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aç ão gestão de pessoas
As pessoas são tidas como peças funda-
mentais para garantir o melhor desempenho
organizacional. Nunca se falou tanto em gestão
ent
do conhecimento e gestão do capital humano. Des-
sa forma, a organização precisa saber fazer uso dos
instrumentos de gestão que irão possibilitar a vantagem
res
competitiva no mercado.
Portanto, a presente disciplina tem como objetivo oferecer
Ap
Bons estudos
Profa. Me. Otávia Sala
Você se lembra?
Você se lembra de ter ouvido falar sobre as Teorias da Adminis-
tração? Sobre Taylor, Fayol e Ford? E sobre o comportamento orga-
nizacional? Bom, nesta unidade você terá a oportunidade de aprender
sobre esses teóricos, sobre suas contribuições para a gestão de pessoas e
entender o conceito de comportamento organizacional e seu impacto no
desempenho organizacional. Bons estudos!
260
wikimedia
261
263
uma vez que tratava as pessoas como um recurso, sendo consideradas pa-
trimônios da organização. Em meados da década de 80, as organizações
foram vítimas de várias mudanças, protagonizadas pela globalização,
evolução da comunicação, da tecnologia, levando ao questionamento do
papel do indivíduo na organização.
Portanto, o quarto momento foi marcado pela década de 90, onde
os críticos propuseram que as pessoas fossem tratadas como parceiras da
organização, dando início à terminologia Gestão de Pessoas que será estu-
dada no próximo tópico.
267
ganizações.
De acordo com Robbins (2005), o comportamento não é aleatório.
Há fatores que podem ser identificados no comportamento de todos os
indivíduos, tornando o comportamento previsível. Porém, as pessoas são
seres complexos, distintos, o que torna impossível fazer generalizações
precisas.
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Nível do grupo
Aumento do entendimento
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sobre o comportamento
Nível individual das organizações
270
Glossário
Eficiência: Rendimento satisfatório.
Eficácia: Qualidade daquilo que produz o efeito que se espera.
senta alto nível de stress, por exemplo, faltar ao trabalho pode ser um ponto
positivo para a organização, pois o stress pode causar queda da produtividade
do funcionário. Desta forma, o absenteísmo afeta a eficiência e a eficácia da
organização. A variável rotatividade é resultado da permanente saída e entrada
de funcionários, e quando esta perda se refere a bons funcionários, conforme
Robbins (2005, p. 22), “ela pode ser um fator de ruptura, prejudicando a eficá-
cia da organização”. Sem contar nos altos custos em recrutamento, seleção e
treinamento que a empresa terá.
A cidadania organizacional é outra variável que ajuda a garantir a
eficácia da organização, pois as organizações precisam de funcionários
que adotem uma postura de “bom cidadão”. Ou seja, que realizam funções
271
além de suas obrigações formais, como por exemplo, evitar conflitos, res-
peitar a lei, ser tolerante, se preocupar com o patrimônio da empresa, etc.
E, por último, a variável satisfação no trabalho. Funcionários satisfeitos
apresentam uma melhor produtividade em comparação a funcionários
insatisfeitos.
Já as variáveis independentes são as supostas causas de algumas
mudanças na variável dependente, que irão afetar o comportamento do
indivíduo, do grupo e do sistema organizacional (ROBBINS, 2005, p. 23).
Exploraremos nos próximos tópicos as possíveis variáveis independentes
em cada nível no estudo do comportamento organizacional.
Atividades
01. Descreva as principais diferenças entre as ideias de Taylor e as defen-
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Reflexão
Para um melhor entendimento sobre a gestão de pessoas, precisamos
identificar quais os fatores que foram condicionantes ao desenvolvimento
do papel do indivíduo na organização e como sucederam esses fatores.
Desta forma, é importante fazermos, nesse primeiro momento, uma
retrospectiva histórica, começando pelos princípios da administração
científica, abordando as contribuições do taylorismo sobre o estudo dos
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Leitura Recomendada
Livro: Comportamento Organizacional. 11ª edição. São Paulo: Pe-
arson, 2005.
O autor, Robbins, descreve no livro os três níveis que fazem parte
do modelo do comportamento organizacional: nível do indivíduo, nível
do grupo e nível dos sistemas organizacionais, e de que maneira a intera-
ção desses níveis interferem no desempenho organizacional. Além disso,
o livro tem como característica ser de fácil leitura, uma vez que envolve
exemplos do cotidiano, facilitando sua compreensão.
Referências
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Na próxima unidade
Na próxima unidade, iremos aprofundar nosso estudo sobre o mode-
lo de gestão de pessoas na organização identificando as principais defini-
ções de gestão de pessoas, os fatores condicionantes no desenvolvimento
de um modelo de gestão de pessoas, os elementos que compõem o modelo
de gestão de pessoas e, por último, faremos um resgate histórico dos tipos
de modelos de gestão de pessoas, nos aprofundando no modelo de gestão
de pessoas por competência. Vamos lá?
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Você se lembra?
Na unidade anterior fizemos um retrospecto do papel do indivíduo
na organização desde a administração científica até os dias de hoje,
onde o indivíduo é tido como um parceiro na organização. Nesta
unidade nós iremos ver quais os tipos de modelos eficazes para ge-
renciar as pessoas, focando o modelo de gestão por competência.
Vamos lá?
Retorno do
capital ( + )
Receitas ( + ) Despesas
operacionais ( – )
Satisfação de
clientes ( + ) Retrabalho ( – )
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Satisfação
interna Sugestões de
(+) melhorias ( + )
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279
284
Necessidade
de Autor-
realização
(desenvolvimento pessoal,
conquista)
Necessidades
de estima
(autoestima, reconhecimento, status)
Necessidades sociais
(relacionamento, amor, fazer parte de um grupo)
Necessidade de segurança
(defesa, proteção, emprego, abrigo)
Necessidades fisiológicas
(fome, sede, sexo, sono, etc)
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Glossário
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Abordagem Americana
Foi na abordagem americana que iniciou o debate sobre o conceito
de competência, com McClelland em 1973. Para esse autor, a competên-
cia pode ser definida como uma característica subjacente a uma pessoa,
casualmente relacionada com uma performance superior na realização
de uma tarefa ou determinada situação. Para McClelland, a competência
se diferenciava de aptidão (talento natural da pessoa), habilidade (de-
monstração de um talento particular na prática) e conhecimento (o que as
pessoas precisam saber para desempenhar uma tarefa). A partir da década
de 80, após pesquisadas realizadas sobre competências gerencias por es-
tudiosos americanos, a literatura americana definia o termo competência
como o conjunto de conhecimento, habilidade e atitudes que justificam a
EAD-13-RH 1.2 – Proibida a reprodução – © Faculdade Dom Bosco – Dom Interativo
nos, modelo das relações humanas e modelo dos sistemas abertos. Cada
modelo é composto por dois papéis dos gestores, dois focos (flexibilidade
ou controle e ambiente interno ou externo) e as respectivas competências
requeridas, conforme figura 6.
Rumo à descentralização
e diferenciação
Rumo ao desenvolvimento
Rumo à expansão e à
dos recursos humanos
Flexibilidade mudança
Modelo das Modelo dos
relações humanas sistemas abertos
Mentor Inovador
Rumo à centralização e
integração
288
Abordagem Francesa
O debate francês sobre competência teve início na década de 70. Na
literatura francesa, dos anos de 1980, o trabalho não é mais o conjunto de
tarefas associadas descritivamente ao cargo, mas sim a competência que
o indivíduo mobiliza em face de uma situação profissional cada vez mais
complexa. Busca-se estabelecer a relação entre competências e os saberes,
o saber agir. “A competência é o tomar iniciativa e assumir responsabili-
dade do indivíduo diante de situações profissionais com as quais se depara
(ZARIFIAN, 2008, p. 68)”.
Zarifian (2008) aborda três mutações no mundo do trabalho que
justificam a emergência do modelo de competências em lugar do modelo
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tradicional:
• Noção de incidente – o que ocorre de forma imprevista, não
programada. Desta forma, a competência não pode estar con-
tida nas predefinições da tarefa, pois as pessoas precisam estar
sempre mobilizando recursos para resolver novas situações.
• Noção de comunicação – implica a necessidade das pessoas
compreenderem o outro e a si mesmas para partilharem objeti-
vos e normas organizacionais; pessoas, áreas e departamentos
se comunicando mais facilmente.
• Noção de serviço – implica a noção de atender um cliente ex-
terno ou interno à organização, ou seja, estar presente em todas
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Abordagem Brasileira
No Brasil, o debate emerge das discussões acadêmicas, pensando-se
competência como “input”, algo que o indivíduo tem. Nessa abordagem,
o conceito de competência é associado à entrega, ou seja, o que a pessoa
entrega para a organização (DUTRA, 2004).
Segundo Dutra (2004), a competência pode ser atribuída a diferen-
tes atores; de um lado a organização, com o conjunto de competências
que lhe é próprio e do outro lado as pessoas, com o conjunto de compe-
tências aproveitadas ou não pela organização. Para o autor, a competên-
cia é um processo contínuo de troca entre a organização e as pessoas. A
organização transfere seu patrimônio para as pessoas, enriquecendo-as e
preparando-as para enfrentar novas situações profissionais; as pessoas, ao
desenvolverem sua capacidade individual, transferem para a organização
seu aprendizado, capacitando-a e enfrentar novos desafios.
Desta forma, o estabelecimento das competências individuais deve
estar vinculado à reflexão sobre as competências organizacionais, uma
vez que é mútua a influência de uma e de outra. Definir as competências
requeridas pela empresa é um fator essencial para garantir vantagem com-
petitiva para a empresa (DUTRA, 2004). O quadro 2 exemplifica as com-
petências vinculadas ao indivíduo e às organizações.
Estratégia Competências Organizacionais Competências Individuais
Custo Orientação a custos e qualidade
Comercialização Multifuncionalidade
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Participação em projetos
• Liderança
Atividades
01. Quais os fatores condicionantes ao desenvolvimento de um modelo de
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Reflexão
Nessa unidade, fizemos uma discussão da importância das pesso-
as na organização e como essas agregam vantagem competitiva para a
mesma. Se por um lado, as organizações estão em busca de pessoas em
constante adaptação, atualizadas e capacitadas, por outro lado, as pessoas
estão em busca de organizações que lhe deem mais autonomia, liberdade
em suas escolhas, contínuo desenvolvimento e transparência na relação
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com a empresa.
Não obstante, o modelo de “gestão de pessoas é a função gerencial que
visa à cooperação das pessoas que atuam nas organizações para o alcance dos
objetivos tanto organizacionais quanto individuais” (GIL, 2007, p. 17).
