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O que foi a Revolução

Industrial?
Índice de conteúdo
01 Introdução 02 Pioneirismo inglês

As manufaturas e os Fases da Revolução


03 sistemas de trabalho
04 Industrial

Reflexos da Revolução
05 Fordismo e Taylorismo 06 Industrial

07 Conclusão
Introdução
A Revolução Industrial foi um processo de Marcou um ponto de viragem na história da
profunda transformação econômica, social, humanidade, especialmente porque seu impacto
cultural e tecnológica que ocorreu entre 1760 e se estendeu a todas as áreas da sociedade:
1840 e se originou na Grã-Bretanha. avanços no transporte, melhoria da
produtividade e aumento da renda per capita.

Em resumo, significava a criação de inovações


tecnológicas e científicas que representavam
uma ruptura com as estruturas sócio-
econômicas que existiam até aquele momento.
O Sistema capitalista pressupõe a dissociação entre os trabalhadores e as propriedades dos meios pelos quais
realizam o trabalho. Quando a produção capitalista se torna independente, não se limita a manter a dissociação,
mas a reproduz em escala cada vez maior. O processo que cria o sistema capitalista consiste apenas no processo
que retira do trabalhador a propriedade de seus meios de trabalho, um processo que transforma em capital os
meios sociais de subsistência e os de produção e converte em assalariados os produtos diretos.
(MARX, K. O CAPITAL. 3. ED. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1975. Livro I, v. 2, p. 830.)

Introjetar um relógio moral no coração de cada trabalhador foi a primeira vitória da sociedade
burguesa, e a fábrica apareceu desde logo como uma realidade estarrecedora onde esse tempo útil
encontrou o seu ambiente natural sem que qualquer modificação tecnológica tivesse sido necessária. Foi
através da porta da fábrica que o homem pobre, a partir do século XVIII, foi introduzido ao mundo
burguês.
(DECCA, E. de. O nascimento das fábrica. 3. ed. São Paulo: Brasiliense, 1985. p. 10.)

“A Revolução Industrial assinala a mais radical transformação da vida humana já registrada em


documentos escritos. Durante um breve período ela coincidiu com a história de um único país, a Grã-
Bretanha. Assim, toda uma economia mundial foi edificada com base na Grã-Bretanha, ou antes, em torno
desse país.”
(HOBSBAWM, E. J. Da Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo. 5. ed. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 2000. p. 13.)
Pioneirismo inglês
Devido a um conjunto de fatores, a Revolução Industrial se iniciou na Inglaterra por volta de
1780. Dentre esses fatores, destacam-se:

Expansão Acumulação Tratados


territorial de capitais comerciais
A Inglaterra por volta Os mecanismos que Os tratados comerciais abriram mercados para os
de 1620, começou a possibilitaram essa produtos manufaturados britânicos que foram
ocupar suas colônias acumulação foram o essenciais para a expansão econômica inglesa. O
na América. As tráfico de escravos, a
Tratado de Methuen,  também conhecido como
colônias forneciam pirataria, exploração
Tratado de Panos e Vinhos, foi assinado em 27 de
produtos tropicais e colonial, práticas
dezembro de 1703. Foi um acordo entre Portugal
serviam como mercado mercantilistas e a
e Inglaterra. Através dele,
consumidor para os expansão do
Portugal, com suas colônias, incluindo o Brasil,
produtos ingleses. comércio marítimo.
compraria tecidos ingleses e exportaria vinhos,
numa troca muito vantajosa apenas para a
Inglaterra.
Pioneirismo inglês
Utilização de
Cercamentos
novos inventos
A lã, um dos produtos ingleses, atraía Final do século XVIII e início
muitos compradores de outros países. do século XX, surgiram as
Muitos proprietários rurais, passaram a máquinas, como a máquina a
cercar áreas rurais para a criação de vapor, James Watt 1769,
ovelhas e para poder ocupar a maior utilizada no interior das
quantidade de terras para a pastagem, minas e a máquina de fiar,
James Hargreaves 1767,
expulsaram milhares de camponeses.
adotada pela indústria têxtil.
Esses, por sua vez, iam para as
cidades em busca de sobrevivência. A
política dos cercamentos foi um fator
responsável pelo êxodo rural.
As manufaturas e os sistemas de trabalho

O avanço do processo de desenvolvimento capitalista,


iniciado na Inglaterra no século XVIII, pode ser identificado
como a utilização de um numeroso contingente de
trabalhadores assalariados e com a mecanização da
produção.
A manufatura, forma de produção básica da época
da transição do feudalismo para o capitalismo, é
considerada, por muitos estudiosos, a primeira
forma de produção capitalista.

