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Copyright © Outubro/2021 por Aços Nobre. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial ou total deste e-book sem autorização expressa do autor.
ção desejada.
Mas como escolher o melhor aço para o tra-
balho que você precisa realizar? Existem dife-
rentes tipos de ligas e a escolha deve ser fei-
ta com base em alguns requisitos que você
verá neste e-book gratuito.
E muito mais!
Boa Leitura!
Equipe Aços Nobre
2
Aço Carbono
2
Baixo carbono: é o tipo mais comum e mais
barato. É fácil de formar devido à sua alta
ductilidade — sua capacidade inata de ser
esticado sob tensão. Fios, parafusos e tubos
usam esse tipo de aço.
Propriedades Usos
- Componentes estruturais
- Maquinário
- Baixo custo
- Tubos
- Baixa dureza
- Eletrodomésticos
- Força moderada
- Componentes automotivos
- Alta usinabilidade
- Instrumentos cirúrgicos
- Resistência muito alta
- Equipamento médico
- Alta ductilidade
- Fios
- Alta soldabilidade
- Parafusos
- Estamparia
Propriedades Usos
- Baixa temperabilidade
- Peças de máquinas
- Ductilidade média
- Estruturas de pressão
- Dureza média
- Manivelas
- Força média
- Engrenagens
- Soldabilidade média
- Vias férreas
- Usinabilidade média
3
Alto carbono: a variedade mais resistente
tem mais de 0,61% de carbono e é frequen-
temente usada para produzir ferramentas de
corte afiadas, como lâminas de valetadeira.
Eles não contêm mais de 2% de carbono.
Propriedades Usos
- Baixa temperabilidade
- Baixa ductilidade - Ferrovias
- Soldabilidade reduzida - Barras
- Baixa usinabilidade - Mola de aço
- Alta tenacidade - Pratos
- Força elevada
4
Aço-liga
5
Tipos de ligas de aço
O potencial variado do aço-liga permite uma
personalização intensa para aplicações es-
pecíficas. Algumas das ligas mais comuns in-
cluem:
Aço leve e resistente ao calor
que é dúctil e fácil de trabalhar.
Alumínio Frequentemente usado em sis-
temas de exaustão quente e
geradores de energia.
6
Aço de alto impacto que é ab-
sorvente de choque e resis-
tente a vibrações. Frequente-
Vanádio mente encontrado em peças
automotivas, como molas e
amortecedores.
Aço inoxidável
8
Uma combinação de ligas austeníticas
e ferríticas resulta em uma liga duplex
que herda as propriedades de ambas
Ligas enquanto duplica a resistência. Elas
duplex também são dúcteis e resistentes à cor-
rosão devido ao seu conteúdo bastante
alto de cromo.
9
Tipos de aço ferramenta
Diferentes tipos de ferramentas requerem
diferentes tipos de aço para ferramentas na
produção. O aço ferramenta é usado de vá-
rias maneiras para melhor atender aos requi-
sitos de produção de uma ferramenta especí-
fica. Os elementos adicionados determinarão
para quais especificações ele é adequado.
É excepcionalmente resistente
Temperável em ao desgaste por deslizamento
óleo (O) e é usado para produzir facas e
tesouras.
10
Pequenas quantidades de
carbono, silício e molibdênio
Resistente ao endurecem este aço e o ade-
choque (S) quam para punções e ferra-
mentas de rebitagem.
11
ESCOLHENDO O AÇO CERTO
12
A escolha correta do melhor aço exige es-
tipular os requisitos da aplicação para sua
peça ou construção. Alguns requisitos são
fáceis de definir enquanto outros podem
ser menos tangíveis. Por exemplo, às vezes é
difícil especificar exatamente a carga a que
uma peça será submetida e, portanto, as pro-
priedades necessárias como base para a sele-
ção do material.
Em muitos casos, confia-se na experiência e
escolhe-se o material utilizado anteriormen-
te em componentes semelhantes que fun-
cionaram de forma satisfatória. Para a maior
parte, essa filosofia funciona bem, mas não
leva em consideração outros tipos de aços
ou execuções que podem ser mais adequa-
dos ou mais baratos, ou ambos!
