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Turma A
Amanda Sophia Maehara Araújo dos Santos (R.A.: 231110723)
Ana Carolina Zanardi (R.A.: 231111673)
Felipe Sinto Novaes (R.A.: 231111347)
Jhenifer Abelha Nunes Marinho (R.A.: 231110031)
Araraquara
Maio – 2023
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1. Introdução
Os padrões secundários são substâncias que passam por análises químicas precisas
para determinar sua concentração. Essas substâncias são utilizadas como referência em
métodos de titulometria volumétrica ou de massa, quando não se tem disponível um padrão
primário. Durante o processo uma solução de um reagente, que é um padrão secundário, é
preparada com uma concentração aproximada desejada. Posteriormente, essa solução é
utilizada para titulação ou titulada com uma massa conhecida de um padrão primário, a fim
de determinar sua concentração com precisão. 2
Exemplos comuns de padrões secundários incluem o nitrato de prata (AgNO 3), o
hidróxido de sódio (NaOH) e permanganato de potássio (KMnO₄).3
Os indicadores são substâncias químicas que alteram sua cor em diferentes faixas
de pH e são utilizados para determinar se uma solução é ácida ou básica. Eles operam através
de reações ácido-base, envolvendo a transferência de prótons entre o indicador e a solução.
A escolha do indicador adequado depende do tipo de análise ou reação em questão, sendo
crucial para obter resultados precisos, apoiados e consistentes em experimentos químicos.
Ele garante a detecção precisa do ponto final, facilita a interpretação dos resultados e otimiza
o uso de tempo e recursos.2
A cor do indicador varia de acordo com o pH, permitindo identificar se a solução é
ácida ou básica. Sendo exemplos comuns, a fenolftaleína (pH < 8,2 a solução é incolor; pH
entre 8,2 e 10 a solução é rosa), alaranjado de metila (pH < 3,1 a solução é vermelha; pH
entre 3,1 e 4,4 a solução é amarela) e azul de bromotimol (pH < 6,0 a solução é amarela; pH
entre 6,0 e 7,6 a solução é azul). 2
segurança e eficácia dos medicamentos. Diversos métodos analíticos estão disponíveis para
a quantificação precisa do ácido acetilsalicílico em comprimidos, oferecendo informações
valiosas sobre a concentração do composto ativo na receita. Entre esses métodos, destacam-
se a titulação, a cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC = “High Performance Liquid
Chromatography”) e a espectrofotometria. A titulação ácido-base é particularmente eficaz para
essa finalidade.4
Durante uma titulação do ácido acetilsalicílico, é utilizada uma solução alcalina de
hidróxido de sódio (NaOH) com concentração conhecida. O ponto final da titulação é
alcançado quando todo o ácido acetilsalicílico reage completamente com o hidróxido de sódio,
formado em uma cor rosa intensa devido ao uso do indicador visual fenolftaleína. Esse
indicador é incolor em soluções ácidas, mas adquira uma cor rosa vibrante em soluções
alcalinas. Portanto, quando a titulação do ácido acetilsalicílico apresenta essa coloração rosa,
indica a conclusão da reação ácido-base e permite a experiência precisa da concentração do
ácido acetilsalicílico. Além disso, é importante destacar que o ácido acetilsalicílico é
praticamente insolúvel em água, mas solúvel em etanol. 4
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2. Objetivos
3. Materiais e métodos
3.1. Materiais
3.2. Reagentes
3.3. Materiais
3.4. Reagentes
3.5. Materiais
3.6. Reagentes
3.7. Materiais
3.8. Reagentes
Para que fosse preparada a solução de hidróxido de sódio 0,1 mol.L -1, pesou-se 1,23
gramas de hidróxido de sódio diretamente em um béquer de 100 ml em balança semi-
analítica. Em seguida, no mesmo béquer, adicionou-se, com o auxílio de uma pisseta,
pequenas quantidades de água, dissolvendo assim a massa pesada de hidróxido de sódio
com o menor volume possível de água destilada. Após isso, transferiu-se quantitativamente
(lavando o material utilizado diversas vezes com água destilada, garantindo que toda a massa
de hidróxido de sódio tenha sido transferida para o outro recipiente) a solução de hidróxido de
sódio para um balão volumétrico de 250 ml com o auxílio de uma bagueta e funil de vidro.
Logo após, completou-se o volume do balão com água destilada, tampou-se o balão
volumétrico e foi feita a homogeneização da solução de hidróxido de sódio, por meio da
agitação do mesmo. Por fim, transferiu-se a solução homogeneizada de hidróxido de sódio a
um frasco de polietileno limpo e rotulado.
