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Exercícios da Vytória AAP. Santos Anjos. 2022.

1) A sociedade francesa do século XVIII estava dividida em três ordens ou


estados. Essa estrutura social, baseada em desigualdades sancionadas por lei,
provocou tensões que precipitaram a Revolução Francesa.
Marque a alternativa que contém os principais componentes de cada um desses três
estados:
a) O primeiro estado era formado pela nobreza, o segundo pela burguesia e o terceiro
pelo clero.
b) O clero formava o primeiro estado, o povo em geral o segundo e a nobreza formava
o terceiro.
c) O primeiro estado era formado pelo clero, o segundo pela nobreza e o terceiro pelo
povo em geral.
d) O primeiro estado era formado pelo povo, o segundo pela nobreza e o terceiro pelo
clero.
e) A nobreza formava o primeiro estado, o clero o segundo e o povo em geral formava
o terceiro.

2) (ESPM 2011)
Opinião
Podem me prender
Podem me bater
Podem, até deixar-me sem comer
Que eu não mudo de opinião
Daqui do morro
Eu não saio, não

Se não tem água


Eu furo um poço
Se não tem carne
Eu compro um osso
E ponho na sopa
E deixa andar
Fale de mim quem quiser falar
Aqui eu não pago aluguel
Se eu morrer amanhã, seu doutor
Estou pertinho do céu

Zé Kentti. Opinião. Disponível em: http:/www.mpbhnet.com.br / Acesso em 28 de abril de 2010

Esta Música fez parte de um importante espetáculo teatral que estreou no ano de
1964, no Rio de Janeiro. O papel exercido pela Música Popular Brasileira (MPB) nesse
contexto, evidenciado pela letra de música citada, foi o de
a) entretenimento para os grupos intelectuais.
b) valorização do progresso econômico do país.
c) crítica à passividade dos setores populares.
d) denúncia da situação social e política do país.
e) mobilização dos setores que apoiavam a Ditadura Militar.

3) A partir do século XVI, a palavra trabalho perde seu conceito negativo


associado à ideia de pobreza e sofrimento, adquirindo uma conotação positiva
de dignidade, porque:
a) o trabalho passa a ser exercido também pelas classes dominantes.
b) a campanha pela abolição do trabalho escravo na América se intensifica.
c) os equipamentos das manufaturas exigem trabalhadores qualificados.
d) o trabalho é fonte de toda produtividade e riqueza material.
e) a doutrina calvinista justifica o trabalho como fonte de salvação.

4) ‘’Produção e consumo - e necessidade humanas -tornam-se cada vez mais


internacionais e cosmopolitas. O âmbito dos desejos e reivindicações humanas
se amplia muito além da capacidade das indústrias locais, que então entram em
colapso. A escala de comunicações
se torna mundial, o que faz emergir uma ‘mass media’ tecnologicamente
sofisticada. O capital se concentra cada vez mais nas mãos de poucos.
Camponeses e artesãos independentes não podem competir com a produção de
massa capitalista e são estabelecimentos. A produção se centraliza de maneira
progressiva e se racionaliza em fábricas altamente automatizadas.’’
BERMAN, Marshall. Tudo que é Sólido Desmancha no

Ar: a Aventura da Modernidade. São Paulo: Companhia das Letras, 1986, p. 89-90.

O texto de Marshall Berman introduz alguns elementos do processo de


modernização que originou a produção de mercadorias centrada na lógica
capitalista. Sobre o tema descrito acima, considere as seguintes alternativas.
1. A implantação do sistema fabril capitalista transformou substancialmente os
padrões de consumo, criando mercadorias fabricadas em um ritmo frenético e
impondo novas necessidades aos consumidores.
2. Uma característica marcante da modernização foi a consolidação da indústria
local, já que a sua proximidade com as comunidades credenciaram-na a atender
os anseios dessa população regional.
3. A modernização capitalista favoreceu a percepção de uma diminuição radical
dos espaços geográficos, na medida em que o desenvolvimento das tecnologias
de comunicação encurtou as distâncias entre as pessoas.
4. A centralização da produção em estabelecimentos altamente automatizados
fortaleceu o sistema doméstico de fabricação de mercadorias, inteiramente
baseado na atividade artesanal.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1,2 e 3 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.

5) A passagem do modo de vida caçador-coletor para um modo de vida mais


sedentário aconteceu há cerca de 12 mil anos e foi causada pela domesticação
de animais e de plantas. Com base nessa informação, é correto afirmar que
a) no início da domesticação, a espécie humana descobriu como induzir mutações nas
plantas para obter sementes com características desejáveis.
b) a produção de excedentes agrícolas permitiu a paulatina regressão do trabalho, ou
seja, a diminuição das intervenções humanas no meio natural com fins produtivos.
c) a grande concentração de plantas cultivadas em um único em um único lugar
aumentou a quantidade de alimentos, o que prejudicou o processo de sedentarização
das populações.
d) no processo de domesticação, semente com características desejáveis pelos seres
humanos foram escolhidas para serem plantadas, num processo de seleção artificial.
e) a chamada Revolução Neolítica permitiu o desenvolvimento da agricultura e do
pastoreio, garantindo a eliminação progressiva de relações sociais escravistas.

6) A partir do terceiro milênio a.C., desenvolveram-se, nos vales dos grandes


rios do Oriente Próximo, como o Nilo, o Tigre e o Eufrates, Estados teocráticos,
fortemente organizados e centralizados e com extensa burocracia. Uma
explicação para seu surgimento é:
a) a revolta dos camponeses e a insurreição dos artesãos, que só puderam ser
contidas pela imposição dos governos autoritários.
b) a necessidade de coordenar o trabalho de grandes contingentes humanos, para
realizar obras de irrigação.
c) a influência das grandes civilizações do Extremo Oriente, que chegou ao Oriente
Próximo através das caravanas de seda.
d) a expansão das religiões monoteístas, fundamentavam o caráter divino da realeza e
o poder absoluto do monarca.
e) a introdução de instrumentos de ferro e a consequente revolução tecnológica, que
levou à centralização do poder.