Confira abaixo algumas características a se-
rem observadas na hora da sua escolha.
13
Para a engenharia e aços de construção, o
aumento da dureza é sinônimo de maior re-
sistência ao desgaste. Aços de alto carbono
endurecido para 60-62 HRC mostram melhor
resistência ao desgaste. No entanto, aços
de tal alta dureza podem ser bastante frá-
geis. Assim, endurecer a superfície, deixan-
do o núcleo mais macio e resistente, pode
ser uma ótima alternativa — utilizando a ce-
mentação e a nitretação.
Endurecimento
A temperabilidade define a facilidade com
qual um determinado aço pode ser endure-
cido por resfriamento rápido de alta tempe-
ratura. Um aço com baixa temperabilidade,
deve ser resfriado mais rapidamente. Por ou-
tro lado, se a temperabilidade é maior, o res-
friamento não precisa ser tão rápido.
Claro que um endurecimento bem-sucedido
não depende apenas da temperabilidade do
aço, mas também do método de resfriamen-
to. Os meios mais comuns são água, misturas
de polímero-água, óleo e ar. Resfriamento
muito rápido, em água por exemplo, engen-
dra um endurecimento eficaz, mas também
resulta no aumento do risco de rachaduras.
O aço temperado normalmente melhora a
resistência e alivia as tensões de endureci-
mento.
14
Tensão de escoamento / elastici-
dade / tensão de tração
15
Resistência / ductilidade
Por dureza entende-se a resistência de um
material para a iniciação e propagação de fis-
suras ao carregar o que pode causar falha de
um componente.
Um material é resistente se tal rachadura re-
quer energia considerável, enquanto um ma-
terial quebradiço quebra muito facilmente
com o gasto de muito pouca energia. A resis-
tência pode ser medida de várias maneiras
diferentes e algumas técnicas são bastante
complicadas.
O conceito de ductilidade se relaciona com a
capacidade de um material sofrer deforma-
ção plástica sem o desenvolvimento de fissu-
ras ou completa fratura.
Usinabilidade
Soldabilidade
De modo geral, aços com alta resistência ao
desgaste são mais difíceis de soldar. Entre-
tanto, para um aço ser soldável, ele precisa
contar com boa propriedade de soldabilida-
de. A composição química é o fator que mais
afeta a soldabilidade dos materiais.
Conformabilidade a frio
As peças feitas de aço costumam ser mol-
dadas por operações de conformação a frio,
como dobrar, estirar a frio, estampagem pro-
funda etc. A conformabilidade a frio deter-
mina até que ponto o aço pode sofrer de-
formação plástica formando sem rachar. É
fortemente correlacionada à ductilidade.
17
Proteção contra corrosão
18
SELEÇÃO DO AÇO
19
Abaixo, tente encontrar o tipo de aço que
melhor se adapta ao perfil de requisitos para
sua aplicação. Em alguns casos, o tratamen-
to térmico pode ser necessário para que de-
terminada classificação de propriedade seja
alcançada. Lembre-se: o tratamento térmico
sempre envolverá custos mesmo se realiza-
dos “internamente”.
Legenda
Avaliações de propriedades:
Aços
Aços beneficiados
cementados*
–Resistência ao desgaste
(5)
–Força (4–5)
–Resistência à fadiga
–Resistência à fadiga (4-5)
(dobrar / impacto) (5)
–Dureza (4–5)
–Dureza de superfície (5)
–Preço (2–3)
–Dureza (3)
–Preço (3)
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Aços para
Aço mola*
rolamento*
–Força (5) –Força (5)
–Resistência à fadiga (4) –Resistência à fadiga (5)
–Resistência ao desgaste –Resistência ao desgaste (5)
(4) –Dureza de superfície (5)
–Propriedades da mola (5) –Força de ponta (4)
–Dureza (1–2) –Dureza (2)
–Preço (3) –Preço (2)
Sugestões de aços
Aços cementados: SAE 1020 e 8620
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SAE / AISI 1020 8620
- C: 0.18-0.23
- C: 0.17-0.23 - Si: 0.20-0.35
Composição - Mn: 0.30-0.60 - Mn: 0.70-0.90
química - P: 0.040 (máx.) - Ni: 0.40-0.70
- S: 0.050 (máx.) - Cr: 0.40-0.60
-Mo: 0.15-0.25
Barras laminadas
sem acabamento
mecânico, barras Barras laminadas e
Forneci- trefiladas e forja- forjadas nos forma-
mento das nos formatos tos bloco, quadrado
quadrado, redon- e redondo.
do, sextavado e re-
tangular.
