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gestão de pessoas
introdução à
gestão de pessoas
1
gestão de pessoas
introdução à
gestão de pessoas
Competências
Desenvolver um olhar sistêmico sobre os processos e a
abrangência da Gestão de Pessoas.
Habilidades
Associar informações de Gestão de Pessoas com a reali-
dade empresarial contemporânea.
Apresentação
Aqui se inicia a jornada da disciplina de Gestão de Pesso-
as, nesta primeira Unidade de Aprendizagem você terá
acesso à relevância da Gestão de Pessoas bem como o
direcionamento dos tópicos que contemplam a discipli-
na. Lembre-se, uma competência básica do gestor deve
ser lidar com pessoas, ou seja, a arte de gerenciar pesso-
as é imprescindível para o sucesso em cargos liderança.
Para começar
Você acaba de iniciar mais uma disciplina, Gestão de
Pessoas, aqui vamos descrever e apresentar os princi-
pais processos e variáveis envolvidas na Gestão de Pes-
soas contemporânea.
Esta disciplina tem importância estratégica para sua
formação e atuação como gestor, tendo em vista que ad-
ministrar qualquer organização é sinônimo de adminis-
trar pessoas. Neste sentido esta disciplina foi cuidadosa-
mente elaborada para potencializar os seus resultados
profissionais e empresariais.
Use sua imaginação e pense em uma grande empre-
sa que você gostaria de trabalhar. Imagine sua estrutura
física, seus equipamentos, matéria-prima e as pessoas.
Visualizou? Muito bem! Agora remova todas as pessoas...
Sim, todas...
Como seria uma empresa sem pessoas? As pessoas constituem o elemen-
to fundamental para as organizações, mais que isso, representam a alma,
corpo e coração que fazem a empresa ser o que é!
Cuidar adequadamente das pessoas significa zelar pelo desempe-
nho de toda organização.
Atenção
No contemporâneo, as pessoas podem constituir o diferen-
cial mais relevante das organizações.
1. Introdução
No decorrer desta disciplina serão apresentados e debatidos os temas:
Dica
O ser humano não é uma ilha, ele se relaciona em todos os
momentos, no trabalho, na igreja, em casa, logo é relevante
pensar e repensar as relações interpessoais.
gestão de
pessoas
manter recompensar
desenvolver
Papo técnico
Processo é um conjunto de procedimentos/atividades estru-
turados com objetivo pré-determinado.
Atenção
A Gestão de Pessoas não deve ser vista apenas como um se-
tor da empresa, mas como agente que conecta áreas, apro-
ximando, integrando pessoas, saberes e processos, rumo a
excelência organizacional.
Sindicalismo Sindicalismo
Gestão do Conhecimento
Agente de Mudança
Agente integrador
E ...
Lembre-se
As relações entre as organizações e as pessoas
devem ser pautadas no modelo ganha-ganha,
ou seja, onde os dois lados fiquem satisfeitos.
E agora, José?
A Gestão de Pessoas representa uma variável fundamental
para gestão empresarial contemporânea e tem como base
gerenciar o capital humano, ou seja, as pessoas desenvol-
vendo um conjunto integrado de atividades buscando agre-
gar, aplicar, recompensar, desenvolver, manter e monitorar
pessoas para conquistar uma vantagem competitiva à or-
ganização. Agora que você já conhece a amplitude e impor-
tância da gestão de pessoas, chegou a hora de aprofundar
os conceitos relacionados a este relevante tema. Para tanto,
você aprenderá na próxima UA, o que é planejamento es-
tratégico de recursos humanos e como é realizada a gestão
por competências.
Bons estudos!
Atividades
Agora que você já conhece a amplitude e importância da
Gestão de Pessoas, vá ao site do curso, realize as atividades
propostas para esta UA e participe do fórum.
É muito importante que você tenha os conhecimentos
desta UA sedimentados, pois serão as bases para as próxi-
mas UAs.
Participe! A sua participação em todas as atividades é
fundamental, pois contribuirá para melhor aproveitamento
na sua aprendizagem.
Glossário
Coercivo: ato de induzir, pressionar ou compelir
alguém a fazer algo pela força, intimidação
ou ameaça.
Referências
CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas: o novo pa- MASCARENHAS, André. G
estão Estratégica
pel dos recursos humanos nas organiza- de Pessoas. São Paulo: Cengage Lear-
ções. Rio de Janeiro: Campus, 1999. ning, 2008.
FERREIRA, V. C. P; TACHIZAWA, T.; FORTUNA, A. PINTO-ROCHA S. R. da; PEREIRA C. S.; COUTINHO
M. G
estão com pessoas: uma abordagem M. T. C.; JOHANN S. L. D
imensões funcio-
aplicada às estratégias de negócios. Rio nais da gestão de pessoas, 9ª ed. Rio de
de Janeiro: FGV, 2001. Janeiro: FGV, 2007.
HANASHIRO, D. M. et al. Gestão do Fator Huma- TEIXEIRA, Gilnei et al. Gestão Estratégica de
no: Uma visão baseada em stakeholders. São Pessoas. Rio de Janeiro: FGV, 2005.
Paulo: Saraiva, 2008. VERGARA, Sylvia Constant. Gestão de Pesso-
MARRAS, J. P. A
dministração de Recursos Hu- as. São Paulo: Atlas, 2009.
manos: Do operacional ao estratégico.
12ª ed. São Paulo: Futura, 2007.
GESTÃO ESTRATÉGICA DE
PESSOAS E DE COMPETÊNCIAS
2
gestão de pessoas
GESTÃO ESTRATÉGICA
DE PESSOAS E DE
COMPETÊNCIAS
Competências
Desenvolver planejamento estratégico de Gestão de
Pessoas alinhado à gestão estratégica da organização;
planejar e aplicar o modelo de Gestão por Competência
no contexto empresarial.
Habilidades
Pensar de modo estratégico; descrever e aplicar pla-
nos de gestão; reconhecer os stakeholders.
Apresentação
Gestão Estratégica de Pessoas e Gestão por Competên-
cias são temas muito discutidos no mundo contempo-
râneo. Nesta Unidade, você poderá refletir sobre como
a Gestão de Pessoas pode contribuir para a Gestão Es-
tratégica da Empresa, bem como conhecer a tendência
emergente de gerenciar pessoas tendo como referência
as competências.
Vamos lá?
PARA COMEÇAR
Vamos discutir aqui duas temáticas importantes para a
Gestão de Pessoas: a Gestão Estratégica de Pessoas e a
Gestão por Competências.
Atualmente, um dos grandes desafios das organizações,
no que tange à gestão de pessoal, é o de tornar a área de
Gestão de Pessoas/Recursos Humanos estratégica.
Aqui o pensar em gestão de pessoas é construído
sobre uma perspectiva maior, mais abrangente, focada
em migrar do operacional para o estratégico. Ou seja, a
Gestão de Pessoas atua em parceria com a diretoria da
empresa, alinhando as pessoas à realização do planeja-
mento estratégico da empresa e, mais do que isso, obje-
tivando atuar de modo reflexivo e inteligente.
Para alcançar esse feito, o gestor deverá perceber a
empresa como um todo, compreender as variáveis ex-
ternas e, principalmente, ter uma visão de futuro.
Outra variável relevante refere-se a pessoas e à impor-
tância da formação de um time competente, que poderá
potencializar os resultados da empresa. As pessoas têm a
capacidade de fazer a diferença. Para tanto, precisam ser
competentes. E a Gestão por Competências apresenta-se
como modelo de gestão eficaz no contemporâneo.
Mas como estabelecer um posicionamento estratégi-
co? E o que é uma pessoa competente?
Atenção
O desenvolvimento de boas estratégias alinhado a uma
equipe de pessoas competentes pode possibilitar a vitória
até mesmo à empresa menor ou mais “fraca”.
Para Reflexão
Você é competente?
O termo “incompetente” é um adjetivo não muito agradável de receber,
mas comum de se ouvir no ambiente profissional. A questão é... O que é
ser competente? Você é competente?
Dica
Visão sem planejamento é um sonho.
Planejamento sem ação é passatempo.
Visão, planejamento e ação podem transformar o mundo!