7) Observe a imagem abaixo:

DUFOURNET. Jean Les

Trés Riches Heures du Duc de Berry. Paris: Bibliothèque de I’Image,

1995. P. 57.)

A imagem apresentada, relativa ao mês de outubro, nos remete ao sistema


político-econômico existente na Idade Média. Esse sistema era o
a) capitalismo, em que a sociedade era divida entre aqueles que possuíam os meios
de produção e aqueles que vendiam sua força de trabalho.
b) socialismo, em que as diferenças sociais eram definidas pelo lugar de nascimento.
c) feudalismo, em que a propriedade da terra definia as diferenças entre os grupos
sociais.
d) comunismo, em que não existiam diferenças sociais, e o trabalho era divido
igualmente assim como as riquezas produzidas.
e) papismo, em que o governante e o líder religioso criavam explicação divina para o
lugar de cada indivíduo na sociedade.

8) Entre as características do feudalismo, sistema político, social e econômico


estruturado na Europa medieval, estão:
a) A existência de uma forte concentração de poder nas mãos dos monarcas.
b) Uma forte monetarização das relações econômicas, favorecendo o crescimento dos
núcleos urbanos.
c) A terra não tinha valor, sendo inúmeras vezes concedida aos servos para que a
cultivassem a agricultura livremente.
d) A existência de uma sociedade estamental, formada por grupos sociais com status
fixos, aos senhores e os servos, em que os servos eram presos à terra e obrigados a
prestar serviços e pagar impostos aos senhores.
e) Uma base econômica voltada para o comércio entre os vários feudos existentes.

9) HISTÓRIA ENERGÉTICA DA HUMANIDADE


Depois da própria força humana, a primeira fonte de energia que o
ser humano utilizou foi o fogo. A técnica de utilização do fogo deve ter sido
inventada por volta de 5000 a.C., com o uso de pedra e madeira. Depois, o ser
humano domesticou certos animais, que passaram a servir de fonte de energia.
A utilização da força do vento, principalmente para a navegação, deve ter
começado por volta de 2000 a.C., e o aproveitamento da força hidráulica para
mover moinhos iniciou-se em torno do século 2 a.C. A partir do ano 1000 d.C.,
ocorreu a exploração mais intensa do carvão mineral, e, a partir de 1700,
surgiram importantes inovações, ligadas à Revolução Industrial, como a
invenção da máquina a vapor.
No fim do século 19, verificou-se o aparecimento da eletricidade e o
desenvolvimento de motores a base de derivados de petróleo. A energia nuclear
surgiu na primeira metade do século 20. Outras fontes de energia despontam no
início do século 21. Poderão elas desempenhar o papel que o petróleo
desempenhou até o momento? VESENTINI,

José William. Sociedade & Espaço. Editora ática, 43. ed. 2004. Modificado.

A força humana é uma das mais antigas fontes de energias empregadas para
agir sobre a natureza. Nesse sentido, muito embora, na Antiguidade, as
sociedades ateniense e romana não investissem no desenvolvimento de um
aparato tecnológico muito sofisticado, foram capazes de construir uma sólida
organização urbana. Para tanto, fundamentaram-se na exploração do trabalho
humano por meio das relações escravistas de produção.
Das alternativas a seguir, a única que não caracteriza o escravismo greco-romano é:
a) o predomínio da utilização da mão de obra escrava na produção agrícola, com a
geração de excedentes comercializados nos núcleos urbanos.
b) a conversão jurídica de seres humanos em meios de produção desprovidos de
direitos sociais e assimilados a bestas de carga.
c) a conexão estreita entre a expansão do sistema escravista e o fortalecimento do
ideal de cidadania, já que o escravo era considerado o oposto do cidadão.
d) o emprego da mão de obra escrava na execução das atividades existentes no
âmbito da cidade-Estado, incluindo aquelas de natureza política.
e) a importância da guerra como principal fonte de trabalho escravo, dada e relação
intrínseca, na Antiguidade, entre crescimento econômico e poderio militar.
10) ‘’A produção açucareira, limitada até o século XV, pôde deslanchar com a
conquista do novo mundo.’’ CAMPOS, Flávio de &

MIRANDA, Renan Garcia. A Escrita da História. São Paulo: Editora Escala

Educacional, 2005. p. 206

A explicação para a afirmação acima está


a) no sistema de plantation que foi implantado na América, caracterizando-se pela
produção em larga escala, pelo latifúndio, pela monocultura e pela mão de obra
assalariada.
b) na implantação das capitanias hereditárias na América portuguesa, o que facilitou o
cultivo da cana por todo o território colonial.
c) na agricultura de subsistência, que foi largamente utilizada nas colônias americanas
e que impulsionou o plantio da cana.
d) nas mudas de cana-de-açúcar encontradas em solo americano, que eram mudas de
melhor qualidade do que aquelas encontradas no Oriente.
e) no clima quente e úmido da região tropical, na fertilidade do solo e principalmente
na disponibilidade de imensas extensões de terra.

