Você está na página 1de 44

II MOSTRA CIENTÍFICA DA

COOPEC
Uma nova visã o da ciência

Criação e análise
comportamental de
Melopsittacus undulatos
em período de
reprodutivo
COLÉGIO DA COOPERATIVA EDUCACIONAL DE
CAETITÉ – COOPEC
Junho a outubro de 2012

COLÉGIO DA COOPERATIVA EDUCACIONAL DE CAETITÉ – COOPEC


DISCIPLINA DE BIOLOGIA

Criação e análise
comportamental de
Melopsittacus undulatos em
período de reprodutivo
CAETITÉ - BAHIA
JUNHO A OUTUBRO / 2012
ALISSON RIBEIRO
MATHEUS MARQUES
VICTOR JORDAN
VITOR MIRANDA

Criação e análise
comportamental de
Melopsittacus undulatos em
período de reprodutivo
ORIENTADOR (A): YONE JÚLIA MAGALHÃES TRINDADE

Projeto executado da mostra científica apresentado


ao Colégio da Cooperativa Educacional de Caetité -
COOPEC, para obtenção de parte dos créditos na
Disciplina Biologia ministrada pela Profª. Esp. Yone
Júlia Magalhães Trindade.
CAETITÉ - BAHIA
JUNHO A OUTUBRO / 2012

SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS............................................................................................................................6
RESUMO............................................................................................................................................7
ABSTRACT..........................................................................................................................................8
INTRODUÇÃO....................................................................................................................................9
INÍCIO À CRIAÇÃO DE PERIQUITOS - O BÁSICO............................................................................13
O CASAL.......................................................................................................................................13
O INTERIOR DA GAIOLA OU VIVEIRO...........................................................................................14
ALIMENTAÇÃO............................................................................................................................14
LIMPEZA DA GAIOLA....................................................................................................................15
A IDADE CORRETA PARA ACASALAMENTO DE PERIQUITOS........................................................16
REPRODUÇÃO..............................................................................................................................16
FATORES QUE INTERFEREM NA FERTILIDADE DOS PERIQUITOS.................................................17
DOENÇAS E TRATAMENTOS........................................................................................................19
OVOS SUJOS................................................................................................................................21
ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO DE UMA CRIA..........................................................................21
FILHOTES.....................................................................................................................................22
AMANSANDO OS FILHOTES.........................................................................................................22
ENSINANDO A FALAR...................................................................................................................23
CURIOSIDADES............................................................................................................................23
JUSTIFICATIVA.................................................................................................................................25
OBJETIVO.........................................................................................................................................26
OBJETIVO GERAL.........................................................................................................................26
OBJETIVOS ESPECÍFICOS..............................................................................................................26
METODOLOGIA...............................................................................................................................27
MATERIAIS...................................................................................................................................27
PROCEDIMENTOS........................................................................................................................27
RESULTADO.....................................................................................................................................29
DISCUSSÃO......................................................................................................................................34
CONCLUSÃO....................................................................................................................................36
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS.......................................................................................................37
ANEXOS...........................................................................................................................................38
ARTIGO CIENTÍFICO.....................................................................................................................38
AGRADECIMENTOS

Durante a execução deste trabalho, algumas pessoas se fizeram de


extrema importância em sua efetivação, devido a isto, dedicamos esta lauda para
agradecê-los, primeiramente, agradecemos a nossa professora e orientadora
Yone, que criou, desenvolveu, auxiliou e instruiu o nosso trabalho, mesmo
estando em condições instáveis de saúde, ela se dedicou com a aspiração de que
chegássemos à conclusão de nossos trabalhos com o maior sucesso possível,
mesmo que para isso, houvesse um maior desgaste físico diário de seu corpo,
sem ao menos uma remuneração maior por esta dedicação, Yone coordenou uma
quantia de aproximadamente 40 trabalhos, desenvolvidos com mais de 100
alunos, um projeto no qual ela se empenhou para apresentar os melhores
resultados possíveis.
Para o desenvolvimento do trabalho, ela nos ensinou os modelos de
pesquisas e de como relatar o trabalho, como apresenta-lo cientificamente, e
como desenvolver o projeto e alcançar seus objetivos.
Devemos agradecer também a mais três outras pessoas, o dono da pet-
shop Mundo Animal,Eduardo, o qual nos vendeu os primeiros casais e nos
instruiu sobre como começar a criação, um tio de nosso colega de equipe, Rennê,
o qual nos doou dois casais, e um dos funcionários do colégio, Clóvis, o qual
instruiu a nossa equipe em relação a utilização de medicamentos.
A todas essas pessoas aqui citadas, nos agradecemos por toda ajuda
prestada, por cada dica e conselho dado, por cada passo em que vocês nos
instruíram e corrigiram, podemos dizer verdadeiramente que nos sentimos muito
gratos, muito obrigado por todo o auxílio que nos ofereceram.
RESUMO

O trabalho feito com os periquitos foi desenvolvido em um trimestre, com o


acompanhamento e instrução da Professora Yone Trindade, bacharel em biologia
e pós-graduada em ciências da saúde e saúde publica. Durante o período
experimental, foram criados quatro casais de periquitos australianos, animais
exóticos, introduzidos no Brasil para serem animais de estimação, pássaros
nativos da Austrália, que não se adaptaram a nenhum outro lugar. Dos quatro
casais com que foi feito o trabalho, dois foram adquiridos em um criadouro
comercial, e os outros dois foram adquiridos em um criadouro pessoal.
Antes de iniciar o período experimental, foram feitas pesquisas com sites e
artigos, além de entrevistas com criadores regionais, em seguida foram
comprados os materiais e montados os viveiros para iniciar a criação.
Os quatro casais foram analisados antes de serem adquiridos, e
identificados como adultos reprodutores, em seguida os periquitos foram
colocados em seus viveiros, seu comportamento foi analisado durante o período
frio e durante o período quente, foram feitas observações em sua maioria no
período da tarde, mas sempre evitando muito movimento perto dos viveiros, pois
foi observado a interferência humana em seu comportamento.
O trabalho procurou estudar de forma ampla, o comportamento destas
aves, que geralmente são criadas em grandes bandos, mas em uma pequena
quantidade, e nisso observou-se também a comunicação entre as aves de
viveiros diferentes.
ABSTRACT

The paper done with the parakeets was developed in a trimester, with the
accompaniment and instruction of Professor Yone Trindade, BS in biology and a
graduate degree in health sciences and public health. During the experimental
period, were created four pairs of Australian parakeets, exotic animals, introduced
in Brazil to be pets, birds native from Australia, which have not adapted to any
other place. Of the four couples that paper was done, two were purchased in a
commercial nursery, and the other two were acquired in a personal nursery.
Before starting the experiment, surveys were made with websites and
articles, beyond interviews made with creators regional, then the materials were
purchased and assembled nurseries to start creating. Four couples were analyzed
before being acquired, and identified as breeding adults, the parakeets were then
placed in their nursery, their behavior was analyzed during the cold period and
during the warm period the observations were made mostly in the afternoon but
always avoiding much movement near the nurseries because the human
interference was observed in your behavior.
This paper sought to broadly study the behavior of these birds, which are
usually created in large flocks, but in a small amount, and it was also observed
communication between birds of different nurseries.
INTRODUÇÃO

