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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO MECÂNICA

Unidade III:
Ligas de Al e seus Tratamentos Térmicos
Profa. D.Sc. Antonia Daniele Souza Bruno Costa
nielebruno@gmail.com
1. INTRODUÇÃO
Metal Alumínio

❖ Ponto de fusão: 660 °C.


❖ Módulo de elasticidade: 6336 kgf/mm²
❖ Pertence ao sistema cúbico de face centrada.
CFC
❖ Apresenta boa condutibilidade térmica e relativamente alta condutibilidade
elétrica (62% da do cobre).
❖ É não-magnético.
❖ O baixo peso específico do alumínio, aproximadamente um terço do ferro.
Metal Alumínio
❖ Peso específico: 2,7 g/cm³ a 20 °C.
Metal Alumínio
❖ Macio, porém resistente, de aspecto cinza
prateado e fosco, não é tóxico (como
metal), não cria faíscas quando exposto a
atrito.
❖ É um metal muito maleável e muito dúctil.

❖ Devido à elevada afinidade para o oxigênio, não é costume encontrá-lo como


substância elementar, mas, sim, em formas combinadas tal como o óxido .
❖ Tem excelente resistência à corrosão e durabilidade devido à camada protetora
de óxido.
❖ Sua leveza, condutividade elétrica, resistência à corrosão lhe conferem uma
multiplicidade de aplicações, especialmente na aeronáutica.
Metal Alumínio

❖ Mesmo sendo a bauxita o minério mais fácil para a


obtenção desse metal, o processo de transformação
exige muita energia, sendo a proporção 1 : 14 000,
ou seja, para cada 1 tonelada de alumínio extraído,
necessita-se de 14 000 kWh de energia elétrica.
❖ Daí, tira-se a necessidade urgente de reciclagem do
alumínio já produzido, pois a demanda energética é
95% menor e demora 400 anos para se decompor na
natureza.
❖ o baixo custo para a sua reciclagem aumenta o seu
tempo de vida útil e a estabilidade do seu valor.
Metal Alumínio

❖ A maior parte do alumínio


produzido atualmente é
extraído da bauxita.

❖ os Estados Unidos e o
Canadá são os maiores
produtores mundiais de
alumínio.

❖ O Brasil tem a terceira maior


reserva do minério no mundo,
localizada na região
amazônica.
Ligas de Alumínio

❖ Excelente maquinabilidade: elevada velocidade de corte, reduzidos tempos


e baixos custo de maquinação.
❖ Grande resistência à Corrosão.
❖ Excelente condutibilidade Térmica e Elétrica.
❖ Resistência Mecânica variando de 9 a 70 kgf/mm2.
❖ Algumas ligas são mais resistentes que o aço, o que favorece ao projetista
na análise da relação Peso-Resistência.
❖ Elementos de Liga: Cobre, Manganês, Magnésio, Silício, Zinco e Níquel
❖ Apresentam elevada resistência mecânica, ótima condutibilidade térmica e
elétrica e permitem bom acabamento superficial, aceitando revestimento
protetores.
Ligas de Alumínio

❖ As ligas de alumínio podem ser classificadas em dois grandes


grupos.
❖ Ligas trabalhadas – que podem ser divididas em:
❖Ligas não tratáveis termicamente;
❖Ligas tratáveis termicamente.
❖ Ligas fundidas.
❖ As ligas tratáveis termicamente são as que tem suas propriedades
melhoradas geralmente pelo tratamento de endurecimento por
precipitação.
❖ As ligas não tratáveis termicamente têm as suas propriedades
alteradas apenas por trabalho a frio ou encruamento.
Ligas de Alumínio

Ligas de Alumínio

Ligas Trabalhadas Ligas Fundidas

Não Endurecíveis
Endurecíveis por
por Tratamento
tratamento térmico
Térmico

Al-Cu
Al-Mg
Al-Cu-Si
Al-Mn
Al-Mg-Si
Al-Si
Al-Zn-Cu
Ligas de Alumínio

❖ Entre as de maior interesse industrial, cabe mencionar o


duralumínio, formado por 93,2 a 95,5% de alumínio, cobre,
manganês, magnésio e, em alguns tipos, silício;
❖ As ligas de alumínio e magnésio, tem seu uso graças à sua elevada
resistência à corrosão e soldabilidade;
❖ As ligas de alumínio e silício, devido à sua elevada resistência
mecânica e peso reduzido, também usado na fabricação de
componentes elétricos.
Ligas de Alumínio
Nomenclatura Aluminum Association (AA) e ASTM para Ligas Trabalhadas

XXXX
1º X → classifica a liga pela série segundo o elemento majoritário da liga.
2º X → se for zero a liga é normal e se for 1, 2 e 3 indica uma variante específica
da liga normal (como teor mínimo e máximo de um determinado elemento).
3º X e 4º X → são para diferenciar as várias ligas do grupo.

LIGAS TRABALHADAS Ex.: Alumínio não Ligado -


❖ Alumínio > 99% de pureza → 1XXX Série 1000
❖ Cobre → 2XXX
❖ O segundo algarismo indica
❖ Manganês → 3XXX
❖ Silício → 4XXX
modificações nos limites de
❖ Magnésio → 5XXX impurezas
❖ Magnésio e Silício → 6XXX ❖ Os dois últimos algarismos
❖ Zinco → 7XXX representam o teor de
❖ Outros elementos → 8XXX Alumínio
❖ Ex: 1065 → Al com 65% de
pureza
Ligas de Alumínio
LIGAS FUNDIDAS
❖ Alumínio > 99% de pureza → 1XX.X
❖ Cobre → 2XX.X
❖ Silício e Cobre e/ou Magnésio → 3XX.X
❖ Silício → 4XX.X
❖ Magnésio → 5XX.X
❖ Zinco → 7XX.X
❖ Estanho → 8XX.X
❖ Outros Elementos → 9XX.X

Nomenclatura Aluminum Association (AA) e ASTM para Ligas Fundidas

XXX.X
1ºX → indica a série segundo o principal elemento da liga
2º X e 3º X → caracterizam ligas de composição específica
4º X → zero (0) indica peças fundidas; um (1) indica lingotes
Ligas de Alumínio

Especificações das ligas de alumínio


Ligas de Alumínio
Designação dos tratamentos para ligas de alumínio
Ligas Trabalhadas

GRUPO DO ALUMÍNIO PURO (1XXX)


❖ Fácil de conformar;
❖ Dúctil
❖ Resistência Mecânica relativamente baixa
❖ Boa condutividade elétrica
❖ Bom acabamento
❖ Fácil de soldar
Ligas Trabalhadas

GRUPO ALUMÍNIO - MANGANÊS (3XXX)


❖ Apresenta melhores propriedades mecânicas
que o Al puro;
❖ A ductilidade é ligeiramente diminuída pelo Mn;
❖ Boa resistência à corrosão.
Ligas Trabalhadas
GRUPO ALUMÍNIO - SILÍCIO (4XXX) Tanques de Combustível de uma
Scania
❖ Apresenta baixo ponto de fusão
❖ Boa fluidez
❖ Aplicações arquitetônicas
GRUPO ALUMÍNIO - MAGNÉSIO (5XXX)
❖ Apresenta a mais favorável combinação de:
❖ Resistência Mecânica;
❖ Resistência à Corrosão;
❖ Ductilidade.

rebites Tubulações em aeronaves de alumínio


arames
Ligas de Alumínio Tratáveis Termicamente
GRUPO ALUMÍNIO - COBRE (2XXX)
❖ Possui como elementos de liga: Mg, Mn ou Si.
❖ Conformabilidade limitada, exceto no estado recozido.
❖ Apresentam alta resistência
mecânica.
❖ Apresentam resistência à corrosão
limitada.

DURALUMÍNIO (2017) – 4% Cu, 0,5% Mg e 0,7% Mn


❖ Aplicações na indústria aeronáutica
❖ Resistência à tração no estado recozido: 180 MPa
❖ Resistência à tração depois de envelhecida: 430 MPa

Tubo de Alumínio 2017 plana


Ligas de Alumínio Tratáveis Termicamente

DURALUMÍNIO (2024)- 4,4% Cu e 1,5% Mg


❖ Aplicações na indústria aeronáutica (substituiu a 2017)
❖ Resistência à tração no estado recozido: 200MPa

