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ttps://www.ideiademarketing.com.br/2016/06/03/v https://edu.glogster.com/glog/revolucao-
alorizacao-da-producao-artesanal-na-era-digital/ industrial/22b730mt9fa?=glogpedia-source https://www.suapesquisa.com/industrial/maquinofatura.htm
O aumento da
produtividade e a
energia a vapor
O uso das máquinas provocaram um grande impacto
na economia da Inglaterra. Com o aumento da
produção, os preços dos produtos caíram e tornaram-
se mais competitivos no cenário internacional. Os
tecidos ingleses ganharam o mundo. E países como a
Índia, amargaram um grande prejuízo com a
concorrência têxtil da Inglaterra.
As primeiras máquinas foram movidas por
energia a vapor. A Inglaterra que dispunha de
carvão mineral, tinha a matéria prima para garantir
a movimentação do maquinário.
A energia a vapor também foi amplamente utilizadas
nas locomotivas, que foram fundamentais no século
XIX, para o transporte de mercadorias.
https://br.pinterest.com/pin/365002744786606888/
A consolidação do sistema
capitalista
O processo de industrialização promoveu a consolidação do
sistema capitalista. Como vimos, em nosso conteúdo sobre o
Iluminismo, a sociedade acabou sendo moldada seguindo a
lógica capitalista. Dentre as teorias para explicar esse novo
contexto, destacamos o Liberalismo Econômico, que teve como
sua expressão máxima o pensamento de Adam Smith. A rejeição
ao mercantilismo deu o tom e a ideologia da não intervenção do
Estado na economia, que deveria apenas obedecer a lei da oferta
e da procura.
Os iluministas que defenderam com tanto vigor a proteção da
propriedade privada e a responsabilidade pública do Estado, viram
seus ideais ganharem força nos diversos países europeus. A
revolução industrial que iniciou na Inglaterra do século XVIII,
avançou no século seguinte para a Europa, EUA e Japão e
somente no século XX, alcançaria outras regiões.
http://pbmc.coppe.ufrj.br/index.php/en/news/1057-capitalismo-climatico
O termo proletário é de origem latina. Era usado para
descrever o cidadão pobre que só era útil à República para
Relações de
gerar “prole” (filho), que no futuro iria servir à Pátria.
No século XIX, a palavra proletariado passou a ser usada
para identificar a classe sem propriedade, a classe que não
trabalho
possuía meios de produção capazes de gerar seu sustento,
precisando vender sua força de trabalho para aqueles que
possuíam os meios de produção.
https://www.significados.com.br/proletariado/
https://simpsons.fandom.com/wiki/Charles_Montgomery_Burns
Luta de classes
A revolução industrial, também evidenciou a
luta de classes, entre a burguesia e o
proletariado. Segundo Karl Marx, a luta de
classes sempre existiu, opondo ao longo da
história, o opressor e o oprimido. A luta de
classes, que seria, portanto, o motor das
mudanças sociais, refletiria as diferenças
materiais que se instauram no meio social.
Essas mudanças poderiam ocorrer de forma
gradual ou, em casos extremos de desigualdade,
por meio de revoluções, como a defendida por
Marx, a revolução do proletariado.
No processo de industrialização o conflito
entre proletariado e burguesia evidenciou a
divergência de interesses desses grupos.
Consequências do
processo de
industrialização
O aumento populacional nas cidades foi uma das
consequências do processo de industrialização. As
áreas urbanas da Inglaterra não dispunham de
infraestrutura para abrigar todo o contingente
populacional. Além dos danos ambientais decorrentes
desse processo. A temática ambiental não era uma
preocupação das autoridades nos séculos XVIII e XIX, na
verdade essa discussão é bem recente. Não haviam
politicas sanitárias o que favoreceu a propagação de
doenças.
Embora estejamos abordando o processo inglês, nos
outros países o processo é semelhante, bem como os
problemas.
Observe ao lado as imagens de Londres no final do século
XIX. A primeira imagem, de uma rua de um bairro pobre
da cidade, a segunda da sujeira da cidade e por último o
tráfego de carroças.
http://seguindopassoshistoria.blogspot.com/2011/12/cidades-infernais_01.html
https://super.abril.com.br/blog/contaoutra/antes-do-carro-o-caos-das-grandes-cidades-
era-o-cavalo/
Consequências do O depoimento abaixo apresenta a utilização do trabalho infantil, em uma fábrica
inglesa, no inicio do século XIX.
processo de
Perante uma comissão do Parlamento em 1816, o Sr. John Moss, antigo capataz
industrialização de aprendizes numa fábrica de tecidos de algodão, prestou o seguinte depoimento
sobre as crianças obrigadas ao trabalho infantil:
Eram aprendizes órfãos?