As aves constituem uma classe de animais vertebrados, bípedes,


homeotérmicos, ovíparos, caracterizados principalmente por possuírem penas,
apêndices locomotores anteriores modificados em asas, bico córneo e ossos
pneumáticos. Habitam todos os ecossistemas do globo, do Ártico à Antártica. As
aves atuais variam muito em tamanho, do Colibri-abelha-cubano (Mellisuga
helenae) de 5 centímetros ao avestruz (Struthio camelus) de 2,75 metros
(Wikipédia, 2012).
Perceba que todos os pássaros são aves, mas nem todas as aves são
pássaros. Os pássaros estão em uma ordem especifica a Passeriforme, sendo a
ordem mais rica, ou seja, com maior número de espécies dentro do grupo das
aves (Wikipédia, 2012).
Enquanto a maioria das aves se caracteriza pelo voo, as ratitas não podem
voar ou apresentam voo limitado, uma característica considerada secundária, ou
seja, adquirida por espécies "novas" a partir de ancestrais que conseguiam voar.
Muitas outras espécies, particularmente as insulares, também perderam essa
habilidade. As espécies não-voadoras incluem o pinguim, avestruz, quivi, e o
extinto dodô. Aves não-voadoras são especialmente vulneráveis à extinção por
conta da ação antrópica direta (destruição e fragmentação do habitat, poluição
etc.) ou indireta (introdução de animais/plantas exóticas, mamíferos em particular)
(Wikipédia, 2012).
Um exemplo muito comum é o dodô, seu habitat natural eram ilhas
isoladas do continente, quando estas foram descobertas por navegadores,
passaram a ser alvo de exploração e o dodô virou alvo para caçadas, além da
introdução de outros animais como galinhas e ratos, que iriam competir com o
dodô em relação a comida, com a caça predatória e a escassez de alimentos os
dodôs foram extintos pois sua casa estava destruída e não conseguiam se mudar
para outra, já que não sabiam voar.
Assim como os dodôs, os periquitos australianos (Melopsittacus undulatos)
foram “descobertos” por exploradores, mais precisamente, por volta dos anos de
1840, quando o famoso naturalista inglês John Gould teve contato com esses
pássaros, ele observou seus sons, e acrescentou a palavra melo (som), antes da
palavra Psittacus, ficando definitivamente Melopsittacus undulatos, eles
pertencem à família Psittacidae, ordem Psitaciformes, classe aves, e habita as
regiões áridas  e semi-áridas no interior da Austrália. Vivem em grandes bandos e
são extremamente nômades. Sua movimentação é ditada pela disponibilidade de
água e sementes de capim. Durante o período de seca, eles são vistos fora dos
limites normais, ou seja, nas zonas costeiras e arborizadas. Eles se adaptaram a
esse clima imprevisível, sendo capazes de ativar seu ciclo de reprodução muito
rapidamente depois das chuvas sazonais, que representam a iminente época de
crescimento de plantas e gramíneas (Wikipédia,2012).
A palavra budgerigar, como os periquitos são conhecidos na língua inglesa,
vêm da palavra aborígene "bedgerigah" que significa "bom para comer", pois fazia
parte da dieta das tribos aborígenes. Em 1840 quando John Gould retornou a
Europa, levou consigo os primeiros periquitos, que aos poucos foram ficando
conhecidos e também começou-se a sua criação em cativeiro.
Em 1850, começou a criação de periquitos em larga escala em Antuérpia,
centro do comércio de aves de gaiola, e a partir daí, virou febre em toda a Europa.
A França importava sozinha cerca de 100.000 casais por ano. Como os
criadouros da Holanda e Bélgica não conseguiam suprir essa demanda, milhares
de periquitos selvagens eram importados diretamente da Austrália. Preocupado
com o fato de que essas capturas estavam dizimando as populações de aves
nativas e também com a onda crescente de importações devido a enorme
popularidade dos periquitos, o governo australiano, estabeleceu um embargo de
exportações em 1894, ainda hoje em vigor, o que acabou com o tráfico de
periquitos selvagens. Isso, no entanto não afetou a crescente popularidade dos
periquitos, já que nessas alturas existiam grandes criadouros no sul da França,
com cerca de 80.000 a 100.000 aves, e Bélgica (Ave Doméstica, 2012).
Da cor original, verde claro, surgiram mutações, que deram origem a
centenas de cores encontradas hoje nos periquitos. Em 1870 surgiu a primeira
mutação na Bélgica, causando grande espanto, um periquito amarelo de olhos
vermelhos, provavelmente um lutino. Nesse mesmo tempo surgiram os amarelos
de olhos pretos, mas a sensação surgiu em 1878, os celestes. Os brancos
surgiram em 1917. Depois dos celestes vieram os verdes escuros, que
combinados com os azuis produziram os cobaltos, e a partir daí as mutações se
multiplicaram, e até hoje continuam aumentando.
A aparência do periquito australiano (Mellopsitacus Undulatus)
transformou-se muito desde o início da sua reprodução em cativeiro, na metade
do século XIX. Essa metamorfose ocorreu tanto na sua estrutura corporal quanto
em relação as suas cores. Com relação às cores, por exemplo, a criação em
cativeiro permitiu a fixação de mutações. Essas mutações também surgiam na
natureza, mas faziam desses pássaros alvos fáceis para os predadores
em função da diferenciação das cores, o que os tornava muito mais visíveis no
meio de um bando de pássaros camuflados pela plumagem (Periquitos, 2012).
Diferentemente do que ocorria na natureza, onde um periquito mutante era
fadado à morte, no cativeiro esses exemplares eram super protegidos e
valorizados, justamente pelo aspecto visual diferenciado. Isso permitiu a
identificação e a fixação de várias mutações, que abrangiam diferenciações de
cor e desenho de asa, no decorrer desses mais de 150 anos (Ave Domestica,
2012).
Da mesma forma que as variações de cores iam sendo consolidadas
através de acasalamentos pré-determinados, simultaneamente uma seleção da
forma do periquito também ia sendo feita, tentando-se aprimorar características
como tamanho, postura e estrutura das penas (BudgerigART, 2012).
Esse processo de seleção, após décadas de desenvolvimento, fez com
que o atual periquito australiano criado em cativeiro, mais precisamente o
Periquito de Exposição tenha se transformado num pássaro muito diferente do
exemplar selvagem, inclusive no que diz respeito à estrutura óssea (Periquitos,
2012).
Os atuais exemplares têm um tamanho até 30% maior do que os
exemplares selvagens e também uma quantidade, comprimento e textura de pena
muito mais desenvolvida. Quesitos estéticos também foram atribuídos a esses
pássaros como proporção de medidas entre comprimento total, largura de ombros
e forma da cabeça. No entanto, a grande questão nesse processo todo girou em
torno de como se aprimorar efetivamente a forma do periquito. Com relação à
genética que determinava as cores e desenhos de asas tudo ficou bem definido,
posto que os genes responsáveis por tais mudanças fossem identificados e
descritos quanto ao seu comportamento hereditário (Periquitos, 2012).
O periquito-australiano é uma das duas únicas espécies de aves
psitaciformes verdadeiramente domesticadas pelo homem, a outra é
o inseparável-de-faces-rosadas. A espécie é alvo de seleção
artificial e reprodução em cativeiro desde a década de 1850. Os periquitos-
australianos podem aprender a falar. A ave doméstica registrada com o maior
vocabulário foi um periquito-australiano chamado Puck (A Vida Dos Periquitos
Australianos, 2012).
Com a introdução do periquito no continente europeu, desenvolveram-se
maneiras diversas de se criá-lo, e com o passar do tempo o conhecimento sobre
o que é melhor para os pássaros, se espalhou atingindo nível global, já que os
periquitos são animais altamente sociáveis, vivendo muito bem em gaiolas e
viveiros coletivos, motivo mais que suficiente para se tornar um hobby.
Um dos mais famosos brasileiros em relação a criação de periquitos
australianos, é o criador e ornitólogo autodidata Nelson Machado Kawall,
proprietário há 55 anos do criadouro Arco-Íris, que talvez seja o mais velho do
país.
Kawall começou apenas com um casal de periquitos quando era criança, e
desde aquela fase já havia se apaixonado por periquitos, ele se impulsionou de
verdade quando estabeleceu uma vida fixa e estava casado, começou com três
casais, e logo, com a ajuda de vários sócios, desenvolveu um enorme ramo de
comercio de passeriformes, seus pássaros não eram apenas um hobby, eram
agora uma fonte de renda, já que iniciou a criação de novas espécies e a venda
de pássaros para vários lugares do Brasil e para o exterior.
Kawall se tornou um ornitólogo autodidata renomado, concorreu e venceu
inúmeros concursos tanto no Brasil quanto no exterior, foi presidente de grandes
sociedades passeriformes, foi convidado para palestrar para biólogos e zoólogos,
mostrando seu conhecimento sobre pássaros e sua criação.
Ele também foi escritor de vários artigos, além de influenciar diretamente,
criadores de São Paulo e do Rio de Janeiro, e teve participação importante como
consulto no programa Globo Rural entre os anos 70 e 80.

