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Atividade: Estudo e exercícios sobre o Segundo Reinado


Nº Série: 2° Turma: Ensino Médio Data:
Unidade Buritis Disciplina: História Professor: Ricardo Valor:

SEGUNDO REINADO 1840-1889


Capítulo 43

Período Colonial Primeiro Império Regências Segundo Reinado República


____________I____________________I__________I__________________I_________
1822 1831 1840 1889

 O Brasil é um país cordial que repudia a violência e o preconceito contra suas


diferentes etnias?
 A Independência do Brasil em 1822 foi fruto das ansiedades de uma elite aristocrática
e agrária, cujos interesses não mais coadunavam com o sistema colonial. Mas embora
o país tivesse se tornado independente politicamente, não houve uma "revolução"
social e econômica, mantendo-se uma economia agrária, exportadora e escravista.

Sociedade Imperial:

 Homens de "boa sociedade".


 Povo (vários grupos sociais).
 Escravos

O GOLPE DA MAIORIDADE

Segundo Reinado (1840-1889)

Reinstalação da Apogeu do Segundo Crise do Segundo


Monarquia Reinado Reinado
(1840-1850) (1850-1870) (1870-1889)
Nesses dez anos o jovem Nesses anos o Brasil Após 1870, sucederam-se
Imperador Pedro II foi apresentou um notável crises políticas, econômicas
preparado para assumir o desenvolvimento e sociais. Agravadas pelas
poder. As lutas regenciais econômico. Fundamentado questões militares,
foram abafadas e as últimas na cafeicultura e em religiosas e escravocratas
manifestações de rebeldia tentativas de que culminaram em 1889
provincial pacificadas. Em industrialização (Era Mauá): com a Proclamação da
1847, uma alteração Politicamente o pais gozou República.
Institucional, criou o sistema de grande estabilidade
parlamentarista no governo interna e, no aspecto
imperial. externo se projetou
decisivamente na Bacia
Platina.

Em Maio de 1840, quando o Regente "regressista" (leia-se centralizador) Araújo Lima


fez a Câmara (de maioria conservadora) aprovar a Lei Interpretativa do Ato Adicional de
1834 (1840), restabelecendo o Conselho de Estado e passando para as mãos do
Governo Central todo o aparelho administrativo e judiciário, os liberais iniciaram a
campanha "maioridade já". Em 22 de Junho de 1840, os deputados liberais, liderados por
Antônio Carlos de Andrada, irmão de José Bonifácio, articularam o Golpe e foram ao Paço
de São Cristóvão oferecer o Governo a D.Pedro II, que contava naquela data, com 14
anos.

E o povo cantava:

'Queremos D Pedro II
Embora não tenha idade
A nação dispensa a lei
E viva a maioridade".
Durante o Segundo Império houve um maior crescimento urbano do país,
principalmente na região sudeste. Ao mesmo tempo que no campo, além da escravidão,
apareciam novos tipos de relações sociais, como a parceria e o colonato.

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Tentava-se "imitar" os hábitos europeus, principalmente franceses, motivando a leitura
de romances, os saraus, a música erudita e a reestruturação urbana do Rio de Janeiro,
oferecendo o serviço de iluminação a gás e água encanada. Ao passo que permanecia a
escravidão e seus rituais de crueldade. A sociedade se refinava por um lado, mas
hipocritamente, mantinha as barbaridades e desigualdades sociais que sustentavam seu
luxo e exibicionismo.

D. PEDRO II

Filho de D. Pedro I e de D. Leopoldina, nasceu no dia 2 de Dezembro de 1825. Perdeu


a mãe dez dias após completar um ano e a pós a partida do pai, em 1831, quando tinha 5
anos, nunca mais o viu. Teve uma infância marcada pela solidão e pela austeridade,
mergulhando desde cedo nos estudos. "A juventude fugia dele a galope (...) imperador
aos cinco anos, chefe da nação aos 14, ele faria a triste figura de um menino
amadurecido antes do tempo que aos vinte e tantos era já um velho com barbas e
aspectos de um avô." (Gilberto Freire).

Um das principais características de seu governo foi o permanente rodízio no poder


entre os liberais (Luzias) e os conservadores (Saquaremas). A prática se tornou mais
regular a partir de 1847, quando D. Pedro II recriou o cargo de presidente do Conselho de
Ministros (que havia sido extinto pelo Ato Adicional de 1834) - instalado no país uma
espécie de parlamentarismo. Mas,

"Nada se assemelha mais a um "saquarema" do que um "luzia" no poder."


(Holanda Cavalcante - Senador da época)

Lembrando da importância da MULTIDISCIPLINARIEDADE entre a História e as


outras ciências, vamos utilizar agora a testemunha de Machado de Assis e embrenhar um
pouquinho na Literatura, para mostrar que na prática havia pouca diferença entre os
Saquaremas e os Luzias. Em sua obra Esaú e Jacó, Machado ironiza seu personagem
Batista, homem quase qüinqüenário, advogado, ex-presidente de província e membro do
partido conservador, que à subida do partido Liberal ao poder, sua mulher, dona Cláudia,
não teve muitas dificuldades em lhe mostrar suas afinidades com o partido de oposição,
incitando-o à confabulação:

"- Batista, você nunca foi conservador!


