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CAIO KURIBAYASHI
Blumenau
2022
CAIO KURIBAYASHI
Blumenau
2022
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................... 4
2 OBJETIVOS.......................................................................................................... 4
2.1 OBJETIVO GERAL................................................................................................ 4
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................. 4
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................. 4
4 METODOLOGIA................................................................................................... 6
5 RESULTADOS...................................................................................................... 7
6 CONCLUSÕES................................................................................................... 11
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................... 11
1. INTRODUÇÃO
A análise microestrutural de materiais normalmente é feita pelas técnicas de
microscopia ótima e eletrônica de varredura, que permitem a observação dos grãos,
maclas, poros, fases, trincas e defeitos presentes na microestrutura dos materiais.
Essa investigação das microestruturas recebe o nome de materialografia e
consiste em etapas de preparação começando pela seleção da amostra, seguida
pelo seu corte, embutimento, lixamento, polimento e, dado um acabamento liso e
espelhado, o ataque químico em que se emprega um reagente químico apropriado
para que a microestrutura seja revelada de fato.
Neste relatório, a partir dos ensinamentos da disciplina de Caracterização de
Microestrutura e da técnica apropriada para tornar visível a textura do material, é
descrito esses procedimentos realizados para a preparação e análise microestrutural
de uma amostra, bem como discussões a respeito dos resultados obtidos pós-
análise.
2. OBJETIVOS
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A estrutura dos cristais de um metal sólido refere-se ao arranjo dos átomos
em um padrão tri-dimensional ordenado e repetitivo.
Objetos metálicos comuns são policristalinos, isto é, constituídos de um
agregado de vários cristais muito pequenos, denominados de grãos. Esses grãos,
na maioria das vezes, não são visto a olho nu; assim, suas características
estruturais são observadas usando-se microscópios ópticos ou eletrônicos, em
aumentos maiores que 100 vezes. Estruturas que requerem tais aumentos para
suas respectivas observações são chamadas de microestruturas.
A análise microestrutural do material é de suma importância uma vez que a
microestrutura é uma consequência de sua composição química e do
processamento, estes que influenciam nas suas propriedades e consequentemente,
no seu desempenho.
O estudo da microestrutura de um material recebe o nome de materialografia,
ou metalografia quando se estuda os metais. A metalografia inclui as técnicas
usadas para a preparação das amostras, o exame microscópico e a interpretação
das microestruturas.
É dada como preparação, as etapas de seleção da parte de um componente
a ser observado, o seccionamento ou corte, o embutimento, o lixamento numa
sequência de lixas adequadas, o polimento e, dado um acabamento liso e
espelhado, o ataque químico em que se emprega um reagente químico apropriado
para que a microestrutura seja revelada de fato.
Após a seleção de uma amostra, seu corte abrasivo ocorre na cortadora
metalográfica por meio das partículas abrasivas de um disco rotativo que, quando
em alta velocidade e junto com a aplicação de um líquido refrigerante, entram em
contato com o material e o cortam.
Na etapa do embutimento, a amostra é colocada na embutidora e coberta por
um polímero apropriado. Quando o processo de prensagem começa, o aquecimento
e a pressão devem ser controladas e, no fim, a amostra é resfriada para depois ser
retirada do equipamento e manuseada.
Depois do embutimento é importante a identificação da amostra, gravando
algum código na parte superior da amostra com uma ferramenta cortante.
O objetivo do lixamento é utilizar partículas abrasivas para remover certa
quantidade do material, obtendo uma superfície plana, de baixa rugosidade e com a
orientação desejada. Nessa etapa a amostra passa por uma série de lixas, de mais
grossas para mais finas, mudando-se 90º de direção em cada lixa subsequente. Ao
terminar o lixamento a peça deve ser lavada com álcool etílico e secada para evitar
a corrosão pela presença de umidade.
Em seguida, a amostra deve ser polida visando produzir uma superfície de
alta refletividade e livre, ou com poucos, arranhões. O polimento mecânico utiliza de
partículas abrasivas suspensas em um líquido, por exemplo a Alumina, sendo que
deve-se iniciar com um polimento grosso partindo em seguida para um polimento
mais fino.
Na etapa final, de ataque químico, utiliza-se um reagente para destacar e
identificar características microestruturais ou fases presentes nas amostras. A
escolha o reagente varia de acordo com a composição do material, do tratamento
térmico e do processamento. No laboratório é utilizada a técnica de imersão, que
consiste no despejamento do reagente em uma pequena cuba de vidro e a imersão
da amostra na solução durante alguns segundos, tendo o cuidado para não permitir
o contato da amostra com o fundo da cuba e riscar a superfície da amostra. A
duração do ataque depende do reagente e do material sendo atacado, normalmente
variando entre 5 e 15 segundos para ferros fundidos e aços comuns. Terminando o
ataque a amostra deve ser lavada imediatamente com água e sabão, enxaguada
com álcool etílico e secada. No final deve-se atentar ao descarte correto dos
reagentes utilizados.
4. METODOLOGIA
Em seguida vem a etapa de corte, este que deve ser efetuado de forma que
não altere a microestrutura do material. O método mais comum é o do corte
abrasivo, que ocorre na cortadora metalográfica por meio das partículas abrasivas
de um fino disco rotativo que, quando em alta velocidade, entra em contato com o
material e o corta. Deve-se incluir um líquido refrigerante para evitar que o calor de
fricção danifique a amostra.
Importantes fatores na etapa de corte são o tipo e a quantidade de líquido
refrigerante, de modo que ele deve manter-se contínuo; o desgaste do disco, que
deve corresponder à dureza do material que está sendo cortado; e a pressão
durante o corte, que é ideal que seja constante e firme o suficiente para não
danificar a amostra.
O procedimento para o corte consiste em fixar firmemente a amostra no
equipamento; fechar a tampa protetora;, ligar o motor de acionamento do disco;
verificar se a amostra está sendo resfriada pelo fluido; abaixar a alavanca
firmemente e lentamente até o fim; volta-la à posição inicial; desligar o equipamento
e parar a ejeção do líquido; abrir a tampa e retirar a amostra.
A etapa do embutimento consiste em circundar a amostra com um material
adequado, formando um corpo único. Dependendo da amostra o embutimento pode
ser a frio, em que se usam resinas sintéticas de polimerização rápida, ou a quente,
quando a amostra é embutida em materiais termoplásticos por meio de prensas.
O procedimento para o embutimento a quente consiste em posicionar o
embolo da prensa de embutimento de modo que a face fique completamente visível;
borrifar desmoldante; colocar a amostra com a face que se quer analisar para baixo;
baixar o embolo lentamente; colocar o banquelite (10 a 30 gramas); colocar a tampa;
iniciar o equipamento; manter a pressão de 110 bar durante o processo bombeando
a manopla da embutidora; quando atingir 170ºC ela se mantém constante por 7
minutos para que aconteça a polimerização do banquelite; depois inicia-se o
processo de resfriamento (feito com água) que leva cerca de 30 minutos; terminada
o resfriamento, pode-se retirar a amostra agora embutida.
Depois do embutimento é importante a identificação da amostra, gravando
algum código na parte superior da amostra com uma ferramenta cortante.
O objetivo do lixamento é utilizar partículas abrasivas para remover certa
quantidade do material, obtendo uma superfície plana, de baixa rugosidade e com a
orientação desejada. Nessa etapa a amostra passa por uma série de lixas, de mais
grossas para mais finas, mudando-se 90º de direção em cada lixa subsequente. Ao
terminar o lixamento a peça deve ser lavada com álcool etílico e secada para evitar
a corrosão pela presença de umidade.
O procedimento para o lixamento consiste em lavar o disco do equipamento
com água corrente; adicionar a lixa inicial, cortada no tamanho ideal para que
encaixe no disco de lixamento; centralizar a torneira com a lixa; ligar o equipamento
e manter o fluxo de água constante e em pequena quantidade; na velocidade de
rotação baixa, colocar a peça em contato com a lixa aplicando uma força
perpendicular ao centro da peça; trocar a lixa quando os riscos produzidos estejam
uniformes e paralelos; colocar a nova lixa com granulometria menor; rotacionar em
90º a amostra; repetir o processo até chegar na lixa de granulometria 1200; lavar a
peça com álcool etílico e secar com um secador de 2000 watts.
Em seguida, a amostra deve ser polida visando produzir uma superfície de
alta refletividade e livre, ou com poucos, arranhões.
O procedimento para o polimento consiste em posicionar o disco giratório com
um pano na politriz; despejar sobre ele algumas gotas de Alumina de 3 mícron sobre
o pano e molhá-lo constantemente com água destilada; iniciar o polimento
rotacionando a peça sobre o centro do pano no sentido contrário ao giro do disco,
ininterruptamente, por cerca de 5 minutos; lavar a peça com álcool etílico e secá-la
com secador 2000 watts; trocar o prato de polimento e refazer o processo utilizando
agora gotas da Alumina 0,3 – 0,5 mícron; no final novamente lavar a peça com
álcool etílico e secá-la com o secador.
Na etapa de ataque químico, utiliza-se um reagente para destacar e identificar
características microestruturais ou fases presentes nas amostras. A escolha o
reagente varia de acordo com a composição do material, do tratamento térmico e do
processamento.
O procedimento para o ataque químico no laboratório consiste na utilização
da técnica de imersão, em que há o despejamento do reagente em uma pequena
cuba de vidro e a imersão da amostra na solução durante alguns segundos, tendo o
cuidado para não permitir o contato da amostra com o fundo da cuba e riscar a
superfície da amostra. A duração do ataque depende do reagente e do material
sendo atacado, normalmente variando entre 5 e 15 segundos para ferros fundidos e
aços comuns. Terminando o ataque a amostra deve ser lavada imediatamente com
água e sabão, enxaguada com álcool etílico e secada. No final deve-se atentar ao
descarte correto dos reagentes utilizados.
5. RESULTADOS
Na figura 1 temos a foto de uma amostra tirada no microscópio logo após a
etapa de polimento, antes do ataque químico, e com uma lente de aumento de 10
vezes.
Por meio do software obtém-se a quantidade relativa a uma fase, assim basta
dividir o valor obtido por 100 e substituir em Wperlita (se o software calculou a
porcentagem de fase escura) ou Wferrita (se o software calculou a porcentagem de
fase clara), isolar o C’0 e resultará na quantidade de carbono presente na liga.
C’0 = 0,440.
C’0 = 0,395.
Figura 3: Amostra de aço após ataque químico em ampliação de 20x. (Valor de
escala: 20 µm)
C’0 = 0,436.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS