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PERÍODO LETIVO COMPONENTE CURRICULAR

8º ANO A 19/04 A 07/05/2021 HISTÓRIA


NOME DO ALUNO:

CONTEÚDOS ESSENCIAIS: Revolução Industrial: Absolutismo inglês Industrias e novas tecnologias;


surgimento do proletariado; novas relações sociais de trabalho; trabalho infantil e feminino. Revolução
Francesa: Pré revolução; a burguesia; Assembleia Nacional Constituinte; República Jacobina;
Monarquia Constitucional; O golpe do 18 Brumário (Calendário republicano).
OBJETIVOS: (EF08HI03) Analisar os impactos da Revolução Industrial na produção e circulação de
povos, produtos e culturas. (EF08HI04) Identificar e relacionar os processos da Revolução Francesa e
seus desdobramentos na Europa e no mundo.

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Introdução - o que foi e contexto histórico


A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos
sistemas de produção. Enquanto na Idade Média o artesanato era a forma de produzir mais utilizada, na
Idade Moderna tudo mudou. A burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e produção
acelerada, buscou alternativas para melhorar e aumentar a produção de mercadorias. Também podemos
apontar o crescimento populacional, na Inglaterra e em outros países europeus, como outra razão para o
aumento da demanda de produtos e mercadorias.

Pioneirismo Inglês
A Inglaterra foi o país que saiu na frente no processo de Revolução Industrial, do século XVIII.
Este pioneirismo pode ser explicado por diversos fatores. A Inglaterra possuía grandes reservas de carvão
mineral em seu subsolo, ou seja, a principal fonte de energia para movimentar as máquinas e as
locomotivas à vapor.
Além da fonte de energia disponível, os ingleses possuíam grandes reservas de minério de ferro, a
principal matéria-prima utilizada nesse período. A mão de obra disponível em abundância (desde a Lei
dos Cercamentos de Terras), também favoreceu a Inglaterra, pois havia uma massa de trabalhadores
procurando emprego nas cidades inglesas do século XVIII. A burguesia inglesa tinha capital suficiente
para financiar as fábricas, comprar matérias-primas e máquinas, e contratar empregados. O mercado
consumidor inglês também pode ser apontado como importante fator, que contribuiu para o pioneirismo
inglês.

Avanços da Tecnologia
O século XVIII foi marcado pelo grande salto tecnológico nos transportes e máquinas. As
máquinas a vapor, principalmente os gigantes teares, revolucionaram o modo de produzir. Se por um lado
a máquina substituiu o homem, gerando milhares de desempregados, por outro, baixou o preço de
mercadorias e acelerou o ritmo de produção.

Locomotiva: importante avanço nos meios de transporte


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Na área de transportes, podemos destacar a invenção das locomotivas a vapor, conhecidas
popularmente como "Maria Fumaça". Com estes meios de transportes, foi possível transportar mais
mercadorias e pessoas, num tempo mais curto e com custos mais baixos.
Principais invenções técnicas da Revolução Industrial: lançadeira volante de John Kay, tear mecânico de
Cartwright, máquina a vapor de JamesWatt e locomotiva de Stephenson.

A Fábrica
As fábricas do início da Revolução Industrial não apresentavam o melhor dos ambientes de
trabalho. As condições eram precárias. Eram ambientes com péssima iluminação, abafados e sujos. Os
salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos. Chegava-se até a empregar, em grande
quantidade, o trabalho infantil e feminino. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e
estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões. Não havia direitos trabalhistas como, por exemplo, férias,
décimo terceiro salário, auxílio doença, descanso semanal remunerado ou qualquer outro benefício.
Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxílio e passavam por situações de precariedade.

Reação dos trabalhadores


Em muitas regiões da Europa, os trabalhadores se organizaram para lutar por melhores condições
de trabalho. Os empregados das fábricas formaram as trade unions (espécie de sindicatos) com o objetivo
de melhorar as condições de trabalho dos empregados. Houve também movimentos mais violentos como,
por exemplo, o Ludismo. Também conhecidos como "quebradores de máquinas", os ludistas invadiam
fábricas e destruíam seus equipamentos numa forma de protesto e revolta contra as condições de trabalho.
Outro movimento, o Cartismo, foi mais brando na forma de atuação, pois optou pela via política,
conquistando diversos direitos políticos para os trabalhadores.