Assim como na unidade 1, fizemos um relato da evolução do papel
do indivíduo no ambiente organizacional. Nessa unidade, fizemos um re-
lato da evolução dos modelos de gestão de pessoas, no entanto, focamos
no modelo de gestão por competência, por ser o tema de maior discussão
na atualidade.
O modelo de gestão por competência é apresentado a partir de três
abordagens: a americana, que teve o debate iniciado por McClelland, em
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Leitura Recomendada
Estudo de caso elaborado pela Profª Marcia Portazio, da ESPM-SP,
sobre a implantação do modelo de gestão de pessoas baseado em compe-
tência na empresa Danone. Disponível em:
http://www.espm.br/Publicacoes/CentralDeCases/Documents/DA-
NONE.pdf
Referências
DUTRA, J. S. Competências – conceitos e instrumentos para a gestão
de pessoas na empresa moderna. São Paulo: Atlas, 2004.
Na próxima unidade
Na próxima unidade, iremos aprofundar nosso estudo sobre o mo-
delo estratégico de gestão de pessoas. Esse modelo surgiu na década de
70 e teve como foco principal o caráter estratégico, ou seja, tem como
propósito vincular a estratégia organizacional com as práticas de recursos
humanos. No entanto, foi em 1980 que a gestão estratégica de pessoas
ganha destaque, assumindo a importância de conciliar a gestão de pessoas
com a estratégia organizacional, ressaltando o papel das pessoas no alcan-
ce de vantagem competitiva para a empresa (ALBUQUERQUE, 2002).
Bons estudos!!
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298
para a organização.
Você se lembra?
Na unidade anterior, estudamos o modelo de gestão de pessoas na
organização identificando as principais definições de gestão de pessoas,
os modelos de gestão de pessoas, os fatores condicionantes no desenvol-
vimento de um modelo de gestão de pessoas e os elementos que com-
põem o modelo de gestão de pessoas. Nessa unidade, vamos estudar
as estratégias de gestão de pessoas que influenciarão o desempenho
organizacional.
301
cial que permite estabelecer a direção a ser seguida pela empresa, visando
maior grau de interação com o ambiente”.
O quadro 2 apresenta um modelo de sequência de etapas no proces-
so de formulação da estratégia.
302
Melhoria da qualidade
Hard
Truss (1997)
Soft
Redução de custo
Arthur (1992)
Maximização do comprometimento
Desenvolver pessoas
Alocar pessoas
3.1.2.1 Endomarketing
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308
Conhecimento
Tácito Socialização Externalização
do
Conhecimento
Explícito Internalização Combinação
309
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Empresa
Funcionário
participativo.
O modelo de gestão participativo teve sua origem no Japão com a
escola da qualidade, cuja principal finalidade era estabelecer mecanismos
para ouvir as preocupações e as frustrações dos trabalhadores (CASTRO,
PACHECO, PATRUS-PENA, 2009).
Como assumem Castro et al. (2009), o modelo participativo pode
acontecer pela presença maior dos empregados na cúpula ou pela con-
cessão de maior poder de decisão para a base. A gestão participativa pre-
coniza a preparação e o envolvimento dos trabalhadores na solução dos
problemas das empresas e defende a tese de que a empresa socialmente
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Atividades
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Reflexão
Nessa unidade, vimos a importância da gestão estratégica de pesso-
as, uma vez que irá vincular a estratégia organizacional com as práticas de
recursos humanos. Nesse contexto, três perspectivas contribuíram para a
gestão estratégica de pessoas, a perspectiva universalista, configuracional
e contingencial.
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Leitura Recomendada
Gestão do conhecimento
Referências
ALBUQUERQUE, As pessoas na organização. São Paulo: Gente, 2002.
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Na próxima unidade
Na unidade 4 vamos estudar sobre as práticas de recrutamento e
seleção, uma vez que o processo de recrutar e selecionar pessoas para um
determinado cargo não é um processo fácil. O fracasso no recrutamento
e seleção de um profissional resulta em custo para a empresa, uma vez
que essa deverá abrir novamente o processo seletivo para buscar um novo
candidato no mercado. Assim so sucesso no recrutamento e seleção de um
profissional resulta em vantagem competitiva para a organização, uma
vez que profissionais engajados, capacitados, qualificados influenciam o
desempenho organizacional. Vamos lá?
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Você se lembra?
Na unidade 3 nós estudamos sobre a gestão estratégica de pessoas,
sobre o processo de formulação de estratégias, sobre a importância da
construção do conhecimento, visando garantir a vantagem competitiva
para a organização. Nessa unidade, iremos estudar como recrutar e sele-
cionar os profissionais que apresentam o perfil requerido pela organiza-
ção. Não obstante, selecionar profissionais com o perfil da organização
irá influenciar o desempenho organizacional.
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HORÁRIO DE TRABALHO:
DATA DE SAÍDA:
REQUISITOS EXIGIDOS PARA O EXERCÍCIO DO CARGO:
Á R E A
DATA :
RECEBIDO EM:
Nº
APROVAÇÃO DA VAGA
EXONERADO:
CANDIDATO APROVADO:
CARGO: SALÁRIO:
FONTE DE RECRUTAMENTO:
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325
326
Glossário
Rightsizing – diminuir seu quadro de funcionários para se ajustar às
pressões do mercado. O nome do conceito em português é “estratégia
do tamanho certo”. È o mesmo que downsizing.