O marido empalideceu e recuou, como se ouvira a própria ingratidão de um
partido. Nunca fora conservador? Mas que era ele então, que podia ser neste
mundo? Que é que lhe dava à estima dos seus chefes? Não lhe faltava mais
nada... D. Cláudia não atendeu a explicações, repetiu-lhe as palavras, e
acrescentou:
- Você estava com ele, como a gente está num baile, onde não é preciso ter as
mesmas idéias para dançar a mesma quadrilha. (...)
- Sim, mas a gente não dança com idéias, dança com pernas.
- Dance com quem for, a verdade é que todas as suas idéias iam para os liberais ,
lembre-se que os dissidentes na província acusavam a você de apoiar os
liberais... (...)
- Era falso; o governo é que recomendava moderação. Posso mostrar cartas.
- Qual moderação! Você é liberal. (...) - Um liberaralão, nunca foi outra coisa.(...)
Batista recuou com horror. Isto de subir as escadas do poder e dizer-lhe que
estava às ordens não era concebível sequer. D. Cláudia admitiu que não, mas um
amigo fará tudo, um amigo íntimo do governo que dissesse ao Ouro Preto:
(Afonso Celso de Assis Figueiredo (1837-1914) - Visconde de Ouro Preto)
"Visconde, você porque é que não convida o Batista? Foi sempre liberal nas
idéias. Dê-lhe uma província, pequena que seja, e..."(1998:85)

Além disso, pode-se pensar as figuras dos próprios gêmeos Paulo e Pedro (Esaú e
Jacó), o primeiro advogado e republicano, estudante de São Paulo e o segundo, médico e
monarquista, morador do Rio de Janeiro. Embora defendessem caminhos diferentes, na
aparência, eram quase idênticos, apaixonaram-se pela mesma pessoa (metáfora do
progresso e do desenvolvimento do Brasil) e haviam tido a mesma progenitora. (metáfora
da jovem nação, ainda monarquista).

"- Mamãe é sempre contra mim.

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- Não sou contra nenhum, sou por ambos, ambos são meus filhos. E demais
gêmeos. Anda cá, Pedro. Não penses que eu desaprovo as tuas opiniões
políticas. Até gosto; são as minhas são as nossas. Paulo há de tê-las também. Na
idade dele aceita-se quanta tolice há, mas o tempo corrige. Olha, Pedro, a minha
esperança é que vocês sejam grandes homens, mas com a condição de serem
também grandes amigos." (1998:57)

OS DOIS GRANDES PARTIDOS IMPERIAIS

Saquarema (Partido Conservador) derivava do município fluminense de Saquarema,


onde os principais chefes do partido possuíam terras e se notabilizaram pelos desmandos
eleitorais.

Características: coalizão de proprietários rurais e burocratas do Governo e grandes


comerciantes preocupados com as agitações urbanas. Sua maior força vinha da Bahia e
Pernambuco. Defendiam o fortalecimento do Exército e do poder central.

Luzia (Partido Liberal) é uma alusão à Vila de Santa Luzia, em Minas Gerais, onde
ocorreu a derrota dos liberais no curso das revoltas liberais surgidas em Maio e Junho de
1842.

Características: reunia principalmente proprietários rurais e profissionais liberais. Eram


mais forte em São Paulo, Minas e Rio Grande do Sul. Defendiam o federalismo e a
extensão da autonomia das províncias.

Partido Liberal Partido Conservador


 proposta de um regime federativo  defesa da centralização
e descentralizado; político e administrativa;
 abolição do poder  manutenção de todos
Moderador, do Senado os instrumentos
Diferenças
Vitalício e do Conselho políticos criados em
de Estado; 1824 que garantiam um
 defesa do sitema Estado forte e
Parlamentarista e de poderoso;
eleições livres;  maior penetração no
 penetração maior no meio agrário.
meio urbano.

 Defesa (até um certo momento) do regime


monárquico representativo como o mais
Semelhanças adequado para o país.
 Contrários à participação política popular,
defesa do voto censitário;

Desde o golpe da maioridade, embora discurso contrário, ambos os partidos defendiam


a centralização política e a escravidão. A defesa das liberdades e de uma representação
política mais ampla dos cidadãos foram bandeiras levantadas pelo Partido Liberal, mas foi
só a partir da década de 1860, quando ganha força este ideário, juntamente com a
retomada das propostas de descentralização. A partir de 1870, o "novo Partido Liberal"
passou a defender em seu programa a eleição direta nas cidades maiores, o Senado
temporário, a redução das atribuições do Conselho de Estado, a garantia das liberdades
de consciência, de educação, de comércio e de indústria, além da abolição gradual da
escravatura.

A REBELIÃO PRAIEIRA

Em 1848, Pernambuco, cenário de tantas rebeliões, assistiu a mais uma, a qual


assumiu uma grande amplitude. Momento em que na Europa acontecia a chamada
Primavera dos Povos, esta foi a última manifestação de rebeldia, em maior escala, contra
o governo imperial até 1889.

Os praieiros propunham melhorias trabalhistas, nacionalização do comércio,


distribuição de terras, a extinção do Poder Moderador, o sufrágio universal e a
Proclamação da República. Mas contido, o movimento acabou por ser sufocado.

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IDENTIFICAÇÕES NACIONAIS

Sobre a constituição das identificações nacionais no Brasil neste momento, é


importante salientar a importância do Instituto Histórico Geográfico Brasileiro (IHGB), o
romantismo indianista de José de Alencar, a obra História Geral do Brasil de Francisco
Varnhagem e o papel Iconográficos desempenhado pela Academia Imperial de Belas
Artes (Pedro Américo e Vítor Meireles, especialistas em pinturas históricas e sociais), que
definiram as feições visuais da nação.

