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significativamente nas décadas de 1930-40. Porém, este desenvolvimento continuou
restrito aos grandes centros urbanos da região sudeste, provocando uma grande
disparidade regional.
Durante este período, a indústria também se beneficiou com o final da Segunda Guerra
Mundial (1939-45), pois, os países europeus, estavam com suas indústrias arrasadas,
necessitando importar produtos industrializados de outros países, entre eles o Brasil.
Com a criação da Petrobrás (1953), ocorreu um grande desenvolvimento das indústrias
ligadas à produção de gêneros derivados do petróleo (borracha sintética, tintas, plásticos,
fertilizantes, etc.).
Período JK
Durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956 -1960) o desenvolvimento industrial
brasileiro ganhou novos rumos e feições. JK abriu a economia para o capital internacional,
atraindo indústrias multinacionais. Foi durante este período que ocorreu a instalação de
montadoras de veículos internacionais (Ford, General Motors, Volkswagen e Willys) em
território brasileiro.
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- mão-de-obra assalariada imigrante;
- ferrovias que ligavam o interior ao porto de Santos;
- o mercado consumidor que se formou na capital paulista e seus arredores.
Com a força econômica de São Paulo e o poder político do Distrito Federal (no Rio de
Janeiro até 1960), a região Sudeste firmou-se como a maior área de concentração
industrial no país. O triângulo São Paulo -Rio de Janeiro-Belo Horizonte passou a
concentraras atividades secundárias no Sudeste e em todo o Brasil.
fim da década de 1980, já eram nítidos os sinais da dispersão industrial no Brasil.
Esse processo passou a ocorrer em duas escalas:
- no território brasileiro (escala nacional), buscando se expandir para outras regiões;
- dentro da região Sudeste (escala regional), procurando fugir de áreas já muito
industrializadas.
No primeiro caso, planos do governo federal procuraram instalar pólos industriais em
outras regiões, como o Norte (Zona Franca de Manaus) e o Nordeste (Recôncavo
Baiano).
No segundo caso, a dispersão das indústrias foi marcada pelo congestionamento da
área metropolitana de São Paulo. As empresas estão fugindo da poluição, dos altos
preços dos terrenos, de sindicatos fortes, e procurando cidades menores, que
oferecem, entre muitas facilidades, uma excelente qualidade de vida. Outras
vantagens são boa estrutura de transportes, mão-de-obra mais barata e mercado
consumidor. Muitas dessas cidades possuem centros de pesquisa e universidades que
permitem a instalação de tecnopolos.
A "guerra fiscal"
Um fator decisivo para o processo de descentralização industrial, tanto em escala
nacional como regional, é a disputa travada por estados e municípios para receber as
instalações de grandes empresas transnacionais, E a chamada "guerra fiscal", que
consiste em conceder desde terrenos para as fábricas até isenções parciais ou totais
de impostos.
Distribuição espacial das Indústrias no Brasil
Veja a participação das Grandes Regiões na produção industrial brasileira e suas
principais características.
Região Sudeste
Mesmo diminuindo a importância da indústria no conjunto de suas atividades
econômicas, em virtude de incentivos fiscais oferecidos principalmente pelas regiões
Sul e Nordeste, o Sudeste permanece como a região mais industrializada do Brasil,
tendo como destaque o triângulo formado pelas cidades de São Paulo, Belo Horizonte
e Rio de Janeiro.
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Introdução (origem e contexto histórico)
A Terceira Revolução Industrial teve início em meados da década de 1940, logo após
o término da Segunda Guerra Mundial, vindo até os dias de hoje. Este processo teve a
liderança dos Estados Unidos da América, que se tornou a grande potência econômica
deste período. Tem como principal característica o uso de tecnologias avançadas no
sistema de produção industrial.
Principais características da Terceira Revolução Industrial:
- Utilização de várias fontes de energia (antigas e novas): petróleo, energia
hidrelétrica, nuclear, eólica, etc. Passa a aumentar, principalmente a partir da década
de 1990, a preocupação com a diminuição do uso das fontes de energia poluidoras e
aumento da energia limpa.
- Uso crescente de recursos da informática nos processos de produção industrial. A
Robótica é o principal exemplo.
- Diminuição crescente do emprego de mão de obra humana (principalmente em
tarefas braçais), sendo substituída pelas máquinas, sistemas automatizados,
computadores e robôs industriais
- Uso de tecnologias no processo de produção, visando diminuir os custos e o tempo
de produção.
- Ampliação dos direitos trabalhistas.
- Globalização: produção de produtos com peças fabricadas em várias partes do
mundo.
- Desenvolvimento da Biotecnologia, ampliando a produção da indústria de
medicamente e melhorando a qualidade e eficiência.
