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METALURGIA DA SOLDAGEM

AÇO INOX E SENTIZAÇÃO

PROF. ROBSON BUSSOLOTI


AÇOS INOXIDÁVEIS
Introdução
◼ Os aços inoxidáveis são ligas à base Fe e Cr com um
mínimo de 10,50% de Cr. Outros elementos metálicos
também integram as ligas, mas o Cr é o mais importante
pois eleva a resistência à corrosão.

Por que é denominado aço inox e quais suas


características?
◼ Possuem maior resistência à corrosão do que a maioria
dos outros aços.

◼ Os aços inoxidáveis não são imunes à corrosão em todos


os ambientes, mas são menos corrosíveis e mais
resistentes aos ataques corrosivos do que os aços
comuns.
Família dos Aços Inoxidáveis

Os aços inoxidáveis estão divididos em cinco famílias:

❑Aços Inoxidáveis Ferríticos

❑ Aços Inoxidáveis Austeníticos

❑ Aços Inoxidáveis Duplex

❑ Aços Inoxidáveis Martensíticos

❑ Aços Endurecidos por Precipitação


Aços Inoxidáveis Ferríticos
• Contêm de 16 a 30 % de Cr, com teores de C
inferiores a 0,5 %.

• Mantêm-se ferríticos em qualquer


temperatura, havendo apenas crescimento de
grão.

• Teores de Cr elevado podem causar a


formação da fase sigma (s), que se forma
durante aquecimento prolongado entre 400 e
500 ºC, porém se solubiliza em temperaturas
mais altas.
Aços Inoxidáveis Ferríticos
Principais Características

-Elevada Resistência á Corrosão

-São adequados para trabalho a altas e baixas


temperaturas

-Soldáveis

-Tem elevada resistência a corrosão sob tensão

-Podem ser dobrados, cortados, furados, etc...

-São Magnéticos
Aplicações
Diagrama Fe-C
Diagrama Fe-Cr
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Metalografia dos Produtos


Siderúrgicos Comuns –
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Siderúrgicos Comuns –
Microestruturas Ferrítica
Aços Inoxidáveis Austeníticos
Em geral o teor de níquel nesses aços varia entre 8 e 30%,
o que os torna mais caros.

Nos aços inoxidáveis austeníticos a adição de níquel (e/ou


de manganês) estabiliza a fase g (austenita) à temperatura
ambiente.

Ao contrário dos aços inox ferríticos e martensíticos, não


são magnéticos, devido à estrutura cristalina CFC, que
também favorece a ductilidade e a tenacidade.

Como esses aços não são endurecíveis por têmpera, o


aumento da dureza e resistência mecânica só pode ser
obtido por encruamento.
Aços Inoxidáveis Austeníticos

Principais Características

- Excelente resistência à corrosão, exceto corrosão sob


tensão.
- Não são endurecíveis por tratamento térmico
- Têm excelente conformabilidade plástica
- Apresentam alto coeficiente de encruamento
- A estrutura austenítica não apresenta transição dúctil-
frágil
- Possuem baixas condutividade elétrica e térmica
- Possuem elevado coeficiente de expansão térmica
- A estrutura CFC apresenta boa resistência à fluência
Aplicações
Diagrama Fe-Ni
Diagrama Fe-Ni-Cr-C
Microestrutura Austenítica
Microestrutura Austenítica
CURIOSIDADES:
O AÇO INOX AUSTENÍTICO POR
DEFINIÇÃO É UM AÇO
PARAMAGNÉTICO.

PORÉM ATRAVÉS DA
DEFORMAÇÃO PLÁSTICA ALÉM DE
CAUSAR O FENÔMENO DE
ENCRUAMENTO TAMBÉM
OCORRERÁ A MAGNETIZAÇÃO
QUANDO ATRAÍDO POR UM IMÃ.
EXPLICAÇÃO DESTE FENÔMENO.

NA DEFORMAÇÃO PLÁSTICA OCORRE


A FORMAÇÃO DE:

MARTENSITA INDUZIDA POR


DEFORMAÇÃO..avi
Curva CCT Formação de Carbonetos
SENSITIZAÇÃO
Aços Inoxidáveis Martensíticos
Aços inoxidáveis martensíticos são aços que se
enquadra na classe de alta ligas, com teores de
carbono de 0,1 à 1,2%, teores de cromo entre 12 e
18 % e teores de níquel entre 2 e 4 %.

Nos aços inoxidáveis martensíticos o carbono está


em uma determinada concentração que permite a
transformação de ferrita em austenita em altas
temperaturas. Durante o resfriamento, a austenita
se transforma em martensita.
Aços Inoxidáveis Martensíticos
Principais Características

- Elevada Resistência a Corrosão.

