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ESTAÇÕES DE TRATAMENTO
DE EFLUENTES INDUSTRIAIS
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CURSO PARA OPERADORES DE ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE EFLUENTES
PREFÁCIO
Ministrantes:
Elizabeth Montemezzo – Química Industrial
Fernanda Mengatto – Engenheira Química
Ibanês Oliveira – Químico Industrial
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CURSO PARA OPERADORES DE ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE EFLUENTES
Aula Conteúdo programático Período
1ª 1. Noções Básicas de Química
1.1 Ácidos e Bases 18:00 – 20:00
1.2 pH (formas e equipamentos de medição)
2. Fontes de Geração de Efluentes
2.1 Efluente sanitários – Normas e tratamentos preliminares 20:15 – 22:15
2.2 Efluentes industriais – fontes orgânicas e inorgânicas – Formas e
possibilidades de tratamento disponíveis
2.3 Segregação de Efluentes Líquidos
a) segurança
b) tratamento específico de algum contaminante
c)separação visando facilitar manuseio/disposição final dos
resíduos sólidos gerados
d) Separação para garantir diluição e pré-tratamento.
2.4 Considerações Gerais
2.5 Amostragem de efluentes
2ª 3. Teoria básica do tratamento físico-químico
3.1 Tipos de tratamento – contínuo e batelada
3.2 Pré-tratamentos
3.3 Ajuste de pH 18:00 – 22:15
3.4 Coagulação
3.5 Floculação
3.6 Decantação
3.7 Tratamentos específicos de alguns contaminantes
3.7.1 Tratamento de cromo
3.7.2 Tratamento de cianetos
3.7.3 Precipitação de metais
3.7.4 Redução de nitrogênio
3.7.5 Redução de fósforo
3.8 Secagem do lodo
3ª 4. Equipamentos utilizados nas estações de tratamento de efluentes
4.1Tanques de homogeneização e acumulação
4.2Decantadores 18:00 - 19:45
4.3Tanques de lodo 20:15 – 21:00
4.4Tanques de armazenagem de soluções
4.5Sistemas de agitação
4.6Secagem de lodo
4.6.1 Filtros de areia
4.6.2 Filtros de Bidin
4.6.3 Filtros-prensa
4.7 Outros equipamentos (filtração com carvão, troca iônica,
evaporadores, eletrodiálise)
5. Procedimentos de Segurança 21:00 – 22:15
4ª 6. Destinação dos resíduos gerados no tratamento de efluentes
6.1 Classificação dos resíduos – NBR 10004 18:00 – 20:00
6.2 Formas de destinação
7. Legislação ambiental 20:15 – 22:15
8. Parâmetros analíticos de controle
9. Padrões de emissão
5ª 10. Aula prática 18:00 – 22:15
Total 20 horas
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1. NOÇÕES BÁSICAS DE QUÍMICA
Fenômeno Físico e fenômeno químico
Fenômeno físico é aquele que não altera as propriedades fundamentais da
matéria, sendo reversíveis.
Ex: gelo derretendo, pedra sendo quebrada, filtração da água
Fenômeno químico é aquele que altera as propriedades fundamentais da
matéria, sendo geralmente irrevesíveis.
Ex: queima da madeira, oxidação de cianetos, etc..
Misturas
As misturas de duas ou mais substâncias podem ser homogêneas ou
heterogêneas. As misturas homogêneas podem se classificar em três tipos
diferentes:
-Suspensões: partículas maiores que 1.000 Angstrons
-Dispersões: partículas maiores que 10 e menores que 1.000 Angstrons
-Soluções: partículas dispersas menores que 10 Angstrons
Nos efluentes estarão presentes os três tipos de misturas, sendo um dos
objetivos do tratamento a separação de alguns dos componentes destas
misturas.
Solubilidade
No caso das soluções, temos o solvente (maior quantidade) e o soluto
(menor quantidade). Alguns solutos tem solubilidade infinita em certos
solventes (ex: água em álcool) e outros são praticamente insolúveis (ex:
carbonato de cálcio em água). A maioria possui solubilidade relativa,
dissolvendo apenas uma certa quantidade; se for adicionado em excesso,
não se dissolve, formando um precipitado.
A temperatura influi na solubilidade das substâncias, aumentando com a
sua elevação.
Cinética Química
É o ramo da química que estuda a velocidade das reações químicas. A
velocidade das reações químicas é influenciada por vários fatores, tais
como:
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-pH
-temperatura
-concentração e natureza dos reagentes
-pressão
-superfície de contato entre os reagentes
-luz
-eletricidade
-estado físico dos reagentes
-presença de catalisadores e/ou inibidores
Hidrólise
É a reação química reversível de dissociação de uma substância em
partículas menores eletricamente carregadas, chamadas de cátions
(positivas) e ânios (negativas). A hidrólise mais importante á a hidrólise da
água:
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O conceito de ácido é o contraposto ao de base. Para medir a acidez de um
meio se utiliza o conceito de pH .
1. 2 pH
pH é o símbolo para a grandeza físico-química 'potencial hidrogeniônico'.
Essa grandeza (potencial hidrogeniônico) é um índice que indica o grau de
acidez,neutralidade ou alcalinidade de um meio qualquer.
Quanto maior for a quantidade de íons H+ presentes numa solução, menor
será seu pH
pH ou Potencial de Hidrogênio Iônico é um parâmetro de medida da acidez,
neutralidade ou alcalinidade de um meio qualquer.