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Para que fosse preparada a solução de ácido clorídrico 0,1 mol.L -1, adicionou-se em
um balão volumétrico de 100 ml cerca de 34 ml de água destilada (1/3 de seu volume). Em
seguida, mediu-se 0,8 mililitros de ácido clorídrico em uma pipeta graduada e adicionou-se
lentamente o volume de ácido ao balão volumétrico com água destilada. Após isso,
completou-se o volume do balão com água destilada, tampou-se o balão volumétrico e foi feita
a homogeneização da solução de ácido clorídrico, por meio da agitação do mesmo. Por fim,
transferiu-se a solução homogeneizada de ácido clorídrico a um frasco de vidro limpo e
rotulado.
4. Resultados
Inicialmente, foi realizado o cálculo da massa de NaOH necessária para preparar 250
ml de solução 0,1 mol.L-1. Para isso, primeiro calculou-se a quantidade de mols contida no
volume de 250.10-3 L, obteve-se 2,5.10-2 mol de NaOH, assim como descrito na equação 1.
Por fim, foi de fato calculada a massa de NaOH, utilizando sua massa molar (39,997
g.mol-1)1 e o número de mols calculados na equação 1 (2,5.10-2 mol), obteve-se uma massa
de aproximadamente 1 g, assim como descrito na equação 2.
Inicialmente, foi realizado o cálculo do volume de HCl necessário para se obter 100
mL de solução 0,1 mol.L-1. Para isso, primeiro calculou-se a quantidade de mols contida no
volume de 100.10-3 L, obteve-se 1,0.10-2 mol de NaOH, assim como descrito na equação 3.
Posteriormente, foi calculada a massa de HCl, utilizando sua massa molar (36,45
g.mol-1)1 e o número de mols calculados na equação 3 (1,0.10 -2 mol), obteve-se uma massa
de 0,3645 g, assim como descrito na equação 4.
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Y≅ 0,9851 g de HCl
Por fim, foi calculado de fato o volume de HCl, utilizando-se a massa de solução
calculada na equação 5 (0,9851 g) e a sua densidade (1,19 g.mL -1)1, obteve-se um volume de
aproximadamente 0,83 ml, assim como descrito na equação 6.
Por fim, foi de fato calculada a massa de C 2O4H2.2H2O, utilizando sua massa molar
(126,07 g.mol-1)1 e o número de mols calculados na equação 9 (1,25.10-3 mol), obteve-se uma
massa de aproximadamente 0,1576 g, assim como descrito na equação 10.
0,1582 -------------- X
Y≅ 1,2548.10-3 mol de C2O4H2.2H2O
Tendo em mente que a concentração molar é número de mols divido pelo volume em
litros, foi possível calcular a concentração da titulação 1 a partir do número de mols de NaOH
da equação 12 (2,5097.10 -3 mol) e o volume de NaOH gasto na titulação (21 mL), obteve-se
uma concentração de aproximadamente 0,1195 mol.L -1, conforme descrito na equação 13.
2,5097. 10−3
C=
21. 10−3 (Equação 13)
-1
Y≅ 0,1195 mol.L de NaOH na titulação 1
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Tendo em mente que a concentração molar é número de mols divido pelo volume em
litros, foi possível calcular a concentração da titulação 2 a partir do número de mols de NaOH
obtidos na equação 15 (2,4843.10 -3 mol) e o volume de NaOH gasto na titulação (20,65 ml),
obteve-se uma concentração de aproximadamente 0,1203 mol. L -1, assim como descrito na
equação 16.
Por último, foi feita a média aritmética das duas concentrações calculadas, obteve-
se uma concentração média de 0,1199 mol. L-1 de NaOH, assim como descrito na equação
17. Os dados das padronizações também estão expressos na tabela 1.
Posteriormente, foi de fato calculada a massa de C9H8O4, utilizando sua massa molar
(180,158 g.mol-1)1 e o número de mols calculados na equação 19 (2,6738.10-3 mol), obteve-
se uma massa de aproximadamente 481,70 mg, assim como descrito na equação 20.
X --------- 23,00.10-3 L
X≅ 2,7577.10-3 mol de NaOH
X≅ 2,7577.10-3 mol de C9H8O4
Posteriormente, foi de fato calculada a massa de C 9H8O4, utilizando sua massa molar
(180,158 g.mol-1)1 e o número de mols calculados na equação (2,7577.10 -3 mol), obteve-se
uma massa de aproximadamente 496,82 mg, assim como descrito na equação 22.