Fundamentos
1. Gestão Estratégica de Pessoas
A palavra “estratégia” tem origem grega em Stratègós (exército) e ago (li-
derança ou comando), que designavam o comandante militar. Portanto,
pode ser compreendida como “a arte do general”. Desde sempre, esteve
relacionada à guerra e seus comandantes, que buscavam criar meios para
vencer a guerra, mesmo em posições tecnicamente mais frágeis. Através
do desenvolvimento de estratégia, até mesmo o fraco pode se tornar for-
te e o menor pode vencer o maior.
Prova histórica de atuação estratégica de guerra é narrado no livro Arte
da Guerra, no qual o general Sun Tzu registra toda sua experiência de ba-
talha e mostra a importância de uma visão holística para o planejamento e
execução de ações de guerra em que o mais inteligente vence o mais forte.
Ainda no aspecto histórico, outra evidência é a ‘derrota’ dos EUA no
Vietnã: uma potência caiu frente à atuação estratégica de um pequeno e
aparentemente frágil adversário.
Ao trazer esse conceito para o mundo corporativo, podemos entender
estratégia como meio, modo de alcançar a vitória, o sucesso e o objetivo
pré-estabelecido.
valores visão
Dica
Amplie seus conhecimentos e desenvolva um olhar estraté-
gico. Leia o livro Arte da Guerra, de Sun Tzu.
Papo Técnico
Competência é um conjunto de conhecimentos, habilidades,
atitudes que permitem ao indivíduo desempenhar com efi-
cácia determinada tarefa.
Dica
Se conheces o inimigo e conheces a ti mesmo, não precisas
temer o resultado de cem batalhas. Se conheces a ti mesmo
mas não conheces o inimigo, para cada vitória sofrerás tam-
bém uma derrota. Se não conheces a ti mesmo nem conhe-
ces o inimigo, perderás todas as batalhas. (Sun Tzu, A Arte
da Guerra)
Lembre-se
Com as estratégias certas e as pessoas competentes tudo é
possível. Desenvolva o pensar estratégico e suas competên-
cias e alcance o sucesso!
Comportamento ético.
E agora, José?
Um dos grandes desafios da Gestão de Pessoas no con-
temporâneo é atuar estrategicamente, ou seja, deixar
de atuar como um área operacional focada em rotinas
de departamento pessoal e participar ativamente do
planejamento estratégico. A Gestão de Pessoas precisa
considerar os stakeholders, alinhar as pessoas à missão
organizacional e conduzi-las à realização da visão es-
tabelecida, fundamentando essa atuação com os seus
princípios norteadores, seus valores. Outro tema emer-
gente da Gestão de Pessoas e Gestão por Competência
são pessoas que buscam gerir os talentos humanos,
considerando as competências necessárias para o ne-
gócio, ou seja, aquelas acopladas ao seu core business
(parte central do negócio). Agora vamos dar início a uma
nova unidade de aprendizagem relacionada a selecionar
e recrutar talentos para sua empresa. Para tanto, você
aprenderá as principais fases e elementos a serem con-
siderados no processo de selecionar.
Bons estudos!
Atividades
Agora que você já tem conhecimento de alguns elemen-
tos da Gestão Estratégica, bem como do Planejamento
estratégico, Missão, Visão, Valores e Competências, che-
gou o momento de praticar e fixar esses conceitos. Vá ao
site do curso para realizar as atividades propostas e com-
partilhar seus conhecimentos com os demais colegas.
Bons estudos!
Glossário
Acrônimo: sigla, palavra formada pelas letras
ou sílabas iniciais de palavras sucessivas de
uma locução, ou pela maioria destas partes.
Referências
CHIAVENATO I. G
estão de pessoas: o novo pa- MILITÃO, A.; MILITÃO, R. S
OS Dinâmica de Gru-
pel dos recursos humanos nas organiza- po. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999.
ções. Rio de Janeiro: Campus, 1999. PINTO-ROCHA S. R. da; PEREIRA C. S.; COUTINHO
DILERMANDO, P. Junior; LOYOLLA, W. P. D. de C. M. T. C.; JOHANN S. L. D
imensões funcio-
Guia para Professores-Autores. São Pau- nais da gestão de pessoas. 9ª ed. Rio de
lo: Projeto Univesp, 2010. Janeiro: FGV, 2007.
FERREIRA, V. C. P; TACHIZAWA, T.; FORTUNA, A. RABAGLIO, M. O. F
erramentas de Avaliação de
M. G
estão com pessoas: uma abordagem Performance com Foco em Competên-
aplicada às estratégias de negócios. Rio cias. Rio de Janeiro: QualityMark, 2005.
de Janeiro: FGV, 2001. G estão por Competências -
HANASHIRO, D. M. et al. Gestão do Fator Hu- Ferramentas para atração e captação de
mano: Uma visão baseada em stakehol- talentos humanos. Rio de Janeiro: Quality-
ders. São Paulo: Saraiva, 2008. Mark, 2008.
MARRAS, J. P. A
dministração de Recursos Hu- TEIXEIRA, Gilnei et al. Gestão Estratégica de
manos: Do operacional ao estratégico. Pessoas. Rio de Janeiro: FGV, 2005.
12ª ed. São Paulo: Futura, 2007. VERGARA, Sylvia Constant. Gestão de Pessoas.
MASCARENHAS, André. G
estão Estratégica de São Paulo: Atlas, 2009.
Pessoas. São Paulo: Cengage Learning, 2008.
agregar pessoas:
recrutamento e seleção
3
gestão de pessoas
agregar pessoas:
recrutamento e seleção
Competências
Planejar e organizar o processo de recrutamento e sele-
ção de pessoas.
Habilidades
Descrever o perfil do candidato de acordo com o pré-
-requisito do cargo; definir o processo de recrutamento
e seleção; avaliar o processo.
Apresentação
Nesta UA, você conhecerá os primeiros processos da
área de Gestão de Pessoas: Recrutamento e Seleção, que
se referem à entrada de novas pessoas na organização.
Uma boa organização é definida pela qualidade das
pessoas que a compõe. Assim, a escolher e trazer as pes-
soas certas garante o bom funcionamento organizacio-
nal. E um bom gestor sabe escolher as pessoas certas.
Preparado para iniciar?
Para Começar
Veja a figura abaixo:
Dica
Para buscar esses profissionais, primeiramente busque in-
formações sobre as especificações de seu cargo. Lembre-se
que a nossa missão é disponibilizar pessoas certas para as
vagas certas.
Fundamentos
RECRUTAMENTO
O recrutamento abrange o conjunto de técnicas e procedimentos para
Tabela 1. Tipos de
atrair candidatos potencialmente qualificados e capazes de ocupar cargos
Recrutamento. dentro da organização (CHIAVENATO, 1999). Todo processo de recruta-
Fonte: Elaborado mento tem início em uma demanda interna da organização por contrata-
a partir de
ção de profissionais.
Chiavenato (1999);
Lacombe (2005) e Do ponto de vista de sua aplicação, o recrutamento pode ser interno e
Marras (2007). externo, conforme detalhado na Tabela 1.
Atua sobre os candidatos que estão trabalhando dentro da Aborda o maior contingente de
descrição empresa. Funciona através de oferta de promoções, transferências, candidatos que estão espalhados no
programas de desenvolvimento e plano de carreira. mercado de recursos humanos
1
É o nome que se dá aos profissionais “caçadores de talentos”, que agem somente com cargos do topo da pirâmide
organizacional (presidente, vice-presidente, diretores), ou em ocasiões muito especiais (MARRAS, 2007).
2
São consultorias que se dedicam a recolocar profissionais que serão desligados ou que estão
em processos de desligamento nas suas respectivas empresas (MARRAS, 2007).
3
São consultorias que atendem especificamente pessoas físicas que buscam
serem relocadas no mercado de trabalho (MARRAS, 2007).
Dica
A decisão sobre quão rígido ou não deve ser o processo de
recrutamento dependerá do equilíbrio entre os custos de
uma procura mais detalhada e os benefícios da maior quali-
dade obtida (Rocha-Pinto et all, 2007).
Dica
Não entenda o recrutamento como uma simples divulgação
e preenchimento de vagas, mas como uma forma de atrair
pessoas qualificadas e competentes que se encaixem nas
necessidades da empresa.