Sabemos que molécula de água H2O é formada por átomos, que estão
transitando, denominados íons livres.
Existem íons positivos H (hidrogênio) e os íons negativos OH (íons
hidróxidos).
Se a quantidade de íons positivos e negativos for a mesma, dizemos que o
pH é neutro (7,0).
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No caso de termos mais íons positivos, dizemos que o pH é ácido (< 7,0)
No caso de termos mais íons negativos, dizemos que o pH é básico (>7,0)
Medição do pH
Para determinação do valor de pH do efluente, podemos lançar mão de dois
tipos de medição: por meio de papel indicador ou pH-metro (medida
eletroquímica)
O papel indicador de pH apresenta a característica de determinação rápida
do valor de pH, boa confiabilidade e reprodutibilidade. Suas limitações são
em efluentes muito coloridos ou com grande concentração de oxidantes que
causam descoloração, além do custo em si do papel indicador.
O pH-metro oferece uma medição com bastante sensibilidade, podendo ser
usado em soluções muito coloridas ou oxidantes. Necessita ser calibrado
frequentemente e compensar as diferenças de temperatura do meio.
pH metro e papel pH
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2. FONTES DE GERAÇÃO DE EFLUENTES
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6+ 3+ -
Em galvanização: Cr , Cr , CN , Fe, Zn, Cu, Ni, Sn;
3+
Em fosfatização: fosfatos, Fe, Zn, CN; Cr
Em anodização: Al, Sn, Ni, F;
Incluir na análise: DBO5, DQO, OD, pH, cor, turbidez, sólidos
sedimentáveis, óleos e graxas.
Cromo decorativo
Cromo duro
Crômicos
Passivadores
cromatizantes
Cobre e zinco alcalinos
Prata
Cianídricos
Ouro
Desengraxante c/cianeto
Cobre e níquel químicos
Quelatizados
Passivadores para Fe e Al
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Cobre e zinco ácidos
Zinco alcalino s/cianeto
Níquel eletrolítico
Anodização
Decapantes ácidos
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2.3 SEGREGAÇÃO DOS EFLUENTES LÍQUIDOS
a) Segurança
O exemplo principal de separação por motivos de segurança é a
segregação dos efluentes alcalinos que contêm cianeto em uma corrente e
efluentes ácidos em outra para evitar o desprendimento de HCN (gás cianídrico).
HCN em condições normais de temperatura e pressão é um gás e sendo
um ácido fraco, sua dissociação é reprimida em meio ácido o que pode resultar no
seu desprendimento.
- +
CN + H → HCN ↑
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Linha de cromagem: resíduos classe I.
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separadamente dos coletores pluviais, através de canaletas e/ou tubulações para
os tanques de acúmulo (concentração).
Convém que os tanques de acúmulo (concentração) sejam dimensionados
com um volume que atenda a vazão diária de descarte de cada efluente, para
garantir a execução de manutenção de equipamentos ou outra eventualidade na
operação da Unidade de Tratamento de Efluente (ETE).
Os pisos dos locais onde são gerados os resíduos líquidos deverão:
• ser impermeáveis, para que não ocorram infiltrações no solo,
• conter bacias de contenção, para que não haja misturas de efluentes com
classes diferentes e com caídas para as canaletas de captação.
• quando não houver inclinação suficiente, para a captação do efluente por
gravidade, construir caixas de transferências e usar bombas químicas de
recalque para cada efluente de classes diferentes.
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A amostra composta pode ser obtida por:
• alíquotas pré-estabelecidas ou volume pré-estabelecido.
• alíquotas variáveis, que são aquelas nas quais o volume varia de acordo com, a
vazão (neste caso são amostras de alíquotas proporcionais à vazão), é por isto
que em medições de água e esgoto, tem que se ter um vertedor perto do ponto de
coleta da amostra.
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Existem dispositivos simples: para pequenas vazões, como por exemplo,
cubagem. Anota-se o tempo que a água leva para encher um recipiente de volume
conhecido. Como a vazão é o volume em função do tempo, é só dividir o volume
do recipiente pelo tempo que se levou para enchê-lo. Se não se conhece o volume
do recipiente, faz-se uma marca no recipiente, anota-se o tempo e depois vai-se
aferir o volume em outro local.
Existem locais de difícil acesso sendo praticamente impossível instalar um
dispositivo para se medir a vazão, ou nos casos que os custos forem elevados
para se instalar um vertedor só para se coletar uma amostra, pode-se adotar o
seguinte procedimento:
fecha-se a entrada do reservatório, mede-se a altura (h) e o tempo (T) que leva
para se ter um desnível (_h). Isto deve ser feito sem que se prejudique o processo
de fabricação.
A) Tratamento contínuo
Este tratamento é normalmente utilizado para empresas que geram
grandes vazões de efluentes, geradas de forma contínua.
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A maior vantagem deste tipo de tratamento é o menor espaço físico
utilizado para uma grande vazão gerada.
As desvantagens são:
Alto custo de instalação devido á necessidade de muitos equipamentos de
controle automatizados.
Flexibilidade reduzida para lidar com efluentes brutos fora dos padrões do
projeto;
Dependência excessiva de instrumentação analítica do processo com os
riscos associados;
Consumo de produtos químicos. O excesso de consumo de reagentes é
menos controlável do que em sistemas de batelada;
A manutenção é crítica. Teoricamente, a disponibilidade do sistema de
tratamento determina se a galvanoplastia pode ou não funcionar.