Parafusos
Jantes de caminhão Aeromodelo
Aplicações das Ligas de Alumínio
❖ As ligas de alumínio podem ser empregadas para:
❖ Indústria automobilística – tambores de freio, corpos de carburadores e
compressores, pistões, capas de distribuidor, linhas de combustível,
buzinas, etc;
❖ Indústria ferroviária – vagões de carga e passageiros, mobiliário e outros
acessórios;
❖ Indústria elétrica – além do seu emprego em cabos condutores armados
de aço, outros empregos são feitos em partes estruturais, enrolamento de
motores, etc.
❖ Indústria naval – cascos de barcos, estruturas de convés, janelas, vigias,
escadas, equipamento de ventilação, botes salva-vidas, etc.
Aplicações das Ligas de Alumínio
❖ Indústria aeronáutica – na fabricação de fuselagens, motores, hélices, tanques
para combustíveis líquidos, pistões, bombas de óleo, polias, etc.
Aplicações das Ligas de Alumínio
Aplicações das Ligas de Alumínio
Aplicações das Ligas de Alumínio
TRATAMENTO TÉRMICO DAS LIGAS DE
ALUMÍNIO/ENDURECIMENTO POR PRECIPITAÇÃO
INTRODUÇÃO
❖ O tratamento térmico do alumínio refere-se aos processos básicos de
aquecimento e/ou resfriamento controlados do metal, com o principal objetivo de
gerar benefícios e melhorar as características metal-mecânicas das peças
produzidas em alumínio.

❖Existem ligas de alumínio que são tratáveis termicamente, geralmente pelos


processos de solubilização e posterior envelhecimento, no entanto, nem todas
as ligas de alumínio são consideradas termicamente tratáveis para aumento de
suas caraterísticas metalmecânicas.

❖Existem ligas de alumínio que só aumentam essas características (dureza e


resistência, por exemplo) após um algum processo de conformação mecânica e
encruamento (laminação é um exemplo de processo).

❖ Pode-se dizer que as ligas tratáveis termicamente são as dos grupos 2XXX,
6XXX, 7XXX e 8XXX e as que só aumentam suas características metal-
mecânicas após conformação, as ligas dos grupos 1XXX, 3XXX, 4XXX e 5XXX.
Tratamento Térmico das Ligas de Alumínio
❖ Tratamento de Recozimento
❖ Alívio de Tensões
❖ Solubilização
❖ Precipitação e Envelhecimento
Tratamento Térmico das Ligas de Alumínio
Alívio de tensões
❖ As tensões internas do Alumínio puro trabalhado ou fundido ou ainda em
peças soldadas são removidas pelo aquecimento na faixa de 130 a 150 ºC,
por tempo determinado conforme a espessura ou diâmetro da peça sendo,
no mínimo, de 1 min/mm.
❖ O alívio de tensões envolve apenas a recuperação ou ainda uma
recristalização apenas parcial da estrutura.
Recozimento para recristalização e homogeneização
❖ A Recristalização de ligas laminadas, extrudadas e trefiladas ou a
homogeneização de peças fundidas são efetuados normalmente pelo
aquecimento na faixa de 300 – 400ºC*.
❖ Há uma recristalização quase instantânea
❖ O resfriamento posterior é feito ao forno em taxa de 30ºC/h até 250ºC e
depois resfriando ao ar, resultando em excelente ductilidade.
❖ A homogeneização visa a dissolução de microconstituintes, resultando em
uniformidade química e distribuição uniforme de fases.
Tratamento Térmico das Ligas de Alumínio
Endurecimento por precipitação Planos do solvente
❖ O objetivo do endurecimento por precipitação é o
de promover a formação de partículas de
precipitados no metal alumínio;
❖ As partículas dos precipitados atuam como
obstáculos ao movimento das discordâncias, e
como consequência, aumentam a resistência
mecânica da liga tratada termicamente.
Partícula de soluto Precipitado
❖ O processo de endurecimento por precipitação envolve três passos:
❖ Solubilização;
❖ Têmpera;
❖ Envelhecimento.
SOLUBILIZAÇÃO
❖ Consiste no aquecimento, manutenção da temperatura por um determinado
período de tempo e resfriamento brusco.
❖ Esse tratamento visa a dissolução de elementos de liga, de maneira a formar
uma solução sólida homogênea (campo monofásico).
SOLUBILIZAÇÃO
❖ A solubilização tem como objetivo solubilizar a fase endurecedora (CuAl2),
mantendo a liga em uma condição metaestável.
❖ Todo cobre será dissolvido no Al, pois o campo do diagrama corresponde ao
de solução sólida total.
❖ Resfriando-se rapidamente em água, ela fica super-saturada, pois não dá
tempo para a precipitação do cobre.
SOLUBILIZAÇÃO