11) Extremamente simples é a estrutura social da colônia no primeiro século e


meio de colonização. Reduz-se em suma a duas classes: de um lado os
proprietários rurais, a classe abastada dos senhores de engenho e fazenda;
doutro, a massa da população espúria dos trabalhadores do campo, escravos e
semilivres. Da simplicidade da infraestrutura econômica – a terra, única força
produtiva, absorvida pela grande exploração agrícola – deriva a da estrutura
social: a reduzida classe de proprietários e a grande massa, explorada e
oprimida. Há naturalmente no seio desta massa gradações, que assinalamos.
Mas, elas não são contudo bastante profundas para se caracterizam em
situações radicalmente distintas. Caio

Prado Jr.,Evolução Política do Brasil. 20ª ed. São Paulo: Brasiliense, p. 28-29, 1993 [1942]

Neste trecho, o autor observa que, na sociedade colonial,


a) só havia duas classes conhecidas, e que nada é sabido sobre indivíduos que
porventura fizessem parte de outras.
b) havia muitas classes diferentes, mas só duas estavam diretamente ligadas a
critérios econômicos.
c) todos os membros das classes existentes queriam se transformar em proprietários
rurais, exceto os pequenos trabalhadores livres semilivres ou escravos.
d) diversas classes radicalmente distintas umas das outras compunham um cenário
complexo, marcado por conflitos sociais.
e) a população se organizava em duas classes, cujas gradações internas não
alternavam a simplicidade da estrutura social.

12) Quais as características dominantes da economia colonial brasileira?


a) propriedade latifundiária, trabalho indígena assalariado e produção monocultura.
b) propriedades diversificadas, exportação de matérias-primas e trabalho servil.
c) monopólio comercial, latifúndio e trabalho escravo de índios e negros.
d) pequenas vilas mercantis, monocultura de exportação e trabalho servil de mestiços.
e) propriedade minifundiária, colônias agrícolas e trabalho escravo.

13) A extração de ouro aparentemente simples atraiu milhares de pessoas para a


América portuguesa, cuja população estimada passou de 300 000 habitantes,
1690, para 2 500 000, em 1780. Metade desse aumento demográfico ocorreu na
região mineradora. Considerando essas informações demográficas relativas a
um período de grande euforia na busca por minérios no Brasil, pode-se afirmar
que:
a) O denominado ‘’ciclo de ouro’’ possibilitou uma espécie de atração centrípeta para o
mercado interno desenvolvido pela mineração e, assim, contribuiu como fator de
integração regional na América portuguesa.
b) A população atraída para a mineração também desenvolveu intensa atividade
agrária de subsistência, propiciando reconhecida autossuficiência, que inibiu qualquer
tipo de polarização.
c) O Regimento dos Superintendentes/Guardas-Mores e Oficiais Deputados para as
Minas, que em 1702 instituiu a Intendência das Minas, mantinha rigorosa disciplina
militar e constante vigilância na Estrada Real, impedindo o ingresso de emboabas e
mascates nas regiões de ouro e diamantes.
d) O denominado ‘’ciclo do ouro’’ ocasionou uma espécie de atração centrífuga, pois
as riquezas auríferas de Goiás e da Bahia contribuíram para financiar
simultaneamente o denominado renascimento agrícola no Nordeste do Brasil no final
do século 17.
e) A integração regional da América portuguesa consolidou-se durante a União Ibérica
(1580-1640), quando foi removida a linha de Tordesilhas, possibilitando a
convergência das regiões de pecuária para o grande entreposto comercial que
consagrou a região de Minas.

14) A análise da ilustração e os conhecimentos sobre Brasil colonial permitem


afirmar:
a) No referido período histórico, a população colonial não gozava dos mesmos direitos
de cidadania concedidos à população metropolitana.
b) A parte inferior da ilustração representa o enraizamento de ideais anticoloniais e
antimonopolistas em setores ilustrados e populares do Brasil colonial.
c) Os movimentos de Beckman, Maneta e Vila Rica não podem ser incluídos na
representação, por terem eles se constituído episódios que se limitavam a contestar
aspectos específicos da dominação colonial.
d) A parte superior da ilustração significa a sobrevivência dos ideais presentes nos
movimentos anticoloniais, abrindo espaço para a independência e a construção do
Estado Nacional.
e) Os movimentos anticoloniais do século 17, à semelhança dos indicados na figura,
buscavam a consolidação da unidade nacional.

15) A política foi, incialmente, a arte de impedir as pessoas de se ocuparem do


que lhes diz respeito. Posteriormente, passou a ser a arte de compelir as
pessoas a decidirem sobre aquilo de que nada entendem. VALERY, P. Cadernos. Apud

BENEVIDES, M. V. M. A Cidadania Ativa. São Paulo: Ática, 1996.

Nessa definição, o autor entende que a história da política está dividida em dois
momentos principais: um primeiro, marcado pelo autoritarismo excludente, e um
segundo, caracterizado por uma democracia incompleta.
Considerando o texto, qual é o elemento comum a esses dois momentos da história
política?
a) A distribuição equilibrada do poder.
b) O impedimento da participação popular.
c) O controle das decisões por uma minoria.
d) A valorização das opiniões mais competentes.
e) A sistematização dos processos decisórios.
16) O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel, se
seu propósito é manter o povo unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos
duros poderá ser mais clemente do que outros que, por muita piedade, permitem
os distúrbios que levem ao assassínio e ao roubo. MAQUIAVEL, N. O Príncipe, São Paulo: Martin

Claret, 2009.

No século XVI, Maquiavel escreveu O Príncipe, reflexão sobre a Monarquia e a


função do governante.
A manutenção da ordem social, segundo esse autor, baseava-se na
a) inércia do julgamento de crimes polêmicos.
b) bondade em relação ao comportamento dos mercenários.
c) compaixão quanto à condenação de transgressões religiosas.
d) neutralidade diante da condenação dos servos.
e) conveniência entre o poder tirânico e a moral do príncipe.

17) A lei não nasce da natureza, junto das fontes frequentadas pelos primeiros
pastores: a lei nasce das batalhas reais, das vitórias, dos massacres, das
conquistas que têm sua data e seus heróis de horror: a lei nasce das cidades
incendiadas, das terras devastadas; ela nasce com os famosos inocentes que
agonizam no dia que está amanhecendo. FOUCAULT. M. Aula de 14 de

janeiro de 1976. In. Em Defesa da Sociedade. São Paulo: Martins Fontes. 1999

O filósofo Michel Foucault (século 20) inova ao pensar a política e a lei em relação ao
poder e à organização social. Com base na reflexão de Foucault, a finalidade das leis
na organização das sociedades modernas é:
a) combater ações violentas na guerra entre as nações.
b) coagir e servir para refrear a agressividade humana.
c) criar limites entre a guerra e a paz praticadas entre os indivíduos de uma mesma
nação.
d) estabelecer princípios éticos que regulamentam as ações bélicas entre países
inimigos.
e) organizar as relações de poder na sociedade e entre os Estados.