– Todos aprendizes órfãos.
E com que idade eram admitidos?
– Os que vinham de Londres tinham entre 7 e 11 anos. Os que vinham de
Liverpoll, tinham de 8 a 15 anos.
Até que idade eram aprendizes?
– Até os 21 anos.
Qual o horário de trabalho?
– De 5 da manhã até 8 da noite.
Quinze horas diárias era um horário normal?
– Sim.
Quando as fábricas pararam para reparos ou falta de algodão, tinham as crianças,
posteriormente, de trabalhar mais para recuperar o tempo parado?
– Sim.
As crianças ficavam de pé ou sentadas para trabalhar?
– De pé.
Durante todo o tempo?
– Sim.
Havia as cadeiras na fábrica?
– Não.
Encontrei com frequência crianças pelo chão, muito depois da hora em que
deveriam estar dormindo. Havia acidentes nas máquinas com as crianças?
– Muito frequentemente.
https://mundodahistoriablog.wordpress.com/2017/11/19/trabalho-infantil-na-revolucao-
industrial/ Leo Huberman. História da riqueza do homem, p.191.
Quando eu tinha sete anos de idade fui trabalhar na fábrica do Sr.
Trabalho infantil - Marshall em Shrewsbury. Se uma criança se mostrasse sonolenta o
responsável pelo turno a chamava e dizia, “venha aqui”. Num canto
depoimentos do século da sala havia uma cisterna de ferro cheia de água. Ele pegava a
criança pelas pernas e a mergulhava na cisterna para depois
manda-la de volta ao trabalho.
XIX (Jonathan Downe foi entrevistado por um representante do
parlamento britânico em junho de 1832)
(...) Dado o papel do trabalho infantil na Revolução Industrial Britânica, muitos historiadores econômicos tentaram explicar como o trabalho infantil
se tornou tão prevalente. Um modelo competitivo do mercado de trabalho para crianças tem sido usado para examinar os fatores que influenciaram
a demanda de crianças para empregadores e a oferta de crianças das famílias. A maioria dos acadêmicos argumentam que era a abundante oferta
de crianças que aumentou o emprego nos locais de trabalho industrial, tornando o trabalho infantil um problema social. A explicação mais comum
para o aumento na oferta era a pobreza – a família enviava suas crianças para trabalhar porque eles estavam desesperadamente necessitando da
renda. Outra explicação comum era que o trabalho era um componente tradicional e costumeiro na vida das pessoas comuns. Pais haviam
trabalhado quando eram jovens e exigiam que suas crianças fizessem o mesmo. A visão prevalecente da infância para a classe trabalhadora era
que as crianças eram consideradas “pequenos adultos” e era esperado delas a contribuição para a renda ou para a empresa da família. Outros
menos comumente argumentavam que as fontes de um aumento na oferta de trabalho infantil era que os pais seriam ou gananciosos e queriam
mais da renda para gastar consigo mesmos ou as crianças queriam estar fora de casa porque seus pais eram emocionalmente e fisicamente
abusivos. Seja qual for a razão para o aumento na oferta, acadêmicos concordam que enquanto as leis de educação obrigatória não haviam
passado até 1876, mesmo pais bem-intencionados tinham poucas alternativas.
(...)
Outras explicações contundentes argumentam que era a demanda, não a oferta que aumentou o uso de trabalho infantil durante a Revolução
Industrial. Uma explicação veio dos industrialistas e donos de fábrica – crianças eram uma fonte barata de trabalho que permitiam eles se
manterem competitivos. Administradores e feitores viam outras vantagens de contratar crianças e apontavam que eram os trabalhadores fabris
ideais porque elas eram obedientes, submissas, propensas a responder a punições e improváveis de formarem sindicatos. Adicionalmente, uma
vez que as máquinas tinham reduzidos muitos procedimentos para tarefas simples, trabalhadores sem habilidade poderiam substituir trabalhadores
capacitados. Finalmente, alguns acadêmicos argumentam que os dedos ágeis, baixa estatura e a flexibilidade das crianças eram especialmente
próprias para o novo maquinário e as situações de trabalho. Eles argumentam que as crianças tinham uma vantagem comparativa com as
máquinas que eram pequenas e montadas perto do chão, assim como nos túneis subterrâneos estreitos das minas de carvão e metal. A Revolução
Industrial, neste caso, aumentou a demanda de trabalho infantil por criar condições de trabalho onde elas poderiam ser muito produtivas.
https://www.sociedadeaberta.com.br/trabalho-infantil-durante-a-revolucao-industrial-inglesa/
Ludismo (1811-1816)
Gravura do livro de 1886 True Stories of the Reign of Queen Victoria, de Cornelius Brown
Sindicatos (trade unions)