Por fim, foi feita a média aritmética das duas concentrações calculadas, obteve-se
um teor médio de 489,26 mg de C9H8O4, assim como descrito na equação 23. Os dados das
titulações também estão expressos na tabela 2.
1 22,30 481,70
489,26
2 23,00 496,82
Fonte: Próprios autores.
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5. Discussão
A massa necessária de NaOH para preparação da sua solução a 0,1 mol.L -1 era de
aproximadamente 1 g, porém devido a um erro experimental na hora da pesagem, causado
pelo tamanho das lentilhas do sal, essa quantidade foi excedida para 1,24 g, o que eleva a
concentração teórica de 0,1 mol.L -1 para 0,1240 mol.L-1.
Todo o processo de pesagem deve ser feito de forma rápida e com cuidado,
mantendo sempre bem fechado o recipiente contendo as lentilhas de NaOH, pois se trata de
um reagente altamente higroscópio, ou seja, que absorve rapidamente a umidade do ar,
fazendo com que haja uma incerteza sobre sua composição. 2
Na dissolução do NaOH em água observou-se um aumento de temperatura no
recipiente, o que acontece devido à natureza exotérmica dessa reação, além da liberação de
energia em forma de calor, a reação também libera um vapor sufocante e corrosivo e forma
soluções fortemente alcalinas.2
O armazenamento da solução também deve ser feito com cuidado em frasco de
polietileno, devido a sua reação com SiO2 (dióxido de silício) presente no vidro.2
O NaOH não se caracteriza como um padrão primário, pois, por conta da sua
natureza altamente higroscópica, sempre contém certa quantidade indeterminada de água e
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comprimido que não são solúveis nos solventes utilizados. E apesar do ácido acetilsalicílico
também estar pouco dissolvido, à medida que a reação de neutralização o consome, é
formado o sal acetilsalicilato de sódio (solúvel em água), e então mais ácido se dissolve, até
a sua dissolução total e término da reação. 7
A recomendação de que, ao final da titulação, a coloração rósea deve persistir por
pelo menos um minuto se deve a dois fatores: a cinética da reação, todo o ácido contido no
comprimido deve ter reagido com a base adicionada, a própria coloração rosa já indica um
pequeno excesso de base; a ocorrência da reação paralela de formação de bicarbonato de
sódio (NaHCO3) representada na equação 24.7
Essa reação faz com que a coloração rósea aos poucos desapareça. Por isso que o
surgimento da descoloração em tempos superiores a 1 minuto não deve ser interpretado como
indicador de que a titulação não terminou. O ácido carbônico (H2CO3) que desencadeia essa
reação provém do equilíbrio entre o gás carbônico do ar que se dissolve na solução e a água.7
Na titulação 1 foi obtida um teor de 481,70 mg, enquanto na 2 foi calculado 496,82
mg, isso se justifica devido as diferentes massas de comprimido pesadas, o que
consequentemente exige um volume de NaOH diferente para neutralização completa, a
titulação 1 possuía uma massa de 0,5279 g e foi necessário 22,30 ml para neutralização, já
na titulação 2, foi necessário um volume maior de 23,00 ml para neutralizar 0,5923 g de ácido
oxálico. Uma alternativa para diminuir essa leve discrepância nos resultados é de maior
cuidado na pesagem para que as massas sejam as mais próximas possíveis.
A porcentagem média em massa do ácido acetilsalicílico no comprimido calculada foi
de 489,26 mg, 10,74 mg abaixo do indicado pelo fabricante no rótulo (500 mg), demonstrando
que erros experimentais podem ter sido cometidos durante a análise, ou ainda uma menor
concentração de ácido acetilsalicílico no comprimido na fabricação.
Estudos de controle de qualidade dos medicamentos demonstraram que: 8,46% dos
medicamentos encontrados no mercado apresentam qualidade não satisfatória, enquanto
87% são distribuídos de forma satisfatória. É muito importante o resultado dessas análises,
pois estes medicamentos podem estar sendo consumidos por pessoas sem de fato apresentar
o efeito terapêutico esperado e posteriormente apresentando efeitos adversos a pacientes
que procuram nos medicamentos o alívio das dores e a cura das doenças.6
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6. Conclusão
7. Questionário
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. BROWN, T. L.; LEMAY, H. E. J.; BURSTEN, B. E. Química: a Ciência Central. 9.ed. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2002. 952 p.
2. SKOOG, D. A., et al. Fundamentos de Química Analítica. 8.ed. São Paulo: Thomson,
2006, 1.026 p.