- Surgimento, na década de 1970, de novas potências industriais e econômicas como,
por exemplo, Alemanha e Japão. Neste cenário, já na década de 1990, aparece a
China.
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- Massificação dos produtos tecnológicos, ligados aos meios de comunicação e
Internet, no começo do século XXI. Exemplos: telefones celulares, computadores
pessoais, notebooks, tablets e smartphones.
- Aumento da consciência ambiental, a partir da década de 1980, por grande parte das
indústrias, que passam a buscar processos produtivos sem ou com baixo impacto
ambiental.
Principais invenções tecnológicas deste período:
- Robôs industriais
- Satélites de telecomunicações
- Computador Pessoal (PC)
- Caixa eletrônico
- Telefone Celular
- Tablet
- Softwares
- Sistema de GPS
- Tecnologias automotivas
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Além de novas invenções, muitas criadas para servir à Segunda Guerra Mundial,
houve também aprimoramento de invenções mais antigas. Tudo isso associado ao
processo produtivo. Máquinas mais eficientes, instrumentos mais precisos e a
introdução de robôs alteraram o modo de organização da indústria, possibilitando o
aumento da produção e dos possíveis lucros, diminuindo os gastos com mão de obra,
bem como diminuindo o tempo que se levaria até a fabricação do produto final.
Além do desenvolvimento alcançado no setor industrial aliado ao desenvolvimento do
campo científico, a Terceira Revolução Industrial mudou também as relações sociais e
as relações entre o homem e o meio. As novas tecnologias desenvolvidas, nessa fase,
possibilitaram que as informações fossem transmitidas cada vez mais rápido e
estimularam a interação entre as pessoas do mundo todo.
O tempo e distância reduziram-se ao passo que o conhecimento desenvolveu-se. As
pessoas passaram a estar conectadas de maneira instantânea. Esse rompimento de
barreiras físicas e temporais que conectou culturas, tradições, línguas e história ficou
conhecido como globalização. Para saber mais sobre esse assunto, clique aqui:
Globalização
Consequências
Muitas foram as consequências da Terceira Revolução Industrial e elas puderam ser
notadas no campo das ciências, na espacialização e desenvolvimento das indústrias,
na economia e nas relações sociais. Essa fase da Revolução Industrial ainda é vivida
nos dias atuais, bem como seus resultados. Muitos bens produzidos e inventados
nesse período são largamente utilizados pela sociedade, especialmente os
eletrônicos.
Para entender as consequências, é preciso primeiro ter uma ideia do que foi criado ao
longo da Terceira Revolução Industrial. A alta tecnologia possibilitou a criação de
novos computadores e softwares associados ao desenvolvimento da internet.
Surgiram computadores pessoais cada vez menores e mais eficientes. Surgiram
também os chips e diversos outros produtos eletrônicos.
A energia atômica passou a ser utilizada, criaram o foguete de longo alcance, e os
satélites também passaram a ser usados. Houve aprimoramento dos telefones,
criando-se a telefonia móvel. O campo da medicina também sofreu modificação com
as novas tecnologias. Fala-se agora em biotecnologia. A genética transformou o
mundo. Foram desenvolvidos novos medicamentos, novas formas de prevenção de
doenças e novos tratamentos.
Todas essas criações desenvolveram novas relações sociais conforme a vida da
população ficou mais prática. A internet e os eletrônicos diminuíram a distância e o
tempo. Milhões de mensagens, imagens e informações são enviadas
instantaneamente, independentemente da localização geográfica.
A Terceira Revolução Industrial também foi responsável pelo aumento de
multinacionais, o crescimento acelerado das economias e consolidou o capitalismo
financeiro enquanto passou a determinar as estratégias que permeiam o mercado de
finanças. As indústrias dispersaram-se pelo mundo, instalando-se em países
periféricos em virtude das vantagens econômicas oferecidas.
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Apesar de todos os pontos positivos citados, essa fase da revolução também trouxe
consequências negativas. O avanço tecnológico também mudou a relação do homem
e o meio ao passo que transformou o processo produtivo. Produzir mais em menor
tempo demanda o uso cada vez mais intenso dos recursos naturais.
Essa nova característica do sistema produtivo tem preocupado muitos ambientalistas e
estudiosos. Os recursos naturais estão sob ameaça, dessa forma, as gerações futuras
podem sofrer as consequências. É necessário buscar um desenvolvimento sustentável
e aplicá-lo ao sistema produtivo.
A desvalorização da mão de obra também pode ser vista nessa fase. A substituição da
manufatura pela maquinofatura foi responsável por uma maior exploração do trabalho,
possibilitando a existência de novas relações entre empregador e empregado.
Aumentou-se, então, o desemprego, assim como os trabalhos informais.
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