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Instituto Federal De Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí.

Campus Teresina-Central.
Curso: Licenciatura plena em química.
Disciplina: Análise química quantitativa Experimental.
Docente: Joaquim Soares da Costa Junior.

PREPARO E PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÃO

Larissa Nathálya de Melo Rodrigues.

TERESINA-PI,
Fevereiro, 2024.
1

SUMÁRIO

RESUMO: …………................................................................................ 2

1. INTRODUÇÃO: .................................................................................... 3

2. OBJETIVOS: ........................................................................................ 6

3. PARTE EXPERIMENTAL: ……………………...…………...................... 7


3.1. MATERIAL E REAGENTE
3.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES: .………............................................ 11

5. CONCLUSÃO: …………….………………………….............................. 16

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: .................................................. 17

7. ANEXO: ……………………………………………………….…………… 18
2

RESUMO

O experimento denominado "Preparo e padronização de solução", foi


realizado na segunda aula prática de Análise química quantitativa experimental,
pelos alunos do curso de Licenciatura em Química do Instituto federal de educação,
ciência e tecnologia do Piauí (IFPI). Tal prática teve a intenção de promover o
aprendizado prático e quantitativo a respeito do processo de titulação e
padronização de solução. A titulação em estudo foi a de ácido-base,onde foram
usadas soluções ácidas misturadas com o indicador sintético fenolftaleína, que
foram padronizadas pela solução de NaOH (hidróxido de sódio), que é considerado
uma base forte. A partir dos resultados obtidos neste experimento foi possível
calcular a molaridade das soluções e a média aritmética de cada uma delas.
3

1. INTRODUÇÃO
Para Russel (1994, p. 18), a química atua como um instrumento prático para o
conhecimento e a resolução de problemas em muitas áreas de atuação da vida
humana. É usada em diversos campos, como a engenharia, agricultura, silvicultura,
oceanografia, física, biologia, medicina, tecnologia de recursos ambientais, nutrição,
odontologia, metalurgia, eletrônica, ciência espacial, tecnologia fotográfica e em
inúmeros outros campos.
A partir da importância geral que todas as áreas da química assumem, tem-se a
Química analítica como um dos campos fundamentais para o estudo de diversos
processos, uma vez que essa área baseia-se nos processos de identificação que
fundamenta-se em um conjunto de ideias e métodos que são de utilidade multiversa.
Como ponto mais específico, tem-se a Química Analítica Quantitativa que determina
as quantidades relativas das espécies, ou analitos, em termos numéricos.
relaciona-se às análises que indica a quantidade de cada substância presente em
uma amostra, e o reconhecimento e a determinação dos constituintes de uma
amostra ou analitos, indicando o que está ou não presente em uma dada amostra
(SKOOG, 2010, p.1). As análises podem ser categorizadas de várias maneiras,
incluindo o material analisado, o método utilizado, a informação necessária e a
quantidade da amostra. As amostras podem ter natureza orgânica ou inorgânica e,
assim quanto à natureza, a análise pode ser de dois tipos: análise orgânica e análise
inorgânica, ela também pode se dividir em cinco categorias distintas: análise parcial,
análise completa, análise aproximada, análise exata e análise de traços. Os
resultados de uma análise quantitativa podem ser computados a partir de duas
séries de medidas: 1) medidas de massa ou volume; 2) medidas de propriedades
proporcionais à quantidade do analito na amostra. Os métodos são classificados de
acordo com a medida final realizada, de uma forma geral os métodos analíticos se
classificam em: Gravimétrico, Volumétrico, Espectroscópico, Eletroanalítico, etc.
(VASCONCELOS, 2019).
O método experimental usado em uma análise volumétrica tradicional é chamado de
titulação. Nesse processo, conhecido como titulometria, mede-se a quantidade pela
quantidade de volume da solução padrão que reage completamente com o analito.
Outro tipo de titulação envolve a reação entre uma solução do analito e uma
quantidade conhecida de um reagente padrão. Geralmente, a titulação é realizada
4

utilizando buretas, onde a solução padrão é adicionada lentamente à solução


contendo o analito até que a reação esteja completa. O propósito de toda titulação é
alcançar o ponto estequiométrico, mais comumente chamado de ponto de
equivalência (P.E.). Este é o ponto durante a titulação em que a relação
estequiométrica da reação volumétrica é alcançada. Nesse ponto, as quantidades da
solução padrão e do analito são exatamente equivalentes. O ponto de equivalência
não pode ser diretamente determinado experimentalmente, sendo possível apenas
realizar uma estimativa de sua posição através da observação de alterações no
sistema em análise. Portanto, o termo ponto final (P.F.) é utilizado para descrever o
ponto da titulação em que ocorre alguma mudança física ou química no sistema
investigado. Geralmente, essa mudança é percebida pela modificação na cor da
solução, sendo neste caso chamado de ponto de viragem. Existem vários meios de
identificar o ponto final de uma titulação, e um deles é através da utilização de
indicadores: indicadores são substâncias que têm a capacidade de alterar sua
coloração com base em mudanças em alguma propriedade da solução. Por
exemplo, a fenolftaleína (C20H14O4), um indicador de pH, tem a característica de
adquirir uma tonalidade rosa em ambientes alcalinos e ficar incolor em ambientes
ácidos (VASCONCELOS, 2019, p.45-50).
Segundo VASCONCELOS (2019),Com base na reação que ocorre entre o titulante e
o analito, os métodos volumétricos são categorizados em quatro classes: volumetria
de neutralização ou ácido-base, volumetria de precipitação, volumetria de formação
de complexos e volumetria de oxidação-redução. O método volumétrico conhecido
como Volumetria Ácido-Base ou Volumetria de Neutralização é identificado pela
titulação de um ácido com uma solução padrão alcalina, ou de uma base com uma
solução padrão ácida. O ponto final pode ser identificado através do uso de
indicadores ou, alternativamente, verificando a variação de pH durante todo o
processo.
Assim como ressalta SKOOG (2010), na química analítica um padrão primário é um
reagente com características especiais usado como referência em análises
volumétricas. Para ser considerado um padrão primário, o reagente deve atender
aos seguintes requisitos:
1. Idealmente, deve ter alta pureza, com o percentual de impurezas situado entre
0,01 a 0,02%.
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2. Se a pureza não for absoluta, deve ser facilmente purificado, e as impurezas


devem ser inertes e facilmente identificáveis.
3. Deve ser facilmente obtido, dessecado, pesado e conservado. A dessecação é
necessária antes da pesagem.
4. Deve apresentar estabilidade quando exposto ao ar e durante o processo de
dessecação.
5. Não deve ser higroscópico nem eflorescente, ou seja, não deve perder água de
cristalização ao ser exposto ao ar.
6. Quanto à solubilidade, deve ser bastante solúvel para que a massa pesada seja
completamente dissolvida.
7. Para minimizar erros de pesagem, o padrão primário deve ter uma massa molar
relativamente elevada.
Portanto, as soluções padrões são soluções de concentração exatamente
conhecidas. São soluções de fundamental importância na análise volumétrica, pois
possuem grande estabilidade e reagem rapidamente com o analito de forma seletiva
e completa. As soluções padrões podem ser preparadas por dois métodos: método
direto e método indireto. Onde, no método direto a solução é preparada com um
reagente padrão primário. E quando o reagente usado na preparação da solução
padrão não for padrão primário, a solução padrão deve ser preparada pelo método
indireto, que consiste na preparação da solução numa concentração aproximada
àquela desejada. Para transformar a solução preparada em uma solução padrão, é
necessário realizar o processo de padronização. A solução padronizada é conhecida
como padrão secundário, e sua concentração apresenta uma incerteza maior em
comparação com uma solução de padrão primário.
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2. OBJETIVOS

● Objetivo Geral

➔ Analisar, testar e identificar quantitativamente através da titulação ácido-base


a volumetria das soluções aquosas de HCl, CH₃COOH, C8H5KO4 através da
solução básica de NaOH, com a fenolftaleína como indicador sintético de
ácido-base.
● Objetivos específicos

