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O sistema de técnica e de trabalho desse período é o paradigma manchesteriano, nome dado por
referência a Manchester, o centro têxtil por excelência representativo desse período. A tecnologia
característica é a máquina de fiar, o tear mecânico. Todas são máquinas movidas a vapor originadas da
combustão do carvão, a forma de energia principal desse período técnico. O sistema de transporte
característico é a ferrovia, além da navegação marítima, também movida à energia do vapor do carvão.
A base do sistema manchesteriano é o trabalho assalariado, cujo cerne é o trabalhador por ofício. Um
trabalhador qualificado é geralmente pago por peça.
Pioneirismo inglês
Políticos:
Parlamentarismo: Desde 1688 foi instalado na Inglaterra o sistema parlamentarista de governo, que
abriu espaço para a ação da burguesia, dando fim ao Absolutismo Monárquico;
Criação do Banco da Inglaterra: ato do Parlamento que facilitou o financiamento da burguesia
inglesa para implantação de indústrias.
Econômicos:
Acúmulo de Capitais: A Idade Moderna é vista como a fase de acumulação primitiva de capitais,
onde a burguesia comercial, apoiada pelas ideias mercantilistas, teria acumulado capitais para
investir na produção industrial. A Inglaterra, como teve um bom desenvolvimento comercial nesse
período, reuniu condições para seu desenvolvimento industrial;
Reservas Minerais de carvão e ferro: a Inglaterra encontrava em seu território reservas abundantes de
carvão e ferro, matérias-primas essenciais para a primeira fase da Revolução Industrial.
Geográficos:
A Inglaterra estava afastada, no sentido territorial, da maioria dos grandes conflitos europeus, tendo,
por isso, um desenvolvimento interno melhorado;
Facilidade de transporte naval interno e internacional.
Sociais:
Mão-de-obra abundante devido às leis de cercamento (enclosure acts), que afastavam os camponeses
da terra, obrigando-os a partir para a cidade, onde formavam o exército industrial de reserva;
Pensamento progressista, por parte da burguesia e da nobreza capitalista (Gentry).
Na Segunda Revolução Industrial também foram criadas teorias de produção que visavam sempre
aumento da produtividade na indústria e na agricultura. Para ofertar maior variedade de mercadorias,
racionalização do trabalho (fordismo e taylorismo).
Fordismo
Um sistema de produção industrial criado pelo empresário
norte-americano Henry Ford em 1914. Esse sistema foi criado com o
objetivo de produção em massa: a capacidade de otimização da
produção e com redução de custos, a partir de um ganho de escala e
eficiência. Implementação da linha de montagem, padronização de
processos e uma série de melhorias de planejamento, que
possibilitaram a fabricação de automóveis mais acelerada e barata.
Taylorismo
O taylorismo é um método de produção idealizado pelo teórico Frederick Winslow Taylor, no
final do século XIX. Ele também é conhecido pelo nome de Administração Científica. Ele é marcado por
uma forte racionalização do trabalho, sendo a especialização dos colaboradores a expressão máxima desse
conceito. Isso quer dizer que cada trabalhador, ao invés de executar várias tarefas, deve ser treinado e
capacitado para somente algumas delas, de maneira a executá-las melhor.
A Terceira Revolução Industrial se iniciou nos Estados Unidos, no Japão e na Europa Ocidental, em
particular na Alemanha. No fim da Segunda Guerra Mundial, a Alemanha e o Japão estavam destruídos e
foram proibidos de manter forças armadas. Os Estados Unidos proveram ajuda financeira por meio de
planos como o Marshall, para reconstruir tais países. A Alemanha e o Japão, que objetivavam se tornar
potências econômicas, passaram a priorizar investimentos nos setores de Educação, Ciência e Tecnologia.
Os setores industriais mais representativos da Terceira Revolução
Industrial são o microcomputador (PC) e o software, a robótica, a
engenharia eletrônica e os semicondutores.
Outro aspecto importante é a descentralização industrial. Isso acontece porque as inovações nas
técnicas de comunicação e transporte (como a internet e o avião a jato) permitem que as indústrias migrem
para qualquer região que lhe seja vantajosa, onde encontram matérias-primas abundantes, mão de obra mais
barata, leis ambientais menos eficientes e um maior e mais amplo mercado consumidor.
Apesar do grande desenvolvimento alcançado, o mundo viu-se diante de uma nova relação entre ser
humano e meio. Os recursos naturais passaram a ser explorados de maneira irracional. Muitos se encontram
ameaçados na natureza, o que compromete o suprimento das gerações
futuras. Outro problema gerado nessa fase está relacionado
à desvalorização da mão de obra. Pois, a substituição do ser humano pela
máquina provocou desemprego, excesso de mão de obra barata e,
consequentemente, sua exploração. E, ainda ocorreu distribuição desigual
da tecnologia no espaço geográfico mundial: nos países que se inserem de
forma submissa na DIT (Divisão Internacional do Trabalho), a tecnologia
gera mais desigualdades internas e externas.