CP + TA + BR
CR =
TC
CR = custo do recrutamento
CP = custo com anúncios, elaboração de cartazes
TA = taxas pagas as agências de recrutamento e seleção,
de emprego, associação de profissionais
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Atividades
01. Cite três limitações no processo de recrutamento que podem reduzir a
atração de profissionais qualificados.
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Reflexão
O processo de recrutar e selecionar pessoas para um determinado
cargo faz parte da rotina organizacional, no entanto, não é um processo
fácil. Entretanto, só é possível recrutar o profissional certo se soubermos
previamente o perfil desejado pela organização.
A área que solicitar o recrutamento de um profissional deve indicar
a descrição da função a ser exercida e a definição do perfil do candidato.
Não obstante, o perfil do candidato deve ser condizente com a cultura, os
valores e os princípios éticos da organização.
O recrutamento pode ser feito de dois tipos: a partir do recrutamen-
to interno e o recrutamento externo. O recrutamento interno irá atrair os
profissionais que já trabalham na organização para assumir novas vagas,
ou seja, é a busca por candidatos dentro da própria organização. Esse tipo
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Leitura Recomendada
Recrutamento e Seleção de Pessoal – Ontem, Hoje e Amanhã
Fonte: www.rhportal.com.br
Uma entrevista preliminar pouco pode fazer, porém faz uma seleção mais
ou menos “a machado”, eliminando os que obviamente não servem. O
formulário de emprego pode conseguir mais informação factual. Uma
referência dada, depois de verificada, pode proporcionar a experiência ob-
tida por antigos empregadores, informações sobre certas qualidades que
desafiam mensuração precisa por quaisquer outros meios. Os testes psico-
lógicos podem medir qualidades como inteligência e aptidão. À entrevista
consigna-se uma quantidade de objetivos difíceis. Se o empregador não
pode obter a informação que deseja por outros modos, usualmente ele ten-
tará captá-la através da entrevista.
A entrevista de supervisão também pode contribuir para o sucesso
da seleção e da colocação, acrescentando conhecimento especializado
em serviço do chefe do setor. Certas pessoas têm comparado a entrevista
a uma situação de conversação polida controlada. A civilidade faz certas
solicitações, por exemplo, que a entrevista seja aberta e flua livremente,
sem acanhamento e embaraços.
O exame físico permite-nos combinar a aptidão física do candidato
com as exigências do cargo. Conquanto a indução na realidade não seja
um passo da seleção, ela é sempre o passo final no processo de contrata-
ção.
“Contratar bons profissionais é um desafio há mais de dois mil anos.
A primeira tentativa de selecionar pessoas de maneira científica data de
207 a. C., quando os funcionários da dinastia Han, na China, criaram uma
longa e detalhada descrição de cargo para funcionários públicos. Mesmo
assim, poucas contratações foram satisfatórias” (Harvard Business Re-
view, julho-agosto, 1999, p.109).
O processo de recrutamento e seleção vem se aperfeiçoando a
cada dia. Quando uma organização necessitava de novas contratações,
raramente dava oportunidade de promoção aos próprios funcionários, até
mesmo por desconhecerem o potencial dos mesmos. Colocavam anúncios
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Referências
BOHLANDER, A; SNELL, S.; SHERMAN, A. Administração de
Recursos Humanos. São Paulo: Thomson, 2005.
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Na próxima unidade
Na próxima unidade estudaremos sobre as ferramentas de gestão de
pessoas: treinamento e desenvolvimento, uma vez que são consideradas
de fundamental importância, pois, a partir dessas, a empresa pode garantir
a criação de novos conhecimentos, melhorando a posição competitiva da
organização (FLEURY, 1999).
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Você se lembra?
Na unidade anterior nós estudamos o processo de recrutamento e
seleção. Vimos a importância de selecionar um profissional com o perfil
desejado pela organização. Entretanto, quando o profissional é selecio-
nado, muitas vezes precisa passar por um programa de treinamento e
desenvolvimento para exercer suas atividades com maior desempenho e
agregar vantagem competitiva para a organização.
342
343
ferramentas.
3. Desenvolver atitudes: desenvolver e modificar comportamen-
tos, mudar atitudes negativas para favoráveis, conscientizar e
sensibilizar as pessoas, os clientes internos e externos.
4. Desenvolver conceitos: elevar o nível de abstração, desenvol-
ver ideias e conceitos para ajudar as pessoas em termos globais
e amplos.
344
5.5.1 Diagnóstico
No diagnóstico será feito um levantamento das necessidades de trei-
namento que irão satisfazer os objetivos da organização. “As necessidades
de treinamento se referem as carências no desempenho atual e passado
e a possibilidade de alcançar o novo patamar que se almeja” (CHIAVE-
NATO, 1999, p. 299). Não obstante, é preciso certificar, nessa etapa, se o
treinamento é efetivamente necessário, como por exemplo, se a empresa
apresenta indicadores de baixa produtividade de funcionários, altos índi-
ces de reclamações de clientes, ou um maior número de erros e desperdí-
cio. Como mencionamos anteriormente, o processo de T&D é um investi-
mento que gera custo, dessa forma,é necessário avaliar a real necessidade
desse. Um processo de T&D com programas distanciados da estratégia
organizacional certamente acarretará em custo para a organização.
Nessa etapa será diagnosticado o objetivo da organização, quais os
problemas encontrados (seja de produção ou de pessoal), qual o resultado
da avaliação de desempenho e as competências requeridas pela orga-
nização. Para ajudar no levantamento das necessidades de treinamento
algumas questões devem ser feitas. Por exemplo: Por que treinar e desen-
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volver? Para que treinar e desenvolver? Quem deve ser treinado e desen-
volvido? Quando deve ser treinado e desenvolvido?.