INÍCIO À CRIAÇÃO DE PERIQUITOS - O BÁSICO

No site Periquitos.pt.vu (2012) diz que o primeiro requisito é um local onde


os periquitos possam criar. Pode ser um telheiro, uma garagem, uma cave, uma
divisão inutilizada ou mesmo um aviário especialmente construído para o efeito.
Será uma boa ideia começar num local onde exista muito espaço, ou pelo menos
algum espaço que possibilite alguma expansão, o que será inevitável, pois, assim
que os periquitos começarem a criar o espaço começará a escassear, a não ser
que seja psicologicamente muito forte! Lembre-se de que irá necessitar de gaiolas
de stock e voadeiras nas quais possa manter as aves quando elas não estão a
criar, e os mais novos enquanto decide com quais vai ficar.
Os Periquitos Australianos Selvagens vivem em grandes campos abertos,
mas seus descendentes gerados em outros continentes passaram a ser criados
em espaços cada vez menores, hoje sua criação acontece principalmente em
gaiolas e viveiros, sendo a primeira opção muito acessível graças à facilidade de
encontrar casas aviarias em todo o país que vendem todo o material necessário,
e os viveiros muitas vezes são projetados pelo criador, pois este irá planejar as
melhores condições para seus pássaros viverem.
Desenvolveram-se também gaiolas para criar  em tamanho muito reduzido
e caixas ninhos que mal cabem um casal com dois ou três filhotes. Com o tempo
a falta de espaço vai atrofiando os casais e esmagando os filhotes nestas
caixinhas minúsculas que só colaboram para a queda da imunidade e com isto a
aparição de doenças fatais.
O CASAL

É preciso de um macho e uma fêmea para que ocorrer a reprodução, é


mais indicado procurar comprar um casal que já esteja formado, e não escolher
aleatoriamente, pois assim a reprodução terá resultados mais fácil e rapidamente.
Para identificarmos um macho de uma fêmea basta olharmos para a
carúncula nasal, parte logo acima do bico, sendo que no macho ela é Azul e as
fêmeas apresentam tons de castanho, rosa ou cinza, sendo que já podemos notar
esta diferença a partir dos seis meses de idade. Já nos periquitos albinos, tanto o
macho quanto a fêmea tem a carúncula rosada (Casa Dos Passaros, 2012).

O INTERIOR DA GAIOLA OU VIVEIRO

O ambiente em que irá colocar os pássaros deve conter puladouros,


comedouros, bebedouros e deve conter um ninho para cada fêmea, para evitar
que haja competição, é indicado que no fundo aja algum tipo de proteção
removível, para que possa fazer uma limpeza fácil do ambiente, diminuindo as
chances de propagação de doenças.

ALIMENTAÇÃO

Os periquitos comem vários tipos de semente como alpiste, painço, aveia,


canhamo, linhaça, niger, girassol entre outras, sendo que encontramos várias
misturas prontas no mercado. Devemos deixar uma fonte de cálcio na gaiola,
podendo ser o osso de siba, a farinha de ostra, cascas de ovos limpas, secas e
moídas, ou algum suplemento vitamínico encontrado em PetShops. Outro
alimento importantíssimo são as verduras e os legumes, de preferência os de cor
verde escuro como couves, almeirão e mostarda, além de jiló, pimentão e milho
verde. Devemos ter um cuidado especial com a água dos bebedouros que devem
ser trocadas diariamente (Casa dos Pássaros, 2012).
Podemos misturar a água vitaminas, suplementos alimentares ou
vermifugos, sempre seguindo a prescrição da bula, como os produtos da linha
Avitrin, mas existem diversas marcas de ótima qualidade no mercado. Como os
periquitos não possuem dentes, é muito importante que coloquemos na
gaiola/viveiro um pote com areia limpa para que eles possam ingerir e ajudar a
moela a triturar os alimentos (Casa dos Pássaros, 2012).
Existem várias dietas para os periquitos, como as de manutenção, criação,
recuperação, engorda e emagrecimento. Para os psitacídeos fora da época de
acasalamento ou muda podemos manter uma dieta de manutenção, composta
basicamente de 50% painço, 30% alpiste, 20% de linhaça e aveia (Meus
Periquitos, 2012).
Quando os periquitos estiverem procriando e com filhotes devemos
acrescentar um pouco mais de aveia e também de outras sementes como o
girassol, além de uma boa farinhada do tipo “papa de ovo”, além do próprio ovo
cozido.
No site tudosobreperiquitos (2012) encontramos exemplos de papa caseira
de frutas, onde se escolhe sempre 2 frutas ex: Maçã (sem semente) e Banana. já
de legumes: Escolhe sempre 2 legumes ex: Beterraba e Cenoura. No acaso de
Folhas: Escolhe sempre 2 folhagens ex: Escarola e Espinafre. Também pode ser
feita a papa com pão: Pão com leite ou água (esta não é necessário acrescentar a
água para não ficar grossa)
Em qualquer uma das papas o modo de preparo é colocar no liquidificador
ou passe no processador até ficar com Uma textura de purê Acrescente 2
colheres de Neston Ou Mucylon e coloque água a gosto, Até ver que a papa não
esta grossa, E esta fácil de aplicar ao filhote com a seringa, você também pode
acrescentar sementes, para poder bater ou processar junto mas elas tem que
estar descascadas. (Tudo Sobre Periquitos, 2012)

LIMPEZA DA GAIOLA

Fazer a Limpeza de Gaiolas de Periquito é um dos pontos principais para


ter pássaros saudáveis e obter sucesso na reprodução, não basta apenas trocar o
jornal do fundo da gaiola ou viveiro, existem outras dicas de limpeza que são bem
simples, mas que irão garantir a saúde de seu periquito e prevenir certas doenças
como a sarna e os ácaros. As melhores formas de limpeza e higiene para gaiolas
de periquito são: Colocar um jornal ou papel novo no fundo da gaiola pelo menos
três vezes por semana, limpar os bebedouros com uma bucha ou uma escova,
limpar os puladouros semanalmente, limpar os comedouros de acordo com a
quantidade de comida neles, retirar restos de alimentos grandes, etc. (Tudo Sobre
Periquitos, 2012).

