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Raymond Chang

Kenneth A. Goldsby

Química
11ª edição
C456q Chang, Raymond.
Química [recurso eletrônico] / Raymond Chang, Kenneth
A. Goldsby ; [tradução: M. Pinho Produtos Digitais
Unipessoal Lda.] ; revisão técnica: Denise de Oliveira Silva,
Vera Regina Leopoldo Constantino. – 11. ed. – Dados
eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2013.

Editado também como livro impresso em 2013.


ISBN 978-85-8055-256-0

1. Química. I. Goldsby, Kenneth A. II. Título.


CDU 54

Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB10/2052


92 Química

Para mostrar o que acontece quando se dissolve cloreto de sódio (NaCl) em


água, escrevemos

onde aq designa o meio aquoso (ou seja, em água). Ao escrever H2O acima da
seta indica-se o processo físico de dissolução de uma substância em água, embo-
ra ele possa ser omitido para simplificação.
O conhecimento dos estados físicos dos reagentes e dos produtos é espe-
cialmente útil em laboratório. Por exemplo, quando brometo de potássio (KBr)
e nitrato de prata (AgNO3) reagem em um meio aquoso, forma-se um sólido,
brometo de prata (AgBr). Esta reação pode ser representada pela equação:

KBr(aq)  AgNO3(aq) ¡ KNO3(aq)  AgBr(s)

Se os estados físicos dos reagentes e dos produtos não forem dados, uma pes-
soa pouco informada poderia tentar esta reação misturando brometo de potássio
e nitrato de prata ambos sólidos. Estes sólidos reagiriam muito lentamente ou
poderiam mesmo não reagir. Imaginando o processo a um nível microscópico,
vemos que para que se forme um produto como brometo de prata, é necessário
que os íons Ag e Br entrem em contato uns com os outros. No entanto, no
estado sólido estes íons estão fixos nas suas posições e têm pouca mobilidade.
(Este é um exemplo de como podemos explicar um fenômeno imaginando o que
se passa ao nível molecular, como foi discutido na Seção 1.2.)

Balanceamento de equações químicas


Suponhamos que queiramos escrever uma equação para descrever uma reação quí-
mica que acabou de ser realizada no laboratório. Como devemos proceder? Como
sabemos a identidade dos reagentes, podemos escrever as suas fórmulas químicas.
A identidade dos produtos de reação é mais difícil de estabelecer. Para o caso de
reações simples, muitas vezes é possível prever o(s) produto(s). Para reações mais
complexas, que envolvam três ou mais produtos, os químicos talvez necessitem
realizar mais experiências a fim de verificar a presença de compostos específicos.
Uma vez identificados todos os reagentes e produtos da reação e tendo escri-
to corretamente as suas fórmulas, podemos agrupá-los na sequência convencional
– os reagentes no lado esquerdo separados dos produtos no lado direito por uma
seta. A equação escrita deste modo pode não estar balanceada; ou seja, o núme-
ro de cada tipo de átomo em ambos os lados da equação pode não ser igual. Em
geral, podemos balancear uma equação química por meio dos seguintes passos:
1. Identifique todos os reagentes e produtos e escreva de forma correta as
fórmulas no lado esquerdo e direito da equação, respectivamente.
2. Comece o balanceamento da equação experimentando coeficientes ade-
quados que nos deem o mesmo número de átomos de cada elemento em
ambos os lados da equação. Podemos mudar os coeficientes (números que
precedem as fórmulas), mas não os índices (números no meio das fór-
mulas). Mudar os índices altera a identidade da substância. Por exemplo,
2NO2 significa “duas moléculas de dióxido de nitrogênio”, mas se dupli-
carmos os índices, teremos N2O4, que é a fórmula do tetróxido de dinitro-
gênio, um composto completamente diferente.
3. Primeiro procure os elementos que aparecem apenas uma vez em cada
lado da equação e com igual número de átomos em cada lado: as fórmu-
las contendo estes elementos devem ter o mesmo coeficiente. Logo, não
é necessário neste momento ajustar os coeficientes destes elementos. Em
seguida, procure os elementos que aparecem apenas uma vez em cada lado
da equação, mas com número de átomos diferente. Acertar estes elemen-
Capítulo 3 ♦ Relações de massas nas reações químicas 93

tos. Finalmente, acertar os elementos que aparecem em duas ou mais fór-


mulas de um mesmo lado da equação.
4. Verifique a equação balanceada para se certificar de que o número total de
cada tipo de átomo em ambos os lados da seta da equação é o mesmo.
Consideremos um exemplo específico. No laboratório, pequenas quanti-
dades de oxigênio gasoso podem ser preparadas por aquecimento de clorato de
potássio (KClO3). Os produtos da reação são oxigênio gasoso (O2) e cloreto de
potássio (KCl). A partir destas informações, podemos escrever
KClO3 ¡ KCl  O2
(Para simplificar, omitimos os estados físicos dos reagentes e produtos.) Os três
O aquecimento do clorato de potássio
elementos (K, Cl e O) aparecem apenas uma vez em cada lado da equação, mas produz o oxigênio, que suporta a com-
apenas K e Cl aparecem com igual número de átomos em ambos os lados. Assim, bustão de uma lasca de madeira.
KClO3 e KCl devem ter o mesmo coeficiente. O passo seguinte consiste em igua-
lar o número de átomos de oxigênio em ambos os lados da equação. Visto que há
três átomos de O no lado esquerdo e dois átomos de O no lado direito da equação,
podemos balancear os átomos de O colocando 2 antes de KClO3 e 3 antes de O2.
2KClO3 ¡ KCl  3O2
Finalmente, balanceamos os átomos de K e Cl colocando 2 antes de KCl:
2KClO3 ¡ 2KCl  3O2 (3.3)
Como verificação final, elaboramos uma tabela de balanceamento para os rea-
gentes e produtos em que o número entre parênteses indica o número de átomos
de cada elemento.
Reagentes Produtos
K (2) K (2)
Cl (2) Cl (2)
O (6) O (6)
Note que a equação também poderia ser balanceada com coeficientes múltiplos
de 2 (para KClO3), de 2 (para KCl) e de 3 (para O2); por exemplo
4KClO3 ¡ 4KCl  6O2
No entanto, no balanceamento de equações, deve-se usar o menor e mais simples
dos conjuntos possíveis de todos os coeficientes inteiros. A Equação (3.3) está
de acordo com esta convenção.
Consideremos agora o exemplo da combustão (ou seja, a queima) do etano
(C2H6) em oxigênio ou ar, que origina como produtos de reação dióxido de car-
bono (CO2) e água. A equação não balanceada é
C2H6  O2 ¡ CO2  H2O
Observamos que o número de átomos é diferente em ambos os lados da equa-
ção para qualquer um dos elementos (C, H e O). Vemos ainda que C e H apare-
cem apenas uma vez em cada lado da equação; O aparece em dois compostos
no lado direito (CO2 e H2O). Para balancear os átomos de C, colocamos um 2 C2H6
antes do CO2:
C2H6  O2 ¡ 2CO2  H2O
Para balancear os átomos de H, colocamos um 3 antes do H2O:
C2H6  O2 ¡ 2CO2  3H2O
Nesta altura, os átomos de C e H estão balanceados, mas os átomos de O não,
porque há sete átomos de O no lado direito e apenas dois no lado esquerdo da
94 Química

equação. A desigualdade de átomos de O pode ser eliminada escrevendo antes


do O2 no lado esquerdo:

A “lógica” do uso do coeficiente é explicada pelo fato de existirem sete átomos


de oxigênio no lado direito da equação, mas apenas um par de átomos (O2) no
lado esquerdo. Para acertá-los, devemos ter em conta quantos pares de átomos
de oxigênio são necessários para igualar sete átomos de oxigênio. Assim, como
3,5 pares de sapatos igualam sete sapatos, igualam sete átomos de oxigênio.
Como a seguinte correspondência mostra, a equação agora está balanceada:
Reagentes Produtos
C (2) C (2)
H (6) H (6)
O (7) O (7)
No entanto, normalmente preferimos exprimir os coeficientes como números
inteiros e não como frações. Assim, multiplicamos toda a equação por 2 para
converter em 7:

2C2H6  7O2 ¡ 4CO2  6H2O

A correspondência final é
Reagentes Produtos
C (4) C (4)
H (12) H (12)
O (14) O (14)
Note que os coeficientes utilizados no balanceamento da equação anterior são os
menores dos conjuntos possíveis de números inteiros.
No Exemplo 3.12 continuamos balanceando equações químicas.

Exemplo 3.12
Quando o alumínio metálico é exposto ao ar, forma-se à sua superfície uma camada
protetora de óxido de alumínio (Al2O3). Esta camada evita reações posteriores entre o
alumínio e o oxigênio, e esta é a razão pela qual as latas de bebidas em alumínio não
são corroídas. (No caso do ferro, a ferrugem, ou óxido de ferro(III), que se forma é
demasiado porosa para proteger o ferro metálico que se encontra por baixo e assim o
enferrujamento continua.) Escreva a equação balanceada para a formação do Al2O3.
Estratégia Lembre-se de que as fórmulas dos elementos e dos compostos não po-
dem ser alteradas ao balancear as equações químicas. O balanceamento da equação
química é feito colocando os coeficientes apropriados antes das fórmulas. Siga o pro-
Imagem em escala atômica do óxido de cedimento descrito na página 92.
alumínio. Resolução A equação não balanceada é

Al  O2 ¡ Al2O3

Em uma equação balanceada, o número e o tipo de átomos de cada lado da equação


devem ser os mesmos. Vemos que o Al tem um átomo no lado dos reagentes e dois
átomos no lado dos produtos. Para acertar os átomos de Al, colocamos um 2 antes do
Al no lado dos reagentes.

2Al  O2 ¡ Al2O3
Capítulo 3 ♦ Relações de massas nas reações químicas 95

Há dois átomos de O no lado dos reagentes e três átomos de O no lado dos produtos.
Para acertar os átomos de O colocamos o coeficiente 3/2 antes do O2 no lado dos
reagentes.

Esta é a equação balanceada. Contudo, as equações deverão ser acertadas com o me-
nor dos conjuntos possíveis de números inteiros. Assim, multiplicamos toda a equa-
ção por 2 para obter como coeficientes números inteiros.

ou

Verificação Para uma equação estar balanceada, o número e o tipo de átomos em cada
lado da equação devem ser os mesmos. A verificação final é feita da seguinte forma:
Reagentes Produtos

Al (4) Al (4)
O (6) O (6)
A equação está balanceada. Os coeficientes também foram reduzidos para o menor Problemas semelhantes: 3.59, 3.60.
número inteiro.
Exercício Faça o balanceamento da equação representativa da reação entre o óxido
de ferro(III), Fe2O3, e o monóxido de carbono (CO) de forma a obter ferro (Fe) e dió-
xido de carbono (CO2).

Revisão de conceitos
Que partes da equação mostrada aqui são essenciais para uma equação ba-
lanceada e que partes são úteis se quisermos efetuar a reação no laboratório?

BaH2(s)  2H2O(l) ¡ Ba(OH)2(aq)  2H2(g)

3.8 Quantidades de reagentes e produtos


A pergunta básica normalmente feita em química laboratorial é: “Qual é a quan-
tidade de produto que se formará a partir de determinadas quantidades de mate-
riais de partida (reagentes)?” Ou, em outros casos, teremos de colocar a questão
ao contrário: “Qual é a quantidade de material de partida que será necessária
para obter uma determinada quantidade de produto?”. Para interpretar quanti-
tativamente uma reação química, teremos de recorrer ao nosso conhecimento
sobre massas molares e ao conceito de mol. Estequiometria é o estudo quantita-
tivo de reagentes e produtos em uma reação química.
Independentemente de as unidades adotadas para reagentes (ou produtos)
serem mols, gramas, litros (para gases) ou qualquer outra unidade, usamos mols
para determinar a quantidade de produto formada em uma reação química. Este
modo é designado por método do mol, que significa simplesmente que os coefi-
cientes estequiométricos em uma equação química podem ser interpretados como
o número de mols de cada substância. Por exemplo, a produção industrial de amô-
nia é feita pela síntese a partir do hidrogênio e do nitrogênio do seguinte modo:

N2(g)  3H2(g) ¡ 2NH3(g)


Síntese do NH3 a partir de H2 e N2.
96 Química

Os coeficientes estequiométricos mostram que uma molécula de N2 reage com


três moléculas de H2 para formar duas moléculas de NH3. Percebe-se que o nú-
mero relativo de mols é o mesmo que o número relativo de moléculas:

1 molécula 3 moléculas 2 moléculas


6,022  1023 moléculas 3(6,022  1023 moléculas) 2(6,022  1023 moléculas)
1 mol 3 mol 2 mol

Assim, esta equação pode ser lida como “2 mols de N2 gasoso combinam-se com
3 mols de H2 gasoso para formar 2 mols de NH3 gasoso”. Nos cálculos estequio-
métricos, dizemos que 3 mols de H2 são equivalentes a 2 mols de NH3, ou seja,
3 mol H2 ⬄ 2 mol NH3
em que o símbolo ⬄ significa “estequiometricamente equivalente a” ou apenas
“equivalente a”. Estas relações permitem escrever os seguintes fatores de conversão

Da mesma forma, temos que 1 mol de N2 ⬄ 2 mols de NH3 e 1 mol de N2 ⬄ 3


mols de H2.
Consideremos um exemplo simples em que 6,0 mols de H2 reagem completa-
mente com N2 para formar NH3. Para calcular a quantidade em mols de NH3 produ-
zida, utilizamos o fator de conversão que contém H2 no denominador e escrevemos

mols de NH3 produzidos

Suponhamos agora que 16,0 g de H2 reagem completamente com N2 para


formar NH3. Quantos gramas de NH3 serão obtidos? Para efetuarmos este cál-
culo, devemos ter em conta que, neste caso, a correspondência entre H2 e NH3 é
deduzida a partir da relação molar na equação balanceada. Portanto, temos que
converter, em primeiro lugar, gramas de H2 em mols de H2, calcular os mols cor-
respondentes de NH3 e, em seguida, convertê-los em gramas de NH3. Os passos
de conversão são os seguintes
gramas de H2 ¡ mols de H2 ¡ mols de NH3 ¡ gramas de NH3
Primeiro convertemos 16,0 g de H2 em mols de H2, usando a massa molar de H2
como fator de conversão:

mols

Em seguida, calculamos o número de mols de NH3 produzido

mols de

Finalmente, calculamos a massa de NH3 produzido em gramas usando a massa


molar de NH3 como fator de conversão

Estes três passos de cálculo podem ser agrupados em um só do seguinte modo:


Capítulo 3 ♦ Relações de massas nas reações químicas 97

Figura 3.8 Três tipos de cálculos es-


Massa (g) Massa (g) tequiométricos baseados no método do
do composto A do composto B mol.

Usar a massa Usar massa


molar (g/mol) molar (g/mol)
do composto A do composto B

Usar a razão
Mols do molar de A e B Mols do
composto A a partir da equação composto B
balanceada

De modo similar, determinamos a massa em gramas de N2 consumida nes-


ta reação. Os passos da conversão são os seguintes

gramas de H2 ¡ mol de H2 ¡ mol de N2 ¡ gramas de N2

Utilizando a relação 1 mol N2 ⬄ 3 mols H2, escrevemos

A abordagem genérica para resolver problemas de estequiometria é resu-


mida a seguir.
1. Escreva a equação balanceada da reação.
2. Converta o valor dado do reagente (em gramas ou em outras unidades)
para o número de mols.
3. Utilize a razão molar da equação balanceada para calcular o número de
mols do produto formado.
4. Converta os mols do produto em gramas (ou em outras unidades) do
produto.
A Figura 3.8 mostra essas etapas. Talvez você tenha de calcular a quantidade do
reagente necessário para formar uma quantidade específica de produto. Nesses
casos, podemos reverter os passos mostrados na Figura 3.8.
Os Exemplos 3.13 e 3.14 ilustram a aplicação desta abordagem.

Exemplo 3.13
Os alimentos que comemos são degradados ou digeridos no nosso organismo com
o objetivo de fornecer energia para o crescimento e as funções vitais. Uma equação
global para este complexo processo representa a degradação da glicose (C6H12O6) em
dióxido de carbono (CO2) e água (H2O):

C6H12O6  6O2 ¡ 6CO2  6H2O

Se 856 g de C6H12O6 forem consumidos por uma pessoa durante um certo período de
tempo, qual será a massa de CO2 produzida? C6H12O6

Estratégia Consultando a equação química balanceada, como comparar as quan-


tidades de C6H12O6 e CO2? Podemos compará-las com base na razão molar se a
equação estiver balanceada. Dispondo de gramas de C6H12O6, como obter mols de
C6H12O6? Uma vez determinados os mols de CO2, usando a razão molar a partir da
equação balanceada, como convertê-los em gramas de CO2?
Solução Seguimos os passos anteriores e a Figura 3.8.
(Continua)
98 Química

(Continuação)

Passo 1: A equação balanceada é dada no problema.


Passo 2: Para converter gramas de C6H12O6 para mols de C6H12O6, escrevemos

Passo 3: A partir da razão molar verificamos que 1 mol C6H12O6 ⬄ 6 mols CO2.
Portanto, o número de mols de CO2 formado é

Passo 4: Finalmente, o número de gramas de CO2 formado é dado por

Depois de algumas operações, podemos combinar os passos da conversão

gramas de C6H12O6 ¡ mols de C6H12O6 ¡ mols de CO2 ¡ gramas de CO2

em uma única equação:

Verificação A resposta parece razoável? A massa de CO2 produzida deve ser maior
do que a massa de C6H12O6 que reagiu, apesar de a massa molar do CO2 ser conside-
ravelmente menor do que a massa molar do C6H12O6? Qual é a razão molar entre o
Problema semelhante: 3.72. CO2 e o C6H12O6?
Exercício O metanol (CH3OH) entra em combustão com o ar de acordo com a se-
guinte equação

2CH3OH  3O2 ¡ 2CO2  4H2O

Se forem utilizados 209 g de metanol em um processo de combustão, qual é a massa


de H2O produzida?

Exemplo 3.14
Todos os metais alcalinos reagem com a água para produzir hidrogênio gasoso e o cor-
respondente hidróxido do metal alcalino. Uma reação típica é a do lítio com a água:

2Li(s)  2H2O(l) ¡ 2LiOH(aq)  H2(g)

Quantos gramas de Li são necessários para produzir 9,89 g de H2?

Reação do lítio com a água com Estratégia A questão pede o número de gramas de reagente (Li) para formar uma
produção de hidrogênio gasoso. quantidade específica de produto (H2). Portanto, precisamos inverter os passos mos-
trados na Figura 3.8. A partir da Equação 2, vemos que 2 mols Li ⬄ 1 mol H2.
Solução Os passos da conversão são os seguintes

gramas de H2 ¡ mols de H2 ¡ mols de Li ¡ gramas de Li

Combinando estes passos em uma equação, escrevemos


Capítulo 3 ♦ Relações de massas nas reações químicas 99

Verificação Há cerca de 5 mols de H2 em 9,89 g de H2, então precisamos de


10 mols de Li. A partir da massa molar aproximada de Li (7 g), a resposta parece
razoável?
Exercício A reação entre o óxido nítrico (NO) e o oxigênio para formar dióxido de
nitrogênio (NO2) é um passo fundamental na formação do smog fotoquímico: Problema semelhante: 3.66.

2NO(g)  O2(g) ¡ 2NO2(g)

Quantos gramas de O2 são necessários para produzir 2,21 g de NO2?

Revisão de conceitos Animação


Reagente limitante
Qual das seguintes declarações é a correta para a equação apresentada a
seguir?

4NH3(g)  5O2(g) ¡ 4NO(g)  6H2O(g)

(a) São produzidos 6 g de H2O por 4 g de NH3 reagente.


(b) É produzido 1 mol de NO por mol de NH3 reagente.
(c) São produzidos 2 mols de NO por 3 mols de O2 reagente.
Antes do início da reação

3.9 Reagentes limitantes


Quando um químico realiza uma reação química, os reagentes não se encon-
tram normalmente presentes em quantidades estequiométricas exatas, ou seja,
nas proporções indicadas pela equação balanceada. Como o objetivo de qual-
quer reação é a transformação dos reagentes iniciais na máxima quantidade de
produto, é frequente a utilização em excesso de um dos reagentes para assegu-
rar que o mais caro seja completamente convertido no produto desejado. Como
consequência, no final da reação, alguns materiais de partida ficarão por reagir.
O reagente consumido em primeiro lugar é designado por reagente limitante,
visto que a quantidade máxima do produto formado depende da quantidade ini-
cial deste reagente. Quando todo este reagente é consumido, não se pode mais
formar produtos. Reagentes em excesso são os reagentes presentes em quan-
tidades superiores às necessárias para reagir com a quantidade de reagente
limitante existente.
O conceito de reagente limitante é semelhante à relação entre homens e
mulheres em um concurso de dança em um clube. Se há 14 homens e apenas 9
mulheres, apenas 9 pares mulher/homem podem competir. Cinco homens fica-
Depois da reação completa
rão de fora, sem par. O número de mulheres limita, então, o número de homens
que podem dançar neste concurso, logo, há um excesso de homens. H2 CO CH3OH
Considere a síntese industrial do metanol (CH3OH) a partir do monóxido
de carbono e do hidrogênio a temperaturas elevadas: Figura 3.9 No início da reação, há seis
moléculas de H2 e sete moléculas de
CO(g)  2H2(g) ¡ CH3OH(g) CO. No final, todas as moléculas de H2
reagiram e apenas restou uma molécula
Suponha que inicialmente dispomos de 4 mols de CO e 6 mols de H2 (Figura de CO. Assim, a molécula de H2 é o rea-
gente limitante, e o CO, o reagente em
3.9). Um modo de determinar qual dos dois reagentes é o reagente limitante
excesso. Cada molécula também pode
baseia-se no cálculo do número de mols de CH3OH que será obtido a partir das ser considerada um mol de substância
quantidades iniciais de CO e H2. Da definição de reagente limitante, sabemos nesta reação.

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