➔ Realizar o preparo de soluções aquosas, tanto de substâncias de caráter


ácido como de caráter básico.
➔ Aprender as etapas para realizar o processo de padronização das soluções.
➔ Observar quantitativa o processo de titulação que ocorre nas reações e
representá-lo de forma estequiométrica.
➔ Conhecer os conceitos fundamentais da análise volumétrica.
➔ Caracterizar as reações, os tipos de titulação e a detecção do ponto final em
análise volumétrica.
➔ Empregar o conceito de padrão primário e discutir sobre a preparação de
soluções padrões, enfatizando a sua importância em análise volumétrica.
➔ Possibilitar a verificação e a eficácia de um processo químico através das
características químicas quantitativas que ele apresenta.
➔ Conhecer o comportamento de indicadores ácido-base.
➔ Analisar os equilíbrios químicos envolvidos na titulação de ácidos com bases
bem como de bases com ácidos através das curvas de titulação.
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3. PARTE EXPERIMENTAL

3.1. MATERIAL E REAGENTE

● Ácido clorídrico (HCl) a 0,1 mol;


● Ácido acético (CH₃COOH) a 0,1 mol;
● Água destilada;
● Balança analitica;
● Balão volumétrico de 500 mL e de 1000 mL;
● Bastão de vidro;
● Béquer de 50 mL e 100 mL;
● Biftalato de potássio (C8H5KO4);
● Bureta de 50 mL;
● Dessecador;
● Estufa;
● Espátula;
● Erlenmeyer de 125 mL e 250 mL;
● Fenolftaleína;
● Garra;
● Hidróxido de sódio (NaOH) a 0,1 mol;
● Pipeta graduada 10 mL;
● Pipeta volumétrica de 25 mL;
● Pipeta de Pasteur;
● Proveta de 50 mL;
● Recipientes de vidro;
● Suporte universal;
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3.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

O experimento em questão, foi realizado com quatro compostos químicos


diferentes, no qual cada um deles foi preparado em forma de solução aquosa. Onde
três destas soluções são de caráter ácido (C8H5KO4, HCl, CH₃COOH) e a outra
solução é de caráter básico (NaOH), e foi utilizada, também, a fenolftaleína como
indicador de ácido-base para as soluções. De forma geral, o experimento se
caracterizou pela realização de cálculos estequiométricos, necessários para o
preparo das soluções, pelo preparo das soluções dos quatro compostos químicos,
pela padronização das soluções, pela adição da fenolftaleína nas soluções de
caráter ácido e pela triplicata da titulação das soluções ácidas, que teve como
titulante a solução de hidróxido de sódio (NaOH). Durante a titulação de cada uma
das amostra das soluções foram anotados os valores do volume de NaOH utilizado
para a solução titulada chegar no ponto de virada. Todos os testes de titulação foram
feitos com amostras em triplicata, pois a realização de experimentos em triplicata é
recomendada nos laboratórios de ensino porque é um compromisso aceitável entre
a precisão e o trabalho.

De início foram feitos os cálculos de concentração molar, para definir a massa


e o volume de cada composto que deveria ser medida. Primeiro, calculou-se a
massa de NaOH que deveria ser pesada na balança, em seguida o volume de HCl e
o volume de CH₃COOH que seriam médicos na proveta, e por fim, após secar o
biftalato de potássio em estufa e deixá-lo no dessecador foi pesado sua massa na
balança. Em seguida, foi feito o preparo das soluções, primeiro preparou-se a
solução de NaOH: em um recipiente plástico foi adicionado 4g de NaOH (massa
calculada e pesada) e 25 mL de água destilada, em seguida, no balão volumétrico
de 1000 mL foi adicionado o NaOH dissolvido e completou o volume com água
destilada até aferir o menisco, essa solução foi armazenada em um recipiente
plástico com tampa. Em seguida, preparou-se a solução de HCl: em uma proveta foi
medido o volume de 4,2 mL de HCl (volume calculado), esse volume foi adicionado
num balão volumétrico de 500 mL que foi completado com água destilada até aferir
menisco, essa solução foi armazenada em um recipiente de vidro com tampa. Logo
em seguida, preparou-se a solução de CH₃COOH: em uma proveta foi medido o
volume de 2,9 mL de CH₃COOH (volume calculado), esse volume foi adicionado
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num balão volumétrico de 500 mL que foi completado com água destilada até aferir
menisco, essa solução foi armazenada em um recipiente de vidro com tampa. Logo
após o preparo das três soluções foi o momento de trabalhar com o biftalato de
potássio que teve a massa de três amostras pesadas, onde o valor das amostras foi
o seguinte: a primeira amostra foi 0,5101 g, a segunda amostra foi 0,5105 g e s
terceira amostra foi igual a 0,5104 g. Após as massas das três amostras pesadas,
cada uma foi adicionada em um erlenmeyer e diluída com cerca de 25 mL de água
destilada. Em seguida foram adicionadas três gotas de fenolftaleína em cada uma
das amostras de biftalato de potássio. Com isso, o processo de padronização das
amostras das soluções estava completo.