18) Leia com atenção as proposições apresentadas abaixo:


I. ‘’A história de qualquer sociedade até os nossos dias foi apenas a história da
luta de classes. Homem livre e escravo, patrício e plebeu, barão e servo, mestre
e companheiro, numa palavra opressores e oprimidos em oposição constante,
desenvolveram uma guerra que acabava sempre ou por uma transformação
revolucionária da sociedade inteira, ou pela destruição das duas classes em
luta.’’
II. ‘’Se me pedissem para responder à pergunta – ‘O que é escravidão?’ e eu
respondesse numa só palavra: ‘Assassinato!’, todos entenderiam imediatamente
o significado da minha resposta. Não seria necessário utilizar nenhum outro
argumento para demonstrar que o poder de roubar um homem de suas ideias,
de sua vontade e sua personalidade é um poder de vida ou morte e que
escravizar um homem é o mesmo que matá-lo. Por que, então, não posso
responder da mesma forma a essa outra pergunta: ‘O que é a propriedade?’ om
uma palavra só: ‘Roubo.’’’
Assinale a alternativa CORRETA:
a) A primeira proposição reproduz um trecho de uma das mais importantes obras do
filósofo alemão Karl Marx, eu serviu de base para a ideologia liberal desenvolvida no
século 19.
b) A segunda proposição refere-se ao manifesto cristão proposto por bispos da Igreja,
indignados com a miséria que assolava as classes trabalhadoras europeias no século
19.
c) A ‘’luta de classes’’ é um dos principais aspectos da doutrina marxista, e a definição
da ‘’propriedade como um roubo’’ tornou-se um dos principais lemas do anarquismo
desde o século 19.
d) A segunda proposição é de Joseph Proudhon, teórico liberal francês, indignado com
a escravidão ainda praticada em determinados continentes no século 19.
e) A segunda proposição refere-se à região da Palestina na perspectiva sionista,
desenvolvida na Europa ao final do século 19.

19) Em um discurso na faculdade de Pequim, em 2014, o presidente da China Xi


Jiping afirmou: “a China costuma ser uma potência econômica mundial. Mas perdeu a
sua oportunidade no rastro da Revolução Industrial e das mudanças consequentes, foi
deixada para trás e humilhada sob a invasão estrangeira. Não devemos deixar que
essa trágica história se repita. A China nunca mais irá tolerar ser ameaçada por
nenhum país”. (Como a China de Xi Jiping vai manter seu projeto de grande
potência mundial? Folha de São Paulo. Caderno Mercado, página 24/10/2020. A
partir de seus conhecimentos marque a o opção INCORRETA:

a) A China, ao contrário do Japão, não viveu as tradicionais fases das primeiras e


terceiras fases da revolução Industrial, nos séculos XVIII e XIX.
b) A China é hoje o nosso maior parceiro comercial e maior comprador de
commodities agrícolas e minerais, dando ao Brasil uma balança comercial favorável.
c) A China foi alvo do Imperialismo inglês no século XIX e da invasão japonesa
durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
d) A China é hoje o maior desafio à hegemonia estadunidense, por estar liderando
corrida em diversos setores de alta tecnologia e aumentado seus gastos militares.
e) O Brasil tem conseguido manter uma distância das disputas econômicas e
geopolíticas entre EUA e a China, ao pregar o multilateralismo.
20) ''Nos primeiros séculos da colonização, a região serviu para os índios
expulsos do litoral e escravos negros fugidos dos engenhos de açúcar, tendo
sido utilizada como área de criação e gado. No século XVIII, foi local de
desenvolvimento da cultura do algodão, que contribuiu para seu crescimento
populacional. Nos séculos XIX e XX viveu o surto da cafeicultura nas terras
altas. Atualmente passa por transição da pecuária extensiva para semi intensiva
e ainda vem desenvolvendo a fruticultura''. (ADAP.
ANDRADE: 1997).
O texto acima refere-se à região do:
a) vale do Rio Paraíba do Sul.
b) recôncavo baiano.
c) sertão nordestino.
d) médio vale do Rio Tocantins.
e) agreste nordestino.

21) Devido ao processo de mundialização da economia, podemos afirmar que as


empresas transnacionais:
a) investem apenas em países que praticam baixas taxas de juros, aproveitando
facilidades na obtenção de crédito.
b) investem apenas em países que oferecem um mercado consumidor expressivo, já
que a produção destina-se ao mercado interno.
c) dispõem de grande mobilidade territorial, sendo que seus investimentos restringem-
se a países que integram blocos econômicos comerciais.
d) investem em países aliados aos Estados Unidos, por determinação do Conselho de
Segurança da ONU.
e) dispõe de grande mobilidade territorial, sendo que seus investimentos migram para
países que oferecem vantagens fiscais.

22) A peste, a fome e a guerra constituíram os elementos mais visíveis e terríveis


do que se conhece como a crise geral do século XIV. Como consequência dessa
crise, ocorrida na Baixa Idade Média,
a) o movimento de reforma do cristianismo foi interrompido por mais de um século,
antes de reaparecer com Lutero e iniciar a modernidade;
b) o campesinato, que estava em vias de conquistar a liberdade, voltou novamente a
cair, por mais de um século, na servidão feudal;
c) o processo de centralização e concentração do poder político intensificou-se até se
tornar absoluto, no início da modernidade.
d) o feudalismo entrou em colapso no campo, mas manteve sua dominação sobre a
economia urbana até o fim do Antigo Regime;
e) entre as classes sociais, a nobreza foi a menos prejudicada pela crise, ao contrário
do que ocorreu com a burguesia.