B)Tratamento em batelada
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No sistema de bateladas as reações têm mais tempo para serem
concluídas, o que diminui o excesso de reagentes, gerando uma economia de
produtos químicos.
3.2 PRÉ-TRATAMENTOS
3.2.1 PENEIRAMENTO
Peneira estática
3.2.2 GRADEAMENTO
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A remoção dos sólidos grosseiros é obtida através da
colocação de uma grade pela qual passa o efluente (uma espécie de
“coador”). O líquido e os sólidos de menores dimensões atravessam a grade,
ficando retidos apenas os sólidos maiores (SANTOS, 1999).
Grade
As grades singelas, de limpeza manual, são empregadas em
instalações pequenas e com aberturas relativamente grandes. São
instaladas à montante das grades comuns mecanizadas, bombas de
grande capacidade, turbinas, etc.
As grades mecanizadas exigem cuidadosa manutenção, e por
isso, somente são adotadas nas instalações cujas características justificam
seu emprego.
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se encontrar abaixo de 25°C. Acima desta temperatura, o tempo de
detenção poderá ser maior, até 30 minutos.
O formato da caixa deverá ser retangular, possuindo duas
ou mais cortinas, uma próxima à entrada para evitar a turbulência do
líquido e a outra próxima à saída. Em um dos lados da caixa, deverá
haver uma calha para a remoção de gordura.
Caixa de gordura
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O formato da caixa deverá ser retangular, possuindo duas cortinas,
uma próxima à entrada para evitar turbulência do líquido, e a outra
próxima à saída, imersa até perto do fundo, para que os sólidos
sedimentáveis sejam arrastados com o efluente. A forte inclinação do
fundo em direção à saída evita o acúmulo de sólidos grosseiros
sedimentáveis.
Existem ainda óleos solúveis e insolúveis em água. Os solúveis
são os mais difíceis de serem removidos, enquanto os solúveis são mais
fáceis, permanecendo e sendo removidos na superfície. As atividades
industriais que mais geram afluentes oleosos são as indústrias mecânica
e automobilística, refinarias, poços de perfuração, etc.
No caso de remoção do óleo insolúvel mais leve que a água, podem
ser utilizados os sistemas citados, enquanto que para remover óleos
solúveis é necessário diminuir a solubilidade.
Os meios fortemente ácidos ou fortemente alcalinos diminuem a
solubilidade, sendo neste caso utilizados ácidos ou álcalis e também
dispersante. Coagulantes são também utilizados para separação de óleos
solúveis juntamente com o lodo, enquanto o óleo insolúvel é removido
pela superfície.
3.2.6 EQUALIZAÇÃO
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Em sistemas de tratamento contínuo é praticamente impossível operar
a estação de tratamento sem ter a vazão regularizada, pois as variações
bruscas impossibilitam o funcionamento de tanques de correção de pH,
floculadores e decantadores, provocando também cargas de choques em
tanques de aeração de lodos ativados.
Além de regular vazões, o tanque de equalização tem finalidade de
homogenizar o efluente, tornando uniformes: pH, temperatura, turbidez,
sólidos, DBO, DQO, cor , etc.
3.3 AJUSTE DE PH
3.4 COAGULAÇÃO
A coagulação é o processo de agregação de partículas devido a
desestabilização de partículas coloidais.
Os coagulantes dividem-se em duas categorias:
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Sais inorgânicos tais como o sulfato de alumínio Al2(SO4 )3, ou o cloreto
férrico FeCl3 que, quando dosados em concentração alta o suficiente para exceder
o limite de solubilidade do hidróxido metálico correspondente, formam um
precipitado com superfície extremamente ativas.
Polímeros inorgânicos, tais como silicato, ou sintéticos adicionados ao
meio. Quando sintéticos, podem ter caráter não-iônico ou caráter iônico definido:
aniônico ou catiônico, estes, sendo conhecido como polieletrólitos. Embora,
polieletrólitos possam, teoricamente, causar coagulação por neutralização de
cargas, o mecanismo principal parece ser a formação de pontes entre partículas.
3.5 FLOCULAÇÃO
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Os benefícios e vantagens de seu uso são:
aumento da eficiência global da ETE
melhora acentuada na turbidez da água tratada
maior facilidade na remoção de cor orgânica
redução no volume de uso de produtos químicos
redução no tempo de decantação
melhor compactação do lodo
melhor filtrabilidade do lodo
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Tanque de Floculação
3.6 DECANTAÇÃO
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O Cromo hexavalente é facilmente reduzido para a forma trivalente
mediante a dosagem de dióxido de enxofre (SO2), metabisulfito de sódio ou sulfato
ferroso, este último, praticamente, não mais usado devido ás quantidades de lodo
gerado. Somente na forma trivalente o cromo pode ser removido do efluente. Na
forma hexavalente, ele permanece solubilizado.
O reagente mais encontrado em uso hoje é o metabisulfito de sódio –
Na2S2O5 – que em água forma bisulfito de sódio:
Na2S2O5 + H2O → 2 NaHSO3 (a)
A reação de redução dá-se em meio ácido, onde o bisulfito de sódio
converte-se em ácido sulfuroso e bisulfato de sódio:
NaHSO3 + H2SO4 → + H2SO3 + NaHSO4 (b)
A redução de cromo hexavalente é rápida abaixo de pH 3,0:
-2 -
2 H2CrO4 + 3 H2SO3 → Cr2(SO4)3 + 5 H2O (c)
O fim da reação pode ser detectado visualmente pela coloração final verde
garrafa, característica de cromo lll.