Nas manufaturas, um empresário alugava um


salão coberto, comprava as matérias-primas e
contratava vários artesãos que recebiam salário
e trabalhavam durante um horário determinado.
As tarefas eram divididas e os produtos finais
pertenciam ao empresário.
As manufaturas e os sistemas de trabalho

A manufatura como forma básica de produção no século XVIII


ainda não era plenamente capitalista: não raramente, os
produtores diretos possuíam os instrumentos e as ferramentas
de trabalho.

Havia apenas uma subordinação “formal” dos trabalhadores ao


domínio do capital. A partir da Revolução Industrial e,
consequentemente, da plena consolidação do capitalismo, essa
subordinação tornou-se “real”.
As manufaturas e os sistemas de trabalho
Sistemas de trabalho
• Os membros da família produzem artigos para o seu consumo, e não para a venda.
• O trabalho não se fazia com o objetivo de atender ao mercado.
Sistema • Princípio da Idade Média.
familiar

• Produção realizada por mestres artesãos independentes, para o mercado, pequeno e estável.
• Os trabalhadores eram donos da matéria-prima que utilizavam e também das ferramentas com que
trabalhavam.
Sistema de • Durante toda a Idade Média.
corporações

• Produção realizada em casa para um mercado em crescimento, pelo mestre artesão com ajudantes.
• Os mestres já não eram independentes
• Tarefeiros assalariados
Sistema
• Século XVI ao XVIII.
doméstico

• Produção para um mercado cada vez maior e oscilante sob uma rigorosa supervisão.
• Os trabalhadores perderam totalmente sua independência.
• A habilidade deixou de ser importante.
Sistema
• Século XIX até hoje.
fabril

HUBERMAN, Leo. História da riqueza do homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1979. p. 125-6.
Fases da Revolução Industrial
Fordismo
Criado em janeiro de 1914, pelo norte-americano Henry Ford. Teve início
na indústria automobilística Ford, nos EUA. Esteiras rolantes levavam o chassi do
carro e as demais peças a percorrerem a fábrica enquanto os operários,
distribuídos lateralmente, iam montando os veículos.

Na indústria automobilística do princípio do século XX, a introdução das


linhas de montagem reduziu o custo da produção de veículos. Na fábrica da
Ford, nos Estados Unidos, os automóveis eram montados em esteiras
rolantes, enquanto os operários ficavam praticamente parado nas “estações”,
nas quais realizavam pequenas etapas da produção. Dessa forma, não era
necessária quase nenhuma qualificação dos trabalhadores. Com suas
inovações, Henry Ford promoveu o aumento da produtividade e ampliou o
mercado consumidor de automóveis. Seu grande objetivo era o de ter um
produto muito barato, para que todos pudessem comprá-lo.
Fordismo
(características)

01 Iniciativa e atendimento
comandos.

04 Homogeneização da mão de
obra.

02 Obediência, invenção e
determinação.

05 Produção e consumo em massa.

03 Baixa mobilidade dos


trabalhadores.
Fordismo
(características)

06 Controle do tempo.

Estoque de produção. 07 08 Adaptação ao ritmo da máquina.


https://youtu.be/XFXg7nEa7vQ
Toyotismo
Elaborado por Taiichi Ohno, o Toyotismo surgiu nas fábricas da montadora de automóvel Toyota, após a Segunda
Guerra Mundial. No entanto, essa transformação na estrutura produtiva somente se consolidou na década de 1970. O
trabalhador era monitorado segundo o tempo de produção. Cada indivíduo deveria cumprir sua tarefa no menor tempo
possível, sendo premiados aqueles que se sobressaiam. Isso provocava a exploração do proletário que tinha que se
“desdobrar” para cumprir o tempo cronometrado.

CRÉDITOS: Este modelo foi criado pelo Slidesgo, e inclui ícones do Flaticon, infográficos e
imagens da Freepik e conteúdo de Eliana Delacour
Toyotismo
(características)

Flexibilização da produção: Só
se produzia o necessário,
reduzindo ao máximo os estoques. 04 Redução do consumo de
energia e matéria-prima.
01 Essa flexibilização, tinha como
objetivo a produção de um bem
exatamente no momento em que
ele fosse demandado, Just in
time.

