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PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

A Primeira Revolução Industrial ocorreu na Inglaterra, no


século XVIII (1780-1830). A Inglaterra foi o primeiro país a passar
por esta revolução. Por volta de 1830, se completou na Inglaterra, e
daí migrou para o continente europeu. Chegaram à Bélgica e França,
países próximos do arquipélago britânico. Por volta dos meados do
século XIX, atravessou o Atlântico e rumou para os Estados Unidos.
E, no final do século, retornou ao continente europeu para retomar
seu fio tardio na Alemanha e na Itália, chegando, também, ao Japão.

O ramo característico da Primeira Revolução Industrial é o


têxtil de algodão. Ao seu lado, aparece a siderurgia, dada a importância que o aço tem na instalação de um
período técnico apoiado na mecanização do trabalho.

O sistema de técnica e de trabalho desse período é o paradigma manchesteriano, nome dado por
referência a Manchester, o centro têxtil por excelência representativo desse período. A tecnologia
característica é a máquina de fiar, o tear mecânico. Todas são máquinas movidas a vapor originadas da
combustão do carvão, a forma de energia principal desse período técnico. O sistema de transporte
característico é a ferrovia, além da navegação marítima, também movida à energia do vapor do carvão.

A base do sistema manchesteriano é o trabalho assalariado, cujo cerne é o trabalhador por ofício. Um
trabalhador qualificado é geralmente pago por peça.

Pioneirismo inglês

Em meados do século XVIII, a Inglaterra dava os primeiros


passos da Revolução Industrial, transformando-se na maior potência da
época até princípios do século XX devido ao seu avanço na produção.
Acompanhe alguns dos fatores que possibilitou a Inglaterra ser mãe da
Revolução Industrial.

Políticos:

 Parlamentarismo: Desde 1688 foi instalado na Inglaterra o sistema parlamentarista de governo, que
abriu espaço para a ação da burguesia, dando fim ao Absolutismo Monárquico;
 Criação do Banco da Inglaterra: ato do Parlamento que facilitou o financiamento da burguesia
inglesa para implantação de indústrias.
Econômicos:

 Acúmulo de Capitais: A Idade Moderna é vista como a fase de acumulação primitiva de capitais,
onde a burguesia comercial, apoiada pelas ideias mercantilistas, teria acumulado capitais para
investir na produção industrial. A Inglaterra, como teve um bom desenvolvimento comercial nesse
período, reuniu condições para seu desenvolvimento industrial;
 Reservas Minerais de carvão e ferro: a Inglaterra encontrava em seu território reservas abundantes de
carvão e ferro, matérias-primas essenciais para a primeira fase da Revolução Industrial.
Geográficos:

 A Inglaterra estava afastada, no sentido territorial, da maioria dos grandes conflitos europeus, tendo,
por isso, um desenvolvimento interno melhorado;
 Facilidade de transporte naval interno e internacional.

Sociais:

 Mão-de-obra abundante devido às leis de cercamento (enclosure acts), que afastavam os camponeses
da terra, obrigando-os a partir para a cidade, onde formavam o exército industrial de reserva;
 Pensamento progressista, por parte da burguesia e da nobreza capitalista (Gentry).

SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL


A Segunda Revolução Industrial teve início na segunda
metade do século XIX (1850) e durou até meados do século XX
(1939-1945), ocorrendo inicialmente na Inglaterra e depois
alcançou outros países como: Japão, Alemanha, França e os
Estados Unidos. Sendo ela considerada a continuação do
processo de revolução na indústria.

Foi uma fase da Revolução industrial também conhecida


como Revolução técnico-cientifica com o surgimento de características marcantes por meio de avanços e
melhoramentos tecnológicos. Foi um período que houveram invenções importantes como: Motor à
combustão e elétrico, trens a vapor e ferrovias, Navios de aço, Automóvel; Telégrafo, telefone, Plásticos,
lubrificantes, e outros produtos sintéticos derivados do petróleo, entre outros que proporcionaram
modificações profundas na estrutura de produção capitalista. Surgindo novas indústrias e o aumento da
produção.

Na Segunda Revolução Industrial também foram criadas teorias de produção que visavam sempre
aumento da produtividade na indústria e na agricultura. Para ofertar maior variedade de mercadorias,
racionalização do trabalho (fordismo e taylorismo).