A IDADE CORRETA PARA ACASALAMENTO DE PERIQUITOS.

É Importante observar bem um periquito antes de comprá-lo, pegar na


mão, verificar a situação de magreza, verificar “bolas de gordura” em qualquer
parte do corpo, cistos nas pontas das asas, sarna e sinais de fezes coladas na
região da cloaca, pois tudo isto se não for bem observado na hora de comprar, vai
ser motivo de desilusão e gastos futuros (Vida De Periquito, 2012).
Temos que ter uma preocupação com a idade do casal, pois antes dos
nove meses é quase certo os problemas com a falta de maturidade. Machos que
não galam corretamente, ovos inférteis por falta de espermatozóides, fêmeas que
quebram os ovos, põem fora do local correto, e casal, que mesmo com a vinda
dos filhotes, deixam morrer por falta de alimentá-los corretamente (Vida De
Periquito, 2012).
Devemos comprar sempre periquitos jovens, deixar que se acasalem, mas
não fornecer ninho até que tenham a idade correta. Também são preocupantes as
fêmeas com mais de quatro anos e os machos com mais de cinco anos, pois com
esta idade já criaram o suficiente para que continuemos a exigir que continuem
produzindo. Dentro desta faixa de 10 meses a 4 anos é o que chamamos de
tempo ideal para reproduzir (Tudo Sobre Periquitos, 2012).
Em seguida vem à preocupação com a preparação para a cria: vermifugar,
vitaminar e alimentar equilibradamente. Depois destes cuidados é mais certo
acontecerem os bons resultados, ou seja, uma reprodução com uma boa
quantidade de crias (Vida De Periquito, 2012).
REPRODUÇÃO

As fêmeas na época de reprodução escurecem o bico de rosa para um


tom quase marrom escuro e os machos após a reprodução ficam com ele bem
mais azul escuro. Quando um começa a alimentar o outro e arrumar o ninho com
certeza estão planejando ter uma cria. Assim que a fêmea sente que poderá botar
os ovos, fica a maior parte do tempo dentro do ninho e o macho buscando
alimento para a mesma (Animais Com Fael, 2012).
Percebem-se claramente quando ela vai botar por que suas saídas se
resumem a beber água e comer rápido. O melhor ninho para a postura é a
conhecida "casinha" de madeira. Não precisa colocar nada para eles construírem
o ambiente, pois, a maioria tem costume de colocar os ovos na madeira
(JulianaSphynx, 2012).
Periquitos gostam de roer o ninho, especialmente a porta. Isso não é um
sinal de insatisfação e sim de que estão arrumando a casa a seu gosto. Quando
quiser que se reproduzam é bom deixar o ninho direto na gaiola, pois quando
decidir em acasalar ele já estará por ali. Apenas retire o ninho quando não quiser
mais que eles reproduzam, pois periquitos costumam ter muitos filhotes em pouco
tempo (JulianaSphynx, 2012).

FATORES QUE INTERFEREM NA FERTILIDADE DOS


PERIQUITOS

A baixa fertilidade nos periquitos preocupa bastante os criadores que não


param de pesquisar em busca das respostas para este problema. É bastante
difícil conseguir uma eclosão de 50% dos ovos de todas as ninhadas. Existe um
estudo feito através da análise de 1.200 ovos que não eclodiram, obtendo o
seguinte resultado (Tudo Sobre Periquitos, 2012):
Situação do ovo número-porcentagem
- Branco 879-73,3 %
- Filhote morto no ovo 178-14,8 %
- Morte precoce do embrião 133-11,1%
- Ovos deformados 8-0,7%
- Ausência de gema 2-0,2%
Após o sexto ou o oitavo dia de choco os ovos apresentam aumento na
escuridão interna que pode ser observado com o auxílio da luz pode ser de uma
lanterninha. Caso não aconteça são reconhecidos como “brancos” ou inférteis
como os 879 da relação acima. Apesar de ser rara a infertilidade nos machos, isto
pode acontecer quando, por exemplo, todos os ovos de uma postura forem
“brancos”, pois uma fêmea não produziria ovos se fosse infértil (Tudo Sobre
Periquitos, 2012).
Algumas vezes são diagnosticados como falha no acasalamento, como no
caso em que o criador deixa machos e fêmeas juntos em um viveiro durante os
períodos de descanso. Muitas vezes vai juntando filhotes de ambos os sexos até
que fiquem adultos num mesmo ambiente. Isto faz com que se acasalem
naturalmente e quando separados e apresentados a outro par eles não se
adaptam bem ao outro parceiro. Por isto a recomendação é que fiquem
separados por sexo até a época de acasalamento (Tudo Sobre Periquitos, 2012).
É constatado também que alguns machos, vez por outra, param de
produzir espermatozóides por algum tempo voltando depois a normalizar. Alguns
periquitos, principalmente pela evolução do padrão, apresentam penas mais
compridas e muito fofas prejudicando o contato sexual na região da cloaca. Existe
a recomendação por alguns criadores, que as penas sejam cortadas em volta
desta região para que não atrapalhe no momento do encaixe entre as aberturas
masculinas e femininas (Bicharedo, 2012).
Como se não bastassem, existem situações outras como o hábito de
algumas fêmeas em ficar o tempo todo dentro da caixa não dando chances para a
cópula com o macho. Neste caso, após a retirada dos ovos brancos devemos
fechar a entrada da caixa por uns dias para dar chance ao bom entendimento do
casal (Bicharedo, 2012).
Os poleiros muito finos ou frouxos (bambas), também dificultam no
momento da cobertura. Outro fator importante é o manuseio dos ovos, podem ser
contaminados pela mão do criador. Se precisar lavá-los deve ser feito com água á
40 graus e com a utilização de luvas descartáveis. A água fria não impede que os
germes penetrem na casca do ovo. É sempre bom lembrar que a temperatura de
incubação é de 38 graus, apenas dois graus a menos (Vida De Periquito, 2012).
Parece muito difícil e que somente um especialista conseguiria
enfrentartodos os obstáculos, mas não é assim que tem que ser visto. Se
tivermos amor com as aves, paciência e um pouco de dedicação, a natureza nos
recompensará com certeza.

