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A indústria no mundo

globalizado – livro pag. 130


Geografia – 2° ano
Prof° Gustavo Luís
A atividade industrial:evolução e distribuição

A Revolução Industrial

A Revolução Industrial ocorrida na Inglaterra a partir do século XVIII


disseminou-se, a princípio, por outros países da Europa ocidental, e depois se
espalhou por países de outras regiões da Europa e de outros continentes, como
Rússia, Japão, Estados Unidos e Canadá.

A nova atividade transformou e agilizou o que antes era chamado de


artesanato e manufatura e pode ser definida como o processo de transformação
de matérias-primas em produtos acabados, por meio da utilização intensa de
maquinário, da divisão do trabalho e da produção em larga escala.
A Primeira Revolução Industrial
• Teve inicio na Inglaterra em meados do século XVIII. Espalhou-se durante a segunda metade
do século para outros países da Europa.

• O capitalismo industrial teve grande impulso.

• Invenção e uso de novos sistemas de transporte como, por exemplo, ferroviário (locomotivas
a vapor) e navios a vapor. Estas invenções eram para suprir a necessidade de transporte de
mercadorias em larga escala.

• Foi uma fase de transição do sistema de produção artesanal para o industrial.

• Houve a invenção de diversas máquinas movidas a vapor.

• Busca de matérias-primas e mercados consumidores na África e Ásia, através do


neocolonialismo.
A segunda Revolução Industrial
• Ocorreu no final do século XIX ( Japão, EUA, Alemanha, Inglaterra e França)
• Substituição da principal fonte de energia do carvão mineral para a eletricidade
e o petróleo.
• Responsável por inúmeras invenções que facilitam nossa vida até hoje, como a
lâmpada, o automóvel e o telefone.
• Fordismo foi um modelo de produção em massa que surgiu nessa época e fez
toda a diferença na lógica do consumo a partir dali.
• A substituição do ferro pelo aço como material industrial básico.
• Estados Unidos e Alemanha despontam como grandes potências industriais e
econômicas, juntos com Inglaterra e França.
A segunda Revolução Industrial

• A população urbana passa a ser maior do que a rural na Europa, O êxodo rural
é motivado pelos empregos gerados nas indústrias das cidades.

• Uso da energia elétrica na iluminação urbana, residencial e industrial.

• Utilização do sistema de linha de produção nas indústrias.

• Invenção do motor a combustão interno.

• houve a passagem do capitalismo industrial para o capitalismo monopolista.


A terceira Revolução Industrial

• Liderada também pelos Estados Unidos, teve inicio com o final da Segunda Guerra Mundial (meados
do século XX). É a fase que vivemos até a atualidade.

• Introdução do uso de novas fontes de energia como, por exemplo, a nuclear.

• Desenvolvimento e início do uso da informática, principalmente por parte de empresas e governos.


Posteriormente para todas as pessoas.

• Melhorias nas condições de trabalho com ampliação dos direitos trabalhistas.

• Fortalecimento do sistema capitalista.

• Crescimento econômico do Japão e da Alemanha que passam a figurar como potências econômicas na
segunda metade do século XX.
A terceira Revolução Industrial
• Desenvolvimento da Genética e da Biotecnologia, oferecendo novos recursos para a área médica e
fortalecendo a indústria de medicamentos.

• Desenvolvimento da Globalização, principalmente após o fim da Guerra Fria, que trouxe um novo
cenário nas relações econômicas e formas de produção.

• No final do século XX e começo do XXI, temos o desenvolvimento da Internet que alavancou o mundo
do comércio e das finanças.

• Inicio, a partir da década de 1970, das preocupações com o Meio Ambiente (aquecimento global,
efeito estufa, desmatamentos, extinção de espécies animais, buraco na camada de ozônio).

• Aumento da importância, no cenário econômico global, dos países emergentes (China, Rússia, Brasil e
Índia).
Taylorismo

• O taylorismo é um sistema que consiste na divisão do trabalho e especialização


do operário em uma só tarefa.

• Pelos preceitos tayloristas, o trabalhador não teria mais a necessidade de


conhecer todo o processo de produção, devendo conhecer apenas um,
procurando um aperfeiçoamento constante apenas desta parte.
Fordismo
O fordismo nada mais é que uma junção prática do sistema taylorista e da

facilidade das máquinas. Ford criou uma espécie de “esteira rolante”, onde

as peças dos automóveis passavam em frente ao trabalhador, este que tinha

que fazer seu serviço dentro de um curto espaço de tempo.