Como se pode observar em Iracema de José de Alencar, que relata e idealiza a


(his)estória de uma jovem índia encantadora e sensual (metáfora do Brasil antes dos
portugueses), cujo "colonizador" Martim se encanta e se enamora. Era a tentativa do
"Novo Mundo" se transformar em um "Mundo Novo".

"Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a
asa de graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira.
O favo de jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no
bosque como seu hálito perfumado.
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas de
Ipu, onde campeava sua guerreira tribo da grande nação tabajara. O pé grácil e
nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as
primeiras águas" (1995:16)

O REINADO DO CAFÉ

O inglês Hery Wickman surrupiou sementes de seringueiras que acabaram por vingar
na Malásia, interrompendo a prosperidade do ciclo da Borracha no Brasil.

Em 1727, um oficial português, Francisco de Mello Palheta retornou da Guiana


Francesa trazendo as primeiras mudas da rubiácea para o Brasil, que havia ganhado da
Madame D'Orvilliers, mulher do Governador de Caiena. Em 1718, o funcionário João
Alberto de Castelo Branco foi transferido de Belém para o Rio, traxendo sementes
consigo.

Entre 1821 a 1830, o café correspondeu a 18% do total das exportações brasileiras. De
1831 a 1870, passou para quase 50 %. Do ponto de vista sócio econômico, o complexo
cafeeiro abrangia um leque de atividades que deslocou definitivamente o pólo mais
dinâmico do país para a região Centro-Sul.

Quadro

Embora o café tenha solucionado, em grande parte, a crise financeira que havia se
instaurado no Brasil desde o início do governo de D. Pedro I, acabou por concentrar
excessivamente a renda nas mãos de poucas pessoas, o que dificultou o
desenvolvimento de outros importantes setores produtivos, como o de tecidos, máquinas
e bens duráveis.

O extenso Vale do Paraíba, atravessando uma parte do Rio e São Paulo e se dirigindo
para Minas, reuniu as condições para a primeira grande expansão da produção cafeeira
no Brasil.
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Mas em um segundo momento, ainda na primeira metade do século XIX, o café
começou a ser implantado em uma nova zona, no interior de São Paulo, no chamado
Oeste Paulista. Onde exista, diferente do Vale do Paraíba, uma grande disponibilidade de
novas áreas.

Outros fatores que explicam a trajetória ascendente do Oeste Paulista diz respeito ao
meio físico (solo de terra roxa e clima favorável - olhar mais detalhes no parágrafo
abaixo), à tecnologia (o arado e o despolpador) e ao momento histórico, que acabou na
proibição do tráfico negreiro em 1850 e com o fim da escravidão em 1888, atingindo em
cheio o Vale do Paraíba, enquanto no Oeste Paulista, já se havia incentivado a imigração
européia.

OBS: Terra roxa: embora seja considerada também um latossolo (solos zonais típicos
de regiões de clima tropical úmido e semi-úmido), merece destaque por sua fertilidade,
por ser uma exceção à baixa fertilidade generalizada dos demais latossolos. É um tipo de
latossolo roxo, desenvolvido no clima tropical, em rochas eruptivas básicas ou
magmáticas, como o basalto e o diabásico. Daí exitirem no sul do Brasil extensas áreas
de ocorrência de basalto, porém sem a presença da terra roxa, por causa do clima
subtropical. Esquematicamente, pode-se afirmar que: TERRA ROCHA = basalto + clima
tropical.

A economia do Oeste Paulista deu origem a uma nova classe que se costuma
denominar burguesia do café, convertendo o capital acumulado em ferrovias, bancos e
comércio. Mas seria um erro pensar, deterministicamente, os grupos sociais do Vale do
Paraíba e do Oeste Paulista inteiramente diversos, um representando o "velho", a
aristocracia decadente, e o outro o "novo", a burguesia empreendedora.

Economia Cafeeira no Segundo Reinado

Fases Principais regiões Caracterísitcas da


produtoras produção
Vale do Paraíba  Condições gioclimáticas
(Vassouras, Resende, favoráveis: altitude e
Taubaté, Valença, Juiz de temperatura;
Fora, Mar de Espanha, etc)
 Utilização de mão-de-
obra escrava;
1ª fase (1830-1860)  Cultura intensiva e
predatória;
 Predomínio do porto do
Rio de Janeiro.
 Barões do café;
 Capital inicial
proveniente de fontes
internas.
Oeste Paulista (Campinas,  Relevo regular, terra
Bragança Paulista, Limeira, roxa;
Sorocaba, parte do sul de
Minas, etc)
 Mão-de-obra imigrante;
 Cultura mais racional e
2ª fase (1860-1889) “empresarial”;
 Predomínio do Porto de
Santos;
 Implantação do sistema
ferroviário (partir de
1860);
 Burguesia cafeeira;
 Abertura de novos
mercados externos,
notadamente os EUA;
 Investimentos mais
amplos, inculsive de
origem inglesa.

VISCONDE DE MAUÁ

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Mauá foi o primeiro "self-made man" urbano do Brasil. Tentou introduzir a nação no
mundo capitalista moderno, promoveu a indústria pesada, estabeleceu de vez o trabalho
assalariado, a economia de mercado e o liberalismo. Mas foi incompreendido e acabou
falindo.