Evolução microestrutural da Liga Al-Si-Cu nas condições:


(a) Sem tratamento térmico; (b) Solubilização a 480ºC;
(b) (c) Solubilização a 510°C e (d) Solubilização a 5300C.
TÊMPERA
❖ Logo após a solubilização, o material deve ser temperado, ou seja, resfriado
rapidamente.
❖ Com esse resfriamento rápido, a solução sólida supersaturada, que
anteriormente estava em alta temperatura, permanece idêntica em temperatura
ambiente (solução sólida supersaturada de elementos de liga).
❖ O meio usualmente utilizado para temperar (resfriar) o material é a água.
❖ O resfriamento ao ar permite a formação de
precipitados descontroladamente, não
proporcionando a melhor resposta possível,
quando realizar o envelhecimento.

Envelhecimento

Tempera
ENVELHECIMENTO
❖ Logo após a têmpera, inicia-se o processo de envelhecimento, seja ele natural
(a temperatura ambiente) ou artificial (a uma temperatura mais elevada e
controlada).
❖ O tratamento térmico de envelhecimento consiste em aquecer a liga até uma
região intermediária, localizada dentro da região bifásica  + , onde as taxas de
difusão se tornam apreciáveis.

Envelhecimento

Tempera
5.5 – ENVELHECIMENTO
❖ A fase  precipitada começa a se formar na forma de partículas finamente
dispersas com uma composição enriquecida por soluto.

Envelhecimento

Tempera

❖ Após o tempo de envelhecimento apropriado, a liga é resfriada até a


temperatura ambiente.
5.5 – ENVELHECIMENTO
❖ O envelhecimento tem como objetivo a precipitação controlada da fase
endurecedora na matriz previamente solubilizada.
❖ A temperatura e o tempo de envelhecimento determinam a mobilidade dos
átomos de Cu, que tendem a formar a fase θ.
❖ Com resfriamento lento, a fase irá precipita no contorno de grão.

+
5.5 – ENVELHECIMENTO
❖ Liga de Al – 5,5% Cu
❖ Temperatura entre 115°C e 190°C (Tempo entre 5 e 48 h), com resfriamento
rápido.
❖ Com o envelhecimento
ocorre a precipitação
da fase  (CuAl2)
dentro do grão.
❖ Isso promove a
obstrução dos
movimentos das ’
discordâncias.
❖ Por consequência, há
um aumento da
resistência mecânica.
Envelhecimento

Tempera

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5.5 – ENVELHECIMENTO
Tratamento de Envelhecimento ou Endurecimento por precipitação:

+
ENVELHECIMENTO
ENVELHECIMENTO
Mecanismo de Endurecimento:
❖ São maneiras de aumentar a resistência mecânica de um material, ou seja,
são modos de evitar a ocorrência de deformação plástica.
❖ Como nos metais e ligas, a deformação plástica ocorre predominantemente
por movimentação de discordâncias, aumentar a resistência mecânica
significa dificultar a movimentação de discordâncias.
1) Endurecimento por deformação ou encruamento:
❖ É o mais utilizado dentre os mecanismos de endurecimento.
❖ Durante a deformação plástica, as discordâncias movimentam-se, multiplicam-
se, interagem entre si adquirindo degraus e formando emaranhados, de modo
que a sua movimentação exige tensões crescentes.
2) Endurecimento por soluções sólidas:
❖ Os átomos de impureza ou elementos de liga em solução sólida distorcem a
rede cristalina e os campos de tensão ao seu redor, interagem com as
discordâncias, dificultando a sua movimentação.
3) Endurecimento por envelhecimento:
❖ Os precipitados obtidos durante o tratamento térmico de envelhecimento
também são obstáculos a movimentação das discordâncias.
❖ Nesse caso, deve-se considerar as relações de coerência entre o precipitado
e a matriz.
ENVELHECIMENTO
Intefaces:
❖ A grande maioria dos materiais de engenharia apresenta na sua microestrutura
mais de uma fase, isto é, eles são polifásicos.
❖ A fronteira que separa as duas fases é denominada interface.
❖ Dependendo da orientação entre duas fases, as interfaces podem ser
classificadas como:
❖ Coerentes;
❖ Semi-incoerentes;
❖ Incoerente.
ENVELHECIMENTO
Intefaces Coerentes:
❖ As interfaces coerentes são mais raras e só
ocorrem quando as duas fases apresentam a
mesma estrutura cristalina e e parâmetros de
rede idênticos.
❖ Uma das fases deve estar dispersa na outra
(matriz).
Interfaces Semicoerentes:
❖ São mais frequentes e podem ocorrer mesmo
quando as duas fases tem diferentes estruturas
cristalinas.
Interfaces Incoerentes:
❖ São as mais frequentes.
❖ Quanto mais diferentes forem as duas
fases entre si e principalmente for o
grau de desajuste entre as duas
estruturas tanto maior será a energia de
interface.
ENVELHECIMENTO
Precipitado Incoerente:
❖ Não existe continuidade entre os planos
cristalinos da matriz e os planos cristalinos do
precipitado.
❖ As discordâncias em movimento terão que se
curvar entre os precipitados (Mecanismo de
Orowan).

Mecanismo de Orowan para interação de discordância com partículas


incoerentes. Observe os anéis ao redor das partículas.

 → é o espaçamento médio entre as partículas.


ENVELHECIMENTO
Precipitado Coerente:
❖ No caso de precipitados coerentes, as
discordâncias em movimento poderão
cortá-lo ou cisalhá-lo.

Cisalhamento de uma partícula


causada pela passagem de uma
discordância.
Zonas Guinier-Preston (GP):
❖ Homenagem aos cientistas que revelaram a estrutura dessas zonas através de
estudos de difração de raios-x
❖ As fases precipitadas são altamente coerentes com a matriz.
ENVELHECIMENTO
❖ O aparecimento da partícula se dá por precipitação no estado sólido.
Nos estágios iniciais da precipitação, os precipitados são
completamente coerentes.

Com o decorrer do tempo de


tratamento térmico tornam-
se maiores e semi-coerentes
e finalmente incoerentes.
5.5 – Envelhecimento e Superenvelhecimento

❖ Este processo de envelhecimento é realizado em temperaturas bem


inferiores e em tempos superiores, se comparado ao processo de
solubilização;
❖ No processo de envelhecimento natural, além de não se controlar
completamente a formação dos precipitados que endurecem o material,
os tempos para a geração destes precipitados são mais longos, ou seja,
a formação dos precipitados é lenta e demorada, se comparado ao
envelhecimento artificial;
❖ Se o processo de envelhecimento (formação de precipitados) não for
corretamente controlado pode não se formar a quantidade e a
distribuição correta dos precipitados, não se atingindo a resistência
desejada, ou também, pode se gerar um excesso no tamanho dos
precipitados, fato que também não proporciona as melhores
características mecânicas. Este segundo caso, é conhecido como
superenvelhecimento.
SUPERENVELHECIMENTO
❖ O superenvelhecimento é caracterizado pela redução da resistência mecânica
com o tempo de envelhecimento.

❖ Quando o tempo de envelhecimento é superior ao ponto de resistência


máxima, os precipitados coerentes de fase θ aumentam de tamanho e
tornam-se incoerentes, diminuindo a resistência mecânica.
Exemplo: Liga Família 2XXX (2024)
❖ Essa família é indicada para esse tipo de tratamento, pois como o cobre é o
principal elemento de liga neste grupo;
❖ Tomaremos como exemplo a liga 2024 (liga do sistema Al-Cu contendo 4,5% de
Cu 0u 94,5% de Al);

❖ Possui cerca de 4%
de peso na liga, o
cobre se solubiliza no
alumínio acima de
5150C.
5.7 – Exemplo: Liga Família 2XXX (2024)
5.7 – Exemplo: Liga Família 2XXX (2024)
❖ Etapas do tratamento térmico: tempo de envelhecimento determinam a
mobilidade dos átomos de Cu, que tendem a formar a fase θ.

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