Pelas equações acima, 1,5 mols de Na2S2O5 reagem com 2 mols de
VI
H2CrO4, ou seja, são necessários 2,74 kg de Na2S2O5 para reduzir 1 kg de Cr .
Na prática, recomenda-se dosar um excesso de metabisulfito de ordem de
10 %.
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3.7.2 OXIDAÇÃO DE CIANETOS
Cianetos são substâncias extremamente tóxicas, com dose letal
instantânea para o homem na ordem de 1mg/kg de peso. No adulto, acima de 18
mg já causa efeitos deletérios. Quando em solução aquosa, abaixo de pH 8,
libera HCN, um gás mortal.
A ação tóxica do cianeto se dá por asfixia (impede o oxigênio de chegar às
células do corpo).
Certos metais, como o níquel, podem reagir com cianeto, formando
complexos de muito difícil destruição
Os reagentes normalmente utilizados, por motivos de custo, são gás cloro
e hipoclorito de sódio. Oxidação com cloro é preferida em grandes instalações
porque o custo menor do cloro compensa o investimento inicial maior
representado pelo dosador, ejetor e sistema de recirculação, sala de cilindros e
equipamentos de segurança associados (lavador de gases, detectores de cloro e
sistema de exaustão).
Na maioria dos casos, o reagente utilizado é hipoclorito de sódio que
contém de 10 a 13 % de cloro livre.
Em instalações pequenas que empregam oxidação em batelada é cada
vez maior o uso de hipoclorito sólido (hipoclorito de cálcio - Ca(OCI)2) que tem as
vantagens adicionais de não perder cloro (desvantagem do hipoclorito de sódio) e
com o mesmo poder oxidante ocupa bem menos espaço que no caso de
hipoclorito de sódio.
Independente da forma em que é usada a reação de oxidação é igual:
- - - -
CN + OCl → CNO + Cl (a)
A reação acima ocorre em meio alcalino porém, abaixo de pH 10,0 a
reação é lenta. Ao mesmo tempo, o pH deve ser mantido superior a 10,5,
particularmente, em se tratando soluções concentradas de cianeto (> 500 mg/l,
para minimizar o risco de desprendimento de cloreto de cianogênio CNCI).
- - - -
CN + HOCl → ClCN ↑ + OH (b)
Pelo mesmo motivo, agitação vigorosa é necessária.
Normalmente, a conservação de cianeto em cianato satisfaz a legislação
ambiental e o cianato é convertido em CO2 e N2 por microorganismos presentes
em rios e estações de tratamento biológico. No entanto, o cianato pode ser
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oxidado completamente a CO2 e N2 por dosagem de cloro ou hipoclorito adicional
porém, numa faixa baixa de pH 7,5 a 9,0.
- - - -
2 CNO + 3 OCl + H2O → N2 + 2 HCO3 + Cl (c)
Com a exceção de cianetos de níquel que requerem até uma hora para a
oxidação completar-se, os cianetos normalmente encontrados em efluentes de
galvanoplastia são rapidamente convertidos em cianato pela reação a). Entretanto,
se a fonte de cianeto for um processo de tratamento térmico empregando sais de
4-
cianeto fundidos, o efluentes conterá os complexos de ferro ferrocianeto [FeCN6]
3-
e ferricianeto [FeCN6] . Ferrocianeto é oxidado por hipoclorito a ferrocianeto o
qual é extremamente resistente a oxidação. Entretanto, o ferrocianeto pode ser
precipitado como o sal férrico dosando-se um excesso de FeCI3 (cloreto férrico)
em meio alcalino.
Na reação a) acima 2,73 kg de cloro, ou 22,75 kg de hipoclorito de sódio a
12 % são consumidos na oxidação de 1 kg de cianeto a cianato.
Entretanto, um ligeiro excesso de reagente (5 a 10 %) é necessário para
forçar a reação a conclusão. No caso da oxidação de cianetos de níquel, um
excesso maior (20 %) deve ser utilizado para acelerar a reação.
O uso de peróxido leva a oxidação de complexos cianídricos pelo seu caráter mais
enérgico sendo que o pH do tratamento deve ser maior que 10 e menor que 12. O
tempo de reação pode ser diminuido pela adição de íons cobre (catalisador) na
faixa de 1 mg/l.
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São necessários 2,6 a 7,8 Kg de peróxido 200 vol. para oxidar 1kg de
cianeto a cianato . Peróxido é um oxidante enérgico e não seletivo. Cuidados no
manuseio!
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Constatamos em projetos com alguma deficiência no conceito de
segregação, ou com volumes de equalização inadequados, que é, difícil obter uma
faixa estreita de controle de pH, com dosagem de ácido e alcalinizante num único
tanque de neutralização. Qualquer desvio maior na corrente de chegada é capaz
de iniciar uma guerra entre os “set-point” que controlam a dosagem de ácido e de
alcalinizante.
Na etapa de precipitação de metais, é ajustado o pH para uma faixa de
valor (normalmente, de 8,0 a 9,0) em que as concentrações de metais em solução
atendem o padrão de emissão pré-determinado.
