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TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO

A EVOLUÇÃO DA INDÚSTRIA AUTOMOTIVA NO BRASIL DESDE O SÉCULO XX

Recursos Humanos

Professor Carlos Alberto

Alunas:
Letícia Oliveira-2022101386
Lorena Carvalho-2022101743

Luana Emidio-2022101142

Juliana Machado-2022101617

Paula Myllena-2022101209

Volta Redonda
A evolução da indústria automotiva no Brasil trouxe consigo uma série de vantagens
impactando positivamente diversos aspectos da sociedade, economia e meio ambiente. Ao
longo das décadas, essa evolução contribuiu para o desenvolvimento do país de maneiras
notáveis.

Desde a introdução dos primeiros veículos no Brasil até os dias atuais, a evolução desse
setor reflete não apenas mudanças tecnológicas, mas também transformações profundas
no ambiente brasileiro. A evolução desse setor é marcada por desafios, conquistas e
adaptações às demandas do mercado global.

A Chegada dos Primeiros Veículos no Brasil No início do século XX, os primeiros


automóveis começaram a circular nas ruas brasileiras, marcando o início de uma revolução
no transporte e na indústria. A Ford foi uma das pioneiras, estabelecendo sua primeira
fábrica no Brasil em 1920. Essa fase inicial foi caracterizada pela importação de veículos e
pela formação de uma elite automobilística.

Durante o governo de Getúlio Vargas, na década de 1930, foram implementadas políticas


para incentivar a produção nacional de automóveis. A criação do Conselho Nacional do
Petróleo em 1938 e a fundação da Petrobras em 1953 contribuíram para o desenvolvimento
da indústria automotiva, uma vez que a produção de combustíveis passou a ser uma
preocupação estratégica para o país. A criação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN)
e a busca por autonomia energética impulsionaram a indústria automotiva, consolidando-a
como peça-chave no desenvolvimento econômico do país.

Na década de 1950, o governo brasileiro implementou políticas de incentivo à


industrialização, o que atraiu montadoras estrangeiras a se estabelecerem no país. Isso
marcou o início da produção em larga escala de veículos no Brasil, inicialmente com
modelos importados e, posteriormente, com a nacionalização de peças e componentes. No
período de 1947 a 1952, o governo tomou medidas com o objetivo de restringir as
importações de veículos automotores e autopeças e investiu mais no setor automotivo do
que importando petróleo ou trigo. Mesmo assim, diante do câmbio favorável, os europeus
ganharam espaço no mercado nacional. Se antes as ruas eram cheias de carros
americanos, em 1950, passou a ser comum andar em carros ingleses.

⦁ Políticas de Incentivo à Industrialização:

No início da década de 1950, o governo brasileiro implementou políticas de incentivo à


industrialização, visando o desenvolvimento econômico do país. Essas políticas incluíam
incentivos fiscais para a instalação de indústrias, o que atraiu montadoras estrangeiras a
estabelecerem suas fábricas no Brasil.

⦁ Chegada das Montadoras Estrangeiras:

Com as políticas de incentivo, montadoras como Ford, General Motors e Volkswagen


começaram a operar no Brasil, estabelecendo suas fábricas e contribuindo para a produção
local de veículos.

⦁ Nacionalização da Produção:

Ao longo da década de 1950 e início da década de 1960, as montadoras estrangeiras


gradualmente passaram a nacionalizar a produção, produzindo localmente peças e
componentes. Isso marcou o início da consolidação da indústria automotiva brasileira.

⦁ Criação da Indústria de Autopeças:

Para atender à demanda crescente e promover a autonomia na produção, surgiram


empresas especializadas na fabricação de autopeças. Isso contribuiu para a formação de
uma cadeia produtiva mais completa e integrada.

No período de 1947 a 1952, o governo tomou medidas com o objetivo de restringir as


importações de veículos automotores e autopeças e investiu mais no setor automotivo do
que importando petróleo ou trigo. Mesmo assim, diante do câmbio favorável, os europeus
ganharam espaço no mercado nacional. Se antes as ruas eram cheias de carros
americanos, em 1950, passou a ser comum andar em carros ingleses.

