Você está na página 1de 28

II MOSTRA CIENTÍFICA DA

COOPEC
Uma nova visã o da ciência

Observando o
comportamento de
Branchipus Stagnalis
após a eclosão dos ovos

COLÉGIO DA COOPERATIVA EDUCACIONAL DE CAETITÉ – COOPEC


Junho a outubro de 2012

COLÉGIO DA COOPERATIVA EDUCACIONAL DE CAETITÉ – COOPEC


DISCIPLINA DE CIÊNCIAS NATURAIS E BIOLOGIA

Observando o
comportamento de
Branchipus Stagnalis
após a eclosão dos ovos
CAETITÉ - BAHIA
JUNHO A OUTUBRO / 2012
EDUARDA LÉDO
PEDRO AUGUSTO
PEDRO CASTRO

Observando o
comportamento de
Branchipus Stagnalis
após a eclosão dos ovos

ORIENTADOR (A): YONE JÚLIA MAGALHÃES TRINDADE

Projeto executado para mostra científica apresentado


ao Colégio da Cooperativa Educacional de Caetité -
COOPEC, para obtenção de parte dos créditos na
Disciplina Biologia ministrada pela Profª. Esp. Yone
Júlia Magalhães Trindade.
CAETITÉ - BAHIA
JUNHO A OUTUBRO / 2012

SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS............................................................................5

RESUMO.............................................................................................6

ABSTRACT.........................................................................................7

INTRODUÇÃO.....................................................................................8

OBJETIVOS......................................................................................19

OBJETIVO GERAL:........................................................................19

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:...........................................................19

METODOLOGIA................................................................................20

RESULTADO.....................................................................................21

DISCUSSÃO......................................................................................25

CONCLUSÃO....................................................................................26

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................2

7
AGRADECIMENTOS

Primeiramente ao Pai Celestial, por ter sempre nos acompanhado de todas


as formas e ter nos iluminado em toda jornada. A Yone Júlia, pelo brilhante
acompanhamento e pela paciência que teve durante toda a jornada. Ao Colégio
da COOPEC, por ter nos cedido o espaço para a realização de todo trabalho. Por
ultimo e não menos importante a nossas famílias, pai, mãe, irmãos que nos
deram incentivo e ajuda na compra do material para o procedimento.
RESUMO

A artêmia salina (Branchipus stagnalis) é um crustáceo que vive em água


salgada, onde o corpo do mesmo é dividido em três partes: cabeça, tórax e
abdômen, esse crustáceo está localizado no reino animália e é do filo arthropoda,
sua reprodução pode ser realizada por partenogênese ou por troca de gametas. A
eclosão das artêmias (Branchipus stagnalis) pode ser vista em 36h, utilizando
um método simples e caseiro, onde foi adicionado sal marinho, bicarbonato e
água mineral, para a eclosão dos ovos de artemias salinas (Branchipus stagnalis).
Durante realização do trabalho foi visto seu metabolismo que é bastante
complexo, as etapas da eclosão do crustáceo, a diferenciação pode ser
observada ao microscópio óptico em objetiva de 4X e 10X. Ao serem eclodidas e
crescerem, as artêmias tem uma mobilidade rápida e podem ser utilizadas na
alimentação de vários peixes.
ABSTRACT

The Artemia salina (Branchipus stagnalis) is a crustacean that lives in


saltwater, where the body of it is divided into three parts: head, thorax and
abdomen, this crustacean is located in the kingdom Animalia and is the phylum
arthropoda, their reproduction can be performed by parthenogenesis or by
exchange of gametes. The hatching of artemia (Branchipus stagnalis) can be seen
at 36h, using a simple and homemade, which was added sea salt, baking soda
and bottled water for hatching eggs artemias saline (Branchipus stagnalis). During
execution of the work was seen that their metabolism is very complex, the steps of
the outbreak of crayfish, differentiation can be observed under an optical
microscope at 4X and 10X objective. By being hatched and grow, the artemia has
a fast mobility and can be used in various fish feed.
INTRODUÇÃO