Conclusão
A Revolução Industrial tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a
ser produzidos mais rapidamente, barateando o preço e estimulando o consumo. Por outro lado, aumentou
também o número de desempregados. As máquinas foram substituindo, aos poucos, a mão de obra
humana. A poluição ambiental, o aumento da poluição sonora, o êxodo rural e o crescimento desordenado
das cidades também foram consequências nocivas para a sociedade.
A Revolução Industrial teve grande importância para o avanço e desenvolvimento do capitalismo,
que surgiu com o fim do feudalismo no século XV e com o renascimento urbano e comercial.
Atualmente, o processo de industrialização encontra-se em pleno desenvolvimento. Os avanços
tecnológicos vieram dinamizar a produção. Porém, este processo fez aumentar significativamente o
número de desempregados na maioria dos países capitalistas.
Por Jefferson Evandro Machado Ramos. Site: SuaPesquisa.

Surgimento de grandes fábricas foi um dos efeitos da Revolução Industrial.

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QUESTÕES

1- Quais as causas da Revolução Industrial?


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2- Por que a Inglaterra foi o primeiro país a realizar a Revolução Industrial?


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3- Como eram as condições das fábricas?


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4- Explique o Ludismo.
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5- Quais as consequências do processo de Revolução Industrial?


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REVOLUÇÃO FRANCESA
Introdução
A Revolução Francesa foi um movimento social e político ocorrido na França no final do século
XVIII que teve por objetivo principal derrubar o Antigo Regime e instaurar um Estado democrático que
representasse e assegurasse os direitos de todos os cidadãos. A Revolução Francesa é considerada o mais
importante acontecimento da história contemporânea. Inspirada pelas ideias iluministas, a sublevação de
lema "Liberdade, Igualdade, Fraternidade" ecoou em todo mundo, pondo abaixo regimes absolutistas e
ascendendo os valores burgueses. Foi uma revolução burguesa, tendo vista a sua condição de destruidora
da velha ordem em nome das ideias e valores burgueses e por conta da ideologia burguesa predominante
durante praticamente todo processo revolucionário.

A França pré-revolucionária
A sociedade francesa anteriormente à revolução era uma sociedade moldada no Antigo Regime.
Ou seja, politicamente o Estado era Absolutista (Absolutismo Monárquico), economicamente
predominavam as práticas mercantilistas que sofriam com as constantes intervenções do Estado e na área
social predominavam as relações de servidão uma vez que a maioria da população francesa era
camponesa. Em torno de 250 milhões de pessoas viviam em condições miseráveis nos campos franceses,
pagando altíssimos impostos a uma elite aristocrática que usufruía do luxo e da riqueza gerados pelo
trabalho dos campesinos em propriedades latifundiárias, ou feudos, dos nobres. Nas áreas urbanas a
situação não era muito diferente de quem vivia nas áreas rurais. A população urbana, composta em sua
maioria por assalariados de baixa renda, desempregados (excluídos) e pequenos burgueses (profissionais
liberais), também arcava com pesadíssimos impostos e com um custo de vida cada vez mais elevado. Os
preços em geral dos produtos sofriam reajustes constantemente e isso pesava na renda dos trabalhadores
em geral – urbanos e rurais. Já as elites, compostas por um alto clero, uma alta nobreza e, claro, a Família
Real – a realeza francesa: Luís XVI e sua esposa Maria Antonieta, filhos e demais parentes – vivam em
palácios luxuosos – como o monumental Palácio de Versalhes, localizado nos arredores de Paris e que era
a residência de veraneio da Família Real e da elite – não pagavam impostos. Portanto, a sociedade
francesa era dividida em três Estados:
1º Estado - Clero
2º Estado – Nobreza
3º Estado – Burguesia, artesãos, operários, camponeses e os Sans-Culottes (os totalmente excluídos)