Os orçamentos de suas empresas chegaram a ser maior que o do próprio Império.


Criou a primeira multinacional brasileira, foi pioneiro na globalização e era respeitado e
admirado no exterior.

Era Mauá: reunião de fatores favoráveis: Tarifa Alves Branco 1857-1860 (medida
protecionista que previa o pagamento de 30% de impostos para produtos estrangeiros
sem similares nacionais e 60% para produtos com similares nacionais) + abolição do
Tráfico + Ascensão do café.

O FIM DO TRÁFICO E SUA EXTINÇÃO - RUMO À MODERNIZAÇÃO

A década de 50, conhecida como a Era Mauá, ou a Era da estrada de ferro no Brasil,
assistiu aos primeiros sinais de investimentos consideráveis na área industrial, a
expansão do café no oeste paulista, a implantação do Código Comercial e a Lei de Terras
(1850) , a instauração de um sistema bancário mais estruturado e a abolição do tráfico
atlântico de escravos, mas sobretudo, a estabilidade financeira e a paz interna vigente,
aureando a popularidade da monarquia. Porém, apesar dos progressos, manteve-se uma
estrutura legada pela colonização, assentada em atividades produtoras escravistas e no
plantio de poucos gêneros de exportação, faltando mercados comerciais amplos e
indústrias modernas e mecanizadas.

 "O Brasil é o café e o café é o negro" ?

Uma lei de 7 de Novembro de 1831 tentava pôr em andamento o tratado de 1830, que
declarava ilegal o tráfico de escravos para o Brasil (assinado com a Inglaterra), prevendo
severas penas aos traficantes e declarando livres todos os cativos que entrassem no país
após aquela data. Mas serviu apenas como uma "Lei para inglês ver".

Em 1846 o Parlamento inglês decretou o "Bill Aberdeen", autorizando a marinha


inglesa a tratar os navios negreiros como navios piratas, com direito à sua apreensão e
julgamento dos envolvidos em tribunais ingleses.

Em 1848, no Brasil, subindo ao poder mais um gabinete conservador, o Ministro da


Justiça, Eusébio de Queirós, submeteu ao Parlamento um projeto que foi aprovado em
1850, que proibia a entrada de cativos no país, o que desta vez pegou, passando a ser
chamado de Lei Eusébio de Queirós.

 1871 - Lei do Ventre Livre.


 1880 - Criada a Sociedade Brasileira Contra a Escravidão.
 1883 - Criada a Confederação Abolicionista.
 1885 - Lei Saraiva Cotegipe - Sexagenários.
 1888 - Lei Áurea.

Embora os escravos tenham sido libertos em 1888, não houve projetos de integração
dessas pessoas na sociedade, o que contribuiu para marcar em nosso país, vergonhosos
traços de desigualdades sociais. É NOSSO DEVER TENTAR APAGÁ-LOS!!!!
A Lei de Terras de 1850 determinava que as terras públicas fossem vendidas e não
mais doadas, estabelecendo normas para legalizar a posse de terra e procurou forçar os
registros das propriedades. O que tentava afastar os "posseiros" e "imigrantes", sendo os
últimos proibidos de adquirir terras antes de três anos após sua chegada.

Ainda em 1850 foram criadas na capital várias empresas prestadoras de serviços,


como bancos, companhias de navegação, companhias de seguro e de transportes
urbanos. As fábricas passaram a produzir cerveja, chapéus, tecidos e sabão: a
substituição de importações começava a engatinhar.

Em 1853 foi criado o Ministério da Conciliação, iniciativa do mineiro Honório Carneiro


Leão (Marquês do Paraná), formado por Ministros liberais e conservadores.

AS GRANDES IMIGRAÇÕES

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 Substituição de mão-de-obra escrava.
 Civilização = modernidade = branqueamento da população.
 1847 a 1857, o Senador Vergueiro, com recursos do governo imperial, trouxe alemães,
suíços e portugueses para as fazendas do Oeste Paulista. Mas acabou por gerar
problemas, pois embora a fome assolasse algumas regiões da Europa, esses
imigrantes não aceitavam as duras condições de trabalho exigidas.

A Sociedade Protetora da Imigração, fundada em 1886, tornou uma série de


providências no sentido de atrair imigrantes para as fazendas de café. Salientando,
através de panfletos em português, alemão e italiano as vantagens se vir para São Paulo,
fazendo comparações favoráveis em relação a Argentina e aos EUA. Mas não tocavam
sobre problemas como a escravidão.

Cerca de 3,8 milhões de estrangeiros entraram no Brasil entre 1887 e 1930. Sendo que
o período de 1887 a 1914, concentrou o maior número, aproximando de 2,7 milhões de
pessoas, cerca de 72% do total.

Quadro

Em 1859 caiu o Gabinete da Conciliação, com a ascensão do Gabinete Zacarias,


chefiado pelo liberal Zacarias de Góes e Vasconcelos. Em 16 de Julho de 1886, com a
nomeação do Duque de Caxias (ferrenho conservador) para o comando do Exército
brasileiro na Guerra do Paraguai, foi a vez da derrota do Gabinete Zacarias. A Guerra do
Paraguai aumentou o prestígio popular do imperador. Mas, depois do fim do conflito, no
primeiro semestre de 1870, tudo começou a dar errado para D. Pedro II. Uma sucessão
quase conspiratória de acontecimentos que só cessaria com a sua destituição em 1886.
De fato, os vinte anos que se seguiram ao final da Guerra do Paraguai foram o oposto das
duas décadas anteriores.