23) ''Os próprios céus, os planetas e este centro (a Terra)


Respeitam os graus, a precedência e as posições.
Como poderiam as sociedades,
Os graus nas escolas, as irmandades nas cidades,
O comércio pacífico entre praias separadas,
A primogenitura e o direito de nascença,
Os privilégios da idade, as coroas, cetros, lauréis,
Manter-se em seu lugar certo - não fossem os graus?''
Estes versos de Shakespeare (da peça Troilo e Cressida) revelam uma visão de
mundo:
a) moderna e liberal, ao tratarem das cidades, do comércio e, virtualmente, até do
novo continente.
b) medieval e aristocrática, ao defenderem privilégios, graus e hierarquias como
decorrentes de uma ordem natural.
c) universal e democrática, ao se referirem a valores e concepções que ultrapassam
seu próprio tempo histórico.
d) clássica e monarquista, ao mencionarem instituições, como a monarquia e o direito
de primogenitura, que eram características do mundo greco-romano.
e) particularista e elitista, ao expressarem hierarquias, valores e graus exclusivos da
Inglaterra do século XVI.

24) Em 1748, Benjamin Franklin escreveu os seguintes conselhos a jovens


homens de negócios:
''Lembra-te que o tempo é dinheiro... Lembra-te que o crédito é dinheiro...
Lembra-te que o dinheiro é produtivo e se multiplica... Lembra-te que, segundo o
provérbio, um bom pagador é senhor de toas as bolsas... A par da sobriedade e
do trabalho, nada é mais útil a um moço que pretende progredir no mundo que a
pontualidade e a retidão em todos os negócios''.
Tendo em vista a rigorosa educação religiosa do autor, esses princípios econômicos
foram usados para exemplificar a ligação entre:
a) protestantismo e permissão da usura.
b) anglicanismo e industrialização.
c) ética protestante e capitalismo.
d) catolicismo e mercantilismo.
e) ética puritana e monetarismo.

25) O Barroco no Brasil foi:


a) uma manifestação artística de caráter religioso limitada às regiões de mineração.
b) uma expressão artística de origem europeia reelaborada e adaptada às condições
locais.
c) um estilo original na pintura, mantendo a tradição manuelina nas edificações.
d) uma criação artística popular predominante em todo o Brasil colônia e no império.
e) uma produção artística, imposta pelo modelo absolutista português, na época da
mineração.

26) ‘... o desejo de dar uma forma e um estilo ao sentimento não é exclusivo da
arte e da literatura; desenvolve-se também na própria: nas conversas da corte,
nos jogos, nos desportos... Se, por conseguinte, a vida pede à literatura os
motivos e as formas, a literatura, afinal, não faz mais do que copiar a vida.’’
(Johan Huizinga, O Declínio de Idade Média).
Na Idade Média essa relação entre literatura e vida foi exercida principalmente pela:
a) vassalagem.
b) guilda.
c) cavalaria.
d) comuna.
e) monarquia.

27) ‘’... cabanas ou pequenas moradias espalhadas em grande número, nas


quais residem os trabalhadores empregados, cujas mulheres e filhos estão
sempre ocupados, cardando, fiando etc., de forma que, não havendo
desempregados, todos podem ganhar seu pão, desde o mais novo ao mais
velho’’.
Daniel Defoe, Viagem por toda a ilha da Grã-Bretanha, 1724.
Essa passagem descreve o sistema de trabalho:
a) manufatureiro, no qual um empregador reúne num único local dezenas de
trabalhadores.
b) da corporação de ofícios, no qual os trabalhadores têm o controle dos meios de
produção.
c) fabril, no qual o empresário explora o trabalho do exército industrial de reserva.
d) em domicílio, no qual todos os membros de uma família trabalham em casa e por
tarefa.
e) de cogestão, no qual todos os trabalhadores dirigem a produção.
28) ‘’Os que trazem [o gado] são brancos, mulatos e pretos, e também índios,
que com este trabalho procuram ter algum lucro. Guiam-se indo uns adiante
cantando, para serem seguidos pelo gado, e outros vêm atrás das reses,
tangendo-as, tendo o cuidado que não saiam do caminho e se amontoem.’’
Antonil, Cultura e opulência do Brasil, 1711.
O texto expressa uma atividade econômica característica:
a) do sertão nordestino, dando origem a trabalhadores diferenciados do resto da
colônia.
b) de regiões canavieiras onde se utilizavam mão de obra disponível na entre-safra do
açúcar.
c) de todo o território da América portuguesa onde era fácil obter mão de obra
indígena e negra.
d) das regiões do nordeste, produtoras de charque, que empregavam mão de obra
assalariada.
e) do sul da colônia, visando abastecer de carne a região açucareira do nordeste.

29) Viam-se de cima as casas acavaladas umas pelas outras, formando ruas,
contornando praças. As chaminés principiavam a fumar; deslizavam as carrocinhas
multicores dos padeiros; as vacas de leite caminhavam com o seu passo vagaroso,
parando à porta dos fregueses, tilintando o chocalho; os quiosques vendiam café a
homens de jaqueta e chapéu desabado; cruzavam-se na rua os libertinos retardios
com os operários que se levantavam para a obrigação; ouvia-se o ruído estalado dos
carros de água, o rodar monótono dos bondes.

