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1 - O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu propósito é
manter o povo unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos duros poderá ser mais clemente
do que outros que, por muita piedade, permitem os distúrbios que levem ao assassínio e ao
roubo.
Mais que o arame farpado, é a irrealidade dos detentos que ele confina que provoca uma
crueldade tão incrível que termina levando à aceitação do extermínio como solução
perfeitamente normal.
ARENDT, H. Origens do totalitarismo. São Paulo: Cia. das Letras, 1989 (adaptado).
4 - O marco inicial das discussões parlamentares em torno do direito do voto feminino são os
debates que antecederam a Constituição de 1824, que não trazia qualquer impedimento ao
exercício dos direitos políticos por mulheres, mas, por outro lado, também não era explícita
quanto à possibilidade desse exercício. Foi somente em 1932, dois anos antes de estabelecido
o voto aos 18 anos, que as mulheres obtiveram o direito de votar, o que veio a se concretizar
no ano seguinte. Isso ocorreu a partir da aprovação do Código Eleitoral de 1932.
Um dos fatores que contribuíram para a efetivação da medida mencionada no texto foi a
a) superação da cultura patriarcal.
b) influência de igrejas protestantes.
c) pressão do governo revolucionário.
d) fragilidade das oligarquias regionais.
e) campanha de extensão da cidadania.
5 - Em nenhuma outra época, o corpo magro adquiriu um sentido de corpo ideal e esteve tão
em evidência como nos dias atuais: esse corpo, nu ou vestido, exposto em diversas revistas
femininas e masculinas, está na moda: é capa de revistas, matérias de jornais, manchetes
publicitárias, e se transformou em um sonho de consumo para milhares de pessoas. Partindo
dessa concepção, o gordo passa a ter um corpo visivelmente sem comedimento, sem saúde,
um corpo estigmatizado pelo desvio, o desvio pelo excesso. Entretanto, como afirma a escritora
Marylin Wann, é perfeitamente possível ser gordo e saudável. Frequentemente os gordos
adoecem não por causa da gordura, mas sim pelo estresse, pela opressão a que são
submetidos.
VASCONCELOS, N. A.; SUDO, I.; SUDO, N. Um peso na alma: o corpo gordo e a mídia.
Revista Mal-Estar e Subjetividade, n. 1, mar. 2004 (adaptado).
No texto, o tratamento predominante na mídia sobre a relação entre saúde e corpo recebe a
seguinte crítica:
a) Difusão das estéticas antigas.
b) Exaltação das crendices populares.
c) Propagação das conclusões científicas.
d) Reiteração dos discursos hegemônicos.
e) Contestação dos estereótipos consolidados.
6 - Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e
tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à
União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:
www.planalto.gov. br. Acesso em: 27 abr. 2017.
A persistência das reivindicações relativas à aplicação desse preceito normativo tem em vista a
vinculação histórica fundamental entre
a) etnia e miscigenação racial.
b) sociedade e igualdade jurídica.
c) espaço e sobrevivência cultural.
d) progresso e educação ambiental.
e) bem-estar e modernização econômica.
7 - A maior parte das agressões e manifestações discriminatórias contra as religiões de
matrizes africanas ocorrem em locais públicos É na rua, na via pública, que tiveram
lugar mais de das agressões, geralmente em locais próximos às casas de culto dessas
religiões. O transporte público também é apontado como um local em que os adeptos das
religiões de matrizes africanas são discriminados, geralmente quando se encontram
paramentados por conta dos preceitos religiosos.
As práticas descritas no texto são incompatíveis com a dinâmica de uma sociedade laica e
democrática porque
a) asseguram as expressões multiculturais.
b) promovem a diversidade de etnias.
c) falseiam os dogmas teológicos.
d) estimulam os rituais sincréticos.
e) restringem a liberdade de credo.
11 - A matéria retratada aponta como ilusória a ideia de que o brasileiro teria como
característica a cordialidade, sendo, ao contrário, preconceituoso e agressivo. As frases
expressivas da arrogância discriminativa presente no cotidiano da sociedade brasileira estão
indicadas em
a) “Você não pode discutir comigo porque não fez faculdade.” “Quem poderia resolver essa
situação?”
b) “E você, quem é mesmo?” “Um momento enquanto verifico o seu processo.”
c) “A culpa é da Princesa Isabel.” “Este é o número do seu protocolo, agora é só esperar”.
d) “Eu sou o doutor Fulano de Tal.” “O senhor será o próximo a ser atendido.”
e) “O senhor sabe com quem está falando?” “Coloque-se no seu lugar.”
13 - Para Augusto Comte, uma das funções da Sociologia ou Física Social era encontrar leis
sociais que conduzissem o progresso da humanidade. Sobre os estágios do progresso social
discutidos pelo autor, é correto afirmar:
a) O estágio teológico nega a existência de apenas uma explicação divina para os fenômenos
naturais e sociais.
b) O positivismo é o estágio superior do progresso social, porque se sustenta nos métodos
científicos.
c) O estágio mais simples é o mítico, seguido pelo teológico e pelo científico, que é o mais
elaborado.
d) O primeiro estágio do conhecimento é o metafísico, em que conceitos abstratos explicam o
mundo.
e) A Europa exemplificava uma sociedade em estado de desenvolvimento teológico.
14 - Para a teoria sociológica de Max Weber, em toda sociedade há dominação, que é
entendida como uma “[...] probabilidade de haver obediência para ordens específicas (ou
todas) dentro de um determinado grupo de pessoas [...]”.
De acordo com a teoria sociológica do autor, é correto afirmar que os três tipos puros de
dominação legítima são:
a) Racional, tradicional e carismática.
b) Econômica, social e política.
c) Feudal, capitalista e comunista.
d) Monárquica, absolutista e republicana.
e) Socialista, neoliberal, social-democrata.
15 - De acordo com Émile Durkheim, os fatos sociais são características que moldam o
comportamento dos indivíduos em sociedade. Os fatos sociais são definidos pelo autor como
sendo:
A história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a história das lutas de
classes.
Homem livre e escravo, patrício e plebeu, barão e servo, mestre de corporação e companheiro,
numa palavra, opressores e oprimidos, em constante oposição, têm vivido numa guerra
ininterrupta, ora franca, ora disfarçada; uma guerra que terminou sempre, ou por uma
transformação revolucionária, da sociedade inteira, ou pela destruição das duas classes em
luta.
MARX, K. ; ENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista. Portal Domínio Público, Brasília. Disponível em
http://dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000042.pdf
GABARITO:
1. E
2. D
3. E
4. E
5. E
6. C
7. E
8. E
9. D
10. C
11. E
12. B
13. B
14. A
15. C
16. C
17. A