A GUERRA DO PARAGUAI (1864-1870)

Conhecida como a Guerra da Tríplice Aliança, foi travada por mais de cinco anos, entre
11 de Novembro de 1864 e 1 de Março de 1870.

Para entendermos o conflito, faz-se necessário definir alguns traços gerais das nações
envolvidas no conflito e seu inter-relacionamento, ou seja, Paraguai X Argentina, Brasil e
Uruguai. Além da postura inglesa nos bastidores da guerra.

O Vice-Reinado do Rio da Prata não sobreviveu como unidade política ao fim do


colonialismo espanhol, nas primeiras décadas do século XIX. Naquele espaço territorial,
após longos conflitos, nasceram a Argentina, o Uruguai, o Paraguai e a Bolívia. O
nascimento da Argentina ocorreu depois de muitos vaivéns e guerra, em que se opunham
as correntes unitária e federalista.

O Uruguai nasceu em 1828, após três anos de luta entre argentinos, brasileiros e
partidários da independência. A Inglaterra via com bons olhos a criação do país, que
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deveria servir para estabilizar a área do estuário do Rio da Prata, onde os ingleses tinham
interesses financeiros e comerciais. Os conflitos internos eram entre os "blancos"
(proprietários rurais conservadores) X "colorados" (comerciantes, mais liberais).

A antiga Província do Paraguai, composta em grande número por índios guaranis, não
aceitou submeter-se à burguesia portenha, isto é, do porto de Buenos Aires, que agia de
forma autoritária desde 1810. A independência paraguaia foi proclamada em 1842,
quando o presidente Carlos Antônio López procurou o isolamento do país, instalando uma
ferrovia e estimulando o comércio exterior. Seu filho, Francisco Solano López foi enviado
à Inglaterra, onde comprou material de guerra e recrutou técnicos europeus para
modernizar o país, ascendendo ao poder em 1862, depois da morte de seu pai.

As relações do Brasil com o Paraguai, na primeira metade do século XIX, dependiam


do estado das relações entre o Brasil e a Argentina, pois o Governo "Verde-
Amarelo"(lembrando que era outra a bandeira do Brasil Imperial) temia que a Argentina se
tornasse uma República forte, capaz de neutralizar sua hegemonia e atrair a inquieta
província do Rio Grande do Sul. Quanto ao Paraguai, as divergências diziam respeito aos
problemas de fronteiras e a insistência brasileira na garantia de livre navegação pelo Rio
Paraguai, principal via de acesso ao Mato Grosso.

Em 1852, o Brasil interveio política e militarmente no Uruguai. Os dois grupamentos,


Blancos e Colorados, apoiados respectivamente pela Argentina e pelo Brasil, lutavam
pelo poder. Em 1864, o Brasil interveio novamente no Uruguai. Solano López, interessado
em conquistar aliados para a defesa do direito paraguaio na navegação do Prata, apoiou
o governo uruguaio. A questão se agravou quando López autorizou o aprisionamento do
navio brasileiro "Marquês de Olinda", que transportava o Governador do Mato Grosso.
Ainda em 1864, as relações entre os dois países foram rompidas e o Paraguai invadiu o
Mato Grosso, declarando guerra ao Brasil. Em seguida, pediu autorização à Argentina
para passar com as tropas paraguaias pela Província de Corrientes, visando atacar as
forças brasileiras no Rio Grande do Sul e no Uruguai. O que foi negado.

Em março de 1865, o Paraguai declarou guerra à Argentina, e no dia 1 de Maio desse


ano, os governos argentino, brasileiro e uruguaio assinaram o Tratado Da Tríplice Aliança.

No Brasil, senhores de escravos cederam cativos para lutar como soldados. Uma lei de
1866 libertava os escravos da Nação que servissem no Exército. A lei se referia aos
africanos entrados ilegalmente no país, após a extinção do tráfico, que haviam sido
apreendidos e se encontravam sob a guarda do governo imperial.

O Exército brasileiro foi se consolidando no decorrer da guerra. Até então, o Império


contava com um reduzido corpo profissional de oficiais e encontrava dificuldades para
ampliar os efetivos. Não havia serviço militar obrigatório, e sim um sorteio muito restrito,
por servir no Exército. Os componentes da Guarda Nacional que eram em sua maioria da
população branca estava isenta desse serviço.

No início de 1868, Caxias assumiu também o comando das forças aliadas. O


Presidente Mitre da Argentina, foi obrigado a voltar para Buenos Aires, devido a
problemas de política interna. Em 1869, os brasileiros entraram em Assunção. Doente,
desejando a paz, pois a continuação da guerra era motivada agora por uma política de
destruição, Caxias retirou-se do comando. Sendo substituído pelo Conde d'Eu, marido da
Princesa Isabel, herdeira do trono imperial.

Após vários combates, as tropas brasileiras derrotaram um últimos e pequeno exército


de paraguaios, formado por velhos, meninos e doentes. Solano López foi cercado em seu
acampamento e morto por soldados brasileiros no dia 1º de Março de 1870.

Principais Consequências da Guerra do Paraguai (1864-1870)

 O Paraguai foi arrasado, perdendo parte de seu território para o Brasil e Argentina.
Metade de sua população morreu, caindo de aproximadamente 406 mil habitantes, em
1864, para 231 mil em 1872. Sendo a maioria dos sobreviventes composta de velhos,
mulheres e crianças.
 O Brasil ficou ainda mais endividado com a Inglaterra, seu Exército se "afinou" e as
queixas contra o governo imperial ganharam expressão.