- Soldáveis por diversos processos.

- São adequados para trabalho a altas e baixas temperaturas.

- Endurecem muito pouco por encruamento.

- Tem elevada resistência a corrosão sob tensão.

- São endurecíveis por tratamento térmico, alcançando níveis


elevados de resistência mecânica e dureza.

- Podem ser dobrados, cortados, furados, etc.


Têmpera do Inox Martensítico
Aplicações
Microestrutura Inox Martensítico Recozido
Microestrutura Martensítica
Aços Inoxidáveis Duplex
Os aços inoxidáveis duplex ferríticos-austeníticos fazem parte de
uma classe de materiais com microestrutura bifásica, composta
por uma matriz ferrítica e ilhas de austenita, com frações
volumétricas de, aproximadamente, 50% de cada fase.

A microestrutura duplex pode ser obtida através do


balanceamento dos elementos de liga e de tratamento
termomecânico.

Os diferentes tipos de aços inoxidáveis duplex são separados em


três grupos com relação à composição química:

•Aços inoxidáveis duplex de baixa liga

•Aços inoxidáveis duplex de média liga

•Aços inoxidáveis duplex de alta liga


Aços Inoxidáveis Duplex
Propriedades Mecânicas dos Aços Inoxidáveis
Duplex

A combinação entre os elevados valores de alongamento


da austenita com o elevado limite de escoamento da ferrita
nos aços inoxidáveis duplex forma um conjunto de notáveis
propriedades mecânicas:

•Elevado limite de escoamento

•Alongamento mínimo em torno de 25%

•Alta resistência ao impacto na temperatura ambiente


Aplicações
Aplicações
Microestrutura Duplex
Microestrutura Duplex
Aços Endurecíveis por precipitação
Aços inox endurecíveis por precipitação são ligas Fe-Cr
(12-17%), Ni (4-8%), Mo (0-2%) com matriz martensítica
(de baixo C) endurecida pela precipitação de compostos
intermetálicos formados pela adição de elementos em
teores menores como Al, Cu, Ti , Nióbio.

São classificadas em 3 famílias: Martensíticos, Austeníticos


e Semi-Austeníticos.

O tratamento térmico nesse aço consiste na


solubilização e envelhecimento.

Na solubilização os compostos intermetálicos à base de


Cu, nióbio e Al são dissolvidos na matriz austenítica,
seguida por resfriamento rápido.
Aços Endurecíveis por precipitação
Durante o envelhecimento, ocorre a precipitação
controlada (temperatura e tempo), que aumenta a dureza
do aço, sem provocar distorções, empenos e trincas como
na têmpera.

Principais Características:

Possuem resistência à corrosão comparável à dos


austeníticos e resistência mecânica comparável à dos
martensíticos.
APLICAÇÃO
Microestrutura Endurecíveis por Precipitação
Tipos de Corrosão no Aço Inox
• Corrosão Intergranular

• Corrosão Alveolar

• Corrosão sob Tensão

• Corrosão em Frestas

• Corrosão por Erosão

• Corrosão Galvânica
PRINCÍPIO DE CORROSÃO NA
SOLDAGEM DO AÇO INOX
Vantagens X Desvantagens
Aço Exemplos Vantagens Desvantagens

Ferrítico 410S Custo baixo, resistência à corrosão Limitada resistência à corrosão


430 moderada e boa conformabilidade conformabilidade e resistência a
446 temperatura elevada compa-rado aos
aços austeníticos

Austenitico Amplamente utilizado, boa resistência O encruamento por trabalho a frio


304 à corrosão geral, tenacidade. pode limitar a corforma-bilidade e
316 Excelente conformabilidade e usinabilidade.
soldabilidade Limitada resistência a corrosão sob
tensão.

Dúplex Boa resistência a corrosão sob Faixa de temperatura de aplicação


1.4462 tensão, boa resistência mecânica no mais restrita que os austeniticos.
estado recozido.

Martensitico Endurecível pelo tratamento térmico. Resistência a corrosão comparado


420 aos austeníticos e conformabilidade
431 comparada aos ferríticos limitada.
Soldabilidade limitada.