No governo de Juscelino Kubitschek, em 1956, foi criado Grupo Executivo da Indústria


Automobilística (GEIA), pelo decreto nº 39.412, sob o comando do almirante Lúcio Meira,
com o objetivo de viabilizar as iniciativas de produção de automóveis nacionais. Na época, a
frota brasileira era de 800 mil veículos e existia uma enorme demanda por automóveis e
caminhões. As metas de nacionalização da indústria automobilística eram ambiciosas.

Assim, o primeiro carro 100% nacional surgiu em 1956 pela Romi, indústria de tornos e
equipamentos agrícolas. A Romi-Isetta ficou conhecida por ter um motor semelhante ao de
uma motocicleta, rodas pequenas e uma porta frontal. No mesmo ano, a Fábrica Nacional
de Motores e a Vemag lançaram carros nacionais, mas cópias licenciadas de modelos
europeus e norte-americanos.

⦁ DÉCADA DE 60 E 70

O chamado milagre econômico dos anos 1960 suportou o crescimento industrial na década
até o início dos anos 1970 com a crise do petróleo contribuindo para um ambiente inflacionário
e crescimento da dívida externa. Nessa situação foi promovida a política de substituição das
importações. Em 1975 nasce o Proálcool, que uniu montadoras e empresas de autopeças na
busca de soluções para substituir a gasolina pelo álcool como fonte energética. O setor
resolveu o problema com componentes redimensionados para resistir ao contato corrosivo
com o etanol. Surgiram carburadores, velas e tanques com revestimentos especiais, baterias
mais fortes e sistemas de partida a frio. Assim a indústria brasileira assumia posição de
vanguarda no desenvolvimento de uma tecnologia de escala e montadoras e fabricantes de
autopeças apresentavam uma alternativa real à gasolina.

Na década perdida de 1980, as montadoras introduziram o conceito do “carro mundial”, e as


autopeças viram a oportunidade de expandir os negócios para volumes maiores através de
exportações aos mercados globais de montagem. Era o início da globalização. No Brasil
foram lançados os carros mundiais Chevrolet Monza, Ford Escort e Fiat Uno. O longo período
de isolamento das autopeças locais do acesso e aplicação das tecnologias emergentes, como
a eletrônica, mostrou a defasagem na competência da indústria nacional.

Na década perdida de 1980, as montadoras introduziram o conceito do “carro mundial”, e as


autopeças viram a oportunidade de expandir os negócios para volumes maiores através de
exportações aos mercados globais de montagem. Era o início da globalização. No Brasil
foram lançados os carros mundiais Chevrolet Monza, Ford Escort e Fiat Uno. O longo período
de isolamento das autopeças locais do acesso e aplicação das tecnologias emergentes, como
a eletrônica, mostrou a defasagem na competência da indústria nacional.

A indústria focou em melhorar as soluções para o etanol, melhorando sistemas com algumas
das novas tecnologias para o combustível. Foram fabricados sistemas de partida a frio mais
eficientes e componentes capazes de resistir ao poder corrosivo do etanol. A defasagem
tecnológica do setor de autopeças foi muito impactada pelas crises e poucos investimentos
ocorridos nas duas décadas anteriores (70 e 80). Por exemplo: a injeção eletrônica surgiu no
Brasil em 1988, vinte anos após o lançamento em um motor nos EUA.

Durante os anos 1980 e 1990, o mercado automotivo brasileiro passou por desafios
econômicos, incluindo altas taxas de inflação e instabilidade. No entanto, houve avanços na
modernização da indústria, com a introdução de novas tecnologias e processos de produção
mais eficientes.

A abertura do mercado na década de 1990 permitiu a entrada de novas marcas estrangeiras,


intensificando a competição e incentivando a inovação. A globalização tornou-se uma
característica marcante, com a integração de tecnologias estrangeiras e a produção de
modelos adaptados ao mercado brasileiro e a competição estimulou as montadoras a buscar
maior eficiência na produção e a modernizar seus veículos.