O diagnóstico das necessidades de treinamento pode ser feito em
três níveis de análise: no nível da empresa, no nível da tarefa e no nível da
pessoa, segundo Bohlander, Snell e Sherman (2005).
No nível da empresa será analisado o ambiente, as estratégias e os
recursos para determinar onde enfatizar o treinamento. No nível da tarefa
serão analisadas as atividades a serem executadas a fim de determinar
o conhecimento, as habilidades e as atitudes que serão requeridas, por
exemplo, a tarefa de fazer um raio X de tórax, como o radiologista deve
posicionar o paciente, quais as instruções que devem ser dadas e qual a
345
5.5.2 Desenho
No desenho é feito a elaboração do programa de treinamento para
atender as necessidades diagnosticadas na etapa anterior. Para Bohlander,
Snell e Sherman (2005, p. 138) “o sucesso nos programas de treinamento,
mais que da capacidade da empresa para identificar as necessidades de
implantá-los, depende de utilizar as informações obtidas no processo de
levantamento para elaborar programas adequados”.
Alguns aspectos devem ser levados em conta na hora de elaborar
o programa de treinamento, como o objetivo, em que a organização deve
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5.5.3 Implementação
A escolha do método de treinamento é fundamental para o sucesso
do programa de treinamento. É ampla a variedade de métodos disponíveis
para desenvolver as habilidades requeridas no programa de treinamento,
no entanto, cabe a organização identificar aquele que mais irá satisfazer
suas necessidades.
A seguir, alguns tipos de técnicas e suas características:
• Treinamento no trabalho – treinamento realizado no cargo
por um trabalhador com experiência ou pelo supervisor.
• Simulação – os treinandos aprendem no equipamento que usarão
no trabalho ou em equipamentos simulados. É necessário quando
o treinamento no trabalho é muito o custoso ou perigoso.
• Técnicas de audiovisuais – utilização de filmes, circuitos fe-
chados de televisão, fitas de áudio e de vídeo.
• Videoconferência – tem como função treinar funcionários que
estão geograficamente separados uns dos outros – ou do treina-
dor. Usa uma combinação de equipamentos de áudio e vídeo,
que permite que as pessoas em uma localidade comuniquem-se
ao vivo com pessoas em outras cidades.
• Rotação de cargo – consiste na transferência de um profissio-
nal para vários departamentos da empresa, a fim de ampliar sua
compreensão de todas as partes do negócio. E muito utilizado
em programas de trainee, com o objetivo do recém-formado,
ampliar sua experiência passando por vários departamentos,
para depois escolher qual departamento vai trabalhar.
• Estudo de caso – apresentação da descrição de um problema
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5.5.4 Avaliação
A avaliação é a última etapa do processo de T&D, em que será feita
a verificação dos resultados do treinamento. A avaliação é feita durante
todo o processo de T&D e não apenas no final, sendo assim, é uma forma
de balancear os resultados alcançados e os esperados.
Segundo Dessler (2003), o treinamento e desenvolvimento podem
ser avaliados sob quatro aspectos:
• Pela reação dos treinados ao programa: satisfação em rela-
ção ao conteúdo, à didática do instrutor, ao tempo, ao local.
• A partir do aprendizado: avalie os treinados para verificar se
eles aprenderam os conceitos, as habilidades e atitudes que su-
postamente deveriam ter aprendido.
• Pelo comportamento: verifique se o comportamento dos parti-
cipantes do treinamento mudou.
• Pelo resultado: verifique se os resultados foram efetivamente
alcançados, considerando os objetivos iniciais do treinamento,
utilizando, por exemplo, parâmetros indicadores de produtivi-
dade, redução de queixas de funcionários, redução de custos e
aumento de lucratividade.
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Atividades
01. Diferencie treinamento de desenvolvimento.
351
Reflexão
O treinamento e desenvolvimento são ferramentas da gestão de pes-
soas e são consideradas de fundamental importância, uma vez que, a partir
dessas a empresa pode garantir a criação de novos conhecimentos que
possam melhorar a posição competitiva da organização (FLEURY, 1999).
352
gestão de pessoas para se ter uma equipe atualizada e preparada para lidar
com as mudanças. Pense nisso!!!
Leitura Recomendada
T&D: Um diferencial competitivo
Fonte: http://www.rhportal.com.br/artigos/wmview.php?idc_cad=j2ghapjdv
radores auto-suficientes, que consigam unir força física e mental para al-
cançar os resultados. Assim evidenciamos a necessidade de treinamento e
desenvolvimento contínuo, haja vista que a tecnologia vai desenvolvendo
novas máquinas, novas possibilidades de operação e o que antes era pere-
ne passa a ser efêmero e no outro minuto obsoleto.
Saindo do campo industrial, não raro nos deparamos, enquanto
clientes, em hotéis, hospitais ou lojas que dispõe de tecnologia de ponta
no elevador, no painel eletrônico de chamada, no check in, mas que os
funcionários nos atendem de cara “amarrada”, demoram a trazer a conta,
ou dizem que não sabem nos dar uma informação por que não trabalham
naquele setor. Essa é a realidade de muitas empresas que encaram o trei-
353
Referências
354
355
Na próxima unidade
Na unidade seis falaremos sobre os sistemas de remuneração e a
avaliação de desempenho, duas ferramentas de fundamental importância
para a gestão de pessoas. O sistema de remuneração irá abordar as formas
de atribuir valor monetário aos profissionais, enquanto a avaliação de
desempenho irá medir o desempenho do profissional na execução de suas
atividades.
