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Aços inoxidáveis

Acredita-se que esse comportamento passivo resulte da formação de um


filme de óxido muito fino e altamente aderente a superfície do metal, que serve
de barreira de proteção contra uma corrosão adicional. Os aços inoxidáveis são
altamente resistentes à corrosão em meio a uma grande variedade de
atmosferas como resultado de passivação

As principais famílias dos aços inoxidáveis classificados segundo a sua


microestrutura são: ferríticos, austeníticos, martensíticos e Duplex.

Aços inoxidáveis martensíticos: Cr = 12-17%, C = 0,1-1% Em altas


temperaturas possuem microestrutura austenítica, porém com tratamento térmico
surge martensitaEstrutura cristalina tetragonal de corpo centrado. Possuem as
características de serem magnéticos e endurecíveis por tratamento térmico.
Alta resistência mecânica e resistência a corrosão pobre em comparação com
os AIA..

Aços inoxidáveis ferríticos: Cr = 11 a 30%, com C < 0,12%. Tem uma


estrutura cristalina CCC, que é o mesmo do ferro puro a temperatura ambiente.
Possuem uma estrutura altamente homogênea e apresentam boas
propriedades físicas e mecânicas. Baixo custo. Resistência à corrosão e
limitada soldabilidade e ductibilidade em compração aos AIA. Tornam-se
parcialmente austeníticos em altas temperaturas, devido à alotropia do ferro, e
conseqüentemente podem formar martensíta durante o resfriamento. Logo são
parcialmente endurecíveis por tratamento térmico.

Aços inoxidáveis austeníticos: além do carbono e cromo, contêm níquel


em sua composição (6-22%). Estrutura cristalina CFC. Não são magnéticos e
não são endurecíveis por tratamento térmico, apenas por tratamento a frio, pois
o campo de fase austenìtico se entende a temperaturas bem baixas. Excelente
combinação de resistência à corrosão, ductilidade, tenacidade e soldabilidade
Largamente usados em indústrias químicas, petroquímicas, entre outras. Como
desvantagem, apresentam sensibilidade à corrosão intergranular
(sensitização), quando expostos por longo tempo a temperaturas relativamente
altas, há a migração do cromo da matriz para os contornos dos grãos formando
os carbonetos de cromo, que empobrecem de cromo a matriz nos contornos,
reduzindo localmente a resistência á corrosão.

Aços inoxidáveis endurecidos por precipitação: contêm Al, Nb ou Ta


como elementos de liga e endurecem por solução sólida, por encruamento, por
envelhecimento e por transformação martensítica. O aço é inicialmente
aquecido e temperado para permitir que a austenita se transforme em
martensita. O reaquecimento permite a formação de precipitados, como Ni3Al
na martensita. Assim, mesmo com baixo teor de carbono podem ser obtidas
elevadas resistências.
Por último têm-se os aços inoxidáveis duplex que possuem um teor de
cromo mais elevado que os outros elementos de liga, onde o teor é superior a
20%. Com um controle adequado da composição e do tratamento térmico,
apresenta uma microestrutura mista composta por ferrita e austenita, onde as
proporções destas fases podem variar de acordo com a necessidade ao qual o
material será solicitado. Proporciona um conjunto de boas propriedades
mecânicas, resistência à corrosão, conformabilIdade e soldabilidade não
alcançado em nenhum dos aços inoxidáveis mais comuns.
Ferro fundido

Ferro fundido cinzento: cor cinzenta opaca da superfície fraturada. Alfa +


G(frafita). 1-3% Si. Mais macio. Excelente usinabilidade, boa resistência ao
desgaste, boa resistência mecânica, boa condutividade térmica, capacidade de
amortecer vibrações. Estrutura: ferrita, perlita e grafita. Composição: C (2,5-
4%), Si (1-3%), Mn (0,2-1%), P (0,02-1%), S (0,02-0,25%). Aplicações: anéis
de pistão, carcaças de máquinas, placas de embreagem.

Ferro fundido branco: superfície de fratura tem coloração branca. Alfa +


Fe3C (cementita). Constituintes principais: ledeburita, cementita e perlita. Não
tem silício, portanto não ocorre a graftização. Duro, frágil, elevada resistência
ao desgaste. Elementos de liga como Cr, Ni e Mo permitem a formação de
martensita durante o tratamento térmico. Aplicações: equipamentos de
manuseio de terra, mineração e moagem, rodas de vagões.