FIgura 1. x versus y
Especificação do
Cargo x Características características
do candidatos. especificações do cargo
do candidato
Fonte: Elaborado
a partir de São as características que o
É o conjunto de conhecimentos,
cargo exige do profissional
Chiavenato (1999). habilidades e atitudes que
em termos de conhecimentos,
cada candidato possui para
habilidades e atitudes para o
desempenhar as suas tarefas.
bom desempenho das funções.
o que o candidato
o que o cargo requer?
oferece?
Obtido na análise da
Técnicas de seleção para saber
especificação do cargo para
quais as condições pessoais
saber quais os requisitos
para ocupar o cargo.
exige de seu ocupante.
Entrevista de seleção
É um processo de comunicação entre duas ou mais pessoas que intera-
gem entre si. Objetiva detectar dados e informações dos candidatos a em-
prego, subsidiando a avaliação do processo seletivo. Pode-se afirmar que
a entrevista é a oportunidade que a empresa tem para conhecer melhor
o candidato.
Uma entrevista de seleção, quanto a sua metodologia, pode ser:
Aplicação de testes
Existe uma variedade de testes utilizados para avaliar o nível de conheci-
mentos gerais, específicos e práticos de cada candidato. Quanto à finali-
dade, as empresas adotam, entre outros, os seguintes tipos de testes:
E agora, José?
Agora que você já conhece o Processo de Agregar Pes-
soas, ou seja, recrutar e selecionar, e sabe como utili-
zar as técnicas apresentadas na UA, chegou a hora de
aprender como aplicar as pessoas contratadas na em-
presa, ou seja, como integrar o funcionário na função e
no departamento do qual fará parte. Lembre-se: nossa
atividade não para na seleção do melhor candidato. Ago-
ra temos que integrá-lo ao time da empresa. Para tanto,
você aprenderá na próxima UA o que é Cultura e Clima
Organizacional e como utilizar esses conceitos no coti-
diano empresarial.
Bons estudos!
Atividades
Nesta UA você estudou temas de relevância para a sua
atuação profissional, pois os assuntos abordados forne-
cem subsídios importantes para o cumprimento de atri-
buições importantes do Processo de Agregar Pessoas:
Recrutar e Selecionar.
Então, antes de seguir para a próxima UA, é muito im-
portante fazer os exercícios propostos, bem como parti-
cipar do Fórum.
Mãos à obra!
Glossário
Absenteísmo: do francês absentéisme, deriva- Outplacement: investimento de uma empresa
do do inglês absenteeism, de absentee, ou na recolocação de ex-funcionário em ou-
pessoa que falta ao trabalho, à escola etc., tra organização.
falta de assiduidade, sobretudo ao trabalho. Turnover: palavra em inglês, que na tradução
Cultura Organizacional: as empresas, tal como quer dizer: rotatividade; movimentação; giro;
os países, têm uma cultura única. É, por isso, circulação; medida da atividade empresarial
crucial que as empresas divulguem de forma relativa ao realizável a curto prazo; vendas.
explícita quais são os valores que valorizam.
Referências
CHIAVENATO I. G
estão de pessoas: o novo pa- PINTO-ROCHA S. R. da.; PEREIRA C. S.; COUTINHO
pel dos recursos humanos nas organiza- M. T. C.; JOHANN S. L. D
imensões funcio-
ções. Rio de Janeiro: Campus, 1999. nais da gestão de pessoas. 9ª ed. Rio de
BOHLANDER G.; SNELL S.; SHERMAN A. Adminis- Janeiro: FGV, 2007.
tração de Recursos Humanos. São Paulo: TACHIZAWA T.; FERREIRA V. C. P.; FORTUNA A. A.
Pioneira Thomson, 2005. M. G
estão com pessoas: uma abordagem
LACOMBE, F. R
ecursos Humanos: Princípios e aplicada às estratégias de negócios. 5ª
Tendências. 5ª ed.São Paulo: Saraiva, 2005. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2006.
MARRAS, J. P. A
dministração de Recursos Hu-
manos: Do operacional ao estratégico.
12ª ed. São Paulo: Futura, 2007.
Competências
Planejar programas de socialização e integração orga-
nizacional.
Habilidades
Conhecer os métodos de socialização; identificar aspec-
tos culturais; desenvolver manuais de orientação do
colaborador e descrever os principais itens de um pro-
grama de socialização.
Apresentação
Como vimos na UA anterior, o processo de agregar pes-
soas possui diferentes atividades. As primeiras, recruta-
mento e seleção, você já conhece. Mas o que acontece
depois que é escolhida uma pessoa para entrar na or-
ganização? Como ela deve ser recebida? Quais os pas-
sos seguintes?
Esse é exatamente o assunto desta UA, em que será
abordada a maneira como as pessoas são recepciona-
das, introduzidas e iniciadas na organização, bem como
a importância da socialização e seu ajustamento à cultu-
ra organizacional.
Bons estudos!
Para Começar
Quando iniciamos algo novo em nossas vidas, levamos
um tempo para nos ambientarmos com ele. Quem não
se lembra do seu primeiro dia de escola? Quantos senti-
mentos contraditórios, expectativas e sonhos...
Bem, o primeiro dia de trabalho não é diferente. Es-
tamos eufóricos por termos sido escolhido no processo
de seleção, mas, por outro lado, estamos nervosos por
irmos enfrentar o desconhecido.
Não sabemos ao certo onde vamos trabalhar, quem
serão nossos colegas, quem serão nossos superiores
imediatos e como vamos trabalhar. Não conhecemos os
costumes, as características da organização e, principal-
mente, não estamos a par de nenhuma daquelas peque-
nas coisas que fazem parte do expediente que, para os
colaboradores mais antigos, já são tão familiares.
Estamos ávidos para trabalhar, mas ainda não sabe-
mos como fazer isso.
Estudamos na UA anterior os processos de agregar
pessoas. Após o processo de provisão vêm os proces-
sos de aplicação de pessoas, ou seja, uma vez recruta-
das e selecionadas, as pessoas deverão ser integradas à
organização, posicionadas em seus respectivos cargos e tarefas e avalia-
das quanto ao seu desempenho.
Nesta UA você conhecerá a forma como as pessoas são recepcionadas,
introduzidas e iniciadas na organização.
O primeiro passo para a aplicação das pessoas nas diversas atividades
da organização é a orientação. Mas o que significa orientar?
Se sua definição foi no sentido de explicitar que orientar significa in-
dicar o rumo à alguém, instruir, encaminhar, guiar, estou de acordo com
você. Mas se você ainda acrescentou que orientar significa definir com-
portamentos e ações, estabelecer metas e resultados, sua formulação foi
ainda mais completa.
Dessa forma, a orientação de pessoas trata de posicionar as pessoas
em suas atividades e esclarecer o papel, os objetivos e as expectativas da
empresa em relação a ela.
Atenção
A orientação de pessoas não é um processo exclusivo dos
novos colaboradores. Quando a organização faz mudanças,
as pessoas precisam sentir em que situação se encontram
e para onde devem conduzir suas atividades e canalizar
seus esforços.
Fundamentos
CULTURA ORGANIZACIONAL
Se analisarmos os seres humanos, perceberemos que cada um tem sua
própria cultura e personalidade, ou seja, valores, percepções, crenças,
sentimentos, atitudes e hábitos que os diferenciam dos demais.
É possível traçar uma analogia com os seres humanos e as organiza-
ções, já que estas também tém sua própria cultura, que as torna diferentes
Dica
A cultura organizacional é o espelho do modo de como
a organização é gerida, como ela conduz seus negócios,
como administra sua carteira de clientes, fornecedores
e colaboradores.
As culturas podem ser fortes ou fracas. Culturas fortes têm grandes in-
fluências sobre o modo como a pessoas se comportam e pensam. Cultura
forte é aquela em que todos entendem e acreditam nas metas, priorida-
des e práticas da organização. Pode ser uma grande vantagem para a
organização se os comportamentos que encoraja e facilita forem os apro-
priados. Por outro lado, se apoia comportamentos inadequados, pode
dificultar os esforços da organização em operar as mudanças desejadas.
Em contraste com isso, numa cultura fraca, pessoas diferentes têm valo-
res diversos. Existe confusão a respeito das metas e valores da organização.
Essa cultura pode proporcionar confusão, conflito e baixo desempenho.
Há também culturas organizacionais adaptativas, que se caracterizam
pela flexibilidade e enfatizam a criatividade e a inovação, e culturas conser-
vadoras, voltadas para a manutenção do status quo e do conservantismo.
