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Alimento Vivo

Alimentos vivos quase sempre são preferidos pelos peixes, mas é bom saber quais são os
melhores para cada situação, como serví-los e até como ter sua própria criação em casa.

Artêmia Salina
Escrito por Marne Campos

A artêmia é considerada a melhor opção como alimento vivo


para peixes ornamentais devido a facilidade com que é
encontrada no comércio, a possibilidade de ser criada em casa
e principalmente pelo seu alto valor nutricional.

Nome popular: Artêmia salina


Nome científico: Branchipus stagnalis

São ricas em proteínas, vitaminas (principalmente o Caroteno)


e sais minerais, é indicada para peixes em tratamento pois
Fotografia: Celso Fernando aceleram sua recuperação, os náuplios de artêmia são
Paris Jr. indispensáveis para alevinos que já não possuem mais o saco
vitelino, além do que alguns animais se alimentam quase que
exclusivamente de artêmias.

Como criar: Depois de saber de todas essas vantagens que a artêmia oferece, porque não
criá-las em casa e ter sempre alimento vivo e saudável para seus peixes? Para isso você vai
precisar de um aquário de no mínimo 50L com água do mar ou uma solução contendo uma
colher de sal marinho para cada litro d'agua, dissolva na água um pó feito com coral moído até
que fique opaca, deixe em um lugar onde bata bastante sol, com isso a água ficará verde e rica
em microalgas que servirão de alimento para as artêmias, além de oxigenarem a água
dispensando o uso de aeradores, só então compre uma porção de artêmia viva e coloque-as
no aquário, elas se reproduzem muito rápido e logo você terá uma boa quantidade, o suficiente
para que seja feita um coleta semanal para a alimentação dos peixes, mas nunca se esqueça
de deixar algumas para que sua criação tenha uma vida longa, desse modo as artêmias terão
uma cor avermelhada e alto valor nutricional mas você também pode ministrar outros tipos de
alimentos a elas como fermento biológico, levedo de cerveja e pastas industrializadas próprias
para esse fim mas assim elas não terão o mesmo valor nutricional que quando alimentadas
com algas. É claro que é mais fácil ir até uma loja toda semana e comprar uma porção, mas se
você criá-las saberá que está oferecendo a seus peixes artêmias saudáveis e livres de
contaminação.

Bicho do amendoim
Escrito por Alexandre Altieri e Matheus Lopes

O bicho do amendoim ou besouro do


amendoim é um inseto pertencente à
ordem Coleoptera, sendo que suas
larvas constituem ótimo alimento para os
peixes.

Nome popular: Bicho do amendoim


Nome científico: Palembus
dermestoides

Cultura que disperta o interesse de


muitos aquaristas por requerer pouca
manutenção. As fêmeas dos besouros
depositam ovos no interior do amendoim
Fotografia: Matheus Lopes e após um período de aproximadamente
10 dias esses ovos eclodem se
transformando em larvas, que é a melhor forma de ser oferecida aos peixes, sendo que
inicialmente a larva é minúscula, e com o passar dos dias chega a aproximadamente 1,7mm,
quando então se trânsforma em pupa, e depois em besouro.

Fonte: http://www.aquaonline.com.br/index.php?
option=com_content&view=category&id=117:alimento-vivo&Itemid=49&layout=default
Alimento Vivo

Como criar: Em um recipiente coloca-se amendoim, que é a base da alimentação dos


besouros, e para manter certa umidade dentro do recipiente pode ser colocado uma rodela de
cenoura, batata ou outro vegetal. O recipiente deve ser fechado com tampa telada, que permite
a entrada de ar e evita a fuga dos insetos. Para coletar as larvas menores pode-se raspar a
parte do vegetal que estava em contato com os amendoins, as larvas maiores podem ser
coletadas com uma pinça.

Branchonetas
Escrito por Dr. Ricardo Y. Tsukamoto

Nome popular: Branchoneta, Artêmia de água doce.


Nome científico: Dendrocephalus brasiliensis

Branchonetas são as primas de água doce das Artemias salina, seu ciclo de vida desenvolve-
se completamente em água doce tornando o seu cultivo mais prática que em relação a água
salgada, bastando que se observe as particularidades do seu ciclo.

Branchoneta: alguns comentários sobre o ciclo de vida e coleta:

As branchonetas representam o ancestral dos crustáceos - que manteve a sua estrutura


corporal e ciclo de vida sem modificações até a atualidade. Este caráter primitivo e simples as
torna vítimas das modificações ambientais provocadas pelo ser humano nos últimos séculos.