DOENÇAS E TRATAMENTOS

O Peito-Seco, estado geral das aves, principalmente as ornamentais,


refere-se a um quadro de caquexia ou fraqueza geral progressiva. A doença é
mais frequente em canários, bicudos, curiós, periquitos australianos e agapornis.
Ao exame clínico podemos observar uma redução da musculatura peitoral, com
proeminência do osso esterno ou quilha (Clube dos Passaros, 2012).
Entre os criadores existem controvérsias em relação a causa desta doença,
mas na verdade, sabemos que trata-se de uma síndrome, ou seja, várias doenças
podem determinar “peito seco” nas aves.
As causas são muitas, desde parasitismo até problemas de depressão por
perda ou separação dos parceiros, troca de proprietários, dentre outras. O mais
importante é que geralmente trata-se de um quadro terminal, portanto, pouco se
consegue fazer pela ave (Clube Do Criador, 2012).
Indica-se sempre aos proprietários que estejam atentos, e que sejam bons
observadores. No mercado existem vários medicamentos que são vendidos com
a finalidade de combater o “peito seco”, porém, nem sempre funciona, pois
inicialmente precisa-se descobrir a causa. Ao primeiro sinal de que algo não vá
bem, deve-se procurar um médico veterinário especialista em aves e levá-la para
ser examinada (Tudo Sobre Periquitos, 2012).
Piu Sana Antibiótico - Enrofloxacino, antibiótico de amplo espectro indicado
para pássaros ornamentais, composto por Enrofloxacino, serve para o tratamento
das infecções causadas por bactérias Gram-negativas e Gram-positivas,
espiroquetas e micoplasmas sensíveis ao enrofloxacino, infecções respiratórias e
diarréias. É indicado também nas infecções respiratórias, pneumonias, causadas
por Pasteurella spp., Klebsiella spp., Staphlococcus aureus, Pseudomonas spp.,
Bordetella bronchiseptica e Mycoplasma spp. E nas infecções entéricas (diarréias)
causadas por Salmonella spp., Escherichia coli, Pasteurella multocida e
Clostridium spp. Com relação a dosagem e ao modo de usar, deve ser feito de
foram oral. Sendo a dose recomendada é de uma gota para cada 20 g de peso, a
cada 24 horas, durante 3 a 4 dias consecutivos, ou de acordo com a orientação
do médico veterinário. As gotas podem ser administradas diretamente no bico do
pássaro. Este medicamento pode ser encontrado em frasco plástico dotado de
conta-gotas, contendo 10 mL, ou como pomada para o tratamento de sarna
(Mundo Animal, 2012).
Essa doença tem cura e pode ser tratado com remédio, recomendado, não
deixando de lado a existência de outras marcas, como Dolemil pomada, mas
também qualquer outro sarnicida usado adequadamente, o modo de tratamento é
o mesmo (Meus Periquitos, 2012). 
O tratamento é simples: Pegue o periquito na mão e com um bastonete
úmido com água morna, umedeça bem a região afetada e em seguida com o
outro lado do bastonete passe a pomada, troque de bastonete, nunca retorne o
bastonete a bisnaga, pois isso pode prejudicar o remédio.
A fêmea que arranca as próprias penas, pode estar sob estresse, é
importante verificar se o lugar onde ela esta morando é confortavel; se a gaiola é
muito pequena; se é limpinha; se pega um pouco de sol; quantas vezes ela já
botou ovos; se alimenta adequadamente; e se ela não passou de quatro anos de
idade, porque dai pra frente começa a ficar difícil reproduzir.
Quando vamos iniciar uma criação de periquitos, o ideal é primeiro aplicar
as gotas de "allax" ou outro medicamento da mesma linha, á base de vermectina
para acabar com qualquer possibilidade de parasitos. Em seguida dar um
vermífugo para aves e depois então um revitalizante, para fortalecer (seguindo
corretamente a bula dos medicamentos). Neste tempo todo do tratamento, uns 15
dias no máximo, ela deve receber uma banheirinha com água e algumas gotas de
iodo para se lavar, (pode ser vinagre, as gotas), duas ou três vezes por semana
(Tudo Sobre Periquitos, 2012).
Daí sim, ela estará em condições de começar um período de cria que não
deve ultrapassar a três ou quatro rodadas seguidas. Cada rodada é composta de
postura, choco e criação dos filhotes. Depois destas rodadas deve ser repetido o
processo de recuperação, com a utilização de medicamentos e revitalizantes,
seguido de sessenta dias de descanso (Vida De Periquito, 2012).

OVOS SUJOS

Regra geral, os ovos que são chocados nas extremidades são mais velhos
que os do centro. Por este fato, durante a incubação deve-se evitar mexer nos
ovos, embora, regra geral, mesmo quando os ovos são deslocados, a taxa de
incubação mantém-se normal (Ave Domestica, 2012).
Mais importante ainda é manter os ovos limpos! Está provado que ovos
sujos com dejetos das aves, em muitos dos casos, acabam por não eclodir. Isto
se passa porque a casca dos ovos permite a absorção das fezes, que acabam por
contaminar o interior do ovo com substâncias tóxicas, levando à morte do
embrião.

ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO DE UMA CRIA

1.º ao 5.º dia: O passarinho ainda tem os olhos fechados e é alimentado


deitado sobre as costas.
6.º dia: Os olhos do passarinho abrem-se.
7.º dia: As asas começam a crescer.
8.º dia: O passarinho consegue erguer a cabeça e dá os primeiros passos.
9.º dia: As penas da cauda começam a crescer.
12.º dia: O passarinho possui todas as penas.
17.º dia: A cria pesa 30 gramas.
28.º dia: As penas das asas e da cauda têm praticamente o seu
comprimento definitivo. O passarinho consegue voar e abandona o ninho.
38.º dia: A plumagem está completamente formada, apresentando, contudo
uma cor mais pálida que a dos progenitores.
3.º ao 4.º mês: Muda da pena, após a qual a plumagem fica igual à dos
progenitores, e as crias atingem a maturidade sexual (JulianaSphynx, 2012).

FILHOTES

Quando os filhotes nascem a situação continua por algum tempo a mesma:


a fêmea dentro do ninho e o macho trazendo comida. Não se intrometa no
trabalho da fêmea. Todos os cuidados a mãe dá a eles até saberem se virar
sozinhos(JulianaSphynx, 2012).
É importante colocar o ninho no chão da gaiola depois de um tempo para
que os filhotes não se joguem mais tarde de alguma altura ruim para eles
retornarem. Coloque-os de volta ao ninho caso isso aconteça e depois coloque o
ninho em um local baixo em que possam voltar sozinhos quando saírem do
mesmo (JulianaSphynx, 2012).
Após 2 meses, enquanto os filhotes usarem o ninho limpe uma vez por
semana e coloque um jornal no fundo dele. O excesso de fezes lá dentro pode
causar algumas doenças (Tudo Sobre Periquitos, 2012).
No demais é só acompanhar para ver se há algum problema na
alimentação e desenvolvimento físico, principalmente no último da cria. Às vezes
os pais deixam de alimentar os mais novos por que os primeiros ficam
independentes(Tudo Sobre Periquitos, 2012).

AMANSANDO OS FILHOTES.

Quando estiverem por volta do primeiro mês é bom cria-los fora do ninho
alimentando com papinha, após abrirem os olhos. A papinha pode ser encontrada
a venda em loja de animais. Mistura-se com água morna e alimenta-se o filhote
com uma seringa também própria para criação.
Para que a ave acostume-se com seu toque ou ficar empoleirada no dedo
tente primeiro pegar por uns 10 min por dia usando um pano em volta da mão
para que não seja bicado. Faça carinho na ave até que ela se sinta mais calma e
repita isso aumentando a quantidade de tempo todos os dias. Uma hora quando
você for pegar ela não ficará mais agressiva com você pois associará a um bom
trato (JulianaSphynx, 2012).
Se começar bem cedo nem precisará usar um pano em volta da mão, pois
a maioria dos filhotes é muito amigável e brincalhão.Pegue-o com a mão dentro
da gaiola até que haja mais confiança (JulianaSphynx, 2012).
Periquitos voam, uma informação bem obvia, deve-se sempre lembrar que
não se deve confiar 100% na ave fora da gaiola. Fique sempre por perto para que
não haja acidentes e, em caso de prevenção, apare as penas de uma das asas.

ENSINANDO A FALAR

Para ter um periquito falante o isolamento é a primeira parte: é importante


que ele esteja sozinho na sua casa sem qualquer outra ave que faça barulho, pois
assim ele começará a imitar a outra ave e terminará como quase todos os
periquitos que apenas fazem aquele barulho característico (JulianaSphynx, 2012)
Aves compradas em lojas geralmente não aprendem a falar por que
convivem com outros periquitos (JulianaSphynx, 2012).
Desde o nascimento da ave deve-se começar a ensinar a falar, assim que
ele abrir os olhos irá reconhecer-lo. Comece com poucas palavras e repetindo
baixinho perto da ave. Eles demoram muito mais tempo que os papagaios para
começar a repetir. Esse trabalho exige muita paciência e pode levar muito tempo.
Se houver certa persistência poderá ter um periquito falante, já que são aves
capazes de repetir palavras (JulianaSphynx, 2012).