• INDÚSTRIAS QUE DESEMPENHARAM PAPEIS IMPORTANTES NA EVOLUÇAO


DA INDUSTRIA AUTOMOTIVA BRASILEIRAS:

Montadoras Estrangeiras Iniciais: No período inicial, montadoras estrangeiras como Ford,


General Motors e Volkswagen estabeleceram suas fábricas no Brasil. Essas empresas foram
pioneiras na introdução de métodos de produção em larga escala e contribuíram para a
formação da base industrial automotiva brasileira.

Indústria de Autopeças Nacional: Com a nacionalização da produção, surgiram indústrias de


autopeças locais. Empresas como Magneti Marelli e Bosch estabeleceram presença no país,
fornecendo componentes essenciais para a fabricação de veículos.

Montadoras Nacionais: Durante as décadas de 1970 e 1980, empresas brasileiras como a


Embraer e a Gurgel buscaram criar carros exclusivamente nacionais. Embora essas
iniciativas não tenham alcançado o mesmo sucesso comercial das montadoras estrangeiras,
contribuíram para a diversificação do mercado.

Indústria do Etanol: O Proálcool impulsionou não apenas a produção de veículos movidos a


etanol, mas também a indústria sucroalcooleira. Empresas como a Cosan e a Copersucar
tornaram-se fundamentais na produção de etanol, fornecendo combustível para uma parte
significativa da frota brasileira.

Empresas de Tecnologia e Inovação: Com a abertura do mercado na década de 1990, houve


um influxo de empresas estrangeiras de tecnologia automotiva no Brasil. Empresas como
Delphi e Continental trouxeram inovações em eletrônica embarcada e sistemas avançados
de segurança.

Montadoras Estrangeiras Adicionais: A entrada de novas montadoras estrangeiras, como


Toyota, Honda e Hyundai, na virada do século, trouxe uma competição mais acirrada e
estimulou a modernização do parque industrial automotivo brasileiro.

Empresas de Energias Alternativas: Com a crescente preocupação ambiental, empresas


como a Weg e a EDP investiram em soluções para veículos elétricos e infraestrutura de
recarga, impulsionando a transição para uma mobilidade mais sustentável.

Esses exemplos destacam a diversidade de setores que desempenharam papéis cruciais na


evolução da indústria automotiva brasileira, desde as montadoras tradicionais até empresas
de tecnologia e energias alternativas, moldando um cenário dinâmico e adaptável ao longo
do tempo.

A evolução da indústria automotiva no Brasil desde o século XX é uma narrativa de


crescimento, desafios e adaptações constantes. Desde os primórdios com a presença de
montadoras estrangeiras até os dias atuais, com a busca por soluções sustentáveis e
tecnologicamente avançadas, a indústria automotiva brasileira reflete as mudanças globais
no setor e as demandas de um mercado em constante transformação.

• Conclusão:
A evolução da indústria automotiva no Brasil é uma história de resiliência, adaptação e
progresso ao longo do século XX e início do século XXI. Desde os primeiros passos com a
chegada das montadoras estrangeiras até os desafios econômicos e as inovações
tecnológicas recentes, o setor automotivo brasileiro testemunhou uma jornada
impressionante. A nacionalização da produção, impulsionada pela busca por autonomia e
eficiência, marcou uma fase crucial, seguida pelo advento do Proálcool, que evidenciou a
capacidade do país de explorar alternativas energéticas. As décadas seguintes viram a
abertura do mercado, intensificando a competição e estimulando avanços em inovação e
sustentabilidade. Apesar dos desafios econômicos e oscilações no mercado, a indústria
automotiva brasileira manteve sua relevância global, refletindo as tendências internacionais
em mobilidade sustentável e conectividade. O crescente interesse em veículos elétricos e a
busca por soluções tecnológicas destacam a capacidade adaptativa do setor. À medida que
a indústria automotiva no Brasil enfrenta os desafios do futuro, como a transição para veículos
elétricos e a demanda por soluções mais sustentáveis, a história passada serve como um
guia. A perseverança demonstrada ao longo das décadas sugere que a indústria está
preparada para continuar evoluindo, contribuindo não apenas para a economia, mas também
para a construção de um futuro mais eficiente e inovador.

Referencias:

INDÚSTRIA AUTOMOTIVA BRASILEIRA - ANOS 70 (carrodecena.com.br)

História e evolução da indústria automotiva brasileira (tgpoli.com.br)

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