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Principais Questões Externas Mantidas Pelo Brasil Durante o Segundo Reinado

Países Motivos Principais


Acontecimentos
“Questão Inglaterra  exigência  Entre 1863-
Christie” (1861- inglesa de 1865 o Brasil
1865) reparação rompeu
monetária de relações
uma carga de diplomáticas
navio com a
extraviada no Inglaterra
litoral sul. depois que o
 Exigência de arbitramento
retratação de Leopoldo I,
oficial devido da Bélgica,
a penalidades deu ganho de
a oficiais causa ao
ingleses. Brasil.
 Ânsia por
controle
econômico e
político sobre
o Brasil.

“Questões  1851-1852  medo do  Guerra do


Platinas” (1851- Argentina e Brasil de uma Paraguai =
1870) Uruguai possível arrasou o
(Oribe e união dos Paraguai e
Rosas); países crise
 1865-1870 platinos; financeira e
Paraguai  imposição da política no
(Solano teoria Brasil.
López) brasileira da
“livre
navegação”
na bacia
platina;
 violação das
fronteiras no
Sul;
 apoio
brasileiro aos
“colorados”
do Uruguai.

CRISE DO SEGUNDO REINADO (1870-1889)

A partir de 1870, começaram a surgir uma série de sintomas de crise do Segundo


Reinado, dentre eles estão:

 Consistência do movimento republicano.


 Atritos entre o governo imperial com o Exército e a Igreja.
 Os problemas gerados pela questão da escravidão e seu fim.
 Transformações sócio-econômicas que deram origem a novos interesse e grupos
sociais.

O Republicanismo

Alguns republicanos, ligados às idéias iluministas, defendiam uma revolução popular no


Brasil. O que não foi feito, a grande maioria da elite republicana brasileira seguia a opinião
de Quintino Bocaiúva, partidário de uma transição pacífica de um regime para o outro.

A base social do republicanismo nas cidades se constituía principalmente por


profissionais liberais e jornalistas, além de uma considerável influência dos quadros
militares. O FEDERALISMO era uma des suas principais bandeiras.

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 Em 1873 foi fundado o PRP (Partido Republicano Paulista)

Apesar de muito ativo na propaganda e na edição de jornais, o movimento republicano


do Rio de Janeiro não conseguiu se organizar em partido político nos primeiros anos da
década de 1870. Os partidos republicanos com significação até o fim do Império foram os
de São Paulo e Minas Gerais, principalmente o primeiro.
A Questão Militar

O estopim da chamada Questão Militar contra os monarquistas foi o fato de os militares


estarem proibidos por lei de se pronunciarem sobre assuntos políticos, o que levou à
prisão de alguns oficiais.

A partir de 1830, embora ainda com características elitistas, o quadro de oficiais do


Exército começou a mudar. Devido à baixa remuneração, as difíceis condições de vida e
a lentidão das promoções, os filhos das grandes famílias se desencorajaram a seguir a
carreira militar. Os "legistas", como eram chamados os bacharéis, sintetizavam na visão
militar a cultura inútil, a corrupção eleitoral e impediam com sua teia de leis e
regulamentos o desenvolvimento do país.

Por sua vez, depois da Guerra do Paraguai (1864-70), o Exército se via como a "única
força que se mantinha ereta em meio a uma nação em ruínas", como escreveu Júlio de
Castilhos em 23 de Setembro de 1886.

Os jovens militares defendiam o fim da escravidão e uma maior atenção à educação, à


industrialização e à construção de estradas de ferro. Com a reorganização da Academia
Militar em 1858, o Exército se reformou como corporação, sendo influenciado fortemente
pelo positivismo, tendo maior conotação após 1872, quando Benjamim Constant se tornou
professor da escola.

Positivismo

 Principal pensador, Augusto Conte (1798-1857).


 Defendiam a ditadura republicana militar como a melhor forma de governo
 Uma república representativa, mas que poderia se afastar do povo em novo dos bens
da Nação.
 A Igreja e o Estado deveriam ser separados.
 O Exército deveria permanecer forte e se tornar mais intervencionista, levando o país
ao "progresso" (ciência, urbanização e indústria).

Tensões Entre O Estado E A Igreja Católica

A Constituição de 1824 previa a união entre o "trono" (poder imperial) e o "altar"


(Igreja), o que gerava muita insatisfação por parte da Igreja.

Em 1870 foi emitido o chamado Concílio do Vaticano, o qual defendia, entre vários
pontos, as "liberdades modernas", ou seja, a autonomia eclesiástica perante o Estado.

A "gota d'água" foi quando o Bispo de Olinda, Dom Vital, em obediência à


determinação do Papa, decidiu proibir o ingresso de maçons nas Irmandades Religiosas.
Sendo que o próprio Visconde do Rio Branco, Presidente do Conselho de Ministros, era
maçom.

Dom Vital foi preso e condenado, ocorrendo depois a prisão de outro bispo. A
tempestade só amainou depois de um arranjo político em 1874-75, que resultou na
substituição do Gabinete Rio Branco, a anistia dos bispos e na suspensão pelo Papa das
proibições aplicadas aos maçons.