Endurecivel por Endurecíveis pelo tratamento térmico, Limitada disponibilidade. Resistência


precipitação mas com resistência a corrosão a corrosão, conformabilidade e
17/4PH melhor que os martensiticos soldabilidade restritas comparado
aos austeníticos
CONSIDERAÇÕES FINAIS
“A descoberta do inox é uma das grandes
invenções recentes do homem. O material
reúne propriedades mecânicas excelentes,
como a própria resistência à corrosão,
normalmente só encontradas em metais
economicamente inviáveis, como o ouro, a
platina e o níquel, ou tecnicamente
insuficientes, que é o caso do cobre. E,
para complementar, ainda é um material
reciclável e alinhado com as necessidades
ambientais do planeta”
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Colpaert, Hubertus; Metalografia dos produtos siderurgicos comuns, 4ª ed. S. Paulo ed. Blucher,
2008.

Silva, André Luíz V. da Costa e; Aços e ligas especiais, 3ª ed. São Paulo, ed. Blucher, 2010.

Chiaverini, Vicente Aços e Ferros Fundidos, 7ª ed. São Paulo: Associação Bras. De Metal. E
Materiais, 2005.

SITES CONSULTADOS:

www.arcelormittalinoxbrasil.com.br

www.infomet.com.br

www.nucleoinox.org.br

www.abinox.org.br

www.fei.edu.br
PARTE EXPERIMENTAL:
Material AISI 304 e 304L foram solubilizados
1050○ C por 1hora e temperados em água.

Soldado eletrodo revestido 308L 110A 29V

➢ Cortado 03 amostra:
• Amostra 01 somente soldada;
• Amostra 02 solubilizado após soldagem;
• Amostra 03 sensitizado 600 ○ C 30h;
ANÁLISE
METALOGRÁFICA/ MEV e
CONCLUSÕES
Amostra 01 304 304L

Amostra 02 304 304L


Amostra 03 304

Amostra 03 304 304L


Amostra 01 304 304L

Amostra 02 304 304L


Amostra 03 304

Amostra 03 304 304L


CONCLUSÃO
A suscetibilidade à sensitização depende de uma série
de fatores, tais como:

• Tempo de permanência dentro das faixas


consideradas críticas;

• Teor de carbono do aço;

• Granulação do aço;

• Encruamento do metal;

• Presença de determinados elementos formadores de


carbonetos.
CONCLUSÃO
• Como estes carbonetos podem ser
redisolvidos na matriz com um
reaquecimento em temperaturas entre
900 e 1150°C, deixado por um tempo
para que ocorra a solubilização então
resfriada bruscamente para que o cromo
permaneça em solução sólida, esta
medida servirá para combater o
fenômeno de sensitização.
Amostra 02 304 304L

Amostra 02 304 304L


CONCLUSÃO
• Redução do teor de carbono dos aços
para diminuição da precipitação de
carbonetos, em geral estudos
demonstram que aços inoxidáveis
contendo teores de carbono acima de
0,03% apresentam maior
susceptibilidade à sensitização;
Amostra 01 304 304L

Amostra 01 304 304L


CONCLUSÃO

• Controlar o tamanho de grão para uma


granulação mais fina, pois granulação
grosseira a área linear de precipitação é
menor, acarretando em fator
intensificador da precipitação de
carbonetos tornando o aço mais
sensível a corrosão intergranular
comparado com o mesmo aço de
granulação mais fina;
CONCLUSÃO
• Deformar á frio após tratamento térmico
de solubilização. O fenômeno de
precipitação ocorre em regiões
preferenciais como contorno de grão e
outros defeitos cristalinos.

• Como a deformação se dá em planos de


escorregamentos específicos dentro dos
grãos dos materiais, esse mecanismo de
deformação gera um aumento na
densidade de discordâncias.
CONCLUSÃO
• Com reaquecimento deste material
encruado ocorrerá uma fina precipitação
de carbonetos distribuídos
aleatoriamente preferencialmente nestas
regiões de maior densidade de defeitos
cristalinos, não provocando assim
influência na sensitização do material;
CONCLUSÃO
• A permanência prolongada desta família
de aços dentro da temperatura crítica de
precipitação não é recomendado mesmo
para materiais baixo teor de carbono
304L;
Amostra 03 304

Amostra 03 304 304L


Amostra 03 304

Amostra 03 304 304L


CONCLUSÃO
• Uma maneira bastante segura de evitar
este problema consiste na adição de um
elemento de liga que tenha maior
afinidade pelo carbono do que o cromo,
evitando que este precipite na forma de
carbonetos de cromo e deixando-o em
condições de agir como elemento
realmente promotor de passividade.

• Os elementos de liga empregados para


este fim são o titânio, o nióbio e o
tântalo.
SUGESTÃO PARA TRABALHOS
FUTUROS
• Cálculo das Isotermas;

• ∆T 8,6;

• Teste de corrosão (ASTM A262).


CORROSÃO

INTERGRANULAR
Aço inoxidável martensítico
Liga de níquel
Liga de alumínio

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