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Existem produtos naturais que contêm tais pigmentos em dose considerável, tais como a
cenoura, pigmento vermelho, o tomate, as laranjas, diversas pétalas de flores,
cogumelos, etc., mas o uso exclusivo destes produtos, como no passado se fazia e ainda
hoje alguns canaricultores fazem, não é por si só suficiente para dará intensidade de
coloração que vemos em outros exemplares tratados com colorantes artificiais.
O pássaro deveria terá sua disposição a quantidade necessária de colorante para que sua
capacidade de assimilação veja-se saturada e em consequência pode expressar
fenotipicamente todo o potencial genético que leva. Também existem outros fatores
hereditários que influem negativamente sobre a capacidade de fixação do corante, tais
como o estado de saúde do exemplar, especialmente as infecções intestinais, a presença
de micotoxinas nas sementes que os pássaros consomem, idade, intensidade luminosa
do criadouro, temperatura, tratamentos com antibióticos ou sulfamidas.
Os colorantes, como antes já dissemos, também podem ser incorporados à água, quando
eles são hidrossolúveis, logicamente, mas podem produzir facilmente superdosagem, já
que no verão os pássaros bebem mais, pelo que é conveniente reduzir a dose; também os
bebedores e todo o material estarão coloridos de vermelho, o que é pouco apresentável,
e o colorantes na água conservam-se pior, pois serão mais expostos à luz. É melhor a
incorporação em pó dos colorantes na farinhada que nós oferecemos nesses momentos,
mas ó necessário que estes estejam bem misturados com a comida; o que nós podemos
fazer misturando primeiro o colorante para 10% com sêmola de trigo fina e logo
adicionando as colheres de farinhada necessárias. Alguns criadores também usam ao
mesmo tempo ambas as apresentações. A apresentação com excipientes oleaginosos
tampouco é conveniente, já que prejudica mais o estado do fígado e intestino, e até
mesmo as patas dos canários por causa dos contatos repetidos com este veículo
oleaginoso (mal das patas).
É conveniente completar este colorante artificial com produtos naturais 2 ou 3 vezes por
semana, como cenouras raladas e laranjas, que também contribuirão com outras
vitaminas e minerais necessários além de reforçara pigmentação e prevenira diarreia.
Com respeito às doses de utilização destes colorantes, uma proporção utilizada por
muitos criadores é de 2 partes de caroteno e 1 de cantaxantina (ou carophyll-red), outros
usam cantaxantina e betacaroteno em partes iguais, outros só utilizam cantaxantina ou
carophyll red, etc., já que aqui, como em muitas coisas, "cada mestre tem seu livro". A
quantidade a ser utilizada destes produtos é algo que varia segundo os criadores e as
variedades de canários vermelhos a serem pigmentados ou de pássaros cativos que
apresentam a cor vermelha em sua plumagem em estado selvagem, assim como a pureza
do produto empregado, o emprego de produtos naturais complementares, etc. Estas
quantidades, em geral, estão em volume a 3-5 gramas de colorante para 10% por
quilograma de farinhada, embora também possa chegar aos 10-15 gramas, segundo os
criadores. Também é conveniente não variar a dose no processo de muda inteiro, para
evitar o aparecimento de manchas avermelhadas com diferentes tonalidades, embora no
final da muda possamos ir reduzindo a dose gradualmente, para evitar os reflexos
violáceos na cabeça, assim como também não devemos interromper durante vários dias
esta oferta de colorantes, um ou dois dias não importa, pois no fígado sempre existem
reservas de colorante para vários dias (fim de semana), mas um intervalo maior pode
dar lugar a penas mal pigmentadas. A dose também pode ser aumentada no caso da
farinhada ser pouco apetecível para os canários e eles consumirem em pequena
quantidade. É conveniente renovar diariamente a farinhada colorante para evitar a sua
perda de eficiência.
Alguns criadores, para assegurarem um bom consumo do colorante, retiram durante
algumas horas as sementes, obrigando os pássaros a ingerirem todo o produto em pouco
tempo, evitando com isso que este se altere.
Como influencia a pigmentação em canários que não são de fator vermelho? Nos
canários de fundo branco recessivo, não influencia em nada na sua cor, já que estes são
incapazes de depositar na sua plumagem os carotenóides que ingere. Não ocorre assim
com os canários de fundo amarelo, marfim e branco dominante, porque eles acusaram o
fator vermelho e serão desqualificados durante o julgamento. É muito perigoso colorir
durante vários dias a estas variedades, pois apresentarão uma tonalidade alaranjada. As
colheres de sopa e recipientes para as farinhada de exemplares com fator vermelho
devem estar bem separadas para evitar possíveis confusões, assim como também as
gaiolas para que não possam cair restos de comida de umas e outras.