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356
organização.
Você se lembra?
Na unidade anterior estudamos sobre as práticas de treinamento
e desenvolvimento que possibilitam os funcionários a desenvolverem
suas atividades de forma mais eficiente, sendo assim, são instrumentos
de grande importância para a gestão de pessoas. Nessa unidade iremos
tratar de duas ferramentas muito importantes também na gestão de pes-
soas. Vamos lá?
6.2 Remuneração
Começaremos o capítulo diferenciando os termos recompensa,
salário e remuneração. Segundo Limongi-França (2007), o salário é o
montante fixo que é pago regularmente; a remuneração envolve o salário,
a remuneração variável (como por exemplo, a participação nos lucros) e
358
365
368
Atividades
01. Qual a principal diferença entre a remuneração fixa e a remuneração
variável?
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369
Reflexão
Com a valorização do capital humano, as empresas passaram a
oferecer um sistema de recompensa ao funcionário pelo desempenho na
execução das atividades. Não obstante, a partir do momento que o fun-
cionário executa suas atividades, a organização precisa de subsídios para
acompanhar o desenvolvimento dos funcionários e avaliar os resultados
obtidos por ele. Sendo assim, a avaliação de desempenho é uma ferramen-
ta utilizada para medir o resultado agregado à organização.
Basicamente, a remuneração se divide em fixa e variável. A remune-
ração fixa é composta pelo salário e pelos benefícios. A remuneração va-
riável está vinculada à performance do profissional, ou seja, irá depender
dos resultados alcançados por ele, podendo aumentar ou diminuir.
Segundo Lacombe (2005), o sistema de remuneração pode ser clas-
sificado em cinco tipos: sistema de remuneração funcional, sistema de
remuneração pelos resultados, sistema de remuneração por habilidade,
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Leitura Recomendada
Avaliação de desempenho traz vantagens para todos
tudo em três dias, conseguiu atingir o resultado. Mas como isso foi feito?
Você checou os dados? Comparou os números? Revisou as contas? Se fez
com todo o cuidado, e apresentou os comportamentos esperados, o pilar
das competências também foi satisfatório, o que significa que seu desem-
penho foi excepcional.
Assim, avaliação de desempenho nada mais é que estabelecer crité-
rios e escalas para mensurar se as metas estão sendo cumpridas e como,
demonstrando as competências. Existem diversas maneiras de fazer isso,
mais simples ou mais sofisticadas. Sugiro às empresas tentarem ao má-
ximo estabelecer paradigmas que valham para a maioria das pessoas, de
371
uma forma clara e simples, para que a avaliação seja efetivamente realiza-
da pelos gestores.
Para começar, o ideal é fazer um bom levantamento de quais são
as competências corporativas da instituição, como por exemplo, foco no
cliente e em resultados. Também é interessante inserir habilidades que es-
timulem a criatividade, a inovação, o planejamento, capacidade de comu-
nicação e trabalho em equipe, além do pensamento estratégico, neste caso
especialmente para os cargos mais altos. Muitas empresas especializadas
realizam entrevistas com executivos de sucesso para ver quais os compor-
tamentos que deram certo e é isso que, muitas vezes, baliza a formação
das competências chave das grandes companhias.
Inserir um processo como esse em uma multinacional pode demorar
anos. Mas, em pequenas e médias empresas, ele tende a ser mais curto,
trazendo resultados objetivos em apenas seis meses de implementação.
Quando toda a equipe joga num mesmo time e as metas são colocadas de
forma clara, os resultados são muito melhores e o aumento de produção é
palpável.
Para os funcionários, a avaliação de desempenho também traz
muitas vantagens. Quando as empresas implementam este sistema, elas
geralmente oferecem benefícios e prêmios àqueles que se destacam. Isso
gera expectativa e acaba estimulando a todos, de maneira muito positiva.
Além disso, este processo também faz com que o empregado invista mais
em seu desenvolvimento, pois ele tem sempre um feedback e a chance de
se aprimorar para fazer melhor.
Realizar esse tipo de trabalho em sua empresa, não importa qual o
tamanho dela, pode mudar, de forma definitiva, sua cultura organizacional
e profissionalizar a administração, aumentando a produtividade, melho-
rando os relacionamentos e satisfazendo de forma eficiente funcionários e
gestores. Vale a pena apostar!
Fonte:http://www.rhportal.com.br/artigos/wmview.php?idc_cad=knqvjfakk
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Referências
372
Na próxima unidade
Na próxima unidade falaremos sobre a motivação e a liderança. Ire-
mos analisar quais os fatores impulsionadores do comportamento humano
que propiciarão o atingimento de uma meta ou objetivo e os papéis de um
líder para que sua equipe alcance o objetivo esperado.
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Objetivos de aprendizagem
Un
Você se lembra?
Na unidade anterior falamos sobre os sistemas de remuneração e o
processo de avaliação de desempenho, funções importantíssimas da ges-
tão de pessoas. Uma vez definidos esses processos, iremos analisar quais
os aspectos que irão auxiliar no melhor desempenho do profissional, e
consequentemente, para a organização. Vamos lá?
7.2 Motivação
Assim como nós vimos, na primeira unidade do livro, a evolução
do papel das pessoas na organização, faremos uma breve síntese do termo
motivação nas teorias da administração.