Como a branchoneta se desenvolveu no planeta antes que outros animais, ela não apresenta
qualquer defesa contra predadores. Por isso, geralmente só ocorre em corpos d´água
temporários (lagos ou poças d´água) em que os predadores não estão presentes. Está tão
adaptada a este tipo de ambiente, que não ocorre em outros, pois:

 O ovo da branchoneta é um cisto de resistência que permanece no sedimento seco, às


vezes durante vários anos. Quando ocorre uma chuva suficiente para empoçar água , o
cisto eclode e nascem as larvas. Em cerca de 10 dias, a branchoneta atinge a
maturidade sexual, copula e passa a por ovos. Entre 20 a 30 dias após o nascimento,
morrem por velhice. Tal ciclo de vida coincide com o ciclo de encher e secar as poças.
 O ovo da branchoneta só eclode se for seco antes. Em contraste, a sua prima
hipersalina Artemia pode gerar "filhotes" se as condições ambientais estiverem boas,
passando a produzir ovos de resistência apenas quando há estresse ambiental. Assim,
se a branchoneta produziu ovos em um lago que não seca naquele ano, os ovos ficam
depositados no sedimento, sem ecodir, enquanto as brachonetas genitoras já
morreram de "velhas". O lago pode então não apresentar nenhum indício da existência
de branchoneta "viva", até que uma nova geração venha a nascer. Isto ocorre quando
o nível da água no lago desce um pouco, secando os ovos naquela faixa, e voltando a
encher temporariamente após uma chuva. Provavelmente foi isso que ocorreu no lago
em que vocês estiveram.
 A dispersão dos ovos da branchoneta é efetuada por aves aquáticas, quando os ovos
ficam grudados nas patas e penas destas aves. Atualmente, até os pneus e rodas dos
carros podem atuar como dispersores de ovos entre as poças de água das estradas de
terra. No Nordeste, nos locais em que as estradas vicinais têm grandes poças, que
fiquem pelo menos duas semanas com água empoçada, pode ocorrer a branchoneta.
 Como a branchoneta não pode existir em locais onde haja predadores (principalmente
peixes), as poças d´água e lagos onde ela ocorre geralmente não mantém ligações
com rios ou córregos perenes. Por isso, no mundo, as branchonetas são muito mais
frequentes em regiões áridas ou semi-áridas. Em regiões úmidas, como a da mata
atlântica ou a amazônica, elas estão ausentes. Aqui em SP, até hoje não há
constatação de branchoneta autóctone.
 A branchoneta pode ocorrer em tanques ou viveiros de piscicultura que sejam
drenados e secos periodicamente. Isso ocorre especialmente nos tanques de
larvicultura de peixes, em que o tanque é enchido uma semana antes de colocar as

Fonte: http://www.aquaonline.com.br/index.php?
option=com_content&view=category&id=117:alimento-vivo&Itemid=49&layout=default
Alimento Vivo

larvas de peixes. Neste período, as branchonetas nascem e crescem rapidamente, de


modo a serem grandes em relação às larvas para serem predadas. Quando as larvas
de peixe crescem, as branchonetas já estão desovando, e propagando a geração
seguinte.
 O local típico de ocorrência da branchoneta são as poças d´água ou brejos,
especialmente os que venham a secar (completa ou parcialmente) num ano ou outro.
 Para coletar amostra, o mais viável e prático é coletar o sedimento que potencialmente
contém os ovos, e não os animais vivos (que são muito sensíveis). Coleta-se uma
camada superficial do sedimento, até 1 cm de profundidade , para formar uma amostra
com cerca de 200 ml. Coloca-se a amostra num saco plástico fechado (não precisa
deixar ar), e pronto.
 O sedimento pode ser coletado tanto de local seco (que esteve submerso na época da
chuva), como úmido ou submerso. Se o material contiver raízes ou pedras, estes
podem ser removidos para facilitar o acondicionamento, já que os ovos ficam
misturados ao sedimento fino.
 As amostras podem ser mantidas por longo prazo tal como foram coletadas. Se for
desejável secá-las para diminuir a massa ou volume, é só deixar secar naturalmente à
sombra.
 O mais importante é não deixar que o material das amostras se misture durante ou
após a coleta. Como os ovos são microscópicos, podem acabar se misturando no
instrumento de coleta, se ele ficar com terra aderida da amostragem anterior.

Dáfnias
Escrito por Marne Campos

As dáfnias ou pulgas d'água como são popularmente conhecida, são pequenos crustáceos da
subordem cladocera que medem de 2 a 4mm de comprimento, vivem em lagos e charcos onde
a água é parada e rica em matéria orgânica, sendo o plâncton seu principal alimento.

Nome popular: Dáfnia ou Pulga D'água


Nome científico: Daphnia pulex

É um ótimo alimento para os peixes pois é rica em iodo, fósforo e cálcio mas apesar de ser
altamente nutritivo, não devem ser dadas aos peixes mais de 2 ou 3 vezes por semana, por
causa da grande quantidade de vitamina A que possuem, vitamina essa que só é benéfica em
pequenas quantidades, além disso se colocadas no aquário em grandes quantidades, os
peixes não irão consumir todas e elas acabarão morrendo conseqüentemente poluindo a água.

Como criar: Você poderá cultivar dáfnias em casa, garantindo assim um alimento nutritivo e
saudável para seus peixes. Elas são ovíparas e deverão ser cultivadas em ambientes de no
mínimo 100L (ambientes menores que isso, não atingirão resultados satisfatórios). Coloque o
recipiente em um local onde bata bastante sol, no inverno use um termostato, a temperatura
deve estar entre 26 e 32ºC, ele deve conter água doce com duas colheres de pó de coral a
cada 100L para acelerar o aparecimento de algas, utilize também algumas folhas de verduras
secas ao sol para propiciar o desenvolvimento de infusórios, seu principal alimento. Depois de
uns 4 dias, a água já deve estar verde e rica em plâncton, pronta para receber as dáfnias,
podendo estas ser coletadas na natureza ou compradas em lojas. Tudo em ordem, alimente as
dáfnias com infusórios ou caldo de legumes (coloque uma folha de alface no tanque para
produzir os infusórios). Se tudo correr bem, você verá após algumas semanas uma nuvem de
dáfnias, que podem ser vermelhas ou brancas de acordo com a aeração. Quanto maior a
temperatura, mais rápido será seu desenvolvimento. Agora é só servi-las aos seus peixes,
tomando cuidado para não esgotar sua produção.

Fonte: http://www.aquaonline.com.br/index.php?
option=com_content&view=category&id=117:alimento-vivo&Itemid=49&layout=default
Alimento Vivo

Enquitréia
Escrito por Marne Campos

Trata-se de verme branco de


tamanho reduzido com alto valor
nutritivo, sendo uma ótima fonte de
nutrientes para os peixes, mas
também rica em gordura, por isso
deve ser usada com critérios.

Nome popular: Enquitréia


Nome científico: Enchytraeus
albidus

Esse verme sobrevive na água por


algum tempo, por isso deve-se
fornecer aos peixes em pequenas
porções para que eles não se
Fotografia: Alexandre Altieri escondam no substrato, poluindo a
água quando morrerem. Rico em
vitaminas A, D e E, além de uma
ótima fonte de proteínas e sais minerais, a enquitréia se apresenta como uma ótima alternativa
na alimentação dos peixes ornamentais, contanto que o aquarista tome cuidado com seu alto
teor de gordura, não oferecendo aos peixes mais do que três vezes por semana. Para os
filhotes essa regra pode ser mudada para diariamente, mas não como único alimento.

Como criar: Em um recipiente, de preferência isopor para isolar do calor externo, coloque
carvão ativado até a metade, o carvão deve ser mantido sempre úmido, o que pode ser
conseguido com a ajuda de um borrifador de água, introduza uma cultura inicial comprada em
lojas de aquarismo, em pouco tempo a cultura se multiplicará e se tornará uma fonte constante
de alimento para seus peixes.

Microvermes
Escrito por Alexandre Altieri

Os microvermes da aveia são


pequenos nematódeos de
aproximadamente 3mm, que vivem em
um meio pastoso de farinha de aveia e
água, sendo que uma grande
vantagem dessa cultura é que eles se
alimentam dessa mistura que compõe
o meio onde vivem.

Nome popular: Microvermes, vermes


da aveia.
Nome científico: Panagrellus
redivivus
Fotografia: Alexandre Altieri
Ótimo alimento para alevinos, os
microvermes de aveia requerem
pouca manutenção da cultura, são bastante prolíferos e iniciando-se com uma pequena cultura
inicial, em poucos dias já poderá passar a alimentar os alevinos com os microvermes.

Como criar: Em um pequeno recipiente plástico adicione uma mistura pastosa de água e
farinha de aveia, junto a essa mistura coloque uma cultura inicial de microvermes, após alguns
dias os microvermes já estarão se reproduzindo abundantemente e ao subirem pelas paredes
do recipiente poderão ser coletados para alimentação de alevinos. Para coleta pode-se usar
uma lâmina raspando as paredes do recipiente onde está a cultura. Recomenda-se a troca do
meio de cultura assim que este comece a escurecer, isso leva em média duas semanas, mas

Fonte: http://www.aquaonline.com.br/index.php?
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Alimento Vivo

pode ter abreviado esse tempo em caso de regiões muito quentes, para fazer a mudança do
meio de cultura, faça uma nova mistura, recolha um pouco de microverme para servirem como
cultura inicial e proceda como na primeira cultura. O recipiente deve ser aberto pelo menos de
dois em dois dias. O calor aumenta a produtividade das culturas.

Tenébrio
Escrito por Marne Campos

Os Tenébrios são uma espécie de besouro que em sua fase


larval são muito utilizados na alimentação de muitos animais,
entre eles, peixes, pássaros e répteis pelo seu alto teor de
proteínas.

Nome popular: Tenébrio


Nome científico: Tenebrio molittor

Deve-se tomar muito cuidado ao fornecer estes coléopteros aos


peixes, pois além de possuírem muita gordura, os Tenébrios,
tem a fama de cavar seu caminho de fuga, ou seja, se ingeridos
Fotografia: Ricardo Assunção vivos e inteiros, podem "cavar" sua saída de dentro do animal
que o comeu, e ninguém gostaria de achar o seu peixe no dia
seguinte, morto no fundo do aquário e com um buraco em seu
corpo. Lenda ou não, melhor não arriscar. Podem ser encontrados em lojas de pássaros,
vendidos como alimento vivo, mas você também pode ter sua própria criação em casa.

Como criar: Em uma caixa de madeira com um substrato especial para eles que deve conter 2
partes de ração de galinha granulada de crescimento ou postura, 2 partes de farelo de soja ou
trigo, 1 parte de ervilha seca moída, 1 parte de feijão moído, 1/2 parte de leite em pó e 2 partes
de serragem, coloque uns 20 besouros e espere eles começarem a se reproduzir, os ovos
demoram uns 20 dias para eclodir. É bom que haja um algodão úmido para eles beberem água

Tubifex
Escrito por Marne Campos

É um verme de esgotos e regiões com alta concentração de matéria orgânica, parecido com
um minhoca vermelha fina que alcança de 1 a 5 cm de comprimento.

Nome popular: Tubifex


Nome científico: Tubifex tubifex

Ótimo alimento para os peixes, rico em gorduras, mas tem o grande defeito de eliminar um
ácido junto com as fezes, o que pode baixar o pH da água, por isso, deve ser muito bem lavado
e ministrado aos peixes em pequenas quantidades para que seja consumido imediatamente, de
preferência em comedouros próprios que são facilmente encontrados nas lojas de aquários, só
deve ser dado duas vezes por semana aos peixes, por causa do excesso de gordura, para
peixes menores pode ser cortado em pedaços. Normalmente vivem em colônias de centenas
ou milhares de indivíduos movimentando-se sem parar, em esgotos, areia ou lodo, onde se
enterra ao menor perigo. O modo mais seguro é serem ministrados aos peixes na forma seca
(liofilizada) para assim serem evitados riscos de contaminação, caso opte por dá-los
frescos,separe os vivos para oferecer aos peixes, o que é fácil de saber pois os mortos ao
invés de vermelhos, são brancos.

Como criar: A criação em cativeiro é difícil e raramente o sucesso é alcançado, mas como
também não é aconselhável capturá-los devido aos locais onde é encontrado, o ideal seria
comprá-los em lojas especializadas onde eles já devem estar limpos.

Vermes do vinagre

Fonte: http://www.aquaonline.com.br/index.php?
option=com_content&view=category&id=117:alimento-vivo&Itemid=49&layout=default
Alimento Vivo

Escrito por Alexandre Altieri

Trata-se de verme nematódeo de


aproximadamente 3mm, que se
alimentam de bactérias existentes no
vinagre em fermentação, sendo que o
meio para o seu desenvolvimento é
constituído por 50% de vinagre de maçã,
50% de água e pedaços de maçã.

Nome popular: Vermes do vinagre ou


enguias do vinagre.
Nome científico: Anguillula silusiae ou
Turbatrix aceti.

Os vermes de vinagre são uma ótima


opção para alimentação de alevinos nos
Fotografia: Alexandre Altieri seus primeiros dias de vida devido a seu
pequeno tamanho, são mais compridos
que artemias recém eclodidas, porém mais finas, possui a vantagem de sobreviver por um
grande período vivo dentro do aquário, o que possibilita sua captura pelos alevinos mesmo que
não imediatamente após a introdução ao aquário.

Como criar: São mantidos em recipiente de vidro, com 50% de vinagre de maçã (cidra), 50%
de água e com pedaços de maçã. A criação é bem pouco trabalhosa, bastando colocar uma
cultura inicial no recipiente com a mistura citada e esquecê-la, que em pouco tempo os vermes
se multiplicarão. O inconveniente desta criação é que este verme, por ser pequeno, para ser
capturado deve ser “peneirado” com alguma malha bem fina e lavado ainda na malha para que
não vá vinagre para o aquário dos alevinos, o que poderia causar mudanças no pH.

Fonte: http://www.aquaonline.com.br/index.php?
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