Fordismo
Um sistema de produção industrial criado pelo empresário
norte-americano Henry Ford em 1914. Esse sistema foi criado com o
objetivo de produção em massa: a capacidade de otimização da
produção e com redução de custos, a partir de um ganho de escala e
eficiência.  Implementação da linha de montagem, padronização de
processos e uma série de melhorias de planejamento, que
possibilitaram a fabricação de automóveis mais acelerada e barata.

Taylorismo
O taylorismo é um método de produção idealizado pelo teórico Frederick Winslow Taylor, no
final do século XIX. Ele também é conhecido pelo nome de Administração Científica. Ele é marcado por
uma forte racionalização do trabalho, sendo a especialização dos colaboradores a expressão máxima desse
conceito. Isso quer dizer que cada trabalhador, ao invés de executar várias tarefas, deve ser treinado e
capacitado para somente algumas delas, de maneira a executá-las melhor.

Importante destacar que o Aprimoramento e inovações tecnológicas proporcionaram a produção


em massa em menor tempo. Um produto que levava 24 horas para ser fabricado passou a levar apenas
alguns minutos. Com o aumento significativo da produção e do comércio, o crescimento econômico dessas
nações industrializadas, estava vinculado à sua capacidade de domínio econômico e culturalmente outros
territórios para vender as suas mercadorias e produtos, também, para explorar as matérias-primas
abundantes em outros países. Tendo interesses políticos e econômicos, os países europeus que estavam na
corrida da industrialização iniciaram um processo de expansão territorial na Ásia, na África e na
América Latina. Esse processo ficou conhecido como Imperialismo ou Neocolonialismo.

Terceira Revolução Industrial


É um processo marcado pela inovação tecnológico, pelos avanços no campo da computação, da
robótica, das telecomunicações, dos transportes, da biotecnologia e química fina, além da nanotecnologia.
Apesar de não haver consenso entre os especialistas sobre o seu início (alguns ainda falam que ela está por
vir), a maioria dos autores data a década de 1970 como determinante para alavancar esse período no mundo
da indústria.

A Terceira Revolução Industrial se iniciou nos Estados Unidos, no Japão e na Europa Ocidental, em
particular na Alemanha. No fim da Segunda Guerra Mundial, a Alemanha e o Japão estavam destruídos e
foram proibidos de manter forças armadas. Os Estados Unidos proveram ajuda financeira por meio de
planos como o Marshall, para reconstruir tais países. A Alemanha e o Japão, que objetivavam se tornar
potências econômicas, passaram a priorizar investimentos nos setores de Educação, Ciência e Tecnologia.
Os setores industriais mais representativos da Terceira Revolução
Industrial são o microcomputador (PC) e o software, a robótica, a
engenharia eletrônica e os semicondutores.

A Revolução Técnico-Científica e Informacional também é


caracterizada por uma profunda alteração nos modos de produção adotados
pelas grandes corporações no mundo. Antes, o modelo taylorista//fordista era predominante, caracterizado
pela produção em massa das mercadorias. Atualmente, o que está em voga é o modelo Toyotista, em que a
produção é flexibilizada de acordo com a demanda, o que exige uma melhor tecnologia e, obviamente, uma
menor quantidade de trabalhadores.

Outro aspecto importante é a descentralização industrial. Isso acontece porque as inovações nas
técnicas de comunicação e transporte (como a internet e o avião a jato) permitem que as indústrias migrem
para qualquer região que lhe seja vantajosa, onde encontram matérias-primas abundantes, mão de obra mais
barata, leis ambientais menos eficientes e um maior e mais amplo mercado consumidor.

Apesar do grande desenvolvimento alcançado, o mundo viu-se diante de uma nova relação entre ser
humano e meio. Os recursos naturais passaram a ser explorados de maneira irracional. Muitos se encontram
ameaçados na natureza, o que compromete o suprimento das gerações
futuras. Outro problema gerado nessa fase está relacionado
à desvalorização da mão de obra. Pois, a substituição do ser humano pela
máquina provocou desemprego, excesso de mão de obra barata e,
consequentemente, sua exploração. E, ainda ocorreu distribuição desigual
da tecnologia no espaço geográfico mundial: nos países que se inserem de
forma submissa na DIT (Divisão Internacional do Trabalho), a tecnologia
gera mais desigualdades internas e externas.

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