O Reino Animália é definido segundo características comuns a todos os


animais: organismos eucariontes, multicelulares, heterotróficos, que obtêm seu
alimento por ingestão de nutrientes do meio (PHILLIPE, 2012).
O reino se divide em nove filos: Porífera, Coelenterata, Platyhelminthes,
Nematelmintas, Annellida, Arthropoda, Mollusca, Echinodermata e Cordata
(SILVA, 2003).
Filo Porífera (poríferos ou espongiários) são os mais simples na escala
zoológica, com a estrutura do corpo formada apenas por duas camadas de
células que não chegam a formar tecidos, não apresentam simetria, órgãos ou
sistemas e são fixos às rochas no fundo das águas (SILVA, 2003).
A sustentação do corpo é feita por meio de uma estreita malha de
espículas calcárias ou silicosas. Alguns não possuem espículas, sendo macios e
usados como esponja natural e não possuem sistema nervoso. A reprodução é
sexuada, do zigoto se forma uma larva ciliada, ou assexuada por brotamento.
Têm grande capacidade de regeneração (SILVA, 2003).
O filo Coelenterata (celenterados ou cnidários) São animais aquáticos,
geralmente marinhos, já dotados de células organizadas em tecidos e dispostas
em duas camadas, embora o corpo mostre consistência gelatinosa. Todos têm
simetria radial e não possuem sistemas circulatório, respiratório nem excretor,
São todos predadores de outros animais (SILVA, 2003).
A reprodução pode ser assexuada ou sexuada, sendo que a maioria tem
um ciclo vital com uma fase medusoide (livre) e outra polipoide (fixa). Geralmente
as formas medusoides se reproduzem sexuadamente, dando formas polipoides, e
estes, assexuadamente, originam novos medusoides. Esse é um caso de
alternância de gerações ou metagênese (SILVA 2003).
O Filo Plathyhelminthes (platelmintos), são vermes achatados; aquáticos,
terrestres ou parasitas, tendo o corpo dotado de três extratos de células com
simetria bilateral e o sistema nervoso ganglionar. (SILVA, 2003)
Já o sistema digestivo quando presente tem uma única abertura (planária e
esquistossomo). O sistema excretor é formado por protonefrídeos (células-flama).
O aparelho reprodutor é bem desenvolvido, principalmente nos parasitas,
podendo ocorrer à reprodução assexuada e a autofecundação (CUNHA, 2012).
O Filo Nemathelminthes (nematelmintos), são aquáticos, terrestres ou
parasitas, que se caracterizam pelo corpo longo, cilíndrico, não segmentado em
anéis, revestido por uma espessa cutícula de quitina, o tubo digestivo é completo
existe a presença de boca e ânus, não possuindo sistemas circulatório nem
respiratório, o sistema excretor é rudimentar e a reprodução é sexuada com
fecundação interna, portanto são ovíparos (SILVA, 2003).
São divididos em diversas classes, dentre as quais a principal é a dos
nematoides, que abrange diversas espécies parasitas de plantas e do homem. Na
espécie humana, causam doenças chamadas de verminoses ou helmintoses. São
exemplos mais notáveis: Ascaris lumbricoides, Ancylostoma duodenal, Necator
americanus e Enterobius vermicularis (oxiúro), todos parasitas intestinais. A
Wuchereria bancrofti, conhecida como filaria, parasita os vasos linfáticos (SILVA,
2003).
Filo Annelida (anelídeos) é constituído por seres aquáticos, terrestres ou
parasitas. São Invertebrados vermiformes têm o corpo segmentado repetição de
partes iguais, com segmentação homônoma, apresentando simetria bilateral,
respiração cutânea nos terrestres e branquiais nos aquáticos, a circulação é
fechada e simples, o sistema nervoso é ganglionar e o tubo digestivo é completo
(SILVA, 2003).
Habitualmente se reproduzem por processo sexuado sendo as minhocas
são hermafroditas com fecundação cruzada, mas entre os poliquetas alguns
fazem a reprodução assexuada por fragmentação do corpo portanto hormogônio
(SILVA, 2003).
Esse filo se divide em três classes poliquetas: com muitas cerdas,
geralmente marinhos. Oligoquetos: com poucas cerdas, habitualmente terrestres.
Lumbricus terrestris (minhoca). Hirudíneos: sem cerdas, aquáticos (dulcícolas),
todos parasitas hematófagos, portadores de ventosas. Hirudo medicinalis
(sanguessuga) (SILVA 2003).
