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AULA PRÁTICA 1: ELEMENTOS DO GRUPO 1 E 2 DA TABELA PERIÓDICA

26 DE MAIO DE 2023
SUMÁRIO
1 Introdução 5
2 Objetivos 7
3 Parte Experimental 8
3. Materiais 8
1
3. Procedimento Experimental 9
2
4 Resultados e Discussão 10
5 Considerações Finais 13
Referências 14
1. INTRODUÇÃO
Os metais alcalinos compreendem os elementos do Grupo I, lítio (Li),
sódio (Na), potássio (K), rubídio (Rb), césio (Cs) e frâncio (Fr), formando um
grupo bastante homogêneo, com a química mais simples que qualquer outro da
Tabela Periódica. Todos os metais alcalinos são extremamente reativos
quando expostos ao oxigênio ou à água, assim como a qualquer ânion. Uma
vez que as energias de ionização dos mesmos são as mais baixas da tabela, a
perda do último elétron da camada se faz sem o desprendimento de muita
energia.
Em razão de sua reatividade, esses metais somente são encontrados na
natureza combinados em compostos, como cloreto de sódio (NaCl), nunca
como substâncias simples. Estes metais possuem na camada eletrônica mais
externa um elétron fracamente ligado ao núcleo, ao perder esse único elétron
transformam-se em íons positivos monovalentes, cátions M +¿¿, formando
compostos univalentes, iônicos e incolores. As propriedades dos metais
alcalinos estão intimamente relacionadas com sua estrutura eletrônica e seu
tamanho.
Todos os elementos são metais, excelentes condutores de eletricidade e
moles. São muito reativos e perdem rapidamente o brilho quando expostos ao
ar seco. Todos reagem com água, liberando hidrogênio e formando os
correspondentes hidróxidos. Queimam ao ar formando óxidos, embora o
produto formado varie de acordo como metal. Reagem com enxofre formando
sulfetos. As reações entre os metais alcalinos e a água acontecem tão
violentamente que podem ocasionar a combustão espontânea do hidrogênio
liberado, assim, devem ser acondicionados em atmosferas de baixa umidade e
protegidos contra o oxigênio (com uma camada plástica impermeável, por
exemplo).
São muito eletropositivos formando bases muito fortes e estáveis. Os
metais alcalinos são sólidos metálicos de baixa densidade, baixos pontos de
fusão e maleáveis. Todos têm propriedades metálicas características, como
brilho metálico prateado e altas condutividades térmicas e elétricas. Ainda, são
voláteis e podem ser isolados na forma pura, por destilação de misturas de
reação. Essas propriedades variam de maneira razoavelmente regular com o
aumento do número atômico.
Os elementos do grupo II são chamados de metais alcalinos terrosos,
formado pelas espécies, berílio (Be), magnésio (Mg), cálcio (Ca), estrôncio (Sr),
bário (Ba) e rádio (Ra). Esses elementos metálicos ocorrem naturalmente
apenas em compostos. À exceção do berílio (Be), esses elementos também
reagem com água para produzir soluções alcalinas, e a maioridade seus
óxidos, como a cal (CaO), forma soluções alcalinas.
Como possuem dois elétrons na camada de valência, os metais
alcalinam terrosos são comumente encontrados na natureza sob estado de
+2
oxidação (pois também são altamente reativos, e, nos casos do cálcio,
estrôncio e bário, são tanto quanto os elementos da família 1A). Logo,
possuem tendência de perder os 2 elétrons mais externos e formar íons
positivos bivalentes, cátions 2+¿¿ .
A eletropositividade cresce no grupo de cima para baixo, e a reatividade
tende a crescer no mesmo sentido. Podem ser preparados pela eletrólise de
seus haletos no seu estado fundido, embora a maneira mais conveniente de
preparar pequenas quantidades de outros metais alcalinos terrosos é por meio
da redução de seus óxidos por metais redutores disponíveis.
Os metais pertencentes ao Grupo 2 da tabela periódica, possuem no
nível eletrônico mais externo dois elétrons s, são divalentes, formam
compostos iônicos incolores e são reativos, porém menos reativos que os
metais alcalinos. O berílio é uma exceção de comportamento quando
comparado com os metais da série, pois seus compostos são
predominantemente covalentes, isso porque o átomo de berílio e seu íon Be2+¿ ¿
são extremamente pequenos, possuem elevada densidade de carga e poder
polarizante (J.D. LEE 1999).
Os raios atômicos e iônicos são os fatores que mais influenciam as
propriedades químicas desses elementos. A maior dureza mecânica desses
metais alcalino-terrosos indica um aumento na força de ligação metálica devido
ao aumento de elétrons disponíveis, consequentemente, possuem pontos de
fusão e ebulição mais elevados quando comparados com os metais do Grupo 1
(ATKINS, 2008).
1.1 OBJETIVOS
1.1.2. Elementos do grupo 1
 Verificar a reatividade de um metal do grupo 1;