CURIOSIDADES

- Apesar de muitos escaparem do cativeiro, apenas na Flórida o periquito


australiano estabeleceu-se como população selvagem.
- O sucesso dessa espécie foi tão grande nos EUA que provocou a caça
indiscriminada na Austrália. Temendo o risco de extinção, estabeleceu-se uma Lei
impedindo a exportação do periquito.
- Os Periquitos Australianos selvagens são menores que os criados em
cativeiro.
- O Periquito Inglês mede de 20 a 22 centímetros (maior que o Australiano)
e é o único que pode participar de exposições.
- A Inglaterra alem de desenvolver o Periquito Inglês também afixou uma
mutação do Periquito Australiano que apresenta penacho na cabeça.
- As gaiolas para periquitos devem ser obrigatoriamente de arame, pois
eles roem a madeira a ponto de abrir passagens onde facilmente poderão fugir.
JUSTIFICATIVA

O trabalho que será desenvolvido com a criação de periquitos, foi


idealizado com base em experiências anteriores de convivência com animais
dessa espécie, de forma que seria inovador ultrapassar as simples barreiras de
criação, indo a realização de pesquisas e obtenção de um conhecimento real e
cientifico sobre estes pássaros.
Iremos juntos analisar a reprodução e o comportamento destes animais
além de aprendermos suas características básicas e funcionais, acreditando que
ao final estaremos prontos para desenvolver facilmente um plantel de periquitos.
OBJETIVO

OBJETIVO GERAL

O objetivo deste estudo é observar o comportamento do casal de


periquistos australianos (Melopsittacus undulatos) no período reprodutivo e no
período não reprodutivo, e observar a relação deste comportamento com o clima
ambiente.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Observar o comportamento das aves no período frio e calor;


Analisar o comportamento das aves no período reprodutivo
Verificar a convivência em grupo das aves.
Comprovar a interferência humana no comportamento das aves.
METODOLOGIA

MATERIAIS

Tres viveiros de madeira:


2 Viveiros de 1 m de largura, por 50 cm de altura e 50 cm de base cada;
1 Viveiro de 72 cm, por 45 cm de altura e 45 cm de base;
3 Comedouros grandes (aproximadamente 15 cm por 10 cm);
3 Comedouros pequenos;
6 Bebedouros;
Galhos finos de arvores;
3 Caixas de papelão de aproximadamente 1 m de largura por 50 cm;
4 Casas para acasalamento;
Rações mistas, compostas de alpiste, painço, sementes de gira-sol, Níger,
entre outras;
Vitamina Avitrin Reprodução para incentivar um aumento harmônico
reprodutivo;
Lençol grande e grosso;
4 casais de periquitos.

PROCEDIMENTOS
Foram encomendados três viveiros em dois diferentes marceneiros,
contendo no mínimo duas portas cada.
Cada viveiro foi equipado com fundos de papelão, para facilitar a limpeza,
que é feita mensalmente, ou antes, de acordo com a quantidade de sujeira.
Colocou se também dois bebedouros em cada viveiro, e em todos os
bebedouros colocou-se 10 gotas do remédio Avitrin Reprodução.
Colocou-se um comedouro grande e um pequeno, e neles foram
distribuídas as diversas sementes.
Foram colocados galhos dentro do viveiro para que os periquitos pudessem
se locomover e ter onde se repousarem.
Foi colocada uma casinha planejada para a reprodução de periquitos
australianos em cada viveiro e duas no qual tem dois casais.
Em dois viveiros foram colocados um macho e uma fêmea, e em um
terceiro colocou-se dois casais.
Os viveiros foram colocados no quintal, a céu aberto, onde são
influenciados pelo clima, e durante a noite eles são cobertos com lençol para que
não sintam muito frio.
As aves são periquitos australianos, da espécie Melopsittacus undulatus, são
aves de origem australiana, introduzidas para criação em cativeiro, sua estimativa
de vida é de 12 anos, inicia o período reprodutivo por volta dos primeiros 2 anos
de vida, e por serem animais de colônia, há maior probabilidade de sucesso na
reprodução quando se cria mais de um casal.
Por serem aves tropicais, seu período reprodutivo está ligado ao clima, em
períodos frios, sua reprodução não ocorre naturalmente, mas logo que inicia o
período quente, aparecem os primeiros sinais do instinto reprodutivo.
Os periquitos são observados com o uso de câmeras, no período da tarde, eles
são filmados sem a presença humana, pois esta muitas vezes os assusta, e
depois as imagens são analisadas para retirar o máximo de aproveitamento.
Também observamos os pássaros de lugares estratégicos, de forma que
podemos vê-los, más eles não podem nos notar, assim podemos observa-los sem
interferir em suas ações.
Ao longo do trabalho, o posicionamento dos viveiros foi alterado, no inicio do
trabalho eles estavam empilhados, mas com o fim do período frio, eles foram
colocados lado a lado, tendo visibilidade mutua para estimular a ideia de colônia.

RESULTADO

Imagem 1 e 2,viveiros antes de iniciar a criação.

Imagem 3, 2 casais de mesmo viveiro, 1º casal, fêmea na ponta esquerda e


macho na ponta direita, e 2º casal, o macho é o 2º dá esquerda para a direita e a
femea é a terceira.
Imagem 4, 2º casal.

Imagem 5, 3º casal “namorando”

Imagem 6, 4º casal
Imagem 7, 3º casal.

Imagem 8, fêmea do 3º casal dentro do ninho.

Imagem 9, macho “arrumando” sua plumagem.


Imagem 10, macho do 3º casal adentrando no ninho

Imagem 11, segundo casal na porta do ninho.

Imagem 12, namoro do 2º casal.


Imagem 13, primeiro ovo do 2º casal.

Imagem 14, novo posicionamento dos viveiros.