Atenção
Organizações que fazem constantes revisões e atualizações
de sua cultura têm a mesma chance de levar uma empresa
ao fracasso como uma empresa altamente rígida. Dessa for-
ma, é fundamental um grau de estabilidade para garantir a
identidade da organização.
SOCIALIZAÇÃO ORGANIZACIONAL
Em muitas organizações, os colaboradores admitidos são apresentados
ao seu local de trabalho, aos equipamentos e, quando muito, aos colegas.
São orientados pelo supervisor sobre “o que fazer”, mas não sobre as res-
ponsabilidades e direitos. Acabam aprendendo tudo sozinhos durante as
primeiras semanas, muitas vezes de maneira errada, adquirindo vícios que
Conceito
Segundo Chiavenato (2004), a socialização é a maneira
como a organização recebe seus novos colaboradores e os
integra a sua cultura, ao contexto organizacional e ao pró-
prio sistema, ou seja, como os envolve à missão, visão e
objetivos organizacionais.
mensagem de boas-vindas
E agora, José?
Nesta UA descrevemos como as pessoas são recepciona-
das, introduzidas e iniciadas na organização. Enfatizamos
inicialmente a importância da orientação das pessoas
dentro dos cargos organizacionais e o seu ajustamento
à cultura organizacional. Depois estudamos a função da
socialização organizacional como elemento de fixação e
manutenção da cultura organizacional.
Agora que você já conhece os métodos e os ob-
jetivos do processo de socialização e integração dos
colaboradores à cultura organizacional, abordaremos na
próxima UA a modelagem do trabalho, ou seja, as diver-
sas formas de desenhar e estruturar os cargos dentro
da organização.
Bons estudos!
Atividades
Chegou o momento de praticar os conhecimentos ad-
quiridos nesta UA, especialmente com relação ao pro-
grama de integração, os métodos de socialização e a
cultura organizacional.
Para isso, acesse o ambiente da disciplina e realize as
atividades propostas.
Glossário
Objetivos Organizacionais: resultado desejado Visão: é a imagem que a organização tem a res-
que uma organização pretende alcançar den- peito de si mesma e do seu futuro.
tro de um determinado período. ISO 9.000: designa um grupo de normas téc-
Missão: representa a razão da existência de nicas que estabelece o modelo de gestão
uma organização. Significa a finalidade ou o de qualidade.
motivo pelo qual a organização foi criada e
para que ela deve servir.
Referências
BATEMAN, T. S.; SNELL, S. A. A
dministração: MARRAS, J. P. A
dministração de Recursos Hu-
construindo uma vantagem competitiva. manos: Do operacional ao estratégico.
São Paulo: Atlas, 1998. 12ª ed. São Paulo: Futura, 2007.
CHIAVENATO I. G
estão de pessoas: o novo pa- TACHIZAWA T.; FERREIRA V. C. P.; FORTUNA A. A.
pel dos recursos humanos nas organiza- M. G
estão com pessoas: uma abordagem
ções. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. aplicada às estratégias de negócios. 5ª
LACOMBE, F. R
ecursos Humanos: Princípios ed. Rio de Janeiro: FGV, 2006.
e Tendências. 5ª ed. ed.São Paulo: Sarai-
va, 2005.
Competências
Planejar desenhos de cargos de acordo com o con-
texto organizacional.
Habilidades
Conhecer os modelos de desenho de cargos, saber des-
crever e analisar cargos e; identificar os métodos de
colheita de dados sobre cargos.
Apresentação
Nas organizações, cada pessoa tem uma série de res-
ponsabilidades, atividades e processos que deve desem-
penhar em um dia de trabalho, mas como saber o que
cada um deve fazer? É exatamente isto o que será abor-
dado a partir de agora!
Nesta UA veremos mais uma das atividades do profis-
sional de Gestão de Pessoas: o desenho de cargos. Esta
é uma função muito importante. Já imaginou se todos
fizessem um pouco de tudo, como seria? E se não tivés-
semos ideia das responsabilidades de nossos colegas,
quantas pessoas iriam fazer a mesma coisa e quantas
atividades ficariam sem fazer?
Preparado para iniciar?
Para Começar
Você já percebeu que na maioria das vezes, quando co-
nhecemos uma pessoa, vamos logo perguntando: O que
você faz na sua vida?
Com isso pretendemos saber se estuda, trabalha, ou
seja, qual sua ocupação. Indo mais adiante com nossa
curiosidade, ainda perguntamos: Que curso você faz? Qual
o cargo que você ocupa na empresa em que trabalha?
Enfatizando o exemplo relacionado ao trabalho, com
essas informações temos uma ideia da importância des-
ta pessoa na organização, do nível hierárquico que ocu-
pa e até mesmo do seu poder aquisitivo.
Nesta Unidade de Aprendizagem, abordaremos a mo-
delagem do trabalho, ou seja, a forma como são desenha-
dos, descritos e analisados os cargos nas organizações.
Fundamentos
CARGO, TAREFA E FUNÇÃO
Mas o que significa cargo?
Para responder esta questão, Marras (2007) cita o exemplo de uma em-
presa fabricante de máquinas especiais que, em sua área de usinagem leve,
possuía 35 profissionais que trabalhavam com tornos. Se todos os tornos
fossem iguais e as exigências para operá-los fossem do mesmo nível, a em-
presa teria em sua estrutura organizacional apenas um cargo: o de tornei-
ro. Contudo, esta não era a realidade. Havia funções e exigências diferen-
ciadas e, portanto foram titulados diferentemente cada um dos perfis, o
que gerou cinco cargos: torneiro de produção; torneiro mecânico I; torneiro
mecânico II; torneiro mecânico III e torneiro especializado.
Em uma definição simplista, cargo é a composição de atividades de-
sempenhadas por uma pessoa, porém, é importante acrescentar algumas
observações a esta definição:
ENRIQUECIMENTO DE CARGOS
O modelo contingencial permite enriquecer os cargos, ou seja, reorganizá-
-los e ampliá-los a fim de proporcionar ao ocupante adequação e aumento
de sua satisfação intrínseca através do acréscimo de variedade, autonomia,
significado de tarefas, identidade e retroação.
Dica
Para saber como o cargo foi desenhado existe a descrição e
análise de cargos.
ANÁLISE DE CARGOS
Analisar um cargo significa detalhar o que exige em termos de conhecimen-
to, habilidades e capacidades para que seu ocupante possa desempenhá-lo
adequadamente. A análise é feita a partir da descrição do cargo.
Dica
Embora estejam intimamente relacionadas, a descrição e a
análise são diferentes. Esta primeira focaliza o conteúdo do
cargo, enquanto a segunda procura determinar quais os re-
quisitos físicos e mentais que o ocupante deve possuir, as
responsabilidades que o cargo lhe impõe e as condições em
que o trabalho deve ser feito.
Identificação
→→ Função atual;
→→ Tempo de serviço na função;
→→ Tempo de serviço na empresa.
Descrição do Cargo
Descrever separadamente as tarefas diárias (que se repetem com frequência):
Descrição da periodicidade
Diária, semanal, mensal, anual e esporádica.
Especificações do Cargo
Qual o nível de instrução mínima necessária para ocupar este cargo?
Descreva abaixo toda informação adicional não incluída nos itens anteriores.
E agora, José?
Vimos nesta UA que a estrutura de cargos é condicionada
pelo desenho organizacional no qual está contida e que os
cargos fazem parte do formato estrutural da organização.
Aprendemos também que o desenho de cargos envol-
ve a especificação do conteúdo, dos métodos de trabalho
e das relações com os demais cargos, e que, para saber
como o cargo foi desenhado, existe a descrição e análise
de cargos.
Agora que você já conhece as maneiras de desenhar e
estruturar os cargos dentro da organização, trataremos
na próxima UA da avaliação do desempenho humano,
ou seja, da monitoração da performance das pessoas
em suas atividades.
Bons estudos!
Atividades
Agora que você entrou em contato com as abordagens
do desenho de cargos, bem como as maneiras de de-
senhar e estruturar os cargos dentro da organização,
está convidado a praticar os conhecimentos adqui-
ridos. Acesse o ambiente virtual e realize as ativida-
des propostas.
Vamos lá?