O Terceiro Estado carregando o Primeiro e o Segundo nas costas

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A Revolução
No final do século XVIII a situação socioeconômica da França era de total calamidade. Numa
perspectiva de tentar resolver as situações problemas, o Monarca Luís XVI convocou seu Ministro das
finanças Necker, que estava afastado do cargo, para decidir quanto a situação de crise econômica e
financeira. Por sugestão de Necker, Luís XVI convocou, no dia 5 de maio de 1789, a Assembleia dos
chamados Estados Gerais que reunia os representantes políticos do 1º,2º, 3º Estados, os quais não se
reuniam desde o século XVII.
Na ocasião da convocação e da reunião dos Estados Gerais, depois de abrir a sessão, Luís XVI deu
por aberta as discussões e votações para os problemas que atingiam a sociedade francesa. A questão,
porém, centrava-se no sistema de votação dentro da Assembleia. Sobre a questão dos que pagam e dos
que não pagam impostos, por exemplo, o sistema de votação favoreceu ao 1º e ao 2º Estados. Como?
Como a votação era por Estado e não por indivíduo (individual), cada Estado tinha direito a um só voto,
os dois Estados permaneceram isentos da obrigação do pagamento de impostos, já que totalizou dois
votos contra um. Esse modelo de votação gerou revolta por parte dos deputados do 3º. Estado que
reagiram prontamente, exigindo a qualquer custo que as reuniões fossem conjuntas e não separadamente
por Estados. Diante da negação, o 3º. Estado proclama-se em Assembleia Geral Nacional. O Rei,
desesperado diante do atrevimento dos representantes populares, manda fechar a sala de reuniões. Mas o
3º. Estado não se deu por vencido e seus deputados se dirigiram para um salão que a nobreza utilizava
para jogos. Lá mesmo fizeram uma reunião, onde ficou estabelecido que permaneceriam reunidos até que
a França tivesse uma Constituição. Esse ato ficou conhecido com o nome de “O Juramento do Jogo de
Pela”. Os deputados que fundaram a Assembleia Nacional, nela juraram igualdade jurídica e direitos
políticos para todos os homens comuns. Portanto, concluindo, eles juraram
pela liberdade, igualdade e fraternidade – lemas da Revolução Francesa. No dia 9 de julho de 1789,
reúne-se uma Assembleia Nacional Constituinte, incumbida de elaborar uma Constituição para a França.
Isso significava que o Rei deixaria de ser o senhor absoluto do reino. A burguesia francesa, por sua vez,
apelou para o povo. No dia 14 de julho de 1789, toda a população parisiense avança, num movimento
nunca visto, para a Bastilha, a prisão política da época, onde o responsável pela prisão, o carcereiro, foi
espancado pela multidão vindo a falecer. Veja a imagem a seguir também parte do imaginário da Queda
da Bastilha:

Imagem também parte do imaginário da Queda da Bastilha


O momento agora é dos camponeses, que percebendo a fraqueza da nobreza, invadem os castelos,
executando famílias inteiras de nobres numa espécie de vingança, de uma raiva acumulada durante
séculos. Avançam sobre a propriedade feudal e exigem reformas – sobretudo a Reforma Agrária. A
burguesia, na Assembleia, temerosa de que as exigências chegassem também às suas propriedades,
propõe que sejam extintas os direitos feudais como única saída para conter o furor revolucionário dos
camponeses. A 4 de agosto de 1789, extingue-se aquilo que por muitos séculos significou a opressão
sobre os camponeses: as obrigações feudais. Porém, os impostos continuaram altos, o custo de vida pouco
se alterou e a França continuava em guerras externas significando despesas altas para o Estado, agora
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burguês. A burguesia, preocupada em estabelecer as bases teóricas de sua revolução, fez aprovar, no dia
26 de agosto do mesmo ano (1789), um documento que se tornou mundialmente famoso: A Declaração
dos Direitos do Homem e do Cidadão. Nesse documento a burguesia francesa declarava, entre outras,
quem era cidadão e não cidadão esperando que houvesse uma aceitação por parte das classes populares
que ainda encontravam-se insatisfeitas com as realizações políticas e sociais daqueles que se diziam seus
representantes políticos. Na realidade a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi uma forma
de legitimar a burguesia no poder político do Estado sendo ela a classe dominante, de elite. Portanto, para
a burguesia a revolução estava por encerrada uma vez que seus interesses já haviam sido conquistados por
ela. Era necessário impedir a radicalização do movimento revolucionário; ou seja, era necessário impedir
que a revolução se tornasse popular, o que não interessava à burguesia.
Por: Durval A. da Costa Neto. Site: Algosobre.

Observação: Por se tratar de um conteúdo de extrema relevância, este será dividido em partes.

QUESTÕES

1- Qual o principal objetivo da Revolução Francesa?


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2- Como eram as condições de vida da população antes da Revolução?


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3- Como era dividida a sociedade francesa à época da Revolução?


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4- Por que a Burguesia não queria voto por Estado na votação da Assembleia Geral,
convocada pelo rei Luís XVI?
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5- Qual o principal objetivo da Declaração do Direitos do Homem e do Cidadão?


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BOM ESTUDO!!!
PROF. CESAR MESQUITA

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