DISCUSSÃO

Nas imagens 1 e 2, foram fotografados dois dos três viveiros antes de


iniciar a criação dos periquitos.
Na imagem 3, foram fotografados os dois casais que residem em um
mesmo viveiro, o casal numero 1, foi adquirido em uma chácara, junto ao casal 4,
e esta no mesmo viveiro que o casal 2, eles não apresentaram muitas chances
reprodutivas, principalmente, porque chegaram em um período que iniciaria o frio.
A imagem 4 mostra o casal numero 2, quando ainda eram os únicos
moradores de seu viveiro, eles foram adquiridos em uma pet shop, assim como o
casal 3, segundo seu antigo dono, eles já haviam iniciado a reprodução.
Na imagem 5, mostra o 3º casal, que foi adquirido na pet shop, seu antigo
dono, afirma nunca terem reproduzido, mas que já apresentavam um
comportamento correspondente a um casal, assim como é representada nesta
imagem, suas ações que demonstram algo semelhar a um namoro.
Na imagem 6, foi fotografado o 4º casal, aqueles que menos apresentaram
interesse em reproduzir, e nunca foram vistos dentro de sua casinha.
Na imagem 7, vê se claramente a plumagem do casal 3, sendo o macho a
ave azul claro, e a fêmea a ave com tons verde e amarelo, muito semelhante aos
periquitos nativos da Austrália.
Na imagem 8 e 9, observa-as que antes de iniciar o período do outono,
onde o clima é muito frio, a fêmea havia mostrado interesse pelo ninho, passava
breves momentos dentro do ninho, e algumas vezes acompanhada do macho,
como mostra a imagem 10, mas com a chegada do frio, seu comportamento
mudo, podendo-se especular que o frio “espantou seu espírito para procriar”.
Na imagem 11, mostra o casal numero 2, eles sempre se assustam quando
tiramos as fotos, e sempre se direcionam para a porta do ninho em sinal de
defesa, mas não há nada dentro do ninho.
Na imagem 12, o casal numero 2, apresenta comportamento dito como de
parceiros reprodutivos, as caricias são constantes, e logo no inicio da criação
observa-se o resultado destas caricias, na imagem 13, pode-se observar o ovo
posto pela fêmea do casal 2, mas ela não o colocou dentro de seu ninho, e
quando ele foi posto no ninho por nós, ela o rejeitou e o colocou para fora, em
seguida começou o período do frio, e seu comportamento mudou como o do casal
3.
Após o fim do período frio, um novo posicionamento foi escolhido para os
viveiros, como pode-se observar na imagem 14, sendo que desta forma, os
periquitos podem ficar mais perto uns dos outros.
Observou-se que após o período frio passar e o esquema dos viveiros
forem alterados, o comportamento reprodutivo reiniciou, como a entrada nas
casinhas pelos casais 1, 2 e 3.
Com esse novo esquema de posicionamento, novas observações foram
feitas, com o objetivo de analisar tanto o comportamento entre os casais de cada
viveiro como entre casais de diferentes viveiros, e notou-se que eles começaram
a se socializar muito mais, isso foi observado graças a visível exaltação em seu
comportamento, como os seus gritos alarmantes.
Com essa novas observações, descobriu-se também, que a presença
humana no ambiente influencia o seu comportamento, quando as aves visualizam
alguém, se assustam e mudam de comportamento, e quando elas percebem uma
alteração no ambiente (barulho anormal), também se exaltavam e faziam barulhos
excessivos.

CONCLUSÃO

Após um período de três meses, com analises e pesquisas sobre cada


etapa do projeto, chegamos à conclusão que o trabalho não conseguiu alcançar
todos os seus objetivos, foi observada e comprovada a diferença comportamental
nos períodos de frio e calor, a interferência humana no comportamento das aves,
e a diferença do comportamento quando convivem em grupo. Infelizmente, não foi
possível analisar a reprodução das aves, após feitas as investigações sobre quais
as causas da falha, concluiu que o período frio, interrompeu o período
reprodutivo, o qual só pode ser reiniciado no próximo período de calor.
Os quatro casais foram analisados antes de serem adquiridos, e
identificados como adultos reprodutores, em seguida os periquitos foram
colocados em seus viveiros, durante o primeiro mês (Julho), as aves
apresentaram comportamento reprodutivo, representado por caricias, exaltação
na comunicação e nos movimentos, além da constante entrada na casinha,
inserida para a postura dos ovos.
No segundo mês (Agosto), o tempo mudou, passou a fazer frio
constantemente, e todo o processo reprodutivo foi interrompido, as aves
apresentaram comportamento tedioso, se recolhiam e não demonstravam
nenhuma forma de caricia diferente.
No final do segundo mês (Agosto) e no inicio do terceiro mês (Setembro), o
tempo mudou outra vez, o período de calor recomeçou, junto com o inicio da
primavera, imediatamente, o comportamento das aves foi alterado, como se o seu
instinto reprodutivo estivesse hibernando por causa do frio, e agora estivesse sido
ativado pelo calor e dias mais ensolarados.
Mesmo com o inicio de um novo período de calor, não foi possível analisar
a reprodução, pois esta não ocorreu antes que o prazo para a entrega dos
trabalhos expirasse.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Psittaciformes acessado entre


26/06/2012 e 20/07/2012
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Piriquito acessado entre 26/06/2012 e
20/07/2012
Disponível em: http://periquitosaustraliano.blogspot.com.br/ acessado entre
26/06/2012 e 20/07/2012
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Aves acessado entre 26/06/2012 e
20/07/2012
Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Periquito-australiano acessado entre
26/06/2012 e 20/07/2012
Disponível em: http://tudosobreperiquitos.blogspot.com.br/ acessado entre
26/06/2012 e 20/07/2012
Disponível em: http://www.periquitos.com.br/criadouro/identificandou.html
acessado entre 26/06/2012 e 20/07/2012
Disponível em: http://julianasphynx.blogspot.com.br/2008/12/periquito-australiano-
reproduo.html acessado entre 26/06/2012 e 20/07/2012
Disponível em: http://periquito.noads.biz/index.php/reprducao acessado entre
26/06/2012 e 20/07/2012
Disponível em: http://casadospassaros.net/2009/03/saiba-tudo-sobre-a-criacao-
de-periquitos-australianos/ acessado entre 26/06/2012 e 20/07/2012
Disponível em: http://casadospassaros.net/2009/06/filhotes-de-periquitos-
australianos/ acessado entre 26/06/2012 e 20/07/2012

ANEXOS

ARTIGO CIENTÍFICO

CRIAÇÃO E ANÁLISE COMPORTAMENTAL DE


MELOPSITTACUS UNDULATOS EM PERÍODO
REPRODUTIVO1
Alisson Ribeiro Mota2
Matheus Marques Azevedo 2
Victor Jordan Rocha Gumes2
Vitor Miranda Souza Brito2
Yone Júlia Magalhães Trindade3

1
Texto elaborado a partir das normas da ABNT, para a conclusão do Trabalho Cientifico, elaborado pelo
curso de Biologia aplicado na Cooperativa Educacional de Caetité, onde será realizada a 2ª Mostra cientifica
da Coopec.
2
Autores alunos 1º ano do ensino médio COOPEC 2012
3
Professora de biologia da COOPEC do 1º ano do ensino médio
Resumo

O trabalho feito com os periquitos foi desenvolvido em um trimestre, com o


acompanhamento e instrução da Professora Yone Trindade, bacharel em biologia
e pós-graduada em ciências da saúde e saúde publica. Durante o período
experimental, foram criados quatro casais de periquitos australianos, animais
exóticos, introduzidos no Brasil para serem animais de estimação, pássaros
nativos da Austrália, que não se adaptaram a nenhum outro lugar.
Antes de iniciar o período experimental, foram feitas pesquisas com sites e
artigos, além de entrevistas com criadores regionais, em seguida foram
comprados os materiais e montados os viveiros para iniciar a criação.
Os quatro casais foram analisados antes de serem adquiridos, e
identificados como adultos reprodutores, em seguida os periquitos foram
colocados em seus viveiros, seu comportamento foi analisado durante o período
frio e durante o período quente, foram feitas observações em sua maioria no
período da tarde, mas sempre evitando muito movimento perto dos viveiros, pois
foi observada a interferência humana em seu comportamento.
O trabalho procurou estudar de forma ampla, o comportamento destas
aves,(que geralmente são encontradas em grandes bandos) em uma pequena
quantidade de indivíduos, e nisso observou-se a comunicação entre as aves de
viveiros diferentes e a socialização entre casais de mesmo viveiro.

PALAVRAS-CHAVE: Periquitos. Pesquisa. Analise. Comportamento.


Reprodução.