Filo Arthropoda (artrópodes), são invertebrados providos de apêndices
articulados, é o filo mais numeroso e polimorfo dentre todos, são animais de
simetria bilateral, corpo segmentado e revestido por uma cutícula de quitina que
representa o exoesqueleto (SILVA, 2003).
O tubo digestivo é completo e com glândulas anexas. A circulação é
aberta, a respiração é branquial nos de hábitat aquático e traqueal ou filotraqueal
nos de vida terrestre. O sistema nervoso é ganglionar, com uma dupla cadeia
ventral de gânglios e a reprodução é sexuada com fecundação interna (ovíparos).
O desenvolvimento geralmente ocorre por meio de metamorfose completa ou
incompleta (SILVA, 2003).
As principais classes desse filo são: aracnídeos, insetos, crustáceos,
quilópodes e diplópodes (SILVA, 2003).
Aracnídeos são seres terrestres com o corpo dividido em cefalotórax e
abdome, com quatro pares de patas (octopódios) e sem antenas. Muitos causam
doenças no homem. A classe se divide em diversas ordens, das quais as
principais são os araneídeos, os ácaros e os escorpionídeos. Os araneídeos ou
aranhas possuem, junto à boca, órgãos inoculadores de veneno chamados
quelíceras. Algumas espécies tecem teias e são peçonhentas (SILVA, 2003).
Os ácaros enquadram os carrapatos e certos parasitas semimicroscópicos
da pele, como o Demodex folliculorum, que ataca os folículos pilosos,
desencadeando as crises de acne ou cravo; e o Sarcoptes scabiei causador da
sarna. Os escorpionídeos são constituídos pelos escorpiões (SILVA, 2003).
Os insetos é a classe mais numerosa, são seres terrestres, aéreos e
aquáticos, o corpo é dividido em cabeça, tórax e abdome, a maioria possui asas
(SILVA, 2003).
Crustáceos seres aquáticos, com exceção do tatuzinho, o corpo se divide
em cefalotórax e abdome, na grande maioria e geralmente usados pelos humanos
na alimentação. São exemplos: a lagosta, o camarão, o siri etc. (SILVA, 2003).
Quilópodes e Diplópodes são seres terrestres. Corpo cilíndrico, vermiforme,
longo; com cabeça e tronco segmentado em muitos anéis. Um par de antenas
(SILVA, 2003).
Os quilópodes (lacraia) têm um par de patas em cada anel, onde o
primeiro serve para injetar veneno (SILVA, 2003).
Os diplópodes (embuá ou piolho-de-cobra) possuem dois pares de patas
por anel (SILVA, 2003).
O filo molusco (moluscos), animais de corpo mole que podem ser aquáticos
ou terrestres, onde o corpo apresenta simetria bilateral, constituídos por cabeça,
pé e massa visceral. A massa visceral é o conjunto de órgãos destinados à
digestão, respiração, circulação, excreção e reprodução e o pé serve para
locomoção, fixação e escavação, os moluscos apresentam sistema digestivo
completo, a respiração pode ser branquial, cutânea (lesmas) ou ‘pulmonar’
(caracóis). A reprodução é sexuada, com fecundação externa (pelecípodes) ou
interna (cefalópodes e gastrópodes). Apresentam capacidade de regeneração.
Possuem um sistema aquífero, substituto do sistema circulatório. Os principais
representantes são as estrelas-do-mar, pepinos do mar, ouriços-do-mar e lírios do
mar (SILVA, 2003).
Filo cordato (cordatos) é o mais evoluído, apresentando um eixo de
sustentação dorsal, a notocorda, O sistema respiratório é derivado da faringe as
fenda branquiais, o turbo nervoso é único e dorsal. A circulação é fechada e o
sangue possui hemoglobina em quase todas as espécies, o coração é ventral. O
tubo digestivo é completo e com glândulas anexas (SILVA, 2003).
Esse filo é dividido em subfilos Protochordata (hemicordados, urocordados
e cefalocordados) e Vertebrado (SILVA, 2003).
Filo Echinodermata (equinodermos), tem como característica principal
serem exclusivamente marinhos possui simetria radial no adulto e bilateral nas
larvas, apresenta sistema digestivo completo com boca e ânus, apresentam a
respiração é branquial e reprodução é sexuada, com fecundação externa e
desenvolvimento por metamorfose. Apresenta capacidade de regeneração, seus
principais representantes são: estrelas do mar, pepinos do mar, ouriços-do-mar e
lírios do mar (SILVA, 2003).
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ARTÊMIA SALINA