03 Qualidade total dos produtos.

02
Aumento da
produtividade.
Reflexos da Revolução Industrial
Segundo Hobsbawm, a Revolução Industrial pode ser considerada ‘’a mais radical transformação da vida humana já
registrada em documentos escritos’’.
Sendo assim, podemos destacar:
Expressivo aumento demográfico: Consolidação do espaço urbano-industrial, aumento relativo da expectativa de
vida, avanços no campo da medicina, mecanização da agricultura e consequente aumento da produtividade agrícola e
da oferta de alimentos.
Crescimento das cidades: As indústrias se concentravam próximo às fontes de energia ou de matérias primas e,
necessariamente, próximo aos centros urbanos, ‘’fornecedores’’ de mão de obra.
Transformações nas relações entre os homens: ‘’segregação sociológica’’. Crescente diferenciação nas grandes
cidades entre os bairros elegantes e os bairros operários dos subúrbios.
Invenção do Telégrafo por Samuel Morse em 1844 e o surgimento da primeira locomotiva à vapor, construída por
Stephenson em 1825.
Consolidação do capitalismo como novo modo de produção.
Precarização das condições de trabalho: A partir da dissolução do artesanato e do êxodo rural, uma massa de
indivíduos despossuídos (proletariados), se viu coagida a aceitar, inclusive como ‘’naturais’’, as pesadas condições de
trabalho que foram impostas a partir da Revolução Industrial.
Reflexos da Revolução Industrial
Invenções da Revolução Industrial
Entre as invenções mais importantes da Revolução Industrial podemos destacar:

Máquina de fiar Motor a vapor Barco a vapor


(1767) (1769) (1787)

Máquina de
Ferrovia (1814) Bicicleta (1817)
escrever (1829)
Conclusão
A Revolução Industrial não foi apenas uma mera aceleração do
ritmo econômico e um simples avanço da técnica que resultaram
em maior eficácia e aumento da produtividade. Ela foi,
principalmente, uma profunda transformação social que
determinou a inserção do trabalhador em novas formas de
trabalho, impôs a mais absoluta disciplina fabril e hierarquizou em
definitivo as relações entre capital e trabalho. E essa
transformação certamente foi revolucionária.
(ENEM)

A figura representada por Charles Chaplin critica o modelo de produção do início do século XX, nos Estados Unidos da América,
que se espalhou por diversos países e setores da economia e teve como resultado

a) a subordinação do trabalhador à máquina, levando o homem a desenvolver um trabalho repetitivo.

b) a ampliação da capacidade criativa e da polivalência funcional para cada homem em seu posto de trabalho.

c) a organização do trabalho que possibilitou ao trabalhador o controle sobre a mecanização do processo de produção.

d) o rápido declínio do absenteísmo, o grande aumento da produção conjugado com a diminuição das áreas de estoque.

e) as novas técnicas de produção que provocaram ganhos de produtividade, repassados aos trabalhadores como forma de
eliminar
as greves.
Referências
Marques, Adhemar. Caminhos do homem: história, 2º ano: ensino médio: manual do professor / Adhemar
Marques, Flávio Berutti. – 2. Ed. – Curitiba, PR: Base Editorial, 2013.

Vicentino, Cláudio. História para ensino médio: história geral e do Brasil: volume único / Cláudio Vicentino,
Gianpaolo Dorigo. – São Paulo: Scipione, 2001. – (Série Parâmetros).

Cantele, Bruna. História Dinâmica Moderna e Contemporânea analisando o passado refletindo o presente, 8ª
série; volume único; Editora IBEP: São Paulo, 1982.

Freitas Neto, José Alves de. História geral e do Brasil / José Alves de Freitas Neto, Célio Ricardo Tasinafo. 2
Ed. São Paulo: HABRA, 2011.
FIM!Obrigada pela atenção.

Trabalho realizado por: Lara Maiolli Atalah e Kailayne Amaral.


Colégio dos Santos Anjos Unidade Juiz de Fora.
Alunas do 2º ano do E.M.
Professor: Edmundo de Paula Gomes
19/04/2023

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