As Controvérsias Sobre a Escravidão

A "abolição" além de não trazer um projeto efetivo de integração social dos ex-cativos,
mexia com os interesses dos grandes proprietários de escravos, que não receberam
nenhuma indenização, o que assirou os ânimos contra o governo.

REFORMISMO DO IMPÉRIO

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Em 1881 foi assinada A Lei Saraiva, estabelecendo reformas eleitorais. O voto
passava a ser direto para as eleições legislativas, acabando assim com a distinção
restritiva entre votantes e eleitores, mas mantinha a exigência de um nível mínimo de
renda e escolaridade. O direito de voto foi estendido aos não-católicos, aos brasileiros
naturalizados e aos libertos. Resoluções que não acabaram com as fraudes, vícios e
pressões eleitorais.
O FIM DA MONARQUIA

Em 1887, oficiais do Exército organizaram um Clube Militar como associação


permanente para defender seus interesses, sendo Deodoro da Fonseca eleito seu
presidente.

A insatisfação militar e a propaganda republicana cresciam quando em Junho de 1889,


o Imperador convidou um libera, o Visconde de Ouro Preto, para formar um novo
gabinete, nomeando para a presidência do Rio Grande do Sul, Silveira Martins, inimigo
pessoal de Deodoro.

A 11 de Novembro de 1889, figuras civis e militares, como Rui Barbosa, Benjamim


Constant, Aristides Lobo e Quintino bocaiúva se reuniram com o Marechal Deodoro,
convencendo-o a liderar um movimento contra o regime, o qual, embora tivesse suas
resistências, acabou cedendo.

Nas primeiras horas da manhã de Novembro de 1889, Deodoro assumiu o comando de


sua tropa e marchou para o Ministério da Guerra, onde se encontravam os líderes
monarquistas. No dia seguinte, a queda da Monarquia já estava consumada e alguns dias
mais tarde, a família real partia para o exílio na Europa.

O Exército e o PRP foram duas forças expressivas neste momento. Salientando,


também, o estado físico debilitado do Imperador, que sofria de diabetes e a falta de
perspectivas animadoras para um Terceiro Reinado. Pois, com a morte de D. Pedro II,
subiria ao trono a Princesa Isabel, cujo marido, o francês Conde d'Eu, era uma
personalidade no mínimo discutível.

ALGUNS BALANÇOS

 O Brasil continuou essencialmente agrícola.


 O Rio de Janeiro, em 1890, constituía o único grande centro urbano, com 522 mil
habitantes.
 Apesar do relativo avanço dos transportes, o país ainda se caracterizava pela
persistência de uma escassa integração territorial e econômica.

RESIDÊNCIAS DE D. PEDRO II

 O Paço da Cidade era a sede oficial da corte.


 Em 1820, D. João se mudou para o "distante" bairro de São Cristóvão, para a Quinta
da Boa Vista (busca de privacidade).
 OBS: em 1868 foi inaugurada a primeira linha de bondes a tração animal do Rio.
 D. João desapropriou dos jesuítas a Fazenda Santa Cruz, a 60 Km do Rio, onde havia
o Conservatório de Santa Cruz (negros músicos).

PETRÓPOLES: A CIDADE DE PEDRO

A Fazenda Córrego Seco, localizada em uma serra tropical, com algumas


características de clima temperado, foi comprada em 1830 por D. Pedro I, que pretendia
construir um palácio para o verão, pois nesta época, além de quente, a capital do Império
se transformava em um verdadeiro viveiro de pestes (pragas).

Em 1843 foi dada início à administração da Fazendo, após sanar alguns problemas
financeiros, sendo essa arrendada ao Major Engenheiro Frederico Koeler, que teria que
separar uma área para a edificação de um palácio para o Imperador, com suas
dependências e jardins, outra para a povoação, que deveria ser aforada a particulares,
um terreno para a construção de uma igreja com a invocação de São Pedro de Alcântara
e um espaço para um cemitério.

Para povoar a região foi criada uma colônia agrícola, cujos primeiros colonos,
imigrantes alemães, vieram com o objetivo de trabalhar inicialmente na construção da
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estrada, erguer suas moradas, plantar as primeiras hortas e dar uma existência real a
Petrópoles.

A primeira demarcação de terras foi feita em 1844 e logo foram apurados alguns
prazos de terra. D. Pedro II doou lotes a "certos homens notáveis", pelos serviços
prestados ao Estado, garantindo e delineando o perfil de uma vizinhança a seu gosto.

Mas não eram só os alemães os responsáveis pelo trabalho pesado de construir


estradas, carregar pedras e madeiras e erguer as paredes do palácio do Imperador,
escravos vindos da Fazenda de Santa Cruz, da Casa de Correção e do Arsenal da
Marinha lá estiveram desde o início.

O Major Koeler morreu em 1847 e Ribeiro Cirne (1847-53) o substituiu, depois vieram o
engenheiro José Maria Rabelo e por fim Vicente Marques Lisboa, executando sempre o
projeto em "vento e popa". Em 1857 Petrópoles já era uma cidade, sendo inaugurada sua
Câmara Municipal e seu corpo de legisladores.

Em 1849-1850 a febre amarela matou o filho de D.Pedro II. A pé, no lombo de burros
ou de escravos, a cavalo, nas carroças, tudo se dirigia serra acima, rumo à nova cidade
construída especialmente para o deleite e proteção do Imperador. Em 1856 o palácio já
estava praticamente acabado, simbolizando a "grandeza" da corte tropical.