Fazendo parte do reino animália e o do filo Artrópode, a artêmia salina, é


um crustáceo de água salgada, que tem o corpo constituído por cabeça, tórax e
abdômen. A cabeça consiste em dois segmentos fundidos que suportam dois
olhos pedunculados, um olho náuplio (náuplio é o estágio larvar, planctônico,
típico da maioria dos crustáceos aquáticos), assim como as antênulas e antenas.
As antênulas filiformes estão localizadas na parte dorsal. As antenas dos machos
estão transformadas em órgãos de preensão e nas fêmeas são curtas e foliáceas,
vive normalmente em lagos de água salgada ou salobra. Pode, no entanto, viver
em águas preparadas artificialmente ou mesmo em águas doces, durante algum
tempo, também é capaz de viver em ambientes extremamente secos
(WIKIPÉDIA, 2012).
A Artemia sp. ou Branchipus stagnalis é um microcustáceo encontrado ao
longo dos cinco continentes. Tem como habitat natural lagos de águas salgadas e
salinas, é adaptada para a sobrevivência em águas que sofrem marcantes
variações, devido às estações do ano. A ampla distribuição e facilidade de
obtenção de seus cistos fazem com que o gênero Artemia tenha sido usado em
testes de toxicidade para a ampla variedade de produtos como pesticidas,
petroquímicos, dispersantes, metais pesados, metabólicos de microorganismos, e
produtos carcinogênicos, desde a década de 1950. No Brasil estes testes foram
inicialmente utilizados pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
do Estado de São Paulo (CETESB) em meados da década de 1980 para a
avaliação da toxicidade aguda de substâncias, sendo a norma (CETESB LO5.
O21) publicada em 1987. Até a década de 90 as artêmias foram comumente
utilizadas em ensaios ecotoxicológicos com amostras líquidas, devido sua ampla
distribuição geográfica e sua facilidade de cultivo. Atualmente estes
microcrustáceos vêm sendo substituídos por organismos como misidáceos e
copépodes que apresentam maior sensibilidade a uma variedade de
contaminantes (VEIGA & VITAL, 2002).
A artêmia é considerada a melhor opção como alimento vivo para peixes
ornamentais devido à facilidade com que é encontrada no comércio, a
possibilidade de ser criada em casa e principalmente pelo seu alto valor
nutricional. São ricas em proteínas, vitaminas (principalmente o Caroteno) e sais
minerais, é indicada para peixes em tratamento, pois acelera sua recuperação, os
náuplios de artêmia são indispensáveis para alevinos que já não possuem mais o
saco vitelino, além do que alguns animais se alimentam quase que
exclusivamente de artêmia (CAMPOS, 2009).
Trata-se de uma atividade dependente da produção de alimentos vivos e
que requer cuidados e monitoramento freqüente, tornando-se um dos fatores mais
importantes no desenvolvimento larval (YUFERA et al., 1985; FREEMAN, 1990).
A Artêmia reproduz se por partenogênese, que é a produção de
descendentes sem a fertilização dos óvulos por espermatozoides, ou
sexualmente, através de troca dos gametas (PROJETO ARTRÓPODE, 2006).
As técnicas existentes para o desenvolvimento larval são
predominantemente dependentes de alimentos vivos, que requerem cuidados
especiais e monitoramento freqüente, tornando-se muito dispendiosas (THOMAZ
et al., 2004). Isto porque as larvas de pernilongos são concorrentes da artêmia no
consumo de plânctons da sua alimentação, as larvas de odonata (libélula), são os
piores inimigos da artêmia (JUNIOR, 2009).
A artêmia salina (Branchipus stagnalis) está em constante estado de
locomoção, pois são animais filtradores que dependem disso para alimentar-se e
respirar. Possui 11 pares de pernas torácicas, que variam um pouco no tamanho.
Cada perna possui sete enditos ("galhinhos") com finíssimos cílios que atuam na