A discussão sobre o tema motivação já estava presente na adminis-
tração científica. Naquela época, no modelo tradicional, a responsabili-
dade do desempenho do funcionário era do supervisor. Dessa forma, era
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Necessidade
de Autor-
realização
(desenvolvimento pessoal,
conquista)
Necessidades
de estima
(autoestima, reconhecimento, status)
Necessidades sociais
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Necessidade de segurança
(defesa, proteção, emprego, abrigo)
Necessidades fisiológicas
(fome, sede, sexo, sono, etc)
380
7.3 Liderança
Segundo Robbins (2005), liderança é a capacidade que algumas
pessoas têm de influenciar outras pessoas. Para o autor, nem todos os
executivos são líderes e nem todos os líderes são administradores. Não
obstante a principal diferença entre o líder e o administrador é que o ad-
ministrador faz uso da autoridade determinada pelo cargo que ocupa para
obter o comprometimento dos funcionários, enquanto que o líder é capaz
de influenciar os membros para alcançar os objetivos esperados.
Cohen e Fink (2003) também diferenciam o gerente do líder, para os
autores o gerente é quem faz com que o trabalho seja conduzido da forma
adequada, já o líder “é a pessoa que decide como o trabalho deverá ser
feito (qual a direção a ser seguida)” (COHEN; FONIK, 2003, p. 252).
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determina o trabalho de cada membro e com quem ele irá trabalhar, tendo
a hostilidade como característica predominante. Um exemplo de líder au-
toritário seria Hitler, ditador alemão.
No modelo democrático os líderes lutavam pelos direitos civis nos
EUA e no mundo, pela não violência e ao amor. As políticas de trabalho e
as decisões são entregues ao grupo (tem a participação do grupo), as téc-
nicas de trabalho são sugeridas pelo líder e o grupo escolhe, as tarefas são
escolhidas pelo grupo assim como os membros de trabalho, dessa forma,
o líder acaba cedendo ao desejo do grupo. Podemos usar como exemplo
Martin Luther King que liderou o movimento dos direitos civis dos negros
nos EUA. Em 1964 recebeu o Prêmio Nobel da Paz.
O modelo Laissez-faire ou modelo liberal é defendido pelos eco-
nomistas mais liberais e defende que o Estado deve interferir o menos
possível na atividade econômica. A determinação da política e a decisão
são feitas pelo grupo, o líder não participa ou interfere, não toma parte na
discussão. Há ausência da participação do líder. Esse modelo emerge de
equipes maduras, auto dirigidas que não necessitam da supervisão cons-
tante do chefe.
nhecimento.
• Aspectos da personalidade: autoconfiança, controle emo-
cional, extroversão, dominância, no entanto são aspectos que
podem ser desenvolvidos pelas pessoas.
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Atividades
01. Qual a principal diferença da motivação no modelo tradicional e no
modelo das relações humanas?
387
Reflexão
O estudo sobre motivação é de extrema importância, pois permite
entender o comportamento humano. Ou seja, quais os fatores impulsio-
nadores do comportamento que propiciarão o atingimento de uma meta
ou objetivo. Vale destacar que a motivação é um fator intrínseco, ou seja,
surge a partir de uma necessidade interior de cada indivíduo. Desta forma,
não podemos dizer que uma pessoa é capaz de motivar outra pessoa, por-
que ninguém motiva ninguém.
Existem várias teorias que explicam a motivação, cada uma com sua
premissa. Cabe a organização fazer uso daquela que trará mais resultados
positivos à organização. Nós vimos as três mais comuns nos modelos ge-
renciais: a teoria da hierarquia das necessidades, teoria dos dois fatores e a
teoria das necessidades de McClelland.
Não obstante, o papel do líder faz toda a diferença no cumprimento
de um objetivo (ROBBINS, 2005). A liderança é definida com a capaci-
dade que algumas pessoas têm de influenciar outras pessoas. Os primei-
ros estudos sobre a liderança se deram em 1938, denominados modelos
tripartidos de Lewin, em que os estilos de liderança se caracterizavam
nas abordagens autocrática, democrática e laissez-faire (COHEN; FINK,
2003).
Fizemos uma breve análise das teorias de liderança mais utilizadas
nos modelos gerenciais: a teoria dos traços, a teoria comportamental e a
teoria contingencial.
Após estudar essa unidade, reflita: será que você é um bom líder?
Será que está estimulando a motivação de sua equipe? Lembre-se que
para alcançar as metas e objetivos organizacionais é necessário que haja
uma integração na relação entre o líder e os liderados!
Leitura Recomendada
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gerentes têm até a intenção de mandar fazer as coisas, mas cadê os bons
exemplos?
Na verdade, pode-se constatar facilmente que se conhece o dono
de uma empresa através do comportamento dos seus funcionários, pois o
exemplo que ele fornece é o exemplo que será seguido. Observe o exem-
plo dado pelos mestres em olaria aos seus aprendizes, quando eles segu-
ram nas mãos de seus alunos na hora de fazer um vaso. Suas mãos ajudam
as mãos do aprendiz a moldar tais objetos.
Como se ensina a um novo vendedor? Saindo com ele para visitar
clientes e dando-lhe o exemplo. Não é vender para ele e nem mostrar que
você é melhor do que ele, mas é mostrando-lhe as técnicas e as novas
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Referências
CASADO, T. A motivação e o trabalho. In. As pessoas na organiza-
ção. São Paulo: Gente, 2002.