Fordismo
Características do Fordismo:

• Aumentar a divisão de trabalho.

• Controle intensivo no tempo que o trabalhador emprega fazendo sua tarefa (Tempo /

Execução).

• Redução do custo do produto e aumento da sua circulação.

• Participação no “Aumento do poder de compra dos assalariados”.

• Acordos entre o Sindicato dos Trabalhadores e o “Capitalismo” .

• Linha de produção.
Fordismo
Toyotismo
• Criado depois da Segunda Guerra Mundial pelo japonês Taiichi Ohno, este sistema de produção foi

implementado pela primeira vez na fábrica da Toyota.

• Na década de 40, o Japão tinha uma economia pequena se comparado aos países europeus e aos EUA.

Além disso, o pequeno território do país impedia as estocagem de produtos. Desta forma, o Toyotismo,

também conhecido como just-in-time, agia de forma que fosse produzido apenas o necessário.

• Nas fábricas que seguiam este modelo, a produção estava em sintonia com a entrada de matéria-prima e

com o mercado consumidor. Quando a procura era alta, eram produzidos mais produtos, quando ela

diminuía, a produção caia. Assim, tornava-se desnecessário o espaço com estoque.


O Just in Time é um sistema com objetivo de produzir a
quantidade exata de um produto, de acordo com a demanda, de
forma rápida e sem a necessidade da formação de estoques,
fazendo com que o produto chegue a seu destino no tempo
certo.
Toyotismo

• Outra vantagem do toyotismo é que, pelo fato de sempre agir conforme a configuração do
mercado, é mais fácil garantir sempre a atualização da produção. A cada tecnologia lançada,
o sistema era atualizado, algo que se tornaria impossível com as técnicas anteriores.

• O trabalhador fabril também assumia outras funções. Ao contrário do sistema fordista-


taylorista, o operário precisaria conhecer amplamente o processo produtivo e as novas
tecnologias. Isto necessitava de uma mão de obra mais qualificada e reduzia a quantidade de
trabalhadores dentro da indústria. Sendo assim, o toyotismo provocou, entre outros
problemas, o aumento do desemprego.
Toyotismo
• Características do Toyotismo:
• Produzir apenas as coisas que já são vendidos com base na demanda.
• Reduzir a produção com menos funcionários.
• Trabalhadores que são capazes de fazer muitas tarefas diferentes.
• Produzir o mínimo necessário.
• Rotação automática que pode parar máquinas defeituosas.
Tipos de indústria
Tipos de indústria

As indústrias podem ser classificadas de acordo com o bem


produzido (indústrias de bens de produção, de capital e de
consumo) ou com a tecnologia empregada (indústrias
dinâmicas e tradicionais).
Segundo o bem produzido

As indústrias de bens de produção ou indústrias de base produzem bens


para outras indústrias, gastam muita energia e transformam grandes
quantidades de matéria-prima. Alguns exemplos são as indústrias
petroquímicas, metalúrgicas, siderúrgicas e de cimento.

As indústrias de base geralmente são instaladas perto dos locais que


fornecem as matérias-primas e, por essa razão, dependem de uma boa
rede de transportes.
Metalúrgicas e siderúrgicas

Ambas são indústrias que produzem metal – a diferença é o tipo de metal


produzido por elas. A metalúrgica atua num campo mais amplo,
produzindo vários tipos de metais: alumínio, cobre, titânio e ferro, por
exemplo.

Já uma usina siderúrgica é uma espécie de metalúrgica especializada: ela


trabalha exclusivamente na produção de ferro e aço, que nada mais é do
que um ferro “purificado”.
Segundo o bem produzido

As indústrias de bens de capital ou intermediárias produzem máquinas,


equipamentos, ferramentas ou peças para outras indústrias, como a indústria
de componentes eletrônicos e a de motores para carros ou aviões.
Geralmente, estão instaladas nos maiores centros urbano-industriais.
Segundo o bem produzido

As indústrias de bens de consumo são divididas em duráveis e não duráveis.


