Indústrias

P R O F E S S O R T Ú L I O C A MP O S
 Manufaturas
O surgimento da indústrias é consequência da divisão das etapas da produção,
especializando o trabalho para aumentar a qualidade e a quantidade dos
produtos.
As primeiras oficinas de produção eram pequenas e realizada por um grupo de
pessoas. Havia a presença de máquinas, mas todas movidas a tração animal ou
pelas mãos, por isso o nome manufaturas.
Nesse período haviam oficinas de ferraria, marcenaria, artesãos, costura,
sapataria, perfumaria, farmácias, etc.
 A Revolução Industrial
A Revolução Industrial na Inglaterra foi resultado de uma combinação de fatores:
•Perda de poder militar e econômico de Portugal e Espanha
•Revoluções Burguesas (Inglaterra e França)
•Inovações técnicas (máquinas a vapor: máquinas e trens de ferro)
•Disponibilidade de matéria prima (carvão) (terras: cercamentos)
•Disponibilidade de mão de obra (êxodo rural e lei dos pobres)
A Revolução
Industrial
 A Revolução Industrial
O transformação espacial gerada pela Revolução Industrial é vigente até os dias atuais.
Os cercamentos geraram a organização do campo em propriedades especializadas
voltadas para a produção de matéria prima. Antes o campo era autossuficiente.
Os cercamentos geraram a maior migração da história e está acontecendo até hoje: o
êxodo rural.
A urbanização é o atual modelo de organização espacial e social.
A destruição do ambiente natural é evidente em escala global.
 A Revolução Industrial
A Revolução Industrial também transformou a organização social os estilos de
vida:
• Surgimento da classe trabalhadora (assalariada) organizada
• Acirramento de embates sociais
• Mudanças em hábitos alimentares e de rotina
• Ampliou o acesso à bens de consumo
• Melhorou as condições de vida geral (após um tempo)
 1ª Fase – 1750
•Inglaterra

Fases da •Indústria têxtil

Revolução •Máquinas a vapor

Industrial •Fonte de energia: carvão mineral
•Uso de locomotivas e navios a vapor
•Intenso êxodo rural
 2ª Fase – 1850

Fases da •Europa (França, Alemanha, Itália, Rússia), Estados

Unidos e Japão
Revolução
Industrial •Fonte de energia: petróleo
•Indústrias: siderúrgica, automobilísticas e
petroquímicas.
•Urbanização com energia elétrica, telégrafo e
telefone.
 3ª Fase – 1940
•Europa, EUA e Japão: energia nuclear, aeronáutica, trens de
alta velocidade, informática, satélites e radares
•Plano Marshall e Plano Colombo

Fases da
Revolução •América Latina, África e Ásia:

Industrial • ampliação como mercado consumidor

• obtenção de matéria-prima
• mão de obra mais barata
• indústrias da 2ª fase (obsoletas)
• energia elétrica
• Empresas multinacionais
 4ª Fase – 2020 (Indústria 4.0)
•Países Centrais para o restante do mundo por
Fases da meio das grandes corporações;
Revolução •Padrões administrativos e sistemas financeiros
Industrial integrados pelas redes de comunicação;
•Inteligência artificial e internet das coisas
(microprocessadores)
Industrias da 3ª fase da Revolução Industrial
 Indústria de base / pesada / de base

Tipos de Indústria
e as etapas Indústria de bens de capital /
intermediárias
produtivas

Indústria de bens de consumo /

leves
Tipos de Indústria e as etapas produtivas
 Modelos Produtivos

• Taylorismo: tarefas simplificadas e divisão máxima para esforço mínimo;

gerenciamento.

• Fordismo: grandes unidades fabris; grandes estoques; produção

padronizada e verticalizada; especialização da função gerando alienação.

• Toyotismo: produção descentralizada; sistema logístico just in time;

processo produtivo mais variável (carreiras e funções)
 Modelos de Industrialização

• Industrialização por Substituição de Importação: Indústria voltada para

o mercado interno, alta atuação governamental, protecionismo.
• América Latina (Argentina Brasil e México) e África do Sul.

• Industrialização por Plataforma de Exportação: indústria criada pela

descentralizar a indústrias de países centrais e regulação de governos
locais.
• Tigres Asiáticos e Novos Tigres Asiáticos
 Industrialização no Brasil
Chamamos de industrialização o processo em que um país opta por estabelecer
dinâmicas de políticas púbicas que incentivem a urbanização, a facilitação de
investimentos no setor e a construção de infraestruturas.

No Brasil esse processo começa na década 1930 após a crise de 1929 que
encerrou o ciclo do café no país.
 Industrialização no Brasil
O café deixou uma herança significativa para o processo de industrialização:

• capital acumulado pela burguesia cafeeira

• infraestrutura – estradas de ferro, portos e casa de câmbio
• mão de obra disponível
• pequeno mercado consumidor interno
 Industrialização no Brasil
Na década de 1930, Getúlio Vargas criou empresas para impulsionar o processo
de industrialização:
• Radiobrás
• Eletrobrás
• Correios
• Conselho Nacional do Petróleo
• Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (atual BNDES)

O período Vargas foi importante para a criação da indústria de base.

Industrialização no Brasil
Juscelino Kubitschek, com o Plano de Metas de 50 a os em 5, criou as
indústrias de bens intermediários, mudou a capital para Brasília e construiu
rodovias para conectá-la, atraiu multinacionais e acelerou o movimento de
urbanização.

A região Sudeste possui fatores favoráveis no processo de industrialização:

• fatores naturais para a geração de energia elétrica - rios de planalto
• proximidade aos portos
• proximidade ao quadrilátero ferrífero
• rede urbana em consolidação
Concentração Industrial no Brasil
Pela combinação dos fatores estruturais, políticos e naturais, a industrialização brasileira se
concentra na Região Sudeste, principalmente nas regiões metropolitanas de São e Rio de
Janeiro. A concentração industrial gerou problemas como:

• Déficit habitacional e Falta de saneamento básico,

• Poluição atmosférica, dos rios e mares, e Geração de lixo
• Violência urbana e Trânsito caótico
• Elevação de custos de imóveis e terrenos

A combinação desses problemas fez com que muitas empresas buscassem espaço de menor
valor, mais agilidade e menos problemas urbanos.
Desconcentração Industrial no Brasil
A desconcentração se orienta então em busca de:
• Melhores condições logísticas (estradas, portos e aeroportos)
• Menor interferência do caos urbano (tráfego e violência)
• Impostos mais baixos
• Terrenos e aluguéis mais baratos
• Proximidade aos centros de pesquisa

As empresas se destinaram para a Zona Metropolitana de São Paulo, interior do estado de São
Paulo (eixos rodoviários, Campinas e São José dos Campos), interior do estado do Rio de
Janeiro, litoral das Regiões Sul e Nordeste e as capitais Manaus e Belém.
Paraná: indústrias de móveis e automobilísticas em Curitiba e São José dos Pinhais.

Santa Catarina: Agroindústria, principalmente frigoríficos e indústria têxtil

Rio Grande do Sul: agroindústria de rebanho bovino e indústria metalúrgica

Bahia, Ceará e Pernambuco: indústria petroquímicas e agroindústria

Pará: indústria extrativista vegetal e mineral

Amazonas: Zona Franca de Manaus com indústria e eletrodomésticos e eletrônicos.

Centro-Oeste: agroindústria

Desconcentração Industrial no Brasil