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Unidade III:
Ligas de Al e seus Tratamentos Térmicos
Profa. D.Sc. Antonia Daniele Souza Bruno Costa
nielebruno@gmail.com
1. INTRODUÇÃO
Metal Alumínio
❖ os Estados Unidos e o
Canadá são os maiores
produtores mundiais de
alumínio.
Ligas de Alumínio
Não Endurecíveis
Endurecíveis por
por Tratamento
tratamento térmico
Térmico
Al-Cu
Al-Mg
Al-Cu-Si
Al-Mn
Al-Mg-Si
Al-Si
Al-Zn-Cu
Ligas de Alumínio
XXXX
1º X → classifica a liga pela série segundo o elemento majoritário da liga.
2º X → se for zero a liga é normal e se for 1, 2 e 3 indica uma variante específica
da liga normal (como teor mínimo e máximo de um determinado elemento).
3º X e 4º X → são para diferenciar as várias ligas do grupo.
XXX.X
1ºX → indica a série segundo o principal elemento da liga
2º X e 3º X → caracterizam ligas de composição específica
4º X → zero (0) indica peças fundidas; um (1) indica lingotes
Ligas de Alumínio
Parafusos
Jantes de caminhão Aeromodelo
Aplicações das Ligas de Alumínio
❖ As ligas de alumínio podem ser empregadas para:
❖ Indústria automobilística – tambores de freio, corpos de carburadores e
compressores, pistões, capas de distribuidor, linhas de combustível,
buzinas, etc;
❖ Indústria ferroviária – vagões de carga e passageiros, mobiliário e outros
acessórios;
❖ Indústria elétrica – além do seu emprego em cabos condutores armados
de aço, outros empregos são feitos em partes estruturais, enrolamento de
motores, etc.
❖ Indústria naval – cascos de barcos, estruturas de convés, janelas, vigias,
escadas, equipamento de ventilação, botes salva-vidas, etc.
Aplicações das Ligas de Alumínio
❖ Indústria aeronáutica – na fabricação de fuselagens, motores, hélices, tanques
para combustíveis líquidos, pistões, bombas de óleo, polias, etc.
Aplicações das Ligas de Alumínio
Aplicações das Ligas de Alumínio
Aplicações das Ligas de Alumínio
TRATAMENTO TÉRMICO DAS LIGAS DE
ALUMÍNIO/ENDURECIMENTO POR PRECIPITAÇÃO
INTRODUÇÃO
❖ O tratamento térmico do alumínio refere-se aos processos básicos de
aquecimento e/ou resfriamento controlados do metal, com o principal objetivo de
gerar benefícios e melhorar as características metal-mecânicas das peças
produzidas em alumínio.
❖ Pode-se dizer que as ligas tratáveis termicamente são as dos grupos 2XXX,
6XXX, 7XXX e 8XXX e as que só aumentam suas características metal-
mecânicas após conformação, as ligas dos grupos 1XXX, 3XXX, 4XXX e 5XXX.
Tratamento Térmico das Ligas de Alumínio
❖ Tratamento de Recozimento
❖ Alívio de Tensões
❖ Solubilização
❖ Precipitação e Envelhecimento
Tratamento Térmico das Ligas de Alumínio
Alívio de tensões
❖ As tensões internas do Alumínio puro trabalhado ou fundido ou ainda em
peças soldadas são removidas pelo aquecimento na faixa de 130 a 150 ºC,
por tempo determinado conforme a espessura ou diâmetro da peça sendo,
no mínimo, de 1 min/mm.
❖ O alívio de tensões envolve apenas a recuperação ou ainda uma
recristalização apenas parcial da estrutura.
Recozimento para recristalização e homogeneização
❖ A Recristalização de ligas laminadas, extrudadas e trefiladas ou a
homogeneização de peças fundidas são efetuados normalmente pelo
aquecimento na faixa de 300 – 400ºC*.
❖ Há uma recristalização quase instantânea
❖ O resfriamento posterior é feito ao forno em taxa de 30ºC/h até 250ºC e
depois resfriando ao ar, resultando em excelente ductilidade.
❖ A homogeneização visa a dissolução de microconstituintes, resultando em
uniformidade química e distribuição uniforme de fases.
Tratamento Térmico das Ligas de Alumínio
Endurecimento por precipitação Planos do solvente
❖ O objetivo do endurecimento por precipitação é o
de promover a formação de partículas de
precipitados no metal alumínio;
❖ As partículas dos precipitados atuam como
obstáculos ao movimento das discordâncias, e
como consequência, aumentam a resistência
mecânica da liga tratada termicamente.
Partícula de soluto Precipitado
❖ O processo de endurecimento por precipitação envolve três passos:
❖ Solubilização;
❖ Têmpera;
❖ Envelhecimento.
SOLUBILIZAÇÃO
❖ Consiste no aquecimento, manutenção da temperatura por um determinado
período de tempo e resfriamento brusco.