Alguns exemplos de indústrias de bens de consumo duráveis são as empresas de
automóveis, eletrodomésticos e móveis; e de bens não duráveis são as
empresas de vestuário, alimentos, remédios e calçados. Essas indústrias são as
mais numerosas e sua produção está voltada para uma ampla população.
Segundo a tecnologia empregada
As indústrias dinâmicas são as da Terceira Revolução Industrial (química,
eletrônica, petroquímica, da aviação). Essas indústrias necessitam de muito
capital porque usam tecnologia de ponta e mão de obra qualificada. São
exemplos de indústria dinâmica a da informática (Microsoft, IBM), a espacial
(NASA), a aeronáutica (Boeing, Airbus), entre outras.
Segundo a tecnologia empregada

As indústrias tradicionais são aquelas que estão mais presas a antigos fatores
locacionais, que requerem muita mão de obra (não necessariamente
qualificada) e empregam métodos da primeira e da segunda fases da
Revolução Industrial, como as indústrias de alimentos e as indústrias têxteis.
Localização industrial:
concentração e dispersão
Localização industrial

As indústrias mais tradicionais, como a metalúrgica, a automobilística e as indústrias de bens de

consumo, características da Segunda Revolução Industrial, estão mais atreladas a fatores como capital,

fontes de energia, matéria-prima, transportes, comunicações, água, incentivos fiscais e mercados

consumidores.

As indústrias da Terceira Revolução Industrial, na maioria das vezes, demandam mão de obra qualificada,

centros de pesquisa e universidades para a sua instalação.

Essas diferenças originaram dois principais padrões de localização industrial: A CONCENTRAÇÃO


INDUSTRIAL E A DISPERSÃO INDUSTRIAL.
Localização industrial

Dispersão industrial
• tendência das industrias, o movimento de saída de empresas de áreas altamente
industrializadas.

• Porque: Para evitar problemas como o alto preço dos terrenos, os impostos pesados, a mão de
obra mais cara, o congestionamento e a poluição.

• Consequência: descentralização do capital, do mercado de trabalho e do consumo.

Com essa mudança, cidades médias estão crescendo tanto no Brasil como no mundo, pois
algumas indústrias optam por sair das metrópoles e cidades maiores em busca de menores
custos em cidades menores.
Os tecnopolos ou parques tecnológicos.
• Novo tipo de concentração industrial apesar da tendência de dispersão;

• O tecnopolo é um centro industrial e tecnológico que reúne, em um mesmo local, atividades


de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), como universidades e empresas de alta tecnologia.

• um novo “capital” é muito valorizado: o capital intelectual.

• universidade é fundamental nesses locais.

• Os primeiros parques tecnológicos foram o Vale do Silício, na Califórnia, que teve origem na
Universidade de Stanford, e a Rota 128, na região de Boston, Massachusetts.
Industrialização clássica
• Do Reino Unido, pioneiro da Revolução Industrial, a atividade industrial logo se espalhou
pelos países que também reuniam condições favoráveis: França, Alemanha, Bélgica,
Holanda, Rússia e Itália, na Europa; Estados Unidos e Canadá, na América; e Japão, na Ásia.
São os países de industrialização original ou clássica.

• A industrialização garantiu a esses países um lugar de destaque na economia mundial e uma


grande influência sobre os países não desenvolvidos, por meio de suas empresas
transnacionais.

• Esses países possuem um setor industrial completo, com grandes investimentos em


tecnologia, e suas grandes corporações atuam no mundo todo.
Industrialização tardia ou recente
• Iniciou-se um novo processo de industrialização, após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), dessa vez em alguns
países não desenvolvidos.

• É um processo de industrialização tardia e dependente.


• capital estatal (sustentando as indústrias de base e os transportes);
• capital privado nacional (grupos empresariais locais);
• e capital internacional (grupos empresariais estrangeiros, hoje majoritários nessas nações).

• Não ocorreu de forma homogênea em todos os países não desenvolvidos.

• Foram implementados dois modelos econômicos: a industrialização substitutiva de importações (Brasil, Argentina,
México, Índia e África do Sul) e as plataformas de exportação (Taiwan, Hong Kong, Cingapura e Coreia do Sul).

• Esses dois blocos especiais de países são conhecidos como novos países industrializados (NIC – New Industrializing
Countries)
Industrialização tardia ou recente
• a industrialização substitutiva de importações
• é um processo que leva ao aumento da produção interna de um país e a diminuição das suas
[importações].

• e as plataformas de exportação
• é um modelo econômico usado pela primeira vez, e com sucesso, por quatro antigos
territórios agrícolas da Ásia (Coreia do Sul, Singapura, Taiwan e Hong Kong) que se tornaram
altamente industrializados e que são hoje grandes exportadores de produtos
manufaturados e de alta tecnologia.

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