390
Na próxima unidade
Até a unidade 7 vimos as principais funções da gestão de pessoas.
Na unidade 8 faremos uma reflexão sobre os principais desafios para os
profissionais da área e as principais tendências. Esse cenário de mudanças
e incertezas, vivenciado pelas organizações, nos faz pensar em como fica-
rá a gestão de pessoas. Bons estudos!
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Objetivos de aprendizagem
• Identificar a mudança do perfil profissional exigido.
• Diferenciar o modelo de gestão de pessoas tradicional do modelo
de gestão de pessoas moderno.
• Definir os principais desafios na gestão de pessoas.
• Analisar as principais tendências na área de gestão de pessoas.
Você se lembra?
Nas unidades anteriores vimos os principais instrumentos de gestão
de pessoas, suas vantagens e desvantagens, a fim de oferecer subsídios
para garantir o melhor desempenho organizacional. No entanto, com as
constantes mudanças e incertezas no ambiente organizacional a forma
de gerenciar as pessoas sofre alterações. Essa unidade irá permitir uma
reflexão dos desafios e principais tendências enfrentadas pela gestão de
pessoas.
Bons estudos!
8.2 Desafios
Os estudos sobre o fator humano no contexto organizacional tive-
ram início na década de 30, esses estudos levaram a uma nova concepção
do papel do indivíduo nas organizações. Em meados da década de 40, a
maioria das atividades nas fábricas era realizada a partir da divisão do
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pessoal nas organizações passou a ser cada vez mais heterogênea, os gru-
pos considerados antes como minorias estavam se tornando realidade no
contexto organizacional e ocupando cargos de maiores responsabilidades.
Durante a década de 60, passa-se então a assumir, segundo Rob-
bins (2002, p. 13) que “um dos desafios mais importantes e abrangentes
enfrentados pelas organizações é a adaptação às diferenças entre as pes-
soas”. O desafio para as organizações é estimular esses profissionais, em
seus diferentes estilos de vida e necessidades pessoais, uma vez que estes
não estão dispostos a abrir mão de seus valores culturais e preferências
de condutas, quando chegam às organizações. “A diversidade, quando
bem administrada, pode aumentar a criatividade e a inovação dentro das
organizações, bem como melhorar as decisões tomadas, por trazer novas
perspectivas em relação aos problemas” (ROBBINS, 2002, p. 14).
O ambiente organizacional vem passando por diversas mudanças
que afetam os modelos de gestão, como a globalização, a inovação tecno-
lógica e a crescente competitividade, que exigiram novas habilidades para
que tanto as organizações quanto os profissionais se mantivessem no mer-
cado. As organizações têm que se adaptar às exigências de um ambiente
mais competitivo, apresentando flexibilidade estrutural, descentralização
do poder, agilidade de resposta, expectativa de crescimento e desenvol-
vimento. Enquanto os profissionais têm que apresentar um conjunto de
competências que agregue valor para organização.
Essas mudanças trouxeram uma enorme necessidade de ações,
a maior delas decorre da mudança do perfil exigido dos profissionais,
evidenciando que as empresas estão mais exigentes quanto ao perfil re-
querido pelo funcionário, no entanto, a mesma tem que estar preparada
para receber esse profissional. Exigem-se cada vez mais profissionais com
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400
8.3 Tendências
Algumas tendências são evidenciadas por
Mussak (2010, p. 274), por exemplo, “os gestores e
dirigentes estão perdendo a corrida da produtividade a favor da tecnologia, as
estruturas hierárquicas estão desaparecendo, dando espaço para estruturas que
se autogerenciam”. Para o autor é imprescindível que a organização adeque
seu modelo de gestão ao contexto em que está inserida.
Segundo Fisher e Albuquerque (2004), três elementos podem ser
considerados essenciais quanto ao formato e à estrutura organizacional da
gestão de pessoas:
1. Descentralização das decisões de gestão de pessoas para os
gerentes dos negócios da organização.
2. Fornecer novos processos e conhecimentos em gestão de pes-
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ajuda da organização.
Dessa forma, um novo contrato psicológico surge entre as pessoas e
as organizações. Esse novo contrato psicológico surge do desenvolvimen-
to mútuo, alterando o papel das pessoas e da organização, a organização
em busca de um processo contínuo de desenvolvimento, uma vez que esse
desenvolvimento está relacionado à capacidade de contribuição das pes-
soas que nela trabalham, e as pessoas na expectativa de desenvolvimento
em relação à organização.
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Atividades
01. Quais os principais desafios encontrados na gestão de pessoas?
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Reflexão
O ambiente organizacional vem passando por diversas mudanças
que afetam os modelos de gestão, como a globalização, a inovação tecno-
lógica e a crescente competitividade, que exigiram novas habilidades para
que tanto as organizações quanto os profissionais se mantivessem no mer-
cado. As organizações têm que se adaptar às exigências de um ambiente
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Leitura Recomendada
Pessoas Como Fator Competitivo
405
nizar.
Dessa maneira, teremos que voltar nossos olhos com atenção as ati-
vidades de gerenciamento de Pessoas.
Algumas estratégias, ao serem adotadas de forma consistente e
objetiva elevam consideravelmente a qualidade de Gerenciamento na em-
presa, são elas:
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Referências
DUTRA, J. S. Gestão de pessoas: modelo, processos, tendências e
perspectivas. São Paulo: Atlas, 2002.
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