❖ Esse tratamento visa a dissolução de elementos de liga, de maneira a formar
uma solução sólida homogênea (campo monofásico).
SOLUBILIZAÇÃO
❖ A solubilização tem como objetivo solubilizar a fase endurecedora (CuAl2),
mantendo a liga em uma condição metaestável.
❖ Todo cobre será dissolvido no Al, pois o campo do diagrama corresponde ao
de solução sólida total.
❖ Resfriando-se rapidamente em água, ela fica super-saturada, pois não dá
tempo para a precipitação do cobre.
SOLUBILIZAÇÃO
Envelhecimento
Tempera
ENVELHECIMENTO
❖ Logo após a têmpera, inicia-se o processo de envelhecimento, seja ele natural
(a temperatura ambiente) ou artificial (a uma temperatura mais elevada e
controlada).
❖ O tratamento térmico de envelhecimento consiste em aquecer a liga até uma
região intermediária, localizada dentro da região bifásica + , onde as taxas de
difusão se tornam apreciáveis.
Envelhecimento
Tempera
5.5 – ENVELHECIMENTO
❖ A fase precipitada começa a se formar na forma de partículas finamente
dispersas com uma composição enriquecida por soluto.
Envelhecimento
Tempera
+
5.5 – ENVELHECIMENTO
❖ Liga de Al – 5,5% Cu
❖ Temperatura entre 115°C e 190°C (Tempo entre 5 e 48 h), com resfriamento
rápido.
❖ Com o envelhecimento
ocorre a precipitação
da fase (CuAl2)
dentro do grão.
❖ Isso promove a
obstrução dos
movimentos das ’
discordâncias.
❖ Por consequência, há
um aumento da
resistência mecânica.
Envelhecimento
Tempera
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5.5 – ENVELHECIMENTO
Tratamento de Envelhecimento ou Endurecimento por precipitação:
+
ENVELHECIMENTO
ENVELHECIMENTO
Mecanismo de Endurecimento:
❖ São maneiras de aumentar a resistência mecânica de um material, ou seja,
são modos de evitar a ocorrência de deformação plástica.
❖ Como nos metais e ligas, a deformação plástica ocorre predominantemente
por movimentação de discordâncias, aumentar a resistência mecânica
significa dificultar a movimentação de discordâncias.
1) Endurecimento por deformação ou encruamento:
❖ É o mais utilizado dentre os mecanismos de endurecimento.
❖ Durante a deformação plástica, as discordâncias movimentam-se, multiplicam-
se, interagem entre si adquirindo degraus e formando emaranhados, de modo
que a sua movimentação exige tensões crescentes.
2) Endurecimento por soluções sólidas:
❖ Os átomos de impureza ou elementos de liga em solução sólida distorcem a
rede cristalina e os campos de tensão ao seu redor, interagem com as
discordâncias, dificultando a sua movimentação.
3) Endurecimento por envelhecimento:
❖ Os precipitados obtidos durante o tratamento térmico de envelhecimento
também são obstáculos a movimentação das discordâncias.
❖ Nesse caso, deve-se considerar as relações de coerência entre o precipitado
e a matriz.
ENVELHECIMENTO
Intefaces:
❖ A grande maioria dos materiais de engenharia apresenta na sua microestrutura
mais de uma fase, isto é, eles são polifásicos.
❖ A fronteira que separa as duas fases é denominada interface.
❖ Dependendo da orientação entre duas fases, as interfaces podem ser
classificadas como:
❖ Coerentes;
❖ Semi-incoerentes;
❖ Incoerente.
ENVELHECIMENTO
Intefaces Coerentes:
❖ As interfaces coerentes são mais raras e só
ocorrem quando as duas fases apresentam a
mesma estrutura cristalina e e parâmetros de
rede idênticos.
❖ Uma das fases deve estar dispersa na outra
(matriz).
Interfaces Semicoerentes:
❖ São mais frequentes e podem ocorrer mesmo
quando as duas fases tem diferentes estruturas
cristalinas.
Interfaces Incoerentes:
❖ São as mais frequentes.
❖ Quanto mais diferentes forem as duas
fases entre si e principalmente for o
grau de desajuste entre as duas
estruturas tanto maior será a energia de
interface.
ENVELHECIMENTO
Precipitado Incoerente:
❖ Não existe continuidade entre os planos
cristalinos da matriz e os planos cristalinos do
precipitado.
❖ As discordâncias em movimento terão que se
curvar entre os precipitados (Mecanismo de
Orowan).
❖ Possui cerca de 4%
de peso na liga, o
cobre se solubiliza no
alumínio acima de
5150C.
5.7 – Exemplo: Liga Família 2XXX (2024)
5.7 – Exemplo: Liga Família 2XXX (2024)
❖ Etapas do tratamento térmico: tempo de envelhecimento determinam a
mobilidade dos átomos de Cu, que tendem a formar a fase θ.