1.1.3. Elementos do grupo 2


 Verificar algumas propriedades e determinar a dureza de uma água dura
temporária;
 Observar a reatividade do magnésio com a água.
2 PARTE EXPERIMENTAL
2.1 MATERIAIS E REAGENTES

Sólido Metálico 5 Béquerer 250 mL


Fenolftaleína 5 Tubos de ensaio
Água destilada Lamparina
Água dura temporária Chapa aquecedora
Bico de Bunsen Pinça

Solução de Ba(OH )2 Capela

Água de sabão Espátula


Fita de magnésio Esponja de aço

2.2 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

2.2.1 Elementos do grupo 1


Inicialmente um sólido metálico, disponível na capela que foi observado
e analisado suas observações, forma de armazenamento e demais.
Em seguida, com o auxílio de uma espátula, foi realizado um pequeno
corte (± 1 cm) do sólido que logo foi transferido para um vidro de relógio. O
referido pedaço foi dividido em três partes, anotando sempre as observações.
Foi adicionado 60 mL de água destilada em dois béqueres de plástico, e
em um deles, gotejado três gotas de fenolftaleína (béquer 1: apenas com
água, béquer 2: com água e fenolftaleína).
Ambos os béqueres foram transferidos para a capela e, no béquer 1, foi
adicionado cuidadosamente um dos pedaços do sólido. Em seguida, foi
adicionado outro pedaço do sólido no béquer 2.
Após adicionar o metal nos béqueres, foi fechada rapidamente a porta
da capela, observado e analisado as intercorrências.

2.2.2 Elementos do grupo 2


Estudo das águas – água dura

Procedimento 1: Abrandamento por aquecimento


Em dois tubos de ensaio (tubo 1 e tubo 2), foram adicionados 3 mL de
água dura temporária, preparada e disponibilizada pela técnica do laboratório
da universidade.
Com o auxílio de uma pinça, o tubo 1 foi segurado e aquecido e uma
lamparina até quase a ebulição por aproximadamente 3 minutos, em seguida
foi esfriado e comparado com a água dura contida no tubo 2.

Procedimento 2:

Adicionou-se 3 mL de água dura temporária em um tubo de ensaio (tubo


3) e logo, gotejou-se algumas gotas de água de barita – solução de Ba(OH )2
suficiente para que houvesse alterações.
As alterações foram observadas, analisadas e interpretadas.

Procedimento 3: Influência da água dura na ação dos sabões

Inicialmente foram utilizados dois tubos de ensaio, tubo 4 e tubo 5. No


tubo 4 foi adicionado 3 mL de água destilada, no tubo 5 foi adicionado 3 mL de
água dura temporária.
No tubo 4, foi adicionado gotas de água de sabão, sempre agitando, até
produzir uma espuma permanente. O mesmo procedimento foi realizado com o
tubo 5.
As alterações foram observadas, analisadas e interpretadas.

Procedimento 4:

Uma fita de magnésio disponibilizada pelo professor foi cortada em três


pedaços (1, 2 e 3) e o auxílio de uma espoja de aço, a superfície das fitas foi
limpa até que a camada de óxido fosse removida.
O pedaço 1 foi conectado a uma pinça e aquecido no bico de Bunsen
até a sua inflamação total.
O pedaço 2 foi adicionado em um béquer de 250 mL contendo água
destilada a temperatura ambiente, já o pedaço 3 foi adicionado em um béquer
contendo água quente.
As alterações foram observadas, analisadas e interpretadas.
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