22
Tratamento 1020 8620
Quando realizada
A têmpera pode ser
diretamente após
realizada diretamente
a cementação, di-
após a cementação,
minuir a tempera-
bastando para isto di-
tura até 840-860° C,
minuir a temperatura
manter pelo tem-
até 840-850º C, man-
po necessário para
ter pelo tempo neces-
homogeneizar a
sário para homoge-
temperatura na se-
neizar a temperatura
ção transversal e
na seção transversal e
resfriar em óleo ou
resfriar em água. Tam-
Têmpera bém pode ser realiza-
água dependendo
da seção e geome-
da após a cementa-
tria. Para têmpera
ção com resfriamento
convencional uti-
do componente até a
lizar a temperatu-
temperatura ambien-
ra de 840 – 870ºC
te. Neste caso, utilizar
com o mesmo pro-
o mesmo procedi-
cedimento descri-
mento descrito.
to.
O tratamento deve
Deve ser feito na tem-
ser feito na tempe-
peratura entre 850-
ratura entre 820-
Recozimen- 870º C por no mínimo
840º C por no mí-
to 1 hora para cada 25
nimo 1 hora para
mm. Resfriar lenta-
cada 25 mm. Res-
mente no forno.
friar no forno.
23
Tratamento 1020 8620
Cementação em cai-
xa, a gás ou em banho
de sal. A temperatura
deve estar entre 900-
925º C. O tempo de
cementação deve ser
Cementa- controlado em fun- Mesmo processo
ção ção do potencial de do aço 1020.
carbono e da profun-
didade de endureci-
mento especificados.
A cementação deve
ser seguida pelo be-
neficiamento.
- C: 0.38-0.43
Barras lamina-
- Si: 0.15-0.30
das e forjadas - Brinell: 260
- Mn: 0.60-0.80
4340 - Cr: 0.70-0.90
nos formatos - Rockwell (HRC):
bloco, redondo 55/60
- Ni: 1.65-2.00
e quadrado.
- Mo: 0.20-0.30
- C: 0.38-0.43
Barras lamina-
- Si: 0.20-0.35
das e forjadas - Brinell: 210
- Mn: 0.75-1.00
8640 - Cr: 0.40-0.60
nos formatos - Rockwell (HRC):
bloco, quadra- 53/60
- Ni: 0.40-0.70
do e redondo.
- Mo: 0.15-0.25
25
Tratamento 1045 4140
Temperatura pró-
xima de 800-850ºC
Deve ser feito na
por no mínimo 1
Recozimento hora para cada 25
temperatura próxi-
ma de 850ºC
mm. Resfriar lenta-
mente no forno.
Austenitização em
temperatura entre
Austenitização em
840-870ºC. Aque-
temperatura entre
cer por 1 hora para
820-850ºC. Aque-
cada 25 mm de es-
cer por 1 hora para
pessura e adicionar
cada 25 mm de es-
1 hora para cada
pessura. Resfriar
25 mm adicionais.
Têmpera em água ou polí-
Resfriar em óleo ou
mero. Para resfria-
polímero. O resfria-
mento em óleo
mento em polímero
(seções menores
conduz a menor va-
do que 10 mm)
riação dimensional
temperar a partir
e maior homogenei-
de 840-860ºC.
dade microestrutu-
ral.
26
Tratamento 1045 4140
Deve ser realiza-
do imediatamen- Deve ser realizado
te após a têmpera imediatamente após
quando a tempe- a têmpera quando a
ratura atingir cerca temperatura atingir
de 70ºC. A tempe- 70ºC. A temperatu-
ratura de reveni- ra de revenimento
mento deve ser deve ser seleciona-
selecionada de da de acordo com
acordo com a du- a dureza especifica-
reza especificada da no componen-
para o componen- te. Para isto utilizar
Revenimento te. Para isto, utilizar a curva de reveni-
a curva de reveni- mento. Manter na
mento orientati- temperatura de re-
va abaixo. Manter venimento por no
na temperatura mínimo 1 hora para
de revenimento cada 25 mm de es-
por no mínimo 1 pessura e utilizar no
hora para cada 25 mínimo por duas
mm de espessura horas. Não revenir
e utilizar no míni- entre 230-370ºC por
mo por duas horas. causa da fragilidade
Resfriar em ar cal- ao revenido.
mo.