O termo de neutralização, então, é somente parcialmente válido para este
processo. Neutro significa pH 7,0 ou alguma faixa de valor cuja média é 7,0
(exemplo: 7,0 ± 0,5). Os metais podem ser precipitados na forma de hidróxidos,
sulfetos ou complexos orgânicos.
Para a maior parte da base técnica em que um projetista se apóia para
definir a etapa de precipitação de metais, recorre-se á química analítica ou, mais
especificamente, aos fundamentos de análise gravimétrica. Em comum com
gravimetria, curvas de solubilidade em função de pH, ou em função de
concentração relativa de algum íon comum são elaboradas e o valor de pH de
precipitação quantitativa determinado. Entretanto, devido ao fundo iônico variável
com que nos deparamos nos efluentes de galvanoplastia (que podem ser grandes
mesmo dentro de uma única instalação) os resultados obtidos não são referências
imutáveis.
Adicionalmente, em vários trabalhos publicados, específicos ao tratamento
de efluentes de galvanoplastia, encontram-se valores de solubilidade mínima, e
pH correspondente para diversos metais e as formas em que são precipitados.
Estes valores são uma base importante para o projetista na hora de definir esta
etapa do processo. Entretanto o pH e dosagens de produtos químicos
coadjuvantes (coagulantes, floculantes etc.) têm as suas faixas de variação
estabelecida durante a partida da unidade.
Na figura abaixo, podemos observar de forma gráfica os problemas
associados com a definição do valor de ajuste de pH da etapa de
neutralização/precipitação de metais:
a) As solubilidades mínimas teóricas ocorrem em valores diferentes de pH
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b) Para cada mistura de íons metálicos, a faixa de pH de ajuste adotada deve
proporcionar concentrações aceitavelmente baixas embora, provavelmente; não
sejam as solubilidades mínimas para estes metais.
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ânions e amônia podem ter um efeito desfavorável dificultando a remoção de
alguns metais na forma de seus hidróxidos.
f) Escolha de alcalinizantes. Quimicamente, cal - Ca(OH)2, e soda cáustica –
NaOH, proporcionam o mesmo resultado: a formação do hidróxido metálico que se
deseja remover da solução. Porém, normalmente, cal proporcionam melhores
resultados pelos seguintes motivos:
• sulfato de cálcio tem solubilidade reduzida (precipita sulfato);
• reage com carbonatos presentes na água para formar um precipitado
muito ativo em agregar outras partículas. Este efeito pode ser aumentado
dosando-se, também, carbonato de sódio. Entretanto, os reagentes tem que ser
dosados separadamente e a presença de sódio não ajudará na precipitação de
sulfato.
• a presença de um cátion bivalente mais solúvel tende a favorecer a
precipitação de outros cátions polivalentes menos solúveis (ou seja, os metais
pesados que desejamos remover da solução).
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A remoção deste nutriente é normalmente realizada através de sistemas de
tratamento biológico, tais como lodo ativados ou lagoas de estabilização ou por
processo químicos, que normalmente consomem um alto volume de reagentes.
Os tratamento químicos mais utilizados são:
cloração ao breakpoint: oxidação da Amônia pelo cloro, produzindo
gás nitrogênio;
stripping: esgotamento do nitrogênio através da volatilização da
Amônia em pH elevado associado a aeração;
troca iônica: combinação de cloração com adsorção de cloraminas
em colunas de carvão ativado;
separação por membranas seletivas.
Reações:
Fe+3 + PO4-3 ---------------- FePO4↓
Ca+2 + PO4-3 ---------------- Ca3(PO4)2↓
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Os produtos formados devem ser mais estáveis, tendo os esgotos ou
efluentes industriais tratados um aspecto mais claro, e significativa redução da
presença de microorganismos e menor concentração de matéria orgânica.
Os processos de tratamento biológicos têm como princípio utilizar a matéria
orgânica dissolvida ou em suspensão como substrato para microorganismos tais
como bactérias, fungos e protozoários, que a transformam em gases, água e
novos microorganismos.
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CURSO PARA OPERADORES DE ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE EFLUENTES
Na ausência de espaço físico na empresa, para a instalação de tanques
para adensamento de lodo, há a necessidade de utilização de filtros prensa e
unidades mais compactas.
0,4 5 m
0,80 m
Areia
(10 cm ) Tijolos
Brita (21 furos)
(15 cm)
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4. EQUIPAMENTOS MAIS UTILIZADOS NAS ETES
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Outra vantagem deste sistema é que a potência de agitação pode
facilmente ser regulada com a maior ou menor vazão de ar.
No entanto, existem sistemas mais elaborados que fazem uso de
distribuidores de ar como o mostrado na figura abaixo:
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4.6 Secagem de lodo
FILTROS DE AREIA
FILTRO-PRENSA
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4.4 Outros equipamentos (filtração com carvão, troca iônica, evaporadores,
eletrodiálise)
ELETRODIÁLISE
A eletrodiálise é um processo de separação em que a solução é submetida
a um potencialelétrico por dois eletrodos, ocasionando uma corrente elétrica de
cátions para o eletrodo negativo (catodo) e de ânions para o eletrodo positivo
(anodo). No interior da célula de eletrodiálise, há membranas seletivas de um só
tipo de íons, existindo membranas permeáveis a cátions e permeáveis a ânions
somente.
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As membranas mão deixam atravessar os íons de sinais iguais aos delas e
a eficiência de remoção de sais dissolvidos aumenta com o número de
membranas instaladas e células em série.