3.1 Elementos do grupo 1


O sódio é um metal alcalino, localizado no terceiro período da tabela
periódica. No cotidiano, quando falamos de sódio, logo o que nos vem em
mente é o cloreto de sódio, o sal de cozinha, onde é formado por íons cloretos
e íons de sódio.
O Sódio metálico é um elemento completamente diferente, é um metal
mole, que ao cortar com uma espátula, é possível observar um brilho
característico. O sódio é formado por íons sódio e elétrons livres, que estão
sempre em movimentos e são responsáveis pela condutividade elétrica e pelo
brilho do elemento.
O átomo de sódio possui na sua primeira camada de valência 2
elétrons, na segunda camada 8 eletros e na terceira, a campana de valência,
apenas 1 eletro. Assim como os demais elementos do grupo 1, o sódio possui
um baixo potencial de redução e um alto potencial d oxidação, uma grande
tendência a perder elétrons
Os potencias de redução do sódio (-2,71), do potássio (-2,93) e do lítio (-
3,95), são menores do que o da agua (-0,42), portanto, esses metais em água
sofrem oxidação.
Durante o experimento, os átomos de sódio perdem elétrons para os
átomos de hidrogênio, que, rompem a ligação com o átomo de oxigênio,
formando os íons hidróxidos (OH-) os hidrogênios que ganharam elétrons, se
unem e formam gás hidrogênio. As espécies formadas permanecem em
solução, formando uma solução de caráter básico (soda caustica). O gás
hidrogênio sai do sistema na forma de gás. O gás hidrogênio é um gás
bastante inflamável, a presença dela em uma reação exotérmica (libera calor)
pode propiciar a queima do mesmo.
A reação ocorre em duas etapas, onde na primeira etapa o sódio
metálico é adicionado em água, havendo uma agitação constante do sódio e a
liberação do gás hidrogênio.
Na segunda etapa, é adicionado em uma solução de água com
fenolftaleína. No primeiro momento em que o sódio é adiciona na água com
gostas de fenolftaleína, o sistema fica rosa devido a interação dos ions H com a
fenolftaleína, logo na sequencia, ocorre a formação de gás hidrogênio, porèm
não houve formação de chama devido ao hidrogênio não ter atingido a energia
mínima necessária para sofrer combustão, havendo apenas a liberação
continua de gás, sem presença de chama.
+¿ −¿¿
2 Na(s) →2 Na(aq) +2 e ¿
−¿
−¿ → H 2+2 OH( aq)¿ ¿
2 H 2 O(l )+ 2 e
___________________________
2 Na(s) +2 H 2 O(l) → H 2(g) + NaOH (aq )
A fenolftaleína ao ser adicionada na água destilada é incolor, porém em
determinadas condições, como a do experimento proposto, ao ser adicionado
sódio, os íons OH −¿¿ formados na reação, podem transformar a fenolftaleína na
cor rosa, essa transformação pode ser desfeita na presença de um acido
revertendo a cor da solução para incolor.
A fenolftaleína é um indicador acido base, que para entender o seu
funcionamento, é necessário entender um pouco sobre a escala de pH, que
mede a acidez ou alcalinidade de uma solução e vai de 0 a 14. No caso da
fenolftaleína, de 0 a 8, é assuma um aspecto incolor de 9 a 14 rosa, já do 8 ao
9 é chamada de faixa de viragem, sendo uma transição do incolor para o rosa.

3.2 Elementos do grupo 2

Procedimento 1: Abrandamento por aquecimento


Ao iniciar o processo de ebulição da água contida no tubo 1, a mesma
iniciou ocasionou pequenas explosões devido a presença de hidrogênio. Ao
finalizar os 3 minutos, a água conteve pequenos fragmentos esbranquiçados
ao fundo do tubo de ensaio, e comparando ao tubo 2, não continha.
A água dura temporária é caracterizada pela presença de carbonatos (
−2
CO 3 ¿ e bicarbonatos ¿). Considera-se “temporária”, pois esses ânions,
combinados com os principais cátions (íons de carga positiva) presentes nesse
tipo de água (cálcio e magnésio), são facilmente eliminados pelo aumento da
temperatura. Então, ao ferver a água dura temporária esses sais precipitam e
assim é possível removê-los (AMBIENTAL 2018).
Procedimento 2:
Ao adicionar em um tubo de 3 ml de água dura temporária, a solução
de água de barita, Ba(OH )2 , formou um precipitado branco no fundo do tubo,
isso aconteceu porque a água dura temporária tem a presença de cal na sua
composição (Ca(OH )¿¿ 2)¿ , e a água de barita solução aquosa ( Ba(OH )2)
reagem com CO 2 formando H 2 O e CaCO3 (carbonato de cálcio), um pó branco
que precipita e decanta devido a sua insolubilidade em água.