(AZEVEDO, Aluísio de. Casa de Pensão. São Paulo: Martins, 1973)

O trecho, retirado de romance escrito em 1884, descreve o cotidiano de uma cidade,


no seguinte contexto:

a) A convivência entre elementos de uma economia agrária e os de uma economia


industrial indica o início da industrialização no Brasil, no século XIX.
b) Desde o século XVIII, a principal atividade da economia brasileira era industrial,
como se observa no cotidiano descrito.
c) Apesar da industrialização ter-se iniciado no século XIX, ela continuou a ser uma
atividade pouco desenvolvida no Brasil.
d) Apesar da industrialização, muitos operários levantavam cedo, porque iam
diariamente para o campo desenvolver atividades rurais.
e) A vida urbana, caracterizada pelo cotidiano apresentado no texto, ignora a
industrialização existente na época.
30) “Três razões fazem ver que este governo é melhor. A primeira é que é o mais
natural e se perpetua por si próprio (...) a segunda razão (...) é que esse governo é o
que interessa mais na conservação do Estado e dos poderes que o constituem (...). A
terceira razão (...) o trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio
Deus...”
(Jacques Bossuet)

A justificativa do poder real propiciou o aparecimento de inúmeras obras, que, em suas


linhas gerais, apresentam:

a) A conciliação entre o liberalismo e intervencionismo do rei, para submeter a


sociedade a regras que lhe parecesses melhores.
b) O triunfo do mais forte como fato essencial da história humana, impondo a ditadura
do proletariado e a proposta de um centralismo monárquico.
c) A difusão das instituições parlamentares, favoráveis à monarquia constitucional,
devido ao rei ser considerado representante de Deus na terra
d) A necessidade de um governo forte com vistas à manutenção da paz e da ordem e
a teoria do direito divino dos reis.
e) A afirmação que a função do Estado era a de agir de acordo com a vontade da
maioria, desde que o indivíduo submetesse o seu direito natural ao Estado.

31) Leia o texto de um clássico da teoria política.

“Daqui nasce um dilema: é melhor ser amado que temido, ou o inverso? Respondo
que seria preferível ser ambas as coisas, mas, como é muito difícil conciliá-las,
parece-me muito mais seguro ser temido do que ser amado, se só se puder ser uma
delas.”

No texto estão explícitas algumas idéias presentes no período de formação do Estado


Moderno. O autor escreve numa região convulsionada por crises políticas, ameaças
externas e ausência de unidade nacional. O autor, a obra, o país e o tipo de Estado,
que o mesmo defendia, são, respectivamente:

a) Jacques Bossuet, Política, França e o Estado Liberal.


b) Thomas Hobbes, Leviatã, Inglaterra e o Estado Mercantil.
c) Thomas Morus, A Utopia, Alemanha e o Estado Socialista.
d) Nicilau Maquiavel, O Príncipe, Itália e o Estado Absolutista.
e) Jean Bodin, A República, Bélgica e o Estado Democrático.
32) A respeito da Revolução Francesa, deflagrada em 1789, marque a opção
Incorreta.

a) Foi um acontecimento político marcado, entre outros fatos, pela ação dos
intelectuais, que procuraram com seus textos mobilizar a população.
b) A crise nas finanças do Estado francês, com a tributação, foi um dos principais
motivadores para a convocação dos Estados Gerais, em 1788.
c) O apoio da Inglaterra foi decisivo para que a Revolução pudesse se estabelecer no
início de 1790.
d) A queda da Bastilha, ação de libertação de presos na famosa prisão, ocorrida em
14 de julho de 1789, é um dos marcos da Revolução.
e) A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão é um dos principais
documentos redigidos na Revolução.

33) As primeiras rebeliões contra a coroa portuguesa visavam:

a) Conseguir a independência do Brasil.


b) Retirar entraves econômicos.
c) Abolir o Pacto Colonial.
d) Garantir a autonomia dos poderes municipais.
e) Emancipar as capitanias do sul da colônia.

34) Foram os dois principais movimentos a refletir a dimensão da crise do sistema


colonial. Contudo, seus objetivos não se assemelhavam em tudo. Os dois apregoavam
o fim do pacto colonial; mas somente um deles propunha o fim do escravismo e
continha dentre seus participantes pessoas pertencentes às camadas mais humildes
da população, como artesãos e soldados. O enunciado refere-se à Inconfidência:

a) Mineira e à Inconfidência Baiana.


b) Baiana e à Revolução Pernambucana.
c) Mineira e à Revolução Praieira.
d) Baiana e à Confederação do Equador.
e) Mineira e à Confederação do Equador.
35) A Revolução Francesa (1789-1799-1815) está inserida num contexto de
movimentos revolucionários que decretaram o fim do Antigo Regime na França. Teve
início com a convocação dos Estados Gerais em Versalhes (5 de maio de 1789) e o
estabelecimento da Assembléia Nacional. Sobre a Revolução Francesa, seus fatores e
contexto marque a opção INCORRETA.

a) Na sociedade francesa ainda feudal uns rezavam, outros guerreavam e outros


trabalhavam. A condição de um dos estamentos era a condição dos privilégios dos
outros dois.
b) O déficit público francês foi agravado pelo envolvimento do país na guerra de
independência das 13 colônias da América do Norte.
c) A proposta de acabar com a isenção tributária da nobreza pelo rei Luis XIV
desencadeou a Revolução Nobiliárquica.
d) Segundo Eric Hobsbawm a resistência da nobreza em abrir mão de seus privilégios
constituiu-se na centelha da Revolução, desencadeando as revoltas mais radicais.
e) Para Hobsbawn a Revolução foi o único movimento ecumênico e influenciou parte
da cultura islâmica, ocorrendo no país mais populoso da Europa ocidental.