Glossário
Competências: talentos ou conhecimentos es- Habilidades interpessoais: habilidade de con-
pecíficos que um colaborador possui. duzir, motivar e comunicam-se eficazmente
Cultura organizacional: conjunto de premissas com os outros.
importantes sobre a organização, seus ob- Procedimentos operacionais: regras formais
jetivos e práticas, que seus membros com- para realização de tarefas.
partilham.
Referências
BATEMAN, T. S.; SNELL, S. A. A
dministração: MARRAS, J. P. A
dministração de Recursos Hu-
construindo uma vantagem competitiva. manos: Do operacional ao estratégico.
São Paulo: Atlas, 1998. 12ª ed. São Paulo: Futura, 2007.
CHIAVENATO I. G
estão de pessoas: o novo pa- TACHIZAWA T.; FERREIRA V. C. P.; FORTUNA A. A.
pel dos recursos humanos nas organiza- M. G
estão com pessoas: uma abordagem
ções. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. aplicada às estratégias de negócios. 5ª
ed. Rio de Janeiro: FGV, 2006.
APLICAR PESSOAS:
avaliação do desempenho
6
gestão de pessoas
Aplicar Pessoas:
avaliação do desempenho
Competências
Construir sistemas de avaliação ajustados às característi-
cas peculiares da organização e de seu pessoal.
Habilidades
Conhecer os métodos tradicionais e modernos de avalia-
ção de desempenho.
Apresentação
Como você se sente quando é avaliado? Você acha que
sua nota está de acordo com os seus esforços?
Como sabemos que uma pessoa é uma boa profissio-
nal ou precisa melhorar? Não é uma tarefa muito fácil
avaliar o trabalho, nem simples. Podemos ser injustos,
tendenciosos ou não conseguir ver o que as pessoas têm
de melhor.
Nesta UA, iremos estudar a Avaliação de Desempe-
nho, que trata exatamente das maneiras de se fazer
uma avaliação justa, com a qual a organização possa
saber o que esperar de seus colaboradores, o que neles
é bom e o que pode ser melhorado.
Pronto para iniciar esta UA?
Bons estudos!
Para Começar
Fundamentos
Assim como nós, professores, avaliamos continuamente o desempenho
de vocês, alunos, as organizações necessitam avaliar o desempenho de
seus colaboradores.
A avaliação do desempenho é uma apreciação sistemática do desem-
penho de cada pessoa em função das atividades que desempenha, das
metas e resultados a serem alcançados e do seu potencial de desenvolvi-
mento. Dessa forma, a avaliação de desempenho julga ou estima o valor,
a excelência e as qualidades de uma pessoa e, sobretudo, sua contribui-
ção para a organização (CHIAVENATO, 2004).
Dica
A avaliação de desempenho é considerada um instrumento
complementar à administração salarial, servindo não apenas
para apreciar o desempenho do colaborador, mas também
para situá-lo na escala de salários.
Atenção
Cada colaborador deve ter pleno conhecimento de sua ava-
liação, a fim de manter e desenvolver seus pontos fortes e
corrigir seus pontos fracos. (TACHIZAWA, 2006, p. 213)
Tabela 1. Modelo
Formulário Avaliação
de desempenho. avaliação do desempenho
Fonte: adaptado de
Chiavenato (2004). Nome:
Cargo:
Departamento:
nº + –
Apresenta produção elevada
Comportamento dinâmico
É muito sociável
Tem dificuldade com números
Adapta-se bem a situações novas
É comunicativo
Cumpre o horário de trabalho
características positivas
Saber lidar com pessoas X
Facilidade em trabalhar em equipe
Apresenta ideias inovadoras
Tem características de liderança
Facilidade de argumentação X
Espírito altamente empreendedor
características negativas
Apresenta muitos erros
Falta de visão ampla do assunto x
Demora em tomar decisões
Espírito conservador e limitado x
Dificuldade em lidar com números
Comunicação deficiente
Assiduidade Não registra faltas Raramente apresenta Suas faltas, saídas Suas faltas, saídas Constantemente
Considera a audiência nem atrasos. Está faltas e/ou atrasos. antecipadas e/ou antecipadas e/ou chega atrasado.
por faltas, atrasos ou sempre presente no Quando isso ocorre, atrasos ocorrem de atrasos se mantêm Abandona o local de
abandono do local de seu local de trabalho. é sempre justificado maneira justificada, sempre dentro dos trabalho. Solicita sa-
trabalho por motivos Sua assiduidade é im- apenas em casos de limites estabelecidos ídas antecipadas e/
não justificados. pecável em todos os emergência e/ou ne- pela empresa, às ve- ou falta de maneira
sentidos. cessidade zes injustificados. injustificada.
Compromisso com Os serviços não Os serviços não Os serviços quase Os serviços periodi- Os serviços frequen-
Qualidade apresentam falhas e apresentam falhas, não apresentam fa- camente apresentam temente apresentam
Deverá ser avaliada superam as expec- correspondendo às lhas e o indivíduo não falhas embora se es- falha, não se esfor-
a capacidade do in- tativas, não havendo expectativas da em- reincide no mesmo force em diminuir os çando para saná-las.
divíduo em executar perda de produtivi- presa, sem perda de tipo de erro. defeitos.
suas tarefas sem dade. produtividade.
falhas, de maneira
espontânea.
Cooperação/Envol- A sua contribuição Colabora e se envolve Coopera e se envolve Nem sempre coopera Não é colaborador,
vimento sempre ultrapassa os além de suas obriga- nas tarefas satisfato- e se envolve com as precisa ser constan-
Considera a cola- limites da função. ções. riamente. tarefas. Não é cons- temente solicitado,
boração com os tante. Precisa por mesmo nas tarefas
colegas, chefes e su- vezes ser chamado a normais.
bordinados e o grau colaborar.
de envolvimento nos
trabalhos a serem
executados.
Produtividade/Efi- O trabalho produ- O trabalho produzido O trabalho produzi- É um pouco lento no É muito lento na exe-
ciência zido supera o espe- supera às vezes ao do satisfaz ao que seu trabalho. O tra- cução das tarefas. O
Avalia a quantidade rado para a função. que é esperado para é esperado para a balho produzido às trabalho produzido
d o t ra b a l h o p ro - Destaca-se no grupo a função. função. vezes não atinge o sempre está abaixo
duzida, dentro dos de trabalho. esperado. do esperado para a
padrões adequados função.
para a função.
Responsabilidade Conduz suas respon- Sua responsabilidade Preocupa-se sempre Empenha-se na exe- Completamente de-
Co n s i d e r a a p re - sabilidades com de- e empenho na exe- em cumprir os com- cução das tarefas e sinteressado. Não se
ocupação com os senvoltura, chegando cução das tarefas se promissos assumi- se preocupa com os empenha na execu-
compromissos assu- a se preocupar em mantêm no mesmo dos, empenhando-se compromissos assu- ção do seu trabalho
midos, o empenho dar suporte as cole- nível, sob qualquer na execução das ta- midos, apenas nos e não cumpre os
na execução dos tra- gas nas questões de condição de trabalho. refas. trabalhos que fazem compromissos assu-
balhos e o cuidado trabalho. parte da sua rotina. midos.
com o patrimônio da
empresa.
Assinatura do avaliador
Assinatura do avaliado
Tabela 4. Modelo
Avaliação de
Desempenho. avaliação do desempenho
Fonte: Adaptado de
Nome:
Chiavenato (2004).
Cargo:
Departamento:
muito
excelente bom regular ruim
bom
Conscientemente
Quando o avaliador, sob qualquer pretexto, vicia um resul-
tado, premeditando intencionalmente atender a interesses
em jogo ou buscar ajudar ou prejudicar o avaliado.
No âmbito das atitudes conscientes, dois efeitos são vis-
tos com frequência:
Inconscientemente
Quando o avaliador toma as mesmas atitudes anteriores,
porém, sem a intenção premeditada, dolorosa, de provo-
car uma alteração no resultado original.
No âmbito das atitudes inconscientes, normalmente en-
contramos as seguintes disfunções avaliativas:
→→ Julgar sob a impressão de uma qualidade: esta
qualidade está presente de forma tão marcante na
imagem que o avaliador tem do avaliado que acaba
por julgá-la unicamente sob tal impressão.
→→ Basear-se em acontecimentos recentes: ao realizar
a avaliação de desempenho, o avaliador leva em con-
ta apenas os fatos acontecidos recentemente.