OBS: Febre amarela (virose transmitida ao homem por certas variedades de mosquitos,
especialmente o Aedes aegypti. Caracteriza-se por febre elevada, dores de cabeça e da
coluna, fotofobia, diarréia, vômitos e albuminúria (eliminação de proteína albumina pela
urina).

Nos anos 60 já se contavam às dezenas as mansões de nobres cariocas, com seus


baronetes e marqueses que na estação de trem, escolhiam o local como sede para
encontros políticos e sociais. A cidade se tornava uma espécie de vila européia, e lá se
vivia como se estivesse na "civilização".

Aos poucos, porém, as temporadas do Imperador e sua família deixaram de se


restringir ao pico do verão, passavam, anualmente, cerca de cinco meses no alto da
serra. D. Pedro II descia ao Paço da Cidade para as solenidades de praxe e retornava a
seguir. Na década de 80, já doente, pouco se afastou da cidade.

Sempre que a família imperial lá chegava, a cidade esperava em festa. Bandas de


música, casas enfeitadas, luminárias, fogos de artifício. Em Fevereiro de 1859, o jornal O
Paraíba registrou: "Petrópolis anima-se. A emigração aumenta dia a dia; as casa alugam-
se, os hotéis enchem-se, e os divertimentos se sucedem como as trovoadas, e os carros
se cruzam como raios. Há bailes populares, saraus burgueses, saraus aristocráticos,
cavalinhos artificiais, jogos de argolinha, há jantares, há missa todos os domingos e dias
santos, representa-se, canta-se e dança-se no teatro, fazem-se e pagam-se visitas, há
enfim jornais para ler, jornais para rir e caricaturas que enojam."

Em 1875 era inaugurada a primeira exposição de horticultura no Palácio de Cristal,


construído pela princesa, quase todo importado da França. As exposições e bailes no
Palácio de Cristal e visitas ao Hotel Orleáns representavam momentos de convivência do
imperador e dos príncipes com a elite carioca.

EXERCÍCIOS

QUESTÃO 1: Pesquise e explique o que era a parceria e o colonato.

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QUESTÃO 2: Defina "rodas dos expostos", "maxixe" e o "entrudo".

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QUESTÃO 3: Explique a relação entre a industrialização do Brasil a partir de 1870 e a
utilização da mão-de-obra infantil.

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QUESTÃO 4: Pesquise e responda: Por que aparentemente contraditório, foram os


próprios liberais que articularam o golpe da maioridade em 1840?
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QUESTÃO 5: Quais seriam os papéis atribuídos ao Exército e à Guarda Nacional durante


o Segundo Império?
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QUESTÃO 6: Cite e explique o que foi a "eleição do cacete".


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QUESTÃO 7: Qual a importância do café para o Brasil a partir da 1ª metade do século


XIX? Quais as principais regiões produtoras? Como era transportado? Qual a principal
mão-de-obra utilizada? Explique o que era a "brecha camponesa".

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Mapa das principais regiões produtoras

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QUESTÃO 8: Quem eram os "comissários"? Qual sua importância?

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QUESTÃO 9: Explique os objetivos e as consequências das Tarifas Alves Branco.

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QUESTÃO 10: Pesquise e responda o que foi o IHGB.

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QUESTÃO 11: Busque na Internet ou em livros 2 obras de Pedro Américo e Vitor


Meireles e faça uma análise sobre elas.

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QUESTÃO 12: O que foi o Ministério da Conciliação (1853)? Quais suas principais
consequências?

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QUESTÃO 13: Cite e explique as principais causas internas e externas que gerou um
forte fluxo imigratório para o Brasil nas últimas décadas do século XIX e primeiras do
século XX.

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QUESTÃO 14: Por que durante o Segundo Império houve o chamado "Parlamentarismo
às avessas"?

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QUESTÃO 15: Por que, segundo Boris Fausto, a década de 1850 foi um marco
importante na História do Brasil?

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QUESTÃO 16: Quem foi Carlos Gomes e qual sua obra mais famosa?
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QUESTÃO 17: O que foi a Guerra do Paraguai (1864-1870) e quais suas principais
consequências?

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QUESTÃO 18: Pesquise o que é a Maçonaria.


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QUESTÃO 19: Quais os principais problemas que levaram ao fim do período imperial no
Brasil? Explique-os.
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QUESTÃO 20: Explique a Lei Saraiva de 1881.

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QUESTÃO 21: Faça uma análise geral da política, da economia e da sociedade brasileira
logo após a Proclamação da República.

Política: _________________________________________________________________

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Economia: _______________________________________________________________

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Sociedade: ______________________________________________________________

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QUESTÃO 22: Escreva um pequeno texto sobre a História de Petrópoles.


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QUESTÃO 23: Faça uma análise crítica e comparativa entre o tipo de vida da elite e dos
homens trabalhadores durante as décadas de 1870 e 1880 no Brasil

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ALGUMAS SUGESTÕES DE LEITURAS

 As Barbas Do Imperador - Lilia Schwarcz - Companhia das Letras


 Mauá, Empresário do Império - Jorge Caldeira
 História do Brasil - Boris Fausto - Edusp
 Brasil: Uma História - Eduardo Bueno - Editora Ática
 Iracema - José de Alencar
 Esaú e Jacó - Machado de Assis
 Contos - Machado de Assis
 O Cortiço - Aluísio de Azevedo
 A Casa de Pensão - Aluísio de Azevedo

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 As Cidades e as Serras - Eça de Queiroz

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