36) A respeito da Crise do Sistema Colonial na América e da Independência do Brasil


marque de acordo com código:

I) A Revolução Industrial desestruturou as antigas práticas mercantilistas, baseadas no


monopólio e no escravismo, consolidando uma sociedade liberal-burguesa.
II) A existência de trabalhadores e mercados livres no contexto da Revolução Industrial
colocou em xeque o Pacto Colonial.
III) O pensamento iluminista penetrou no mundo colonial no seio da massa
populacional como ideologia anti-metropolitana e antiescravista, ajudando a
desarticular o tráfico negreiro.
IV) Todos os Movimentos Separatistas da América colonial foram influenciados pelas
transformações do mundo ocidental no século XVIII.

a) Se todas estiverem corretas.


b) Se todas estiverem erradas.
c) Se somente as duas primeiras estiverem corretas.
d) Se somente as afirmações I, II e III estiverem corretas.
e) Se somente as afirmações I, II e IV estiverem corretas.

37) Na Revolução Inglesa do século XVII foi possível preservar a Monarquia, o que
não foi viabilizado na revolução Francesa do século posterior. Sobre isso responda:
a) Explique as diferenças citadas no texto.

b) Cite 3 significados da Revolução Francesa segundo Eri J. Hobsbawm.

38) A Inglaterra ficou conhecida ao longo dos séculos XVIII e XIX, como o “Império
onde o sol nunca se põe” e “Celeiro do Mundo”. Este último título atribuído à China
contemporânea. Sobre estes títulos e a história dos dois países marque a alternativa
INCORRETA:

a) No plano político-filosófico a Inglaterra foi a primeira Monarquia Parlamentarista-


Iluminista do mundo ocidental, através da Revolução Gloriosa do século XVII.
b) Na esfera social a Inglaterra contava com uma crescente disponibilidade de força de
trabalho, oriunda dos Cercamentos dos Campos.
c) No plano religioso o triunfo do Anglicanismo no período das Reformas Protestantes
favoreceu as atividades comerciais e industriais.
d) Os Enclosures Acts possibilitaram a produção de lã, a mecanização da agricultura e
a produção agrícola em larga escala, gerando um deslocamento maciço do
proletariado do campo para as cidades.
e) A China é a economia que mais cresce no planeta nas últimas décadas, sendo hoje
a principal parceira comercial do Brasil.

39) 17/11/22. 18h.


39) “ O sistema escravista – como qualquer outro – não poderia, evidentemente
viabilizar-se apenas pela força.” “(...) A unidade básica de resistência do sistema
escravista, seu aspecto típico, foram as fugas. Para o produtor direto definido como
“cativo”, o abandono do trabalho é um desafio radical, um ataque frontal e deliberado
ao direito de propriedade.” (Silva, Eduardo; Reis, João José. Negociação e conflito: a
resistência no Brasil escravista. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, páginas
31 e 62.) Sobre a escravidão no Brasil marque a opção INCORRETA:

a) Quando a negociação falhava, ou nem chegava a se realizar por intransigência


senhorial ou impaciência escrava, abriam-se os caminhos da ruptura, a fuga era um
deles.
b) os escravos fugiam pelos mais variados motivos: abusos físicos, separação de
entes queridos por vendas ou transferências inaceitáveis ou o simples prazer de
namoro com a liberdade.
c) Conhecedores das malhas finas da lei do sistema escravista, escapavam muitas
vezes já com intenção de voltar depois de pregar um “susto” no senhor e, assim
marcar espaço de negociação.
d) As fugas tinham um caráter de ruptura ou reivindicatória e predominavam nas
diversas regiões do Brasil, fato comprovado pela existência de centenas de Quilombos
Abolicionistas Urbanos no Período Colonial.
e) As fugas de ruptura cresceram ao longo do século XIX em função do aumento da
crise do escravismo e do apoio do Movimento Abolicionista, quando surgiram os
Quilombos Urbanos, historicamente novos.

40) “Enquanto o Quilombo tradicional se esconde, o quilombo abolicionista procura


uma outra estratégia de sobrevivência e tem na boa localização uma de suas
características mais marcantes.” (Silva, Eduardo. As Camélias do Leblon e a
abolição da escravatura: uma investigação de história cultural. São Paulo:
Companhia das letras, 2003, página 19). Sobre a Crise do Escravismo no Brasil, o
Abolicionismo e a questão negra no Brasil marque a opção INCORRETA:

a) A Constituição do país prevê a devolução aos afro-descendentes de terras que


pertenceram aos antigos quilombos, bem como trata o racismo como crime
inafiançável e imprescritível, resultado das lutas dos Movimentos Negros.
b) O Movimento Negro no Brasil não comemora o dia 13 de maio, por entender que a
Abolição é um processo inacabado e foi uma vitória do grupo de Abolicionistas
Evolucionistas. Comemoram o dia 20 de novembro, dia da Consciência Negra.
c) O Movimento Abolicionista envolveu o Exército, a Igreja Católica, Castro Alves, José
do Patrocínio, Chiquinha Gonzaga, André Rebouças, a Princesa Isabel e outros que
adotaram a Camélia como símbolo da luta pela liberdade.
d) A Abolição foi um processo relativamente rápido e significou uma vitória do grupo
de Abolicionistas Revolucionários liderado por Rui Barbosa, que promoveu a plena
inserção do negro na sociedade brasileira.
e) As Leis abolicionistas do século XIX, especialmente as Leis Rio Branco e a lei
Saraiva Cotegipe beneficiavam somente as elites agrárias escravistas ao tornar e o
processo moroso, protelando a abolição e pagando indenizações aos senhores de
escravos.

41) “A Princesa Imperial Regente, em nome de sua Majestade o Imperador Senhor D.