Ferro fundido maleável: De núcleo PRETO: fratura escura, constituído


basicamente de ferro, carbono e silício, composição: C (2,2-2,85%), Si (0,9-
1,6%), Mn (máx 0,5%), P (máx 0,1%), S (máx 0,2%). De núcleo BRANCO:
fratura com aspecto prateado claro. Composto de ferrita e perlita, podendo ter
grafita de recozimento no núcleo da peça. Composição: C (3-3,5%), Si (0,45-
0,75%), Mn (0,1-0,4%), P (máx 0,1%), S (máx 0,2%).

Ferro fundido nodular (ou dúctil): possuem a melhor resistência pois a


grafita se apresenta na forma de nódulos, não interrompendo tanto a
continuidade da matriz quanto a grafita dos FoFo cinzentos. Esse formato da
grafita é obtido pela adição de Mg ou Cério ao ferro líquido no momento do
vazamento. Por ter mais Si (2,4%) que o maleável (1,5%), são mais resistentes
porém não tão tenazes. O tratamento térmico pode ser: ALÍVIO DE TENSÕES
(aquecimento até 600ºC e sem efeito nas propriedades mecânicas),
RECOZIMENTO (para obtenção de matriz ferrítica, aquecimento a 900º
seguido de resfriamentos), NORMALIZAÇÃO (depois de austenizado à 900º
ele é resfriado no forno e depois no ar), TÊMPERA E REVENIDO (material é
austenizado pelo aquecimento por volta de 900ºC e resfriado em óleo e
revenido até a dureza desejada).

Ferro fundido com grafita compacta – Ferro vermicular: elevada


resistência mecânica, baixa condutibilidade térmica e alta resistência à fadiga
térmica.

Influência dos elementos químicos:

 Carbono: maior responsável pelas propriedades mecânicas e de


fundição. Com exceção do carbono na forma de perlita na matriz,
está presente como grafita na forma de veios.
 Silício: forte graftizante, favorecendo a formação de grafita na
solidificação e reduzinto o coquilhamento e formação de
carbonetos eutéticos nas transformações no estado sólido.
 Enxofre: forma sulfeto de ferro que tende a segregar para os
contornos das células eutéticas, atuando como fragilizante.
 Manganês: neutralizador do enxofre, coloca-se em excesso para
evitar a formação de sulfeto de ferro.
 Fósforo: acima de 0,2% diminui a usinabilidade. Quando se
deseja alta fluidez teor maior que 0,6% e em FoFo de alta
resistência teor menor que 0,1%.
 Cromo: de 0,15-1% eleva a resistência à tração e a dureza.
 Molibdênio: aumenta resitência a tração, a dureza e o módulo de
elasticidade. Entre 0,2-0,8%. Aumenta as propriedades a
temperaturas elevadas.
 Níquel: graftizante médio, diminui a tendência de formação de
carbonetos na solidificação.
 Cobre: favorável na usinabilidade, diminui a resistência ao
impacto.
 Estanho: forte estabilizador da perlita, sem apresentar tendência
para formação de carbonetos na solidificação e sem afetar
significativamente a morfologia da grafita.
 Alumínio: em teores < 0,25% tem forte ação graftizante tanto
durante a solidificação como no estado sólido. Em teores > 4%
atua como estabilizador de carbonetos. Ligas de alta resistência
mecânica, elevada tenacidade e baixa tedência ao
coquilhamento.
Cobre

Excelente condutividade elétrica e térmica, boa resistência à corrosão e


fácil fabricação, moderada resistência à tração e à fadiga, boa usinabilidade
Apresentam ainda boa resistência ao desgaste metal-metal e boa aparência
estética.

Densidade: 8,93%, Estrutura CFC.

Classificação: Cobre, Cobre ligado e Ligas de Cobre

1) Cobre
 Cobre eletrolítico tenaz: apresenta teor residual de oxigênio que
pode se combinar com o H da atmosfera criada pelo processo de
soldagem, formando H2O e provocar a fragilização da junta
soldada. Aplicação: linhas telefônicas pois alta condutividade
elétrica e boa resistência a corrosão.
 Cobre desoxidado com fósforo: usado em sistemas mecânicos
onde a soldabilidade é importante. Aplicação: tubos que conduz
fluidos.
 Cobre isento de oxigênio: é mais caro devido à fabricação em
processos a vácuo. Aplicação: eletro-eletrônicos devido à sua
maior conformabilidade.
2) Cobre ligado
 Apresenta teores de elemento de liga muito baixos, que visam
aumentar a resistência.
3) Ligas de cobre
 Latões – ligas cobre-zinco. Utilizados mais como ligas
conformadas do que fundidas. Latões alfa apresentam aumento
da resistência mecânica e da ductibilidade. Latões bifásicos (40-
43% Zn) há aumento mais significativo da resistência, redução da
ductibilidade, possuem alta usinabilidade e são apropriados para
trabalho a quente. Na fase alfa é muito dúctil e têm estrutura CFC.
Na fase beta’ possui estrutura CCC ordenada. Na fase beta
possui estrutura CCC desornenada e a fase gama é a mais dura e
frágil.
 Bronze (cobre-alumínio): elevada resistência mecânica e
resistência à corrosão.
 Bronze (cobre-estanho): estanho aumenta a dureza, resistência
mecânica, sem queda da ductiblidade. Adição de até 0,40% de
fósforo, que atua como desoxidante, melhora ainda mais as
propriedades (bronzes fosforosos). Aplicação: engrenagens para
fins diversos. O zinco atua como desoxidante em peças fundidas
e melhora a resistência mecânica. Aplicações: engrenagens,
parafusos, válvulas. Chumbo pode ser adicionado para melhorar
as propriedades lubrificantes ou antifricção das ligas, além da
usinabilidade. Aplicações: engrenagens, válvulas.
 Ligas cupro-níquel: muito dúcteis e elevada resistência à
corrosão. Aplicações: com 5%- contrução naval, em tubos
condutores de água do mar. Com 10%- tubos e placas de
condensadores e aquecedores. Com 20%- em ressitores. Com
30%- construção naval e indústria química. Com 45%- elementos
de aquecimento na indústria elétrica.
 Ligas cobre-níquel-zinco (alpaca): aplicações em objetos de
cutelaria e decorativos.
 Liga cobre-silício: elevada resistência à corrosão por ácidos e
elevada soldabilidade.
 Arsênico, melhorar as propriedades mecânicas a temperaturas
elevadas e a resistência à corrosão.
 Prata confere maior resistência mecânica e resistência à fluência.
Aplicação na indústria elétrica (bobinas).
 Cromo presta-se a tratamento de endurecimento por precipitação,
o qual provoca elevação de resistência mecânica.
 Chumbo melhora a usinabilidade do cobre, aplicada em
componentes elétricos: conectores, componentes de chaves,
parafusos.
Cobre

O cobre, que contém menos de 1% de impureza, é utilizado para


aplicações elétricas e microeletrônicas. Pequenas quantidades de
cádmio, prata e Al2O3, aumentam sua dureza sem prejudicar a
condutividade de modo acentuado. As ligas de cobre monofásicas são
endurecidas por trabalho a frio. O cobre tem estrutura CFC, excelente
ductilidade e alto coeficiente de encruamento.

Ligas endurecidas por solução sólida: As ligas de cobre-zinco, ou latão,


com menos de 40% de Zn formam soluções sólidas de zinco em cobre,
com estrutura monofásica. As propriedades mecânicas, incluindo até
mesmo o alongamento, aumentam com a elevação do teor de zinco na
liga. Essas ligas podem ser processadas a frio para produzir
componentes com geometria complexa e resistentes à corrosão.
Bronzes são geralmente considerados ligas de cobre que contêm
estanho e podem conter outros elementos. O bronze de manganês é
uma liga de alta resistência mecânica que contém manganês, assim
como zinco, para endurecimento por solução sólida. Ligas de cobre com
menos de aproximadamente 9% de Al ou menos de 3% de Si também
são monofásicas. Esses bronzes de alumínio e bronzes de silício têm
boas características de conformabilidade e são quase sempre
selecionados por sua boa resistência mecânica e excelente tenacidade.

Ligas endurecidas por envelhecimento: As ligas de cobre-berílio são


utilizadas em razão de sua alta resistência e alto módulo de elasticidade,
tornando-as adequadas à fabricação de molas e arames finos. Além
disso, as propriedades antifaíscas as tornam úteis para produção de
ferramentas empregadas em ambientes com gases e líquidos
inflamáveis.

Ligas de cobre-chumbo: o Pb melhora as características de usinagem. A


utilização de ligas de cobre com chumbo, no entanto, tem um impacto
ambiental importante e, consequentemente, novas ligas, isentas de
chumbo têm sido desenvolvidas.

Ligas de níquel e de cobalto são empregadas para a proteção contra a


corrosão e para a resistência a altas temperaturas, aproveitando-se de
seus altos pontos de fusão e elevadas resistências mecânicas. O níquel
tem estrutura CFC e boa conformabilidade. O cobalto é um metal
alotrópico, com estrutura CFC acima de 417°C e HC a baixas
temperaturas. Ligas especiais de cobalto são utilizadas em virtude da
excepcional resistência ao desgaste e, em razão da resistência aos
fluidos do corpo humano, para próteses.
Alumínio

O alumínio pode ser processado mecanicamente com facilidade, tem


alta condutividade térmica e elétrica e não apresenta transição frágil-
dúctil em baixas temperaturas. O material não é tóxico e pode ser
reciclado, gastando neste caso apenas cerca de 5% da energia
necessária para produzi-lo a partir da alumina. Suas propriedades fisicas
incluem comportamento não ferromagnético e a boa resistência à
oxidação e corrosão. Entretanto, o alumínio não tem um limite de
resistência à fadiga, de modo que trincas por fadiga podem ocorrer
depois de algum tempo, mesmo sob condições de baixa tensão.
Também não apresenta um bom desempenho em temperaturas
elevadas, pois a temperatura de fusão é baixa. Por fim, as ligas de Al
têm baixa dureza, o que resulta em baixa resistência ao desgaste. As
ligas podem ser 30x mais resistentes que o alumínio puro.

O alumínio reage com o oxigênio, mesmo à temperatura ambiente,


produzindo uma camada extremamente fina de óxido de alumínio, que
protege o restante do metal de ambientes corrosivos.

Ligas de alumínio com concentrações de Mg mais altas permite sua


utilização na fabricação de automóveis. Também existe interesse em
processos de desenvolvimento que possam transformar Al fundido
diretamente em chapas e outros produtos sólidos.

As ligas de alumínio podem ser classificadas em dois grupos principais:


ligas trabalhadas e ligas para fundição, dependendo do método de
fabricação. Cada grupo pode ser separado em dois subgrupos: as ligas
tratáveis termicamente e as não tratáveis termicamente

Ligas trabalhadas: As ligas trabalhadas 1xxx (Al puro), 3xxx (Al-Mn) e


5xxx (Al-Mg) e a maioria das 4xxx (Al-Si/Al-Mg-Si) não são endurecíeis
por envelhecimento. As ligas 1xxx e 3xxx são monofásicas, cuja única
diferença é a presença de pequenas quantidades de inclusões ou
compostos intermetálicos. As ligas 5xxx têm duas fases à temperatura
ambiente: a fase alfa, que é uma solução sólida de magnésio em
alumínio, e o composto intermetálico Mg2Al3, que é duro e frágil. As
ligas de alumínio e magnésio são endurecidas por uma fina dispersão de
Mg2Al3, bem como por encruamento, endurecimento por solução sólida
e controle do tamanho do grão. Entretanto, a fase Mg2Al3 não e
coerente, isto é, não mantém a mesma orientação cristalina da matriz, e,
portanto, os tratamentos térmicos de endurecimento por envelhecimento
não são possíveis. As ligas da série 4xxx também têm duas fases, alfa e
beta. A fase beta é praticamente silício puro. Essas ligas trabalhadas
não tratáveis termicamente possuem aplicações como: componentes
elétricos, folhas finas, corpo de latas de bebida, aplicações em
arquitetura, tampas de latas de bebida, componentes de equipamentos
navais.

As ligas que contêm silício e magnésio podem ser endurecidas por


envelhecimento por meio da precipitação da fase Mg2Si. As ligas 2xxx
(Al-Cu/Al-Cu-Li), 6xxx (Al-Mg-Si) e 7xxx (Al-Mg-Zn) são endurecíveis por
envelhecimento. Não obstante as excelentes resistências especificas
dessas ligas, a quantidade de precipitado que pode ser formada é
limitada. Além disso, esses materiais não podem ser utilizados em
temperaturas superiores a 175 °C na condição envelhecida. Dentre as
aplicações pode-se citar: rodas de caminhão, fuselagem de aeronaves,
pistões, casco de embarcações, vagões. As ligas Al-Li são utilizadas na
fabricação de tanques de combustível dos ônibus espaciais.