A próxima etapa do experimento caracterizou-se pelo processo de titulação de


cada uma das três amostras das soluções ácidas de biftalato de potássio, ácido
clorídrico e ácido acético pela solução básica de NaOH. Primeiramente foi montado
o suporte universal onde ficou fixada a bureta, e na base do suporte foi colocado um
erlenmeyer vazio, a bureta foi abastecida com a solução de NaOH e fez-se o
processo de ambientação da bureta. Consecutivamente, já para dar início ao
processo de titulação, a bureta foi reabastecida com a solução de Hidróxido de
sódio. E assim começou a titulação das soluções:

Primeiramente foi feita a titulação das três amostras do biftalato de potássio


(C8H5KO4), misturado com a fenolftaleína. O processo foi o mesmo para as três
amostras, onde: com a bureta abastecida de NaOH e com o erlenmeyer que
continha a amostra 1 na base do suporte, começou a gotejar a solução titulante na
solução titulada até atingir o ponto de virada, e o mesmo processo foi feito com a
amostra 2 e 3, que também atingiram o ponto de virada, e os resultados foram
anotados.

Segundamente foi feita a separação das três amostras de ácido clorídrico


(HCl), cada uma em um erlenmeyer, e foram adicionadas três gotas de fenolftaleína
em cada uma. Em seguida deu início ao processo de titulação das três amostras de
HCl. O procedimento foi o mesmo para as três amostras, onde: com a bureta
abastecida de NaOH e com o erlenmeyer que continha a amostra 1 na base do
suporte, começou a gotejar a solução titulante na solução titulada até atingir o ponto
de virada, e o mesmo processo foi feito com a amostra 2 e 3, que também atingiram
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o ponto de virada, e os resultados foram anotados.

Terceiramente foi feita a separação das três amostras de ácido acético


(CH₃COOH), em erlenmeyer distintos, e foram adicionadas três gotas de
fenolftaleína em cada uma das amostras separadas. Em conseguinte foi iniciado o
processo de titulação das três amostras de CH₃COOH. Onde, o procedimento foi o
mesmo para as três amostras, assim: com a bureta abastecida de NaOH e com o
erlenmeyer que continha a amostra 1 na base do suporte, começou a gotejar a
solução titulante na solução titulada até atingir o ponto de virada, e o mesmo
processo foi feito com a amostra 2 e 3, que também atingiram o ponto de virada, e
os resultados foram anotados.
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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O método volumétrico de titulação se baseia na determinação do volume de uma


solução de concentração conhecida (titulante), necessário para reagir
quantitativamente com um soluto (titulado). No qual a concentração molar de um
ácido em uma solução aquosa é determinada pela adição vagarosa de uma solução
básica de concentração conhecida na solução do ácido, ou vice versa (RUSSELL,
1994).
Os valores de volume do NaOH foram obtidos de acordo com o processo
de titulação, assim que houve uma mudança de coloração para rosa. Dessa
forma foi possível inferir que a concentração do NaOH estava em torno de
0,0700 mol/L diferente do que se diz 0,1mol/L. Após o cálculo de média, a
concentração achada foi de 0,0748 mol/L. O desvio padrão teve um resultado
de 1,8%, isso significa que houve boa precisão do experimento

Tabela 1: valores das massas e volume das amostras

Tipo Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3

Biftalato de 0,5101 g 0,5105 g 0,5104 g


potássio

Ácido 25ml 25ml 25ml


clorídrico
(HCl)

Ácido
acético 25ml 25ml 25ml

(CH₃COOH)
Fonte próprio, (2024).