A eletrodiálise é usada na dessalinização e desmineralização de águas,
sendo um método prometedor na remoção de fósforo e nitrogênio.
Para evitar problemas de obstrução é necessário que o efluente esteja
perfeitamente clarificado e periodicamente é necessário efetuar limpeza das
membranas.
OSMOSE REVERSA
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Consiste em aplicar uma pressão muito superior á pressão osmótica de
uma solução, no compartimento de uma solução concentrada. Ocorre assim
inversão de fluxo devido à pressão exercida, forçando a passagem de solvente e
retendo soluto.
É utilizada na desmineralização e dessalinização de águas, sendo ainda
pouco comum no tratamento de efluentes devido ao seu alto custo.
TROCA IÔNICA
O processo consiste na fixação, em uma superfície sólida (fase
estacionária), de íons da solução(fase móvel), que se trocam pelos íons da fase
estacionária. Atualmente são usadas resinas sintéticas, existindo de dois tipos:
-catiônicas: são capazes de reter cátions da solução, trocando-os por cátions
sódio ou hidrogênio
-aniônicas: são capazes de reter ânions, trocando-os por ânions hidroxila.
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Estas resinas, quando esgotam sua capacidade de troca, podem ser
“regeneradas” . Do processo de regeneração, se gera um pequeno volume de
líquido com alta concentração de contaminantes que pode ser recuperada. Caso
não seja possível sua recuperação, o mesmo deverá ser disposto adequadamente
como resíduo perigoso. Nos processos galvânicos a troca iônica poderá ser
empregada com vantagem econômica, quando existe a recuperação e reuso de
metais.
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5.SEGURANÇA
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EXEMPLOS
COMBUSTÃO
EXPONTÂNEA
VIAS DE CONTAMINAÇÃO
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• INALAÇÃO:
Gases, vapores e poeiras. É a principal via de contaminação, pois os alvéolos
pulmonares apresentam uma superfície de 80 a 90 m² no homem adulto. Após
serem absorvidas pelos alvéolos pulmonares, as substâncias passam ao sangue e
são então disseminadas pelo organismo.
• INGESTÃO:
• Pode ser considerada uma via secundária, pois ninguém em sã consciência
ingere agentes químicos nocivos. Porém, caso ocorra, causa intoxicações
muito sérias com graves seqüelas que podem causar a morte.
• ABSORÇÃO:
• Ocorre quando a substância química entra em contato com a pele e pode
ocorrer:
• Pequena irritação na superfície
• Combinação da substância com as proteínas da pele provocando
sensibilização
• Penetração pela pele, atingindo o sangue.
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• CAL (CaO):
É bem menos corrosivo que a soda cáustica, porém forma uma poeira muito fina
que causa irritação nas vias respiratórias e nos olhos. Em contato prolongado com
a pele causa ressecamento e queimaduras leves.
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PRIMEIROS SOCORROS
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LEMBRETE:
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6. DESTINAÇÃO FINAL ADEQUADA AO RESÍDUO
Periculosidade de um resíduo:
Característica apresentadas por um resíduo que, em função de suas
propriedades físicas, químicas ou infecto-contagiosas pode apresentar:
- Riscos à saúde pública, provocando mortalidade, incidência de doenças
ou acentuando seus índices.
- Riscos ao meio ambiente, quando o resíduo for gerenciado de forma
inadequada.
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3+ 6+
NBR 10.004. Possuir substância específica da listagem 4 (Pb, Cr , Cr , Be,
-
Cd, Cn , Ar, Se). Ser restos de embalagens de substância especificadas na
listagem 5 .
- Patogenicidade: possuir microorganismos patogênicos ou suas toxinas.
6.1.2 RESÍDUOS CLASSE II
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Antes de realizar a destinação final de um resíduo, deve-se avaliar as
possibilidades de reutilização, redução e reciclagem, que são preferenciais aos
outros tipos de destinação.
Para os não recicláveis existem três principais destinações.
Aterro Industrial;
Incineração convencional – realizada em incineradores, propriamente
ditos;
Co-processamento – incineração realizada em fornos de cimenteiras.
Land-farming
Aterro Industrial: Consiste na disposição dos resíduos em valas
construídas especificamente para este fim, prevendo-se o isolamento destes em
relação ao solo. O resíduo, preferencialmente deve conter baixo teor de matéria
orgânica, pois esta poderá em função do tempo se decompor e gerar gases dentro
do aterro o que pode comprometer a estrutura física do aterro.
O resíduo tem que ser sólido ou de estrutura consistente, com um teor
máximo de 70% de umidade. Caso o seja, ao amontoar no aterro, este material
não irá sustentar outro que o sobrepuser.
Um aterro industrial deve conter os seguintes controles:
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Incineração: Processo de decomposição através da oxidação térmica à
alta temperatura, superior a 1.200°C, objetivando destruir a fração orgânica do
resíduo e reduzir seu volume.
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Landfarming: é um processo de degradação do material por
microorganismos em um terreno por escarificação contínua do resíduo com a
terra. É como se a terra fosse arada continuamente e misturada com o resíduo.
Este resíduo deverá estar isento de metais ou materiais orgânicos tóxicos.
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8.LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
imagem da empresa.
Cabe lembrar que cada Estado e/ou Município possui legislação própria a
respeito, que pode ser mais restritiva que a legislação Federal.
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Abaixo, apresentam-se alguns itens importantes das legislações acima citadas:
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 225 - TODOS têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,
BEM DE USO COMUM DO POVO e essencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao PODER PÚBLICO E À COLETIVIDADE o dever de defendê-lo
e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
ETAPAS DE LICENCIAMENTO
LICENÇA PRÉVIA (LP) - Base preliminar do planejamento da implantação,
alteração ou ampliação do empreendimento. Aprova a viabilidade ambiental do
empreendimento.
LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI) - Instalação do empreendimento ou atividade,
ela autoriza o início da obra/empreendimento.
LICENÇA DE OPERAÇÃO (LO) – Autoriza a operação da atividade ou
empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das
licenças anteriores.
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COMPETÊNCIA DOS ÓRGÃOS AMBIENTAIS
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8.PADRÕES ANALÍTICOS
Parâmetros analíticos
São os indicadores utilizados para o dimensionamento e o controle da
poluição
por efluentes industriais.
Após a utilização das águas pelas indústrias, os diversos resíduos e ou
energias são incorporados alterando-lhes as suas características físicas, químicas
e sensoriais, gerando assim os efluentes líquidos. Para a avaliação da carga
poluidora dos efluentes industriais e esgotos sanitários são necessárias as
medições de vazão in loco e a coleta de amostras para análise de diversos
parâmetros sanitários que representam a carga orgânica e a carga tóxica dos
efluentes. Os parâmetros utilizados são conjugados de forma que melhor
signifiquem e descrevam as características de cada efluente.
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Poluição térmica, devido às perdas de energia calorífica nos processos de
resfriamento ou devido às reações exotérmicas no processo industrial, também é
importante fonte de poluição dos corpos hídricos. Neste caso o parâmetro de
controle é a temperatura do efluente.
Características sensoriais dos efluentes notadamente o odor e a cor
aparente são muito importantes, pois despertam as atenções inclusive dos leigos
podendo ser objeto de atenção das autoridades.
O odor nos efluentes industriais pode ser devido à exalação de substâncias
orgânicas ou inorgânicas devidas a: reações de fermentação decorrentes da
mistura com o esgoto (ácidos voláteis e gás sulfídrico); aromas (indústrias
farmacêuticas, essências e fragrâncias); solventes (indústrias de tintas, refinarias
de petróleo e pólos petroquímicos); amônia do chorume.
A cor dos efluentes é outra característica confusamente controlada pela
legislação. O lançamento de efluentes coloridos atrai a atenção de quem
estiver observando um corpo hídrico. A cor no ambiente é a cor aparente,
composta de substâncias dissolvidas (corantes naturais ou artificiais) e coloidais
(turbidez).
As características físico-químicas são definidas por parâmetros sanitários
que quantificam os sólidos, a matéria orgânica e alguns de seus componentes
orgânicos ou inorgânicos. Os compostos com pontos de ebulição superiores ao da
água serão sempre caracterizados como componentes dos sólidos.
Os sólidos são compostos por substâncias dissolvidas e em suspensão, de
composição orgânica e ou inorgânica. Analiticamente são considerados como
sólidos dissolvidos àquelas substâncias ou partículas com diâmetros inferiores a
1,2 µm e como sólidos em suspensão as que possuírem diâmetros superiores.
Os sólidos em suspensão são subdivididos em sólidos coloidais e
sedimentáveis/ flutuantes. Os sólidos coloidais são aqueles mantidos em
suspensão devido ao pequeno diâmetro e pela ação da camada de solvatação
que impede o crescimento dessas partículas. É importante ressaltar que partículas
com diâmetro entre 0,001 e 1,2 µm são coloidais (suspensão), mas pela
metodologia analítica padronizada são quantificadas como sólidos dissolvidos. Os
sólidos sedimentáveis e os flutuantes são aqueles que se separam da fase líquida
por diferença de densidade.
Além do aspecto relativo a solubilidade, os sólidos são analisados conforme
a sua composição, sendo classificados como fixos e voláteis. Os primeiros de
composição inorgânica e os últimos com a composição orgânica. A seguir pode-se
observar um esquema de composição de sólidos:
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Pelo exposto é importante ressaltar que as análises dos sólidos não
distinguem se estamos tratando de substâncias com composição química definida
e conhecida, ou se materiais oriundos do processo industrial, produtos do
metabolismo dos microrganismos ou se os próprios flocos biológicos.
Na figura a seguir observa-se a mais provável composição dos sólidos nos
esgotos sanitários. Para efluentes industriais esta composição varia conforme
cada indústria, devendo ser obtida em cada caso.
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A matéria orgânica
A matéria orgânica está contida na fração de sólidos voláteis, mas
normalmente é medida de forma indireta pelas demanda bioquímica de oxigênio
(DBO) e demanda química de oxigênio (DQO). A DBO mede a quantidade de
oxigênio necessária para que os microorganismos biodegradem a matéria rgânica.
A DQO é a medida da quantidade de oxigênio necessária para oxidar
quimicamente a matéria orgânica. A matéria orgânica ao ser biodegradada nos
corpos receptores causa um decréscimo da concentração de oxigênio dissolvido
(OD) no meio hídrico, deteriorando a qualidade ou inviabilizando a vida aquática.
Outros componentes orgânicos tais como os detergentes, os fenóis e os
óleos e graxas podem ser analisados diretamente.
Os detergentes são industrialmente utilizados em limpezas de
equipamentos, pisos, tubulações e no uso sanitário. Podem ser utilizados também
como lubrificantes. Existem os detergentes catiônicos e os aniônicos, mas
somente os últimos são controlados pela legislação.
Os fenóis podem originar-se em composições desinfetantes, em resinas
fenólicas e outras matérias primas.
Os óleos e graxas estão comumente presentes nos efluentes tendo as
mais diversas origens. É muito comum a origem nos restaurantes industriais. As
oficinas mecânicas, casa de caldeiras, equipamentos que utilizem óleo hidráulico
além de matérias primas com composição oleosa (gordura de origem vegetal,
animal e óleos minerais).
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O potencial hidrogeniônico (pH), indica o caráter ácido ou básico dos
efluentes .Nos tratamentos de efluentes o pH é um parâmetro fundamental para o
controle do processo.
A matéria inorgânica é toda àquela composta por átomos que não sejam
de carbono (exceto no caso do ácido carbônico e seus sais). Os poluentes
inorgânicos são os sais, óxidos, hidróxidos e os ácidos.
O nitrogênio e o fósforo são elementos presentes nos esgotos sanitários e
nos efluentes industriais e são essenciais às diversas formas de vida, causando
problemas devido à proliferação de plantas aquáticas nos corpos receptores. Nos
esgotos sanitários são provenientes dos próprios excrementos humanos, mas
atualmente têm fontes importantes nos produtos de limpeza domésticos e ou
industriais tais como detergentes e amaciantes de roupas. Nos efluentes
industriais podem ser originados em proteínas, aminoácidos, ácidos fosfóricos e
seus derivados.
Os metais são analisados de forma elementar. Os que apresentam
toxicidade são os seguintes: alumínio; cobre; cromo; chumbo; estanho; níquel;
mercúrio; vanádio; zinco. A toxicidade dos metais é função também de seus
números de oxidação (cromo trivalente e hexavalente, etc). Outros metais tais
como o sódio, cálcio,magnésio, e potássio são analisados principalmente em
casos de reuso de águas ou em casos nos quais a salinidade do efluente
influencie significativamente em processos de corrosão, incrustação e osmose.
Os principais anions são: amônio; cianeto; carbonato, bicarbonato;
hidróxido; nitrato; nitrito; fosfato; sulfato; sulfito; sulfeto.
Os contaminantes biológicos são diversos agentes patogênicos ou não.
As características bacteriológicas dos esgotos referem-se à presença de diversos
microorganismos tais como bactérias inclusive do grupo coliforme, vírus e vermes.
No caso das indústrias, as que operam com o abate de animais também são
grandes emissoras de microorganismos, bem como muitas produtoras de
alimentos.
Os microorganismos presentes contaminam o solo, inclusive os lençóis
subterrâneos e as águas superficiais, sendo responsáveis pelas doenças de
veiculação hídrica.
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dos parâmetros unidades uso ou significado sanitário
Características químicas inorgânicas
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N
omes dos parâmetros unidades uso ou significado sanitário
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Características químicas orgânicas
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9. PADRÕES DE EMISSÃO
§ 3º Caso a relação entre as vazões seja inferior (menor) que a relação entre a
concentração padrão de emissão da norma e a de qualidade ambiental, para o
parâmetro de razão mais elevada , o valor do padrão estabelecido pela presente
Norma Técnica, para cada um dos parâmetros avaliados, não se aplica, devendo
ser calculado um novo valor pelo órgão ambiental competente.
§ 4º Caso o corpo hídrico receptor não apresente o enquadramento pelo
respectivo Comitê de Bacia no âmbito do seu plano de recursos hídricos, a
concentração na classe a ser considerada na equação acima será Classe 2.
Art. 9 Os efluentes líquidos de que trata esta Resolução devem atender aos
padrões de toxicidade estabelecidos em resolução específica sobre a matéria ou
conforme exigências do órgão ambiental competente, definidos caso a caso, até
que a mesma esteja em vigor.
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Art. 10 Os efluentes líquidos de fontes poluidoras somente podem ser
lançados em corpos d’água superficiais, direta ou indiretamente, atendendo aos
seguintes padrões de emissão:
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Sulfeto 0,2 mg S-2/L
Temperatura < 40º C
Vanádio total 1,0 mg V/L
Zinco total 2,0 mg Zn/L
I – Pode ser fixado pelo órgão ambiental competente um valor para concentração
a maior dos valores estabelecidos no quadro anterior, uma vez comprovada a
redução de vazão do empreendimento, sendo mantida, no mínimo, a média
histórica da carga lançada.
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II – Qualquer alteração de concentração a ser fixada, diferente dos valores
referidos, não pode implicar em carga de choque sobre corpos d’água superficiais,
cabendo esta avaliação ao órgão ambiental competente, dentro de cada processo
de licenciamento ambiental, em função do corpo hídrico receptor dos efluentes a
serem lançados.
III – Fica estabelecida a variação dos padrões de emissão para os parâmetros
Nitrogênio Total Kjeldahl (NTK), Fósforo e Coliformes Termotolerantes ou
Escherichia coli, devendo atender aos valores de concentração estabelecidos ou
operarem com a eficiência mínima fixada em função das faixas de vazão abaixo
referidas:
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Toxicidade: propriedade potencial que uma amostra possui de provocar efeito
adverso em conseqüência de sua interação com o organismo-teste;
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11.BIBLIOGRAFIA
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