→→ Levar em conta características pessoais extracar-
go: avaliar o colaborador deixando-se levar por valo-
res ou atitudes que este possui fora do ambiente de
trabalho e que podem influenciar o avaliador tanto
de forma positiva como negativa.
E agora, José?
A avaliação de desempenho é uma apreciação sistemática
de cada pessoa em função das tarefas que desempenha,
das metas e resultados a serem alcançados e do seu poten-
cial de desenvolvimento. Pode ser feita pela própria pessoa,
pelo gerente (ou por ambos), pela equipe de trabalho, pelos
parceiros, para cima e pelo órgão de gestão de pessoas.
Nesta UA aprendemos que a avaliação de desempenho
pode ser considerada um dos mais importantes instru-
mentos administrativos que uma empresa dispõe para ad-
ministrar suas operações com excelência.
Agora que você já conhece os métodos de avaliação de
desempenho (escalas gráficas, escolha forçada, incidentes
críticos e listas de verificação) e sua aplicação na organização,
trataremos na próxima UA da administração de salários.
Bons estudos!
Atividades
Agora que você conheceu os métodos de avaliação de de-
sempenho mais utilizados, chegou a hora de verificar o seu
aprendizado. Então, antes de seguir para a próxima UA,
acesse e realize os exercícios que estão no ambiente.
Glossário
Endógeno: que se forma no interior.
Cognitivo: ato ou ação de conhecer; aquisição
do conhecimento.
Referências
BATEMAN, T. S.; SNELL, S. A. A
dministração: MARRAS, J. P. A
dministração de Recursos Hu-
construindo uma vantagem competitiva. manos: Do operacional ao estratégico.
São Paulo: Atlas, 1998. 12ª ed. São Paulo: Futura, 2007.
CHIAVENATO I. G
estão de pessoas: o novo pa- TACHIZAWA T.; FERREIRA V. C. P.; FORTUNA A. A.
pel dos recursos humanos nas organiza- M. G
estão com pessoas: uma abordagem
ções. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. aplicada às estratégias de negócios. 5ª
ed. Rio de Janeiro: FGV, 2006.
recompensar as PESSOAS:
administração de salários
7
gestão de pessoas
recompensar as
Pessoas: administração
de salários
Competências
Planejar e organizar o processo de remuneração.
Habilidades
Conhecer os métodos de recompensas e descrever
os principais itens de um programa de administração
de salários.
Apresentação
Quanto vale o seu trabalho e a sua dedicação? E você
faria a mesma coisa de graça? Será que as pessoas tra-
balhariam da mesma maneira se achassem que seus ga-
nhos não compensam o esforço?
Este é o assunto que será tratado nesta UA, a Admi-
nistração de Salários. Um assunto bastante delicado,
mas essencial para qualquer gestor.
Os conteúdos que serão abordados fornecerão sub-
sídios para estabelecer políticas de recompensa salarial
que não só satisfaçam ao investidor, mas também que
sejam condizentes com o merecimento do corpo funcio-
nal, para que cada um possa se envolver e ser recom-
pensado pelos seus esforços.
Está curioso para começar?
Bons estudos!
Para Começar
Um dos fatos que mais desmotiva um profissional é con-
siderar-se injustiçado em sua remuneração, pois isto afe-
ta não só o nível material, mas também o lado emocional
das pessoas. Observe a seguinte situação:
Fundamentos
A Gestão da Administração de Salários sempre foi considerada um aspec-
to muito crítico para as empresas. Admite-se que o empregado atua esti-
mulado pelos seguintes fatores principais: ambição e orgulho profissional,
necessidade de reconhecimento social e compensação financeira. Os dois
primeiros são fatores ambientais e exercem grande influência sobre o bem-
-estar individual; envolve a necessidade de autoafirmação profissional, o
sentimento de perspectiva, reconhecimento por um serviço bem feito, in-
tegração e aceitação no grupo. A compensação financeira refere-se às vá-
rias modalidades de remuneração que a empresa oferece como retribuição
pelo trabalho produzido (CHIAVENATO (1999); MARRAS (2007)).
É preciso recompensar cada um adequadamente pelos seus qualificati-
vos e seu desempenho, estimular, obter reconhecimento e confiança, ofe-
recer oportunidade, promover tratamento equitativo e comunicar - tudo
em consonância com os melhores objetivos da empresa.
ADMINISTRAÇÃO DE SALÁRIOS
Segundo Chiavenato (1999), a administração de salários é o conjunto de
normas e procedimentos utilizados para estabelecer e/ou manter estru-
turas de salários equitativas e justas na organização. Existem diversas ma-
neiras de definir o termo salário, dependendo de sua forma de aplicação
ou como ele se apresenta para o empregado ou para o empregador.
A maioria das empresas brasileiras utiliza ainda o sistema ortodoxo de
remuneração, que é composto de:
a. Salário-base;
b. Adicionais legais;
c. Horas extras;
d. Benefícios.
Figura 1.
remuneração total
Remuneração Total.
Fonte: Chiavenato
(1999).
remuneração
incentivos salariais benefícios
básica
Para atingir esses objetivos, devem ser estabelecidas políticas claras para
orientar e gerenciar as tomadas de decisões quanto ao sistema de remu-
neração adotado pela empresa.
Dica
Hoje se faz necessário tratar as questões salariais de ma-
neira mais flexível e estratégica, deslocando-se a ênfase da
eficiência para a eficácia. (Tachizawa et all 2006)
PESQUISA SALARIAL
A pesquisa de salário avalia o salário pago pelas empresas e se baseia
em amostras de cargos e de empresas que representam determinado
mercado de trabalho. É o instrumento pelo qual a empresa determina
os parâmetros que deseja imprimir, fixando condições e normas a se-
rem seguidas ao longo de toda a estrutura organizacional. É a pesquisa
de salários que permite a uma empresa manter a equidade externa, ou
seja, pagar a seus funcionários salários equivalentes àqueles recebidos
pelos funcionários em outros estabelecimentos. Embora as pesquisas se-
jam conduzidas com intuito de reunir dados de salários competitivos, elas
também podem coletar dados sobre benefícios dos funcionários e outras
práticas de remuneração. Chiavenato (2005); Bohlander, Snell, Sherman
(2005) e Marras (2007).
REMUNERAÇÃO ESTRATÉGICA
O sistema de remuneração estratégica parte da premissa de que deve
ser associada a uma combinação de diferentes formas de remuneração e
focar no indivíduo - não mais no cargo, conforme prescreviam os sistemas
de remuneração tradicionais.
A remuneração estratégica é um agente transformador e catalisador
para a convergência de energias na organização, e a medida que o siste-
ma de remuneração é alinhado ao contexto e à estratégia da empresa,
torna-se fator de harmonização de interesses, ajudando a gerar consen-
sos e atuando como alavanca de resultados (WOOD JR. et all 1997).
Este sistema envolve, segundo Wood Jr. et all (1997), seis grandes gru-
pos, a saber:
Dica
Os administradores de salários devem incorporar novas fer-
ramentas de trabalho para que obtenham sucesso profissio-
nal diante da nova realidade das organizações e do mundo.
E agora, José?
Agora que você adquiriu conhecimentos sobre as diver-
sas possibilidades de estabelecer a política de recom-
pensa salarial em uma organização, chegou a hora de
descobrir como as empresas podem proporcionar às
pessoas um programa de benefícios que garanta a qua-
lidade de vida. Para tanto, você aprenderá na próxima
UA o que é o programa de incentivo e benefícios e como
utilizar esse conceito no cotidiano empresarial, haja vista
têm se tornado uma ferramenta estratégica.
Bons estudos!
Atividades
Você chegou ao fim de mais essa UA com conhecimentos
de grande importância e de forte impacto na vida do cor-
po funcional, por se tratar da Política de Recompensas.
Navegue pelo ambiente, exercite, continue seu apren-
dizado e se aproprie dos novos conceitos.
Bom estudo!
