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Categorias de análise
I. Transformação da natureza pelo homem;
II. Desenvolvimento de técnicas ao território;
III. Do meio natural ao meio científico.
Até o século XIX, a natureza ditava o ritmo das relações. Com o advento da
Segunda Revolução Industrial, a relação de medo, reverência e pertencimento
do homem para com a natureza se transforma — agora, a humanidade
subordina e explora o meio ambiente à sua vontade.
Nos anos 50, o país vivia sob a égide de uma ideologia prometeica, de
crença no desenvolvimento, no progresso e na mudança. Este era um
legado deixado por Vargas, do qual JK se apropriou com maestria.
Juscelino adicionava ao desenvolvimentismo a ótica do otimismo e da
tolerância política. E contava, na retaguarda, com um corpo
institucional já formalizado e uma estrutura burocrática e estatal
razoavelmente consolidada, que lhe permitiriam agir e decidir mesmo
em momentos de crise política ou militar.
JK beneficiou-se de um aparelho de Estado já montado, com
capacidade de planejar, taxar, executar, financiar e cobrar, para pôr em
marcha um plano de governo que lhe daria notoriedade. Valeu-se do
planejamento, que já era uma marca registrada no país desde os anos
30, e dos corpos técnicos que o Brasil havia formado. Maximizou os
recursos que o país tinha e criou fatos novos (como a construção de
Brasília), sempre orientado pela visão estadocêntrica de
desenvolvimento, tão predominante na época. Mas, como seu
antecessor, também descuidou de uma pauta social que elevasse o
Brasil a um patamar de desenvolvimento humano compatível com o
dinamismo e a efetividade de sua máquina estatal.
A entrada de empresas estrangeiras no processo de industrialização
do Brasil foi realizada notavelmente com o intuito de atender ao
mercado interno. Contudo, não se preocupou com a transferência de
tecnologia, o que não garantiu a existência de empresas nacionais que
competissem em alto nível com empresas estrangeiras. Países como os
Tigres Asiáticos e a China, no entanto, adotaram uma estratégia
diferente: o modelo de plataforma de exportação, que se define pela
produção voltada para fora (absorção da tecnologia das multinacionais
estrangeiras pelas indústrias do país em troca de mão barata).
● Plano de Metas:
- Planejamento governamental: nacional desenvolvimentista;
- Incentivo à entrada de empresas estrangeiras, o que gerou o
desaparecimento de várias pequenas empresas nacionais;
- Investimento maciço em infraestrutura e insumos básicos;
- Quebra da economia de arquipélago (5) com um acréscimo à
integração do país; - Rodoviarismo: construção de eixos rodoviários
para a integração do território. Contudo, essa estratégia detém certas
desvantagens, visto que o automóvel possui uma baixa capacidade de
carga, é lento e sujeito a engarrafamentos, além de estar sujeito à
variação do preço do petróleo.
(5) Economia de arquipélago: setores, áreas e divisões da economia que não
interagem entre si, tampouco se
- Malhas ferroviárias concentradas e pouco extensas;
- Oligopolização da economia: Concentração de poder de oferta de
produtos por algumas empresas. Como exemplo, a Volkswagen e a Fiat
mantiveram por muito tempo um grande controle sobre a produção
automobilística no país.
- Criação da Sudene: tentativa de desenvolvimento do Nordeste a fim de
diminuir as desigualdades regionais do país. Com a saída de JK do
poder em 1960, o plano não seguiu adiante.