filtragem e coleta de alimentos. Quando as pernas se movimentam para frente,
formam as "caixas filtradoras", nas quais por meio das cerdas coletadas micro
algas, bactérias, diatomáceas e flagelados, além dos detritos orgânicos em
suspensão no corpo aquático (PROJETO ARTRÓPODES 2012).
De fácil dimorfismo sexual atinge a fase adulta por volta dos 20 dias de
vida, a fêmea adulta possui uma bolsa incubadora no último segmento torácico e,
ao contrário do macho, não apresenta apêndices abdominais. Durante a cópula, o
macho utiliza as segundas antenas, semelhantes a bigodes, para enganxar-se a
fêmea. Pode reproduzir-se de duas maneiras distintas: viviparamente, na qual
ocorre liberação direta de náuplios, ou oviparamente na qual os embriões se
desenvolvem até a fase de gástrula e se encapsulam nesse estágio dentro de
uma casca interrompendo seu metabolismo e podendo permanecer como cisto
durante longo período de tempo (WIKIPÉDIA 2012).
O ciclo de vida da artêmia é o seguinte: ovo - antes da eclosão, náuplius
são as larvas após a eclosão, jovem - com 6 dias de idade e adulto, quando
atinge 10 dias de idade. O tempo de vida da artêmia é de 6 a 12 meses.
(AQUARIONLINE, 2008).
As artêmias podem ser obtidas de três maneiras: adquirindo os ovos secos
e dando-os como alimentos para os peixes, colocando os ovos na água, para
eclodirem, o que resultará em náuplius e depois em artêmias adultas ou
fazendo a criação, o que nos permite obter os ovos e os náuplius (REDAÇÃO
RURALNEWS, 2011).
A artêmia tem a habilidade de produzir naúplios ou cistos. Os cistos são
capazes de prolongada diapausa, um estado de suspensão, ou pelo menos de
redução, do desenvolvimento de um organismo em resposta a condições
ambientais adversas de natureza periódica ou recorrente, e pode assegurar a
sobrevivência do organismo sob condições adversas como alta salinidade, baixo
teor de oxigênio e pouco alimento. A oviparidade ocorre em condições ambientais
favoráveis (IGARASHI, 2008).
As populações de Artêmia são encontradas em todos os continentes
exceto na Antártica, mais especificamente em salinas, lagos salgados interiores e
costeiros. A franciscana é uma espécie dominante na América do Sul, América do
Norte e Caribe e toleram salinidades que podem variar entre 5 a 280%,
temperaturas entre 6 e 35°C e níveis de oxigênio menores que 1 MG/l
(IGARASHI, 2008).
Elementos de grande importância para cultivação de artêmias são: PH, luz
e oxigênio. Um pH por volta de 8,0 é melhor. PH menor que 5,0 e maior que 10,0
matará a cultura. O pH pode ser aumentado com bicarbonato de sódio e
diminuído com ácido clorídrico bem diluído. Uma boa iluminação será necessária
para a criação, uma lâmpada normal, dessas disponíveis em lojas de aquário é
adequada. O mais importante é o nível de oxigênio na água. Com um bom
fornecimento de oxigênio, as artêmias assumem uma cor rosa pálido ou amarelo,
ou se forem alimentadas intensamente com algas, serão verdes. Nessas
condições ideais, o crescimento e a reprodução serão rápidos e será possível um
fornecimento autossuficiente de artêmias. Se houver um nível baixo de oxigênio
na água com excesso de matéria orgânica, ou uma salinidade alta devido à
evaporação natural, as artêmias irão se alimentar de bactérias, detritos e células
fermentadas, mas nenhuma alga. Sob essas condições, elas produzirão
hemoglobina e apresentarão uma a cor vermelha ou laranja. Se essa condição
persistir, elas começarão a produzir cistos e a colônia poderá falir. É muito
importante ter um fornecimento de ar vigoroso no tanque por dois motivos:
Primeiro, para manter o alimento disponível em suspensão, onde ele será filtrado
pelas artêmias, e segundo, para promover a boa oxigenação do sistema
(DOOKIE, 2005).