Glossário
Igualitarismo: sistema que preconiza a igualda- relacionada com a saída de funcionários de
de de condições para todos os membros da uma organização.
empresa (mesmo sistema de remuneração). Competência: qualidade de quem é capaz de
Elitismo: o elitismo reforça a tradicional hierar- apreciar e resolver certo assunto, fazer de-
quia da organização. terminada coisa; capacidade, habilidade, ap-
Rotatividade: a rotatividade de pesso- tidão, idoneidade.
al, também conhecida por turnover, está
Referências
ARAUJO, L. C. G. de. Gestão de Pessoas; estra- LACOMBE, F. R
ecursos Humanos: Princípios e
tégias e integração organizacional. São Tendências. 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
Paulo: Atlas, 2006. MARRAS, J. P. A
dministração de Recursos Hu-
BOHLANDER G.; SNELL S.; SHERMAN A.; A
dminis- manos: Do operacional ao estratégico.
tração de Recursos Humanos. São Paulo: 12ª ed. São Paulo: Futura, 2007.
Pioneira Thomson, 2005. PINTO-ROCHA S. R. da.; PEREIRA C. S.; COUTINHO
CHIAVENATO I. G
estão de pessoas: o novo pa- M. T. C.; JOHANN S.L. D
imensões funcionais
pel dos recursos humanos nas organiza- da gestão de pessoas. 9ª ed. Rio de Janei-
ções. Rio de Janeiro: Campus, 1999. ro: FGV, 2007.
JUNIOR WOOD T.; FILHO PICARELLI V. R
emunera- TACHIZAWA T.; FERREIRA V. C. P.; FORTUNA A. A.
ção Estratégica: A nova vantagem com- M. G
estão com pessoas: uma abordagem
petitiva. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2004. aplicada às estratégias de negócios. 5ª
ed. Rio de Janeiro: FGV, 2006.
recompensar as PESSOAS:
benefícios e incentivos
8
gestão de pessoas
recompensar as Pessoas:
benefícios e incentivos
Competências
Planejar e organizar o programa de benefícios e incentivos.
Habilidades
Associar o programa de benefícios e incentivos à reali-
dade da empresa num contexto socioeconômico.
Apresentação
Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá conhecer as
diversas possibilidades apresentadas às organizações
para implementar programas de incentivo e benefícios
que objetivem promover a melhoria da qualidade de
vida dos funcionários, reduzir o absenteísmo, aumentar
a produtividade, manter e atrair pessoas para a organi-
zação etc.
Com essas informações, você, futuro Gestor, terá fer-
ramentas para fazer com que a sua organização tenha
no portfólio um pacote de benefícios que a diferencie
no mercado.
Está curioso para iniciar?
Bons estudos!
Para Começar
Observe as figuras abaixo e responda: É preciso investir
em benefícios?
Dica
A competição no mercado de trabalho para atrair, reter e
manter os empregados produtivos cria uma pressão para as
empresas proporcionarem, pelo menos, os mesmo benefí-
cios que a concorrência.
Programa de Incentivo
O programa de incentivo tende a estimular os funcionários a empregar
mais esforços nas atividades de seu cargo. Bohlander, Snell, Sherman,
(2005) ressaltam que:
plano de
tipo definição
incentivo
Tabela 1. Definições.
Fonte: Elaborado Plano de incentivo no qual os
Trabalho por
a partir de funcionários recebem certa
produção
Bohlander, Snell, quantia por unidade produzida.
Sherman (2005). Plano de incentivo que
Plano de tempo estabelece as taxas com base
individual padrão na conclusão de trabalho em
um tempo predeterminado.
Bônus Incentivo suplementar ao salário-base.
Programa sob o qual os funcionários
Pagamento
recebem pagamento por mérito,
por mérito
vinculado à avaliação de desempenho.
Plano de remuneração em que
todos da equipe recebem uma
Remuneração
bonificação de incentivo quando
na equipe
os padrões de produção ou serviço
são atingidos ou superados.
Plano de bonificação de
grupo
incentivo que usa comissões de
Plano Scanlon
funcionários e da administração
para reduzir mais os custos.
Programa de participação sob o
Improshare qual as bonificações se baseiam na
produtividade geral da equipe.
Programa no qual o empregador
Participação
disponibiliza uma porcentagem ou
nos resultados
fatia de valor com que cada pessoa
da empresa
participa dos resultados da empresa.
empreendimento Programa em que a organização
contribui com frações de suas ações
Plano de compra
para um consórcio, estabelecido com
de ações
a finalidade de possibilitar a compra
de ações por seus funcionários.
Dica
Um pacote de benefícios alinhado às necessidades dos
funcionários trará maior satisfação e, consequentemente,
maior produtividade.
Tipos de benefícios
Os benefícios auxiliam a vida dos empregados no exercício do cargo e no
seu cotidiano familiar, ou seja, na comunidade. Podem ser classificados
em: benefícios legais, espontâneos, monetários, não monetários, assisten-
ciais, recreativos e supletivos, conforme a Tabela 2.
Lembre-se
Identifique as necessidades e os objetivos pessoais da sua
equipe para a implantação de um programa de benefício.
Atenção
Não basta implantar um programa de benefício: cabe a em-
presa perceber se os investimentos destinados ao programa
têm dado resultado.
Atividades
Você conheceu as diversas possibilidades de implantar
programas de incentivo e benefícios que têm por obje-
tivos promover a melhoria na qualidade de vida dos em-
pregados, atrair e manter colaboradores, reduzir absen-
teísmo, entre outros. Agora é hora de exercitar! Visite o
ambiente virtual e coloque os conhecimentos em prática.
Glossário
Absenteísmo: falta ao trabalho, à escola etc. Improshare: programa de participação sob o
CEO: Chief Executiver Officer – Diretor Superin- qual as bonificações baseiam-se na produti-
tendente da Empresa. vidade geral da equipe.
Nível Estratégico: refere-se à alta administra- Plano Scanlon: plano de bonificação de incen-
ção – CEO. tivo que usa comissões de funcionários e da
administração para reduzir mais os custos.
Referências
ARAUJO, L. C. G. de. Gestão de Pessoas; estra- LACOMBE, F. R
ecursos Humanos: Princípios e
tégias e integração organizacional. São Tendências. 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
Paulo: Atlas, 2006. MARRAS, J. P. A
dministração de Recursos Hu-
BOHLANDER G.; SNELL S.; SHERMAN A.; A
dminis- manos: Do operacional ao estratégico.
tração de Recursos Humanos. São Paulo: 12ª ed. São Paulo: Futura, 2007.
Pioneira Thomson, 2005. PINTO-ROCHA S. R. da.; PEREIRA C. S.; COUTINHO
CHIAVENATO I. G
estão de pessoas: o novo pa- M. T. C.; JOHANN S. L. D
imensões funcio-
pel dos recursos humanos nas organiza- nais da gestão de pessoas. 9ª ed. Rio de
ções. Rio de Janeiro Campus, 1999. Janeiro: FGV, 2007.
GONÇALVES, V. A s 10 melhores empresas TACHIZAWA T.; FERREIRA V. C. P.; FORTUNA A. A.
para as mães trabalharem. Disponível em: M. G
estão com pessoas: uma abordagem
http://www.portaldafamilia.org.br/artigos/ aplicada às estratégias de negócios. 5ª
artigo115.shtml. Acesso em 8/2011. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2006.
desenvolver PESSOAS:
treinamento e desenvolvimento
9
gestão de pessoas
desenvolver Pessoas:
treinamento e
desenvolvimento
Competências
Planejar e organizar o programa de treinamento e
desenvolvimento.
Habilidades
Associar o programa de treinamento e desenvolvi-
mento de pessoas à realidade da empresa num con-
texto socioeconômico.
Apresentação
Todos nós queremos ser cada dia melhores em tudo o
que fazemos. Chegamos nas organizações com expec-
tativas, sonhos e sede de conhecimento. Durante nossa
trajetória, aprendemos muito com a prática e evoluímos.
Mas a prática sozinha não consegue suprir todas as ne-
cessidades de aprendizado.
Na maior parte das vezes, não chegamos prontos ao
cargo nem para a maneira da empresa trabalhar. Para
isso, existem os treinamentos e programas de desenvol-
vimento, como veremos nesta UA. Se a organização quer
ser melhor, vai precisar sempre de pessoas melhores.
Você conhecerá agora um pouco mais sobre estas práti-
cas organizacionais.
Pronto para iniciar? Bom estudo.
Para Começar
Por que as empresas treinam?
Você já percebeu que as pessoas fazem a diferença e
que dispor daquelas que são competentes e motivadas
para produzir agrega valor no processo e no produto final.
Na verdade, é cada vez maior o número de empresas e
indivíduos que buscam o aprimoramento pessoal, profis-
sional e institucional. Esse fato se dá em função da com-
petitividade acirrada entre a concorrência, da adversidade
do mercado e das mudanças sociais e tecnológicas. Todos
já sabem que se trata de uma ferramenta estratégica de
reconhecimento e incentivo profissional: treinar um fun-
cionário é fazê-lo se sentir prestigiado e repleto de opor-
tunidade de crescimento pessoal e profissional.
Por outro lado, a falta de preparo dentro de uma em-
presa pode provocar sérios prejuízos organizacionais,
tais como: baixa produtividade, baixa qualidade na pro-
dução, comunicações deficientes, elevado número de
acidentes no trabalho, avarias frequentes em equipa-
mentos e instalações, erros na execução das ordens etc.
Assim, o ato de treinar o funcionário pode trazer diversas vantagens à
empresa, como: aumento de produtividade, redução dos custos opera-
cionais, melhoria nos processos e qualidade, redução do absenteísmo e
rotatividade, agilidade e velocidade na execução das tarefas, comprome-
timento organizacional, flexibilidade dos funcionários e busca de aperfei-
çoamento contínuo.
Existem diversas formas de treinar um funcionário. Nesta UA, aprende-
remos a elaborar e implantar um programa de treinamento na empresa.
Vamos lá? Boa UA!
Fundamentos
Nenhuma organização consegue manter um bom nível de produtividade
sem uma equipe de profissionais bem preparados. Assim, Treinamento e
Desenvolvimento devem ser pensados como um recurso estratégico, que
pode impulsionar a organização.
Hoje, as ações de Treinamento e Desenvolvimento se inserem em um
projeto maior de renovação permanente da empresa.
O termo “treinamento” é usado para explicar o esforço da empresa em
estimular o processo de aprendizado de seus funcionários. É uma atividade
educacional que contribui no aprimoramento profissional da pessoa e que
tem por objetivo prepará-la para exercer, de forma eficiente, atuais ou no-
vas funções/atividades ou, então, aumentar suas capacidades.
Verifica-se na literatura que, o termo “treinamento” apresenta vários
conceitos, conforme apresentados na Tabela 1.
conceito
Segundo Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2001), o treinamento
tem como objetivo a preparação das pessoas para a execução
imediata das diversas tarefas peculiares à organização, dando
Formação profissional
Especialização
Reciclagem
Lembre-se
Para a eficácia do Programa de Treinamento e Desenvolvi-
mento, faça uma ligação entre seus objetivos e os objetivos
estratégicos da empresa.
Processo de treinamento
Numa perspectiva sistêmica, o processo de treinamento e desenvolvimen-
to é composto por um processo contínuo cíclico. A Figura 1 exemplifica
esse processo.
Fase 4 – Avaliação
Para ter certeza de que é oportuno o treinamento, cabe aos gerentes fa-
zer uma avaliação sistemática de sua necessidade. Para isso, devem fazer
um exame do ambiente, estratégias e recursos da organização para de-
terminar onde incidir o treinamento.
Além dos métodos de levantamento de necessidades, existem indica-
dores que apontam necessidades futuras (a priori) e passadas (a posterio-
ri), a saber:
Problemas de produção
1. Baixa produtividade;
2. Baixa qualidade de produção;
3. Comunicação deficiente;
4. Mau aproveitamento do espaço disponível;
5. Elevado número de acidentes;
6. Avarias frequentes em equipamentos e instalações.
Problemas de pessoal
1. Número excessivo de queixas;
2. Mau atendimento ao cliente;
3. Pouco interesse pelo trabalho;
4. Falta de cooperação;
5. Erros na execução da ordem.
Programa de treinamento
Fornecer experiências práticas das condições de trabalho
que combina a experiência
Treinamento por intermédios de uma parceria entre empresas e escolas
prática no trabalho com
cooperativo que investem juntas em programas de treinamento.
aulas de educação formal.
Ex.: International Champion
comportamento resultados
Atividades
Agora é com você! Vá ao site do curso e realize as ativi-
dades propostas para esta UA. É muito importante que
você reforce os conceitos sobre Treinamento e Desen-
volvimento antes de seguir para a próxima Unidade,
que tratará da Gestão do Conhecimento e Desenvolvi-
mento Organizacional.
Glossário
Educação Corporativa: é um processo no qual Coaching: é um processo de orientação e as-
os funcionários se envolvem em um aprendi- sessoramento ao desenvolvimento pessoal e
zado contínuo que visa melhorar o desempe- profissional do indivíduo, fundamentado em
nho e aumentar sua produção nos negócios. uma relação de ajuda e facilitação aos esfor-
Universidade Corporativa: aprendizagem da ços pessoais do colaborador na obtenção dos
organização, um espaço criado pela empre- meios que lhe permitam realizar seus proje-
sa, cujo objetivo é oferecer a todos os fun- tos de vida.
cionários, o conhecimento e as competências Coach: treinador ou orientador.
necessárias para que os objetivos estratégi-
cos sejam alcançados.
Referências
BOHLANDER G.; SNELL S.; SHERMAN A.; Adminis- MARRAS, J. P. Administração de Recursos Hu-
tração de Recursos Humanos. São Paulo: manos: Do operacional ao estratégico.
Pioneira Thomson, 2005. 12ª ed. São Paulo: Futura, 2007.
CHIAVENATO I. Gestão de pessoas: o novo pa- PINTO-ROCHA S. R. da.; PEREIRA C. S.; COUTINHO
pel dos recursos humanos nas organiza- M. T. C.; JOHANN S. L. Dimensões funcio-
ções. Rio de Janeiro Campus, 1999. nais da gestão de pessoas. 9ª ed. Rio de
LACOMBE, F. Recursos Humanos: Princípios e Janeiro: FGV, 2007.
Tendências. 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005. TACHIZAWA T.; FERREIRA V. C. P.; FORTUNA A. A.
MANSO U. A. Cenas da vida real. Disponível em: Gestão com pessoas: uma abordagem
http://revistavocerh.abril.com.br/noticia/ aplicada às estratégias de negócio. 5ª ed.
melhoresp/conteudo_527197.shtml. Acesso São Paulo: FGV. 2006.
em: 8/2011.
Competências
Planejar e organizar o programa de higiene e segurança
no trabalho.
Habilidades
Associar higiene e segurança no trabalho à qualidade
de vida
Apresentação
Nesta Unidade você estudará a higiene e a segurança no
trabalho, duas atividades que estão intimamente rela-
cionadas a melhores condições de trabalho, capazes de
manter um nível adequado de saúde dos trabalhadores
de uma empresa.
O entendimento desse assunto tem grande relevância
para sua atuação profissional, uma vez que todo bom
gestor tem em mente que a prevenção é o melhor pro-
cesso para reduzir ou eliminar os problemas de seguran-
ça do trabalhador. A higiene e segurança também são
fatores que têm relação direta com a manutenção da
qualidade e produtividade do corpo funcional.
Sendo assim, convidamos você a mergulhar neste im-
portante assunto.
Bons estudos!
Para Começar
Na disciplina de Gestão de Pessoas, tivemos, até o mo-
mento, a oportunidade de estudar os processos de agre-
gar pessoas (recrutamento e seleção); aplicar pessoas
(socialização); recompensar pessoas (administração sala-
rial) e, agora, vamos nos preocupar em como manter as
pessoas.
Na Unidade de Aprendizagem anterior, analisamos as
relações com os empregados. Hoje, iniciaremos a discus-
são de dois tópicos importantíssimos que são a higiene e
segurança no ambiente de trabalho.
No Brasil, todos os anos, de forma silenciosa, milhares
de trabalhadores morrem ou sofrem mutilações durante
o expediente. Somente em 2007, a cada 3 horas ocorria
uma morte no país, ocasionada por práticas inseguras
e pelo risco decorrente dos fatores ambientais do tra-
balho, e a cada 1 hora de jornada diária cerca de 75 aci-
dentes e doenças eram contabilizados pela Previdência
Social. Somente neste ano, portanto, ocorreram 653.090 acidentes e do-
enças do trabalho.
O somatório dessas perdas, muitas vezes irreparáveis, é avaliado e de-
terminado levando-se em conta os danos causