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Manufatura

Mecânica:
Soldagem

Prof. Gabriela R. X. de Souza.


Mecanismos de Aumento de Resistência
O aumento de resistência pode ser dado por:

 Endurecimento por solução sólida: Adição de elementos de liga intersticiais e


substitucionais;

 Endurecimento por precipitação;

 Endurecimento por deformação (encruamento, aumento da densidade de


discordâncias);

 Endurecimento por refino de grão (Hall-petch).


Mecanismos de Aumento de Resistência
Átomos em solução sólida:

Intersticial Substitucional
Solução Sólida Intersticial
Endurecimento por Precipitação
O endurecimento por precipitação é realizado através de tratamento térmico,
onde ocorre a formação de partículas pequenas de uma segunda fase.

Este aumento de resistência ocorre devido ao aumento da dificuldade de


movimento das discordâncias na rede que foi distorcida pela presença de
inúmeras novas partículas.
Endurecimento por deformação (encruamento)

O encruamento aumenta a resistência


pela deformação que promove a
multiplicação de discordância e
formação de novas discordâncias,
resultando no bloqueio do movimento
das discordâncias por outras
discordâncias.
Tamanho de Grão

A redução do tamanho do grão


promove o aumento da resistência
pelo aumento da quantidade de grãos
e pelo aumento da área total de
contornos de grãos, ou seja, pelo
aumento de barreiras geradas para o
movimento das discordâncias. d => σ
Deformação + Temperatura + Tempo = Recristalização (Refino de Grão)
AÇOS CARBONO

Aço = Ferro (matriz) + Carbono (elemento de liga, átomo intersiticial)

O Carbono promove:
 Endurecimento por solução sólida na matriz (Ferro )
 Endurecimento por precipitação Fe3C (Cementita).

Além disso, o aço pode ser endurecido pela adição de outros elementos de
liga, por deformação, por refino de grão e por tratamento térmico
(transformação de fases: bainita, martensita...)
AÇOS INOXIDÁVEIS

Os aços inoxidáveis foram desenvolvidos pela adição de Cr e Ni para a


conferencia de resistência à corrosão e melhoria das propriedades
mecânicas em temperaturas ambiente e elevadas.
Estabilizadores de Ferrita e Austenita
Estabilizadores de Ferrita (CCC):
Cr, Mo, Si, W, Ta

Estabilizadores de Austenita (CFC):


Ni, Mn, Cu, Co, C
Estabilizadores de Ferrita e Austenita
Estabilizadores de Ferrita (CCC):
Cr, Mo, Si, W, Ta
Raio atômico muito
Estabilizadores de Austenita (CFC): menor que o ferro:
Ni, Mn, Cu, Co, C Elementos
Intersticiais!

Raio atômico
próximo ao ferro :
Elementos
Substitucionais!
Aços Inoxidáveis

 Ferríticos
 Austeníticos
 Martensíticos
 Duplex (austeno-ferríticos)
Aços Inoxidáveis Ferríticos:

 Liga Fe-Cr, com adição de Cr de 11 a 30%

 São relativamente mais baratos, pois não


possuem níquel (em grande quantidade).

 Endurecimento por deformação (encruamento)

 Apresentam soldabilidade relativamente baixa,


pois ocorre a formação de fase intermetálica
sigma e crescimento de grão.
Aços Inoxidáveis Austeníticos

 Liga Fe-Cr-Ni, com adição de Cr de 16 a 30%, e Ni de 6


a 26%.
 Apresentam melhor resistência a corrosão, pois o
níquel ajuda a reforçar o filme protetor.
 Apresenta boa soldabilidade, porém há risco de trinca
a quente, pois a austenita “não suporta” o enxofre e
expulsa para os contornos de grão.
 Endurecíveis por deformação a frio, não são
temperáveis.
Aços Inoxidáveis Martensíticos
 Liga Fe-Cr-C, com adição de 11 a 18% de Cr, 0,1 a 0,5% de
C.

 São facilmente temperáveis, por isso são utilizados com a


microestrutura martensítica.

 Apresentam resistência a corrosão menor que os demais


aços inoxidáveis, por isso são aplicados em ambientes
menos corrosivos (cutelaria, turbinas e resistência ao
desgaste).

 Soldabilidade baixa, pois são temperáveis e susceptíveis à


trinca a frio por hidrogênio.
Soldabilidade dos Aços Inoxidáveis
Cada microestrutura/composição dos aços inoxidáveis é mais susceptível a um tipo de defeito de
soldagem:
 Austenita: Trinca a quente, pois a austenita não solubiliza as impurezas como S e P e as expulsa para os
contornos de grão.

 Martensita: Trinca a frio, devido a dureza e baixa tenacidade da fase que se quebra com a presença de
H2.

 Ferrita: Crescimento de grão ou Grão Grosseiro, que promove a perda de resistência da liga. Além
disso, ocorre precipitação no contorno de grão que prejudica a tenacidade e a resistência à corrosão.

 Duplex (Austeno-ferritica): Precipitação da fase intermetálica , prejudicial à tenacidade e a resistência


à corrosão.
DIAGRAMA DE SCHAEFFLER
DIAGRAMA DE SCHAEFFLER
ESCOLHA DO METAL DE ADIÇÃO (MA)
PROCESSOS DE SOLDAGEM DOS AÇOS INOX

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