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Introdução
Revolução Comercial
A primeira etapa da industrialização foi gerada pela Revolução Comercial, realizada
entre os séculos XV e XVIII, principalmente em alguns países da Europa centro-
ocidental. Para esses países, a expansão do comércio internacional trouxe um
extraordinário aumento da riqueza, permitindo a acumulação de capitais capazes de
financiar o progresso técnico e alto custo da instalação de indústrias.
A burguesia europeia, fortalecida com o desenvolvimento dos seus negócios, passou
a se interessar pelo aperfeiçoamento das técnicas de produção e a investir no trabalho de
inventores na criação de máquinas e experiências industriais.
Além disso, a Revolução Comercial resultou num aumento incessante de mercados,
isto é, do lugar geográfico das trocas.
A ampliação das trocas, que a partir do século XVI os europeus passaram a realizar
em escala planetária, levou a radical alteração nas formas de produzir de alguns países da
Europa ocidental.
O aumento da divisão do trabalho
Com a expansão do comércio, o trabalho artesanal, realizado com ferramentas, típico
das corporações de ofício, foi sendo substituído por um trabalho mais dividido, que exigiu
a utilização de máquinas numa escala crescente. A produtividade foi incomparavelmente
maior. Na França, por exemplo, os sapatos eram produzidos de forma artesanal: um
mesmo artesão cortava, costurava, ou seja, realizava sozinho diversas tarefas que
resultavam na fabricação de um sapato. Depois da extinção das corporações e do
crescimento do mercado, cada operário no interior das fábricas nascentes foi
especializado numa determinada tarefa.
A utilização de máquinas
Muito cedo verificou-se que maior produtividade e maiores lucros para os
empresários poderiam ser obtidos acrescentando-se ao trabalho dividido o emprego de
máquinas em larga escala.
A sociedade industrial caracterizou-se fundamentalmente pela utilização sistemática
de maquinário na produção e no transporte de mercadorias.
Para compreender a importância das máquinas, basta lembrar que elas, ao contrário
das ferramentas, realizam trabalhos utilizando basicamente forças da natureza, como o
vento, a água, o fogo, o vapor, e um mínimo de força humana. Alguns pensadores
afirmam que a humanidade realizou seus maiores progressos criando máquinas para
utilizar as energias da natureza. O progresso se realizou nos momentos em que a
humanidade conseguiu fazer as forças da natureza trabalharem por ela por meio das
máquinas.
A exigência de produzir mais, com o aumento das trocas, praticamente “forçou”
o progresso técnico, que passou a constituir um dos traços mais significativos do moderno
e contemporâneo.
EXPANSÃO INDUSTRIAL
A segunda fase da revolução (de 1860 a 1900) é caracterizada pela difusão dos
princípios de industrialização na França, Alemanha, Itália, Bélgica, Holanda, Estados
Unidos e Japão. Cresce a concorrência e a indústria de bens de produção.
Nessa fase as principais mudanças no processo produtivo são a utilização de novas
formas de energia (elétrica e derivada de petróleo o aparecimento de novos produtos
químicos e a substituição do ferro pelo aço.
Nesta fase formaram-se empresas gigantescas, algumas das quais dera origem às
multinacionais do século XX. Surgiram eletricidade e os combustíveis derivados do
petróleo.