Pedro II, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembléia geral decretou e
Ella sancionou a Lei seguinte:
Art.1º É declarada extinta desde a data desta Lei, a escravidão no Brasil.
Art.2º Revogam-se as disposições em contrário.”
13 de maio de 1888.
O importante fato revelado por esse documento histórico representa o fim de um longo
processo, do qual participaram vários atores sociais. Sobre esse processo, assinale a
alternativa incorreta:
a) Com o fim do tráfico internacional de cativos, a reposição da mão-de-obra escrava
no Brasil passou a depender da reprodução natural.
b) A Lei do Ventre Livre estabelecia que todas as crianças, filhas de mães escravas,
nasceriam livres. Mas assegurava que os senhores podiam dispor de sua mão-de-obra
até a idade de 21 anos.
c) A abolição do trabalho escravo foi resultado de um processo gradual, perceptível
pelos decretos anteriores de fim do tráfico e leis do Ventre Livre e Sexagenários.
d) O movimento abolicionista foi liderado por todos os fazendeiros do sudeste cafeeiro,
interessados na rápida substituição da mão-de-obra escrava pelo trabalhador livre.
e) A pressão antiescravista dos abolicionistas, associada às fugas e revoltas de
escravos, pressionou a abolição da escravatura.

42) Em novembro de 1807, a família real portuguesa deixou Lisboa e, em março de


1808, chegou ao Rio de Janeiro. O acontecimento pode ser visto como:

a) Incapacidade dos Braganças de resistirem à pressão da Espanha para impedir a


anexação de Portugal.
b) Ato desesperado do Príncipe Regente, pressionado pela rainha-mãe, Dona Maria I.
c) Execução de um velho projeto de mudança do centro político do Império português,
invocado em épocas de crise.
d) Culminância de uma discussão popular sobre a neutralidade de Portugal com
relação à guerra anglo-francesa.
e) Exigência diplomática apresentada por Napoleão Bonaparte, então primeiro cônsul
da França.

43) A invasão da Península Ibérica pelas forças de Napoleão Bonaparte levou a Coroa
portuguesa, apoiada pela Inglaterra, a deixar Lisboa e instalar-se no Rio de Janeiro.
Tal decisão teve desdobramentos notáveis para o Brasil. Entre eles:

a) A chegada ao Brasil do futuro líder da independência, a extinção do tráfico negreiro


e a criação das primeiras escolas primárias.
b) Ao surgimento das primeiras indústrias, muitas transformações arquitetônicas no
Rio de Janeiro e a primeira Constituição do Brasil.
c) O fim dos privilégios mercantilistas portugueses, o nascimento das universidades e
algumas mudanças nas relações entre senhores e escravos.
d) A abertura dos portos brasileiros a outras nações, a assinatura de acordos
comerciais favoráveis aos ingleses e a instalação da Imprensa Régia.
e) A elevação do Brasil à categoria de Reino Unido, a abertura de estradas de ferro
ligando o litoral fluminense ao porto do Rio e a introdução do plantio do café.
44) “Quando a negociação falhava, ou nem chegava a se realizar por intransigência
senhorial ou impaciência escrava, abriam-se os caminhos da ruptura. A fuga era um
deles.” (SILVA, Eduardo e REIS, João José Reis. Negociação e Conflito: a
resistência negra no Brasil escravista. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
Página 9). A partir da leitura do texto e de seus conhecimentos sobre escravidão
responda o que se pede:

a) A que tipo de fuga o texto se refere?

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b) Quais as primeiras regiões do mundo ocidental a usar trabalho escravo em larga


escala?

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c) Quais as primeiras capitais do Brasil a receber a escravos? Explique.

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d) Qual a importância política e econômica - especialmente quanto à questão da


escravidão - do Rio de Janeiro a partir dos séculos XVIII e XIX?

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e) Por que é importante para o movimento afrodescendente a preservação de sua
herança cultural no Brasil contemporâneo?

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45) “ Embora os setores mais ricos da população fossem às vezes proprietários de


fazendas e investissem na mineração em locais distantes, a vida social concentrou-se
nas cidades, centro de residência, de negócios, de festas comemorativas. Nelas
ocorreram manifestações culturais notáveis, no campo das artes, das letras e da
música”. (FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: 1995, página 102). Leia o
texto e a partir de seus conhecimentos sobre o texto responda o que se pede:

a) Qual a “manifestação cultural” mais notável das Minas do século XVIII o texto se
refere?

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b) Qual a origem na Europa de tal manifestação cultural? Explique.

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46) “conhecedores da malhas finas do sistema, escapavam muitas vezes já com a


intenção de voltar depois de pregar um ‘susto” no senhor e, assim, marcar o espaço
de negociação no conflito.” (SILVA, Eduardo e REIS, João José Reis. Negociação e
Conflito: a resistência negra no Brasil escravista. São Paulo: Companhia das
Letras, 1989. Página 9). A partir da leitura do texto e de seus conhecimentos sobre
escravidão responda o que se pede:

a) Por que os escravos buscavam dar um “susto” nos seus senhores?


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b) O que os escravos conheciam “das malhas finas do sistema” no seu aspecto legal
quanto à sua carta de alforria?

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47) Observe a charge abaixo e, em seguida, responda o que se pede:

a) Qual a designação atribuída aos senhores de escravos que pedem indenização à


República?

b) Qual a relação da charge com a Proclamação?

48) “Heróis são símbolos poderosos, encarnações de ideias e aspirações (...). São,
por isso, instrumentos eficazes para atingir a cabeça e o coração dos cidadãos a
serviço da legitimação de regimes políticos (...). Os candidatos a herói não tinham,
eles também, profundidade histórica, não tinham a estatura exigida para o papel. Não
pertenciam ao movimento da propaganda republicana, ativa desde 1870 (...). A busca
de um herói para a República acabou tendo êxito onde não o imaginavam muitos dos
participantes da proclamação.”
CARVALHO, J. M. de. A formação das almas: o imaginário da República no
Brasil. São Paulo, Companhia das Letras. p. 55-57.
Regimes políticos criam mitos, símbolos e heróis, segundo seus interesses. A partir da
leitura do texto acima responda o que se pede:

A) Por que era necessária para o novo regime republicano instaurado a criação de
heróis?

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b) Cite outros símbolos ou valores que ajudaram a forjar a nacionalidade no Brasil no
período da Independência e da Proclamação da República
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