Ligas de fundição: Muitas das ligas fundidas de alumínio contêm silício


suficiente para causar a reação eutética, o que resulta em baixo ponto
de fusão, boa fluidez e boa fundibilidade. A fundibilidade é a facilidade
com a qual uma peça fundida pode ser produzida a partir da liga. As
propriedades das ligas de alumínio-silicio são controladas pelo
endurecimento por solução sólida da matriz de alumínio alfa,
endurecimento por dispersão da fase beta e as condições de
solidificação, que definem o tamanho e o contorno do grão primário, bem
como a natureza do microconstituinte eutético. O resfriamento rápido
que ocorre na fundição aumenta a resistência por meio do refino do
tamanho do grão e do microconstituinte eutético. O refino de grão
utilizando adições de boro e titânio, a modificação utilizando sódio ou
estrôncio para alterar a estrutura eutética e a adição de fósforo para
refinar o silício primário são métodos aplicados para modificar a
microestrutura e, dessa forma, aumentar o efeito do endurecimento por
dispersão. Muitas ligas também contêm cobre, magnésio ou zinco,
tornando possível o endurecimento por envelhecimento.

 Alumínio-Lítio: redução de peso e aumento do módulo elástico.


Favorece a usinabilidade, melhor resistência em altas
temperaturas e resistência a fadiga que Al-Zn. Usada na indústria
aeroespacial e na produção de tanques criogênicos.
Desvantagem: lítio é caro em comparação com os outros
elementos de liga comuns em ligas de Al. A dureza das ligas não
é tão alta quando em Al-Zn. As propriedades mecânicas são
muito sensíveis à homogeneidade da microestrutura e
composição química, lítio é um elemento muito reativo e tóxico.
Magnésio

Esse metal é mais leve que o alumínio, com uma massa especifica de
1,74 g/cm3 e funde a uma temperatura pouco abaixo que a do Al.
Embora as ligas de magnésio não sejam tão resistentes mecanicamente
quanto às de alumínio, suas resistências específicas são comparáveis.
Consequentemente, as ligas de Mg são utilizadas em aplicações
aeroespaciais, máquinas de alta velocidade e equipamentos de
transporte. O magnésio, porém, tem um módulo de elasticidade baixo
(45 GPa), baixa resistência à fadiga, à fluência e ao desgaste. O Mg
também apresenta risco durante a fundição e a usinagem, pois se
combina facilmente com o oxigênio e queima. Além disso, a resposta do
magnésio aos mecanismos de endurecimento é relativamente baixa.

O magnésio tem estrutura HC e é menos dúctil que o alumínio, mas as


ligas podem ter alguma ductilidade porque a sua formação aumenta o
número de sistemas de deslizamentos ativos.

Como nas ligas de alumínio, a solubilidade de elementos de liga no Mg à


temperatura ambiente é limitada, resultando num pequeno
endurecimento por solução sólida. Porém, a solubilidade de vários
elementos de liga aumenta com a temperatura. Portanto, as ligas podem
ser endurecidas tanto pelo endurecimento por dispersão como por
envelhecimento.

Nas ligas Mg-Al, todas com >10% Al são endurecíveis por


envelhecimento (aumenta a resistência, fundibilidade e resistência à
corrosão). Adições de Zn ainda melhoram a resistência de ligas Mg-Al
pelo refinamento dos precipitados e endurecimento por solução sólida.

Ligas de Mg resistentes a altas temperaturas: Ng+Zr+Terras raras. O Zr


é um refinador de grão e as terras raras melhoram a resistência à
fluência (formam precipitados nos contornos de grão e os ancoram)

Ligas de magnésio avançadas incluem aquelas com baixos níveis de


impurezas e as com grandes quantidades (>5%) de cério e outros
elementos de terras raras. Essas ligas formam um filme de proteção de
MgO que melhora a resistência à corrosão.

As ligas de berílio têm resistências especificas altas e mantêm a


resistência mecânica e o módulo de elasticidade em altas temperaturas.
O berílio de grau instrumental é utilizado em sistemas inerciais de
navegação, nos quais a deformação elástica deve ser mínima. O berílio
de grau estrutural é empregado em aplicações aeroespaciais e também
nas aplicações nucleares devido à pequena interação com a radiação
eletromagnética.

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