COMO SE CRIAR ARTÊMIA SALINA

As condições favoráveis para o cultivo de artêmia são: Temperatura de


25°C, densidade de 1.030, aeração forte e contínua, iluminação constante e PH
8,0. A boa circulação é essencial para manter os cistos em suspensão.  Deixe
sempre o aquário sobre luz solar, quando as artêmias chegarem a fase adulta,
vão começar a se reproduzir, os ovos vão boiar, então é a hora de você capturá-
los, assim terá novas criações (SCHUMANN, tradução: GROSSI 2002).
As duas piores preocupações com o cultivo de artêmias é o controle da
salinidade da água, adequada para sobrevivência. A outra preocupação é a
estabilização do pH da água esse fator também é importante para o processo de
criação (DOOKIE, 2005).
Agregado a todos esses fatores, ainda é necessário um aquário de
no mínimo 50L com água do mar ou uma solução contendo uma colher de sal
marinho para cada litro d'água, dissolva na água um pó feito com coral moído até
que fique opaca, deixe em um lugar onde bata bastante sol, com isso a água
ficará verde e rica em microalgas que servirão de alimento para as artêmias, além
de oxigenarem a água dispensando o uso de aeradores, só então compre uma
porção de artêmia viva e coloque-as no aquário, elas se reproduzem muito rápido
e logo você terá uma boa quantidade, o suficiente para que seja feita um coleta
semanal para a alimentação dos peixes, mas nunca se esqueça de deixar
algumas para que sua criação tenha uma vida longa, desse modo as artêmias
terão uma cor avermelhada e alto valor nutricional, mas você também pode
ministrar outros tipos de alimentos a elas como fermento biológico, levedo de
cerveja e pastas industrializadas próprias para esse fim, mas assim elas não terão
o mesmo valor nutricional que quando alimentadas com algas (CAMPOS, 2009).
Visto que as artêmias possuem filtros não seletivos, não escolhem o
que retiram da água, uma ampla variedade de alimentos tem sido usada com
sucesso. O critério para se escolher o tipo de comida é baseado no tamanho da
partícula, digestibilidade e solubilidade, por exemplo o leite em pó não funciona.
Os alimentos mais utilizados incluem microalgas, tais como nannochloropsis e
uma ampla variedade de alimento inerte, o que é mais prático para nós
aquaristas. Deve-se tomar cuidado para não superalimentar o tanque. Entre os
alimentos inertes usados estão fermentos, tanto ativos como inativos existe uma
preferência pelos fornecedores para cervejarias como a melhor fonte uma vez que
o fermento de padaria é muito caro, pó de arroz, farinha de trigo, farinha de soja,
farinha de peixe, gema de ovo, fígado homogeneizado e soro de leite. Últimos
quatro pouco se usam. Microalgas secas tal como spirulina também tem sido
usadas com sucesso e podem ser encontradas em lojas de produtos naturais,
mas são um pouco caras (SCHUMANN, tradução: GROSSI 2002).
Após as artêmias eclodirem elas podem morrer esse problema se deve por
várias maneiras das quais podem ser: A aeração é insuficiente levando-as à
asfixia ou elas morreram por falta de alimento. Para checar o estado de saúde
das artêmias observe como elas nadam. Ilumine o tanque com uma lanterna para
que elas se concentrem rapidamente no foco de luz, se isso acontecer é um bom
sinal. Se tiver acesso a um microscópio, poderá observar seus aparelhos
digestivos, que deverão estar cheios de comida. Se os apêndices de natação e a
boca estiverem limpos é um bom sinal, mas se estiverem cobertos por partículas,
isso é ruim. Isso pode ocorrer devido à má procedência da comida ou devido à
condição fisiológica das artêmias (SCHUMANN tradução: GROSSI 2002).
Várias fontes de alimento animal (vivo ou congelado) têm sido
experimentadas. Entretanto, a mais comum hoje é o náuplio de Artemia sp.,
graças à praticidade de seu uso e seu alto valor nutritivo (SORGELOOS et al.,
1983).
O armazenamento de artêmias pode ser feito de vários modos e maneiras.
Uma artêmia adulta sobrevive por muitos dias no refrigerador. Caso opte por
refrigerá-las, não se esqueça de aquecê-las e dar-lhes a última refeição antes de
você alimentar seus peixes. Isso irá restaurar suas qualidades nutricionais, afinal
elas estiveram famintas durante alguns dias. Poderá também congelar os
náuplios, mas isso irá matá-los (SCHUMANN tradução: GROSSI 2002).

CLASSIFICAÇÃO TAXONOMICA

Segundo SORGELOOS et al. (1986), a Artemia sp. possui a seguinte


posição sistemática:

Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Crustacea
Subclasse: Branchiopoda
Ordem: Anostraca
Família: Artemiidae
Gênero: Artemia, Leach 1819

TOXICIDADE DA ARTÊMIA

A Artêmia é um crustáceo filtrador que se alimenta basicamente de


bactérias, algas unicelulares, pequenos protozoários e detritos dissolvidos no
meio. A filtração ocorre nos toracópodos, encarregados de conduzir as partículas
alimentícias em direção ao sistema digestivo. A taxa de filtração diminui com o
aumento da concentração de partículas, ficando estas acumuladas e interferindo
o processo normal de seus batimentos. Outro efeito das altas concentrações é
que podem passar diretamente pelo tubo digestivo sem sofrer digestão, tornando
o indivíduo subnutrido (SOUTO, 1991).
A utilização do crustáceo Artêmia é uma espécie de fácil manipulação em
laboratório e baixo custo econômico (CALOW, 1993).
KLEIN (1993) cita que a Artemia. É utilizada em grande escala por países
que realizam a aqüicultura comercial devido as suas características nutritivas
indispensáveis ao desenvolvimento de espécies marinhas, durante algumas
etapas de seus ciclos de vida.
Na aqüicultura, o uso de Artemia sp. tem causado alguns transtornos, pois
a reduzida disponibilidade de cistos, em função da limitação de locais para sua
produção e processamento (SORGELOOS, 1980) contribuem para queda em sua
produção, tornando os preços elevados, conforme demanda (LAVENS et al.,
2000).
Além disso, há considerável variação na qualidade dos cistos quanto à taxa
de eclosão e ao valor nutricional do náuplio eclodido (SORGELOOS & LÉGER,
1992).
Com a crescente demanda mundial por alimentos de origem aquática – não
apenas devido ao crescimento populacional, mas também pela preferência por
alimentos mais saudáveis - resultou em uma expansão dos sistemas de cultivo de
organismos aquáticos que, aliada à necessidade de uma alimentação estratégica
a ser fornecida a tais sistemas, propiciou um considerável aumento na demanda
pelo anostráceo artêmia sp. LEACH, 1819, dado seu papel relevante como
alimento vivo e de uso prático em aqüicultura (CÂMARA, 1996).
Estudos comprovam a ação tóxica de várias substâncias naturais ao
crustáceo artêmia (RIOS, 1995; NASCIMENTO et al., 2008).
Muitos ensaios de toxicidade podem ser utilizados, como o ensaio de
letalidade com o microcrustáceo Artêmia salina, que foi desenvolvido para
detectar compostos bioativos em extratos vegetais (MEYER et al., 1982).
OBJETIVO

OBJETIVO GERAL:

Verificar o processo desde a eclosão dos ovos do crustáceo marinho


artêmia salina (Branchipus stagnalis) até o individuo adulto, desta foram conseguir
apresentar o seu rápido metabolismo.

OBJETIVO ESPECÍFICO:

-Identificar na artêmia salina (Branchipus stagnalis) a duração de cada fase


de transformação do seu ciclo metabólico;
-Descobrir a temperatura e o ph em que as artêmias eclodem;
-Verificar seu desenvolvimento;
- Observar o seu crescimento durante 20 dias.
METODOLOGIA

MATERIAIS UTILIZADOS:

-Recipiente de no mínimo 1 ½ litro;


-1 colher de café (2g) de artêmia salina
-1 colher de sopa (10 g) de sal marinho
-Água mineral
-Pedra porosa
- mangueira de silicone de 4mm
-1/2 colher de café de Fermento biológico
-Bomba de ar
-1 colher de chá de Bicarbonato de sódio
- microscópio para observação

PROCEDIMENTO:

Primeiramente colocasse a água no recipiente, em seguida uma colher de


bicarbonato de sódio. Depois insira os 10 g de sal juntamente a pedra porosa e a
bomba de ar, após, coloque os 2 g ovos de artêmia salina e deixe por no mínimo
24h sob a luz de 20 w, após se passar um dia a eclosão acontecera.
Obs.: No caso de não ser possível atender a todos estes itens, a taxa e o
tempo de eclosão poderão ser afetadas.
RESULTADOS

1- Materiais utilizados para a construção de uma artemeira.


2- Equipamentos utilizados para o resultado da eclosão: mangueira, ventosas,
pedra porosa, emendas, válvula reguladora, divisor de ar e válvula anti-
retorno.

3- Água com o acrescentamento de cloreto de sódio. Por cada dois litros de


água coloque com uma colher de sopa sal.

4- Cisto de artêmia salina colocado dentro do recipiente.

5- Após algum tempo temos, assim, esse resultado apresentado à cima.


6- Ovos de artêmia ainda em processo de eclosão após 24 horas.

7- Artêmias salinas após 36 horas verifica-se milhões em detalhes na pedra


de difisão.

8- A artêmeira com um pano preto para a coleta das artêmias.


9- Visualização das artêmias no microscópio na objetiva de 4X e 10X.

10- Comparação das artêmias eclodidas com o processo de eclosão.


DISCUSSÃO

Figura 1- Nesse primeiro anexo mostramos os materiais utilizados para a


eclosão dos cistos de artêmia salina, cujo, os mesmos são: sal marinho (utilizado
para formar um ambiente salino e apropriado para a procriação), fermento
biológico (utilizado para a alimentação das artêmias), água, ovos de artêmia
salina de alta eclosão.
Figura 2- Mais alguns materiais utilizados para a eclosão: mangueira (para
a passagem da água), ventosa (utensílio em formato esférico que, através da
formação de um vácuo, é capaz de suportar pesos consideráveis), pedra porosa
(usado para oxigenar a água do aquário, é necessário acoplar a uma mangueira e
um compressor de ar), válvula reguladora (regulamentação da pressão da água),
divisor de ar (funciona como passagem de ar, usado junto com o terminal e
mangueira de silicone em compressor de ar) e válvula antirretorno.
Figura 3- Recipiente com o acrescimento de cloreto de sódio (usado para
aumentar a taxa de eclosão).
Figura 4 e 5- Recipiente com os cistos da artêmia salina e a ativação da
bomba de ar, assim mantendo os cistos sempre em movimento.
Figura 6 e 7- Eclosão das artêmias salina, já é possível pecebermos os
detalhes na pedra de difusão.
Figura 8- Uso de um pano preto para a coleta das artêmias já eclodidas
(isso facilita a passagem das artêmias, deixando parte dos cistos não eclodidos
ainda dentro do recipiente).
Figura 9- Visualização das artêmias no microscópio na objetiva de 4X e
10X, percebemos assim o seu desenvolvimento após eclosão (já é possível
percebermos as antenas e seu corpo formado).
Figura 10- Fazemos a comparação de artêmias já eclodidas com outras
em seu processo de eclosão (percebemos assim, como ocorre o seu
desenvolvimento).
CONCLUSÃO

Com este trabalho foi possível observarmos o metabolismo do crustáceo


marinho artemia salina (Branchipus stagnalis) e como ele se desenvolve
facilmente com a influência da iluminação usada. Notamos que por esse fato a
mudança de fases, que foi interrompida várias vezes, assim interrompeu nosso
objetivo. Mas por outro lado, conseguimos durante o experimento observar o seu
crescimento, já que após comprarmos os ovos da artêmia em Vitória da
Conquista ficamos minuciosamente estudando a evolução do crustáceo a cada
etapa. Com a ajuda da nossa professora utilizamos o microscópio para avaliar e
identificar nas artêmias suas principais características e modificações.
Concluímos que por ser um tema até então desconhecido por nós, o mesmo nos
proporcionou experiência e conhecimento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DOOKIE. O cultivo da artêmia salina. 201postagens. São Paulo: Mogi das Cruzes.
2005: http://www.forumnow.com.br/vip/mensagens.asp?
forum=117410&topico=2742184

MARIA PEDROSA, Amara. A diversidade dos seres vivos. Clickbio. 2003:


http://clickbio.br.tripod.com/textos/classificacao.html

ANTONIO, Marco. Potencial econômico das Artemias poduzidas em regiões


salineiras do Rio Grande do Norte. 42. ed. Pubvet, V. 2, N. 31, Art. 386, ISSN
1982-1263, 2008: http://www.pubvet.com.br/artigos_imp.asp?artigo=386

AQUÁRIO ONLINE. Artêmia Salina. Quarta-feira. 19 de setembro. 2012:


http://www.aquarionline.com.br/portal/noticias/noticias_detalhe.asp?id=27

PROJETO, Artrópodes. Artêmia. Wikipédia, a enciclopédia livre. 4 de julho de


2012: http://pt.wikipedia.org/wiki/Art%C3%AAmia

SOBIOLOGIA. Reino Animal. Características que Distinguem os Animais. 2009:


http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/bioanimal.php

INFOESCOLA. Sistema digestivo dos platelmintos. 2010:


http://www.infoescola.com/animais/sistema-digestivo-dos-platelmintos/
Admin. Artêmia salina. DESCUBRACASTELO. 2011:
http://petfishcastelo.descubracastelo.com.br/?page_id=181

REDAÇÃO RURAL News. Artêmia - Alimento vivo para peixes e alevinos. 2011:
http://www.ruralnews.com.br/visualiza.php?id=523
CAMPOS, Marne. Artêmia Salina. 2012: http://www.aquaonline.com.br/index.php?
option=com_content&view=article&id=59:arta-salina&catid=117:alimento-
vivo&Itemid=49

SCHUMANN, Kai. Como eclodir e criar artêmias. Tradução - GROSSI, Anderson


Grossi. 2009: http://www.aquahobby.com/articles/b_artemia.php

Você também pode gostar