Abstract

The work done with the parakeets was developed in a quarter, with the
accompaniment and instruction of Professor Yone Trinity, bachelor in biology and
a graduate degree in health sciences and public health. During the experimental
period, were created four pairs of Australian parrots, exotic animals, introduced in
Brazil to be pets, birds native to Australia, which have not adapted to any other
place.
Before starting the experiment, were made with research sites and articles,
as well as interviews with regional farmers, then the materials were purchased and
assembled nurseries to start creating.
The four couples were analyzed before being acquired, and identified as breeding
adults, the parakeets were then placed in their nursery, their behavior was
analyzed during the cold and hot during the observations were made mostly in the
afternoon but always avoiding much movement near the nurseries because
human interference was observed in their behavior.
The study sought to broadly study the behavior of these birds (which are usually
found in large flocks) in a small number of individuals, and it was observed
communication between birds of different nurseries and socialization between
couples of the same aviary.

KEYWORDS: Parakeets. Search. Analyze. Behavior. Reproduction.

Introdução

O trabalho desenvolvido com a criação de periquitos (Melopsittacus


undulatos), foi idealizado com base em experiências anteriores de convivência
com animais dessa espécie, de forma que seria inovador ultrapassar as simples
barreiras de criação, indo a realização de pesquisas e obtenção de um
conhecimento real e cientifico sobre estes pássaros.
Foram estudadas as diversas maneiras mais conhecidas de se cria-los,
através da realização de pesquisas em sites, artigos, e com criadores
experientes, foram eleitas as melhores formas de se adaptar o modelo comum de
criação para uma criação com objetivos científicos.
Foram adquiridos quatro casais para o projeto, sua criação foi iniciada com
pequenas diferenças de tempo, insuficientes para alterar o resultado.Os casais
foram bem tratados, com alimentação e vitaminas indicadas por outros criadores,
e com higienizações periódicas de suas gaiolas.
Após a iniciação da criação segue o momento para a realização dos
objetivos escolhidos, entre eles o de observar o comportamento dos casais de
periquistos australianos (Melopsittacus undulatos) no período reprodutivo e no
período não reprodutivo, e observar a relação deste comportamento com o clima
ambiente, incluindo a observação da interferência humana em seu
comportamento, ou de outros pássaros de mesma espécie.
As aves foram observadas, com muitos intuitos, entre eles, estava o de
registrar o que faziam, e qual seria o motivo para suas ações, qual a relação do
ambiente com o seu comportamento, e para essas analises, fizemos tais
observações em períodos e horários diferentes, conseguindo melhores registros
com a alternância.
As aves nos forneceram vários resultados, e de acordo com suas
mudanças, também foi alterada a metodologia, pois foi notado que as mudanças
climáticas estavam atrapalhando a reprodução das aves, em vista destes detalhes
pequenos, medidas adicionais foram tomadas, impedindo a geração de maiores
problemas.

Desenvolvimento

No inicio das observações, o clima ambiente possuía temperaturas quentes


durante a maior parte do dia, as aves se demonstravam agitadas, brincalhonas,
barulhentas e curiosas. Foram notadas muitas caricias, envolvimentos com o
ninho, e aspectos típicos de uma reprodução, mas em pouco tempo as
temperaturas mudaram de muito quente para muito frio, e com essa mudança, o
comportamento das aves mudou como se estivesse em outro ambiente, os sinais
de alegria cessaram, e os reprodutivos se tornaram inexistentes, as aves
precisaram de proteção extra devida as baixas temperaturas da noite.
Antes do final do projeto, o período de altas temperaturas começou a
retornar gradualmente, trazendo consigo mais animo para as aves, e mais
estimulo reprodutivo. As aves foram analisadas durante horários diferentes, e em
posições diferentes, isso gerou o desenvolvimento de novas teorias, as de que as
aves são influenciadas pela presença humana, e que a convivência em grupo
pode influenciar em seu comportamento.
A pratica mostra que a analise dos diversos resultados obtido com as
observações oferece uma boa oportunidade de verificação das opções básicas
para o sucesso do trabalho, e que a analise feita mesmo em períodos diferentes,
gera a evolução dos objetivos e a propagação de novos resultados.
Entre os objetivos, estava a analise dos periquitos, quando estes se
encontravam no período reprodutivo, e consequentemente a sua reprodução, mas
devida as mudanças de temperatura já citadas, a reprodução não se concretizou,
mas há a hipótese de que esta ocorrerá no próximo período de calor que está
iniciando junto com o fim deste trabalho.
Os objetivos que surgiram no meio do caminho, como os que envolviam a
presença humana, ou a convivência em grupo, tiveram mais sucesso que os
principais, pois ficou claro que quando um humano se faz presente no ambiente,
devido ao extinto de proteção, as aves mudam seu comportamento para um
estado de alerta defensivo, e cessam suas atividades até que se sintam seguras
novamente.
Quanta a convivência em grupo, usou-se de dois esquemas de
posicionamento dos viveiros para testar esta hipótese, primeiro os viveiros foram
colocados empilhados, de forma que os pássaros não obtivessem contato visual
entre si, em seguida os viveiros foram postos frente a frente, claramente notou-se
que as aves se sentiram mais confortáveis na segunda situação, pois se sentiram
em grupo.

Conclusão

Após um período de três meses, com analises e pesquisas sobre cada


etapa do projeto, chegamos à conclusão que o trabalho não conseguiu alcançar
todos os seus objetivos, foi observada e comprovada a diferença comportamental
nos períodos de frio e calor, a interferência humana no comportamento das aves,
e a diferença do comportamento quando convivem em grupo. Infelizmente, não foi
possível analisar a reprodução das aves, depois de feitas as investigações sobre
quais as causas da falha, concluí-se que o período frio, interrompeu o período
reprodutivo, o qual só pode ser reiniciado no próximo período de calor.
Os quatro casais foram analisados antes de serem adquiridos, e
identificados como adultos reprodutores, em seguida os periquitos foram
colocados em seus viveiros, durante o primeiro mês (Julho), as aves
apresentaram comportamento reprodutivo, representado por caricias, exaltação
na comunicação e nos movimentos, além da constante entrada na casinha,
inserida para a postura dos ovos.
No segundo mês (Agosto), o tempo mudou, passou a fazer frio
constantemente, e todo o processo reprodutivo foi interrompido, as aves
apresentaram comportamento tedioso, se recolhiam e não demonstravam
nenhuma forma de caricia diferente.
No final do segundo mês (Agosto) e no inicio do terceiro mês (Setembro), o
tempo mudou outra vez, o período de calor recomeçou, junto com o inicio da
primavera, imediatamente, o comportamento das aves foi alterado, como se o seu
instinto reprodutivo estivesse hibernando por causa do frio, e agora estivesse sido
ativado pelo calor e dias mais ensolarados.
Mesmo com o inicio de um novo período de calor, não foi possível analisar
a reprodução, pois esta não ocorreu antes que o prazo para a entrega dos
trabalhos expirasse.

Referencias

Lucietto, Fúlvio. Budgerig Art. Acessado entre 26/06/2012 e 20/07/2012.


Disponível em: http://budgerigart.blogspot.com.br/p/artigos-sobre-
budgerigars.html.
Sphynx, Juliana. Periquito Australiano: Reprodução. Acessado entre
26/06/2012 e 20/07/2012. Disponível em:
http://julianasphynx.blogspot.com.br/2008/12/periquito-australiano-reproduo.html.
Manhanini, Vinicius. Saiba tudo sobre a criação de Periquitos Australianos.
Acessado entre 26/06/2012 e 20/07/2012. Disponivel em:
http://casadospassaros.net/2009/03/saiba-tudo-sobre-a-criacao-de-periquitos-
australianos/.

Você também pode gostar