27
Tratamento 4340 8640
O tratamento deve
O tratamento deve
ser feito na tempe-
ser feito na tempe-
ratura próxima de
ratura próxima de
830ºC por no míni-
850ºC por no mí-
Recozimento nimo 1 hora para
mo 1 hora para cada
25 mm. Resfriar len-
cada 25 mm. Res-
tamente no forno
friar lentamente
até 300ºC e a seguir
no forno.
em ar calmo.
Austenitizar em
temperatura entre Austenitização em
840 – 870ºC. Aque- temperatura entre
cer por 1 hora para 840-860ºC. Aque-
cada 25 mm de cer por 1 hora para
espessura e adi- cada 25 mm de es-
cionar 1 hora para pessura. Resfriar em
cada 25 mm adi- óleo ou polímero de
Têmpera cionais. Resfriar em têmpera. O resfria-
óleo ou polímero. mento em polímero
O resfriamento em conduz a menor va-
polímero conduz a riação dimensional
menor variação di- e maior homogenei-
mensional e maior dade microestrutu-
homogeneidade ral.
microestrutural.
28
Tratamento 4340 8640
Deve ser realiza-
do imediatamen-
te após a têmpera
quando a tempe-
ratura atingir cerca
de 70ºC. A tempe-
ratura de reveni- Austenitizar em
mento deve ser temperatura entre
selecionada de 840 – 870ºC. Aque-
acordo com a du- cer por 1 hora para
reza especificada cada 25 mm de es-
para o componen- pessura e adicionar
te. 1 hora para cada
Manter na tempe- 25 mm adicionais.
Revenimento ratura de reveni- Resfriar em óleo ou
mento por no mí- polímero. O resfria-
nimo 1 hora para mento em polímero
cada 25 mm de conduz a menor va-
espessura e utili- riação dimensional
zar no mínimo por e maior homogenei-
duas horas. Não dade microestrutu-
revenir no interva- ral.
lo de temperatura
entre 230-370ºC
por causa da possi-
bilidade de induzir
à fragilidade ao re-
venido.
29
Aço Mola: SAE 5160 e 6150
Aços para molas contêm cerca de 0,5% de
carbono, o que significa que altos níveis de
rendimento e resistência à tração, além de
excelente resistência à fadiga, podem ser al-
cançados via têmpera e revenido.
Como o nome indica, a área principal de apli-
cação é em molas, mas a alta resistência sig-
nifica que esses aços também funcionam
bem em ferramentas, peças de desgaste e
para alguns componentes de máquinas.
Barras laminadas e
Forneci- trefiladas em ferro
Barras laminadas e
mento chato.
trefiladas redondas
30
SAE / AISI 5160 6150
Temperaturas en-
Temperaturas en-
tre 1175º e 870ºC.
Forjamento tre 1149º e 1204°
Não forjar abaixo de
C.
840°C.
Têmpera de óleo à
mão quente, 65ºC.
Tempere o aço SAE
Banho de sal / óleo 6150 imediatamen-
Têmpera a 850º C. te. Observe que os
fornos a vácuo de-
vem ter capacidade
de têmpera de óleo.
O recozimento pode
fazer com que ele
obtenha excelente
Procedimento a
usinabilidade. Aus-
Recozimento 788° C e, em segui-
tenitização a 760ºC,
da, resfriar a ar.
seguida de um iso-
-recozimento a
680ºC.
31
Tratamento 5160 6150
- C: 0.95-1.10
- Mn: 0.25-0.45
Composição - Si: 0.20-0.35
química - Cr: 1.30-1.60
- P: 0.025 máx.
- S: 0.025 máx.
32
SAE / AISI 52100
33
SAE / AISI 52100
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34
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