nos nove pavimentos da edificação, tem-se os seguintes
cálculos:
Figura 20 - Marcha de cálculo para dimensionamento do pilar P16 e de sua armadura
longitudinal

6.6. Verificação das Deformações Máximas

Para avaliar as deformações máximas no elementos foi necessário criar um


novo carregamento de Estado Limite de Serviço (ELS) sendo uma combinação
quase permanente para verificação dos deslocamentos devido às cargas totais. Os
carregamentos ficaram então da seguinte forma:
Figura 21 - Lista de cargas e seus coeficientes na combinação quase permanente em
serviço

A saída de deflexões do Robot para esta combinação foi a seguinte:

Figura 22 - Extremos globais de deflexões das vigas para combinação quase permanente de
serviço
Figura 23 - Mapa de deflexões das vigas do pavimento tipo para combinação quase
permanente de serviço

Então pelo Robot, tem-se que a maior flecha aconteceu na viga 59 e


teve valor de 0.8 cm. Agora será verificado se isso está dentro dos limites da
norma, que prevê um deslocamento máximo de 𝑙/250. Neste caso, a viga 59
corresponde na prancha de desenho do pavimento tipo à viga V19b que
mede 8.45 m, logo:

𝑙𝑣19𝑏/250 = 3. 38 𝑐𝑚 [𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝑑𝑎 𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎]

𝑓𝑣19𝑏 = 0. 9 𝑐𝑚 < 3. 38 𝑐𝑚 [𝑜𝑘, 𝑎𝑡𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑎 𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎]

Na verificação dos deslocamentos devido às cargas acidentais (ligado


à vibrações excessivas tem-se um carregamento que se dá em função
somente das cargas acidentais descritas abaixo:
Figura 24 - Lista de cargas e seus coeficientes na combinação de serviço com cargas
acidentais

Que forneceu como maior deslocamento os seguintes resultados:

Figura 26 - Extremos globais de deformações das vigas para combinação com cargas
acidentais
Figura 25 - Mapa de deslocamentos das vigas do pavimento tipo para combinação com
cargas acidentais

Então pelo Robot, tem-se que a maior flecha aconteceu na viga 49 e


teve valor de 0.6 cm. Agora será verificado se isso está dentro dos limites da
norma, que prevê um deslocamento máximo de 𝑙/350. Neste caso, a viga 49
corresponde na prancha do pavimento tipo à viga V12 que mede 14.35 m,
temos que:

𝑙𝑣12/350 = 4. 1 𝑐𝑚 [𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝑑𝑎 𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎]

𝑓𝑣12 = 0. 6 𝑐𝑚 < 4. 1 𝑐𝑚 [𝑜𝑘, 𝑎𝑡𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑎 𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎]

De maneira análoga, será feita uma verificação das flechas para as lajes. Na
verificação de deslocamentos visíveis, ou seja, deslocamento devido a carga total
temos o deslocamento de 1.2 cm para a laje 15.
Figura 27 - Mapa de flechas das lajes do pavimento tipo na combinação quase permanente
de serviço

A flecha limite para a laje 15 deve ser calculada com sua menor dimensão, que é de
4.15 m:

𝑙𝑣12/250 = 1. 66 𝑐𝑚 [𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝑑𝑎 𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎]

𝑓𝑣12 = 1. 2 𝑐𝑚 < 1. 66 𝑐𝑚 [𝑜𝑘, 𝑎𝑡𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑎 𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎]

Para a verificação de vibrações excessivas, com a combinação apenas das


cargas acidentais tem-se que o maior deslocamento foi de 0.8 cm também para a
laje L15:
Figura 28 - Mapa de flechas das lajes do pavimento tipo na combinação com cargas
acidentais

A flecha limite para a laje 15 deve ser calculada com sua menor dimensão,
que é de 4.15 m:

𝑙𝑣12/350 = 1. 19 𝑐𝑚 [𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝑑𝑎 𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎]

𝑓𝑣12 = 1. 2 𝑐𝑚 > 1. 19 𝑐𝑚 [𝑛ã𝑜 𝑎𝑡𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑎 𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎]

7. Análise dos Resultados

Uma vez finalizadas as verificações, pode-se observar que o


pré-dimensionamento e modelagem feitos se mostraram coerentes com os cálculos
manuais. O dimensionamento das armaduras longitudinais não apontou a
necessidade de armaduras duplas nem armaduras mínimas, então os valores
adotados para as seções dos elementos foram consistentes.

No pré-dimensionamento dos pilares, a comparação entre os resultados do


método via áreas de influência e o output do software utilizado tiveram ordem de
grandeza semelhante, embora em alguns pilares tenha havido diferenças mais
sensíveis. Isso pode ser atribuído ao fato de que, por conta da disposição de alguns
dos pilares se apresentar muito irregular e ainda haver algumas vigas apoiadas em
outras vigas, esse método pode produzir valores distorcidos. Portanto, a diferença
no somatório das cargas totais dos dois métodos foi de um pouco mais de 2300 kN,
já que essas distorções em alguns pilares foram potencializadas pelo número de
pavimentos em que eles atuam.

Quanto às verificações dos deslocamentos máximos, estes se deram no


elemento 59 (viga V19b) e na laje L15. A deflexão da viga encontrada pelo programa
foi inferior àquele estipulado em norma, tanto para combinação de cargas totais
quanto para combinação de cargas acidentais. Na laje L15, a flecha para
combinação de cargas totais também se encontra dentro do limite da norma e para a
combinação de cargas acidentais, o deslocamento se encontra ligeiramente acima
do limite superior adotado. Nesse caso, por se tratar de uma diferença de 0.1 mm,
seria desaconselhável tanto a adoção de contra flechas quanto redimensioná-la, já
que o aumento em sua espessura implicaria num acréscimo de peso próprio.

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