CO 2+Ca(OH )2 →CaCO 3+ H 2 O

Procedimento 3: Influência da água dura na ação dos sabões


Ao iniciar o procedimento, adicionou-se no tubo contidos agua destilada
(tubo 4) cerca de três gotas de detergente sendo o suficiente para a formação
permanente de espumas de sabão firme, mesmo após a agitação
No tubo contendo agua dura temporária (tubo 5), adicionou-se cinco
gostas de detergente. Conforme as gotas foram adicionadas, ambos os tubos
foram agitados e observados, porém no tubo 5, as espumas não mantinham-se
com firmeza e/ou demora, ao pausar a agitação, as bolhas, secavam.
Devido a presença de sais de cálcio, magnésio e ferro II, o uso da água
dura em meios domésticos ou industriais, é imprópria para o abastecimento de
equipamentos geradores de vapores, para lavagem de roupas, consumo e até
mesmo higienização corporal.
Em altas temperaturas cristalizam-se, formando incrustações, causando
sérios danos a utensílios domésticos e/industriais. A presença desses cátions
dificulta, também, a remoção da sujeira e da gordura pela ação dos sabões.
Os ânions formados pelo sabão na água são então uma parte essencial
da remoção da sujeira. O estereato de sódio é um sabão, veja o ânion que ele
forma:
+¿ 1−¿
C 17 H 35 COOONa(S) → Na (aq) +C 17 H 35 COO(aq) ¿ ¿

Porém, quando a água é dura, os seus cátions reagem com ânion do


sabão, formando um precipitado que é insolúvel. Além de impedir a ação de
limpeza, esses precipitados ainda aderem ao tecido que está sendo lavado ou
à beira da pia, do tanque, da mangueira etc.
Abaixo temos a reação do cátion cálcio com o ânion do sabão:

−1 +2
C 17 H 35 COO (aq ) +Ca (a ) →¿¿
ânion do sabão + cátion do cálcio = sal do precipitado

Sabemos que o uso excessivo de agua dura causa a formação de um


sal de cálcio no ralo da pia ou da região que fica em contato direto com a
mesmo.

Procedimento 4:
Inicialmente, a fita de magnésio (Mg) era sólida, pouco maleável e
apresentava coloração cinza. Ao levarmos a fita 1 à chama, após poucos
segundos observou-se o início da combustão. Ao queimar a fita, pode-se
observar a liberação de uma luz branca intensa e formou-se um pó branco
fosco na ponta da pinça, o que evidenciou a ocorrência da reação.
Como a fita de Mg estava em contato com o ar e a reação
que ocorreu foi uma combustão, pode-se afirmar que foi o O 2 (g) quem

reagiu com o Mg, segundo a reação:


2 Mg(S) +O 2(g) →2 MgO(S)
Posteriormente, adicionou-se a fita 2 em um béquer contendo água em
temperatura ambiente, onde não ocorreu alterações no seu sistema.
Ao adicionar a fita 3 em um béquer contendo água quente a mesma
reage com o magnésio para formar óxido de magnésio e hidrogênio, conforme
a reação:
Mg(s )+2 H 2 O(l) → Mg (OH )2(aq )+ H 2(g)
5 Considerações finais

Os metais alcalinos são bem mais reativos que os metais alcalinos


terrosos, efeito da eletropositividade desses metais alcalinos, a maior da tabela
periódica, ou seja, possuem forte tendência de se oxidar, perdem elétrons
com mais facilidade para adquirirem a configuração de um gás nobre. Uma
grande polarização determina que uma grande quantidade de moléculas de
água irão se prender ao retículo desses compostos polarizados, ou seja,
quanto mais polarização mais fáceis de absorver a umidade do ar.
Os carbonatos de metais alcalino-terrosos são aquecidos e se
transformam em óxidos, que podem reagir violentamente com água para
formar uma base do metal. Os compostos de metais alcalinos são sempre
mais solúveis que os de mesmos ânions de alcalinos-terrosos, porque quanto
maior o caráter iônico maior sua solubilidade. Por fim, podemos concluir que
os metais alcalinos são mais reativos com o ar e a água, são mais
solúveis, possuem maior capacidade redutora e são mais higroscópicos
em comparação aos alcalinos-terrosos.
REFERENCIAS

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