A tabela acima contém os valores de massa, no caso do biftalato, e de volume, no


caso do HCl e do CH₃COOH, dos ácidos usados para preparar as soluções aquosas
que foram titulares pelo NaOH.

Titulação do Biftalato de potássio (C8H5KO4)

Para a titulação do biftalato de potássio foram separados três erlenmeyer, cada um


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correspondente a uma amostra (amostra 1, amostra 2 e amostra 3), onde foi


adicionado 25 ml da solução de biftalato e mais três gotas do indicador fenolftaleína,
com isso a líquido permaneceu transparente. Em seguida a amostra 1 foi levada até
a butera que continha a solução de NaOH para ser titulada. Os gotejamentos
tiveram uma frequência constante e o ponto de viragem (onde a coloração da
solução mudou para rosa), se deu exatamente no ponto em que o NaOH atingiu um
volume igual a 25,1 mL. Em seguida a amostra 2 foi levada até a butera que
continha a solução básica de NaOH para ser titulada. Os gotejamentos tiveram uma
frequência constante e o ponto de viragem (onde a coloração da solução mudou
para rosa), se deu exatamente no ponto em que o NaOH atingiu um volume igual a
25,4 mL. Em seguida a amostra 3 foi levada até a butera que continha a solução
de NaOH para ser titulada. Os gotejamentos tiveram uma frequência constante e o
ponto de viragem (onde a coloração da solução mudou para rosa), se deu
exatamente no ponto em que o NaOH atingiu um volume igual a 25,3 mL.

Titulação do Ácido clorídrico (HCl)

Para a titulação do ácido clorídrico (HCl) foram separadas três erlenmeyer com 25
ml de HCl e três gotas de fenolftaleína (a solução de manteve transparente),
resultando nas três amostra a serem titulada (amostra 1, amostra 2 e amostra 3).
Durante o processo de titulação da amostra 1 o gotejamento da bureta com a
solução de NaOH se manteve constante até que o ponto de viragem ocorrer,
fazendo a solução ficar rosa, nesse ponto o volume de NaOH medido pela bureta foi
igual a 29,3 mL. Em seguida para a titulação da amostra 2 o gotejamento da bureta
com a solução de NaOH se manteve constante até que o ponto de viragem ocorrer,
fazendo a solução ficar rosa, nesse ponto o volume de NaOH medido pela bureta foi
igual a 29,6 mL. Por último na titulação da amostra 3 o gotejamento da bureta com
a solução de NaOH se manteve constante até que o ponto de viragem ocorrer,
fazendo a solução ficar rosa, nesse ponto o volume de NaOH medido pela bureta foi
igual a 29,3 mL.

Titulação do Ácido acético (CH₃COOH)

Para a titulação do ácido acético (CH₃COOH), que foi feita em triplicata, foram
separados três erlenmeyer cada um com 25 ml de CH₃COOH e três gotas de
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fenolftaleína ( a solução manteve seu aspecto translúcido), resultando nas três


amostras (amostra 1, amostra 2 e amostra 3), que seriam titulada pelo NaOH. Na
titulação da amostra 1 o gotejamento da solução de NaOH pela bureta se manteve
constante até que a solução ácida atingisse o ponto de viragem (momento em que a
solução muda sua coloração transparente para rosa), nesse momento o volume de
NaOH medido pela bureta foi igual a 24,3 mL. Em seguida na titulação da amostra
2 o gotejamento da solução de NaOH pela bureta se manteve constante até que a
solução ácida atingisse o ponto de viragem (momento em que a solução muda sua
coloração transparente para rosa), nesse momento o volume de NaOH medido pela
bureta foi igual a 24,3 mL. Por fim, na titulação da amostra 3 o gotejamento da
solução de NaOH pela bureta se manteve constante até que a solução ácida
atingisse o ponto de viragem (momento em que a solução muda sua coloração
transparente para rosa), nesse momento o volume de NaOH medido pela bureta foi
igual a 24,5 mL.

Os valores de volume do NaOH foram obtidos de acordo com o processo de


titulação, assim que houve uma mudança de coloração para rosa. Dessa
forma foi possível inferir que a média da concentração do NaOH estava em
torno de 0,0989 mol/L na solução de biftalato de potássio; 0,1176 mol/L na
solução de HCl; e 0,0974 mol/L na solução de aciso acético, valores aproximados
do que se diz 0,1 mol/L.

Tabela 2: valores dos volumes no ponto de equivalência.

Titulação P.E 1 P.E 2 P.E 3

Biftalato 25,1ml 25,4 ml 25,3 ml


de
potássio

Ácido 24,3 ml 24,3 ml 24,5 ml


acético.

Ácido
29,3 ml 29,6 ml 29,3 ml
clorídrico
Fonte próprio, (2024).
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O ponto de equivalência (P.E.) de uma titulação é aquele calculado com base na


estequiometria da reação envolvida na titulação (volume exato em que a substância
a ser determinada vai ser titulada). Teoricamente no ponto de equivalência, os íons
hidrônio (H+) e hidróxidos (OH-) estão presentes em concentração igual, e a
concentração de íons hidrogênio é derivada diretamente da constante do produto
iônico de água. No ponto de equivalência o pH da solução é neutro, igual a 7
(SKOOG et al., 2010).
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Tabela 3: valores das molaridades de cada amostra.

Titulação Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Média Desvio


padrão

Biftalato 0,0995 0,0984 0,0987 0,0989, mol/L 0,000464


de mol/L mol/L mol/Ll
potássio

Ácido 0,0972 0,0972 0,098 0,0974 mol/L 0,000461


acético. mol/L mol/L
mol/L
Ácido
clorídrico
0,1172 0,1184
0,1172 0,1176 mol/L 0,000692
mol/L mol/L
mol/L
Fonte próprio, (2024).

O experimento realizado em laboratório oferece compreensão em vários aspectos


da química analítica quantitativa, destacando-se na padronização, na análise
volumétrica e na titulação ácido-base. A repetição dos procedimentos em triplicata
mostrou a importância da consistência nos resultados, evidenciando, assim, a
precisão analítica e fortalecendo a exatidão e a meticulosidade experimental.
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5. CONCLUSÃO

A padronização da solução de NaOH foi um experimento prático de análise


quantitativa. Sabe-se que todo experimento que engloba medidas possui certo grau
de incerteza, uma vez que desde erros operacionais até erros de instrumentação
podem ser cometidos. Assim, o experimento realizado algumas vezes terá seu
resultado baseado na Lei de Distribuição Normal sendo possível encontrar o resultado
mais provavelmente verdadeiro. A solução de NaOH possui concentração aproximada
de 0,1mol/L, parra assegurar a precisão e evitar resultados incorretos, a titulação é feita em
triplicata, utilizando a reação em que o hidrogênio ionizado do biftalato reage com o NaOH,
formando biftalato de potássio e água. A reação é concluída quando ocorre uma
mudança física de coloração. Cálculos de média, desvio padrão são
realizados.(VASCONCELOS, 2019).

Por fim, conclui-se que a partir da prática de preparo e padronização de


soluções ácido-base com o titulante NaOH pelo método de titulação obtivemos êxito,
uma vez que conseguimos observar o ponto de viragem, mudança de coloração: de
incolor para rosa, e comprovar a molaridade da solução a partir dos cálculos
estequiométrico que dê fizeram verdadeiros na parte prática.
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Adaptado da Apostila de Química Analítica Qualitativa Experimental,


Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2000/2

RUSSEL, J.B.Química Geral. São Paulo, Makron Books, 2000. Vol. 2.

SKOOG, D. A.; WEST, D. M.; HOLLER, F. J.; CROUCH, S. R. Fundamentos de


Química Analítica. São Paulo: Cengage Learning, 2010.

VASCONCELOS, Nadja Maria Sales de. Fundamentos de Química Analítica


Quantitativa. 2a. ed. Fortaleza - Ceará: Editora da Universidade Estadual do Ceará
– Eduece, 2019.

VOGEL, A. I. Análise química quantitativa. 6a ed., Rio de Janeiro: LTC, Livros


Técnicos e Científicos Editora S. A., 2002.
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ANEXO
Questionário

1. O que é solução padrão? Por que nem todas as soluções são padrões?
São soluções com alto teor de pureza, estáveis. Nem todas as soluções podem ser
padrões primários porque não apresentam estabilidade, não são puros, alguns são
higroscópicos (absorvem umidade da água).
2. O que é padrão primário? Quais os requisitos para que uma substância seja
um padrão primário? Por que é preciso secá-lo antes de sua utilização?
Para ser considerada um padrão primário, a substância deve ter alta pureza, ser
estável e não reagir com o ar ou a umidade. É preciso secá-lo antes de sua
utilização para remover qualquer umidade que possa afetar a concentração da
solução.
3. O que é padronização? Quando ela é necessária?
É a titulação realizada para determinar a concentração do titulante que será utilizado
para uma análise. Isso é feito comparando a solução com uma substância de dados
conhecidos. Ela é necessária quando se deseja garantir medições químicas
precisas e confiáveis, principalmente na titulação, onde a quantidade exata de uma
substância é importante para calcular a concentrações ou quantidades de outras
substâncias. Isso contribui para resultados mais precisos em experimentos e
análises químicas.
4. Como são realizados os cálculos da padronização em termos de número de
moles para a reação acima? E se a reação fosse a seguinte: 2A + B C?
A determinação dos cálculos de padronização em relação ao número de mols em
uma reação está intrinsecamente ligada à estequiometria da reação em questão.
Quando a reação é corretamente balanceada, os cálculos podem ser executados de
acordo com a proporção estequiométrica dos reagentes envolvidos. Em uma reação
representada por 2A + B → C, os cálculos devem ser conduzidos levando em conta a
proporção de 2:1 entre A e B.
5. Por que a reação envolvida na padronização deve ser estequiométrica?
A escolha de uma reação estequiométrica é fundamental na padronização para
garantir que a quantidade de substância usada na padronização seja diretamente
proporcional à quantidade de substância a ser padronizada, ou seja, é essencial
para garantir resultados confiáveis e precisos durante a padronização, mantendo
relações constantes entre as quantidades de reagentes e produtos.
6. Por que NaOH e HCl não são padrões primários?
Não são padrões primários devido à dificuldade de obter uma pureza absoluta
dessas substâncias. Ambos são higroscópicos, o que significa que absorvem água
do ambiente, afetando a concentração exata da solução. Além disso, a pureza
desses reagentes pode ser comprometida durante o armazenamento devido à
absorção de dióxido de carbono do ar. Padrões primários são substâncias altamente
purificadas e estáveis, o que torna difícil garantir essas condições com NaOH e HCl.
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Substâncias como carbonato de sódio e ácido oxálico são comumente usadas como
padrões primários de titulação.
7. Quais as reações envolvidas nesta prática?
Reações de padronização e neutralização.
8. Como é realizada a padronização do HCl empregando carbonato de sódio?
Por que ele pode ser padronizado com uma solução padrão de NaOH?
A padronização do HCl com carbonato de sódio envolve a reação entre o ácido
clorídrico (HCl) e o carbonato de sódio (Na2CO3) na presença de um indicador
apropriado, como fenolftaleína. O uso de NaOH como solução padrão se deve à sua
alta pureza e estabilidade, tornando-o apropriado para a padronização do HCl.
9. Quais dos equipamentos utilizados nesta prática devem estar
necessariamente seco: espátula, recipiente de pesagem, balão volumétrico,
bastão de vidro, funil, pipeta, erlenmeyer e bureta.
Os equipamentos que precisam estar absolutamente secos compreendem o
recipiente de pesagem, a fim de prevenir a introdução de água, o balão volumétrico,
assegurando a precisão da solução preparada, e a bureta, garantindo precisão na
dispensação da solução titulante.
10. Quais são as fontes de erros no preparo e padronização de soluções?
Entre as possíveis fontes de erro no processo de preparo e padronização de
soluções, incluem-se a contaminação, imprecisões na medição de massa e volume,
ocorrência de reações secundárias e impurezas nos reagentes, entre outros. É
crucial adotar procedimentos rigorosos e empregar equipamentos limpos e
devidamente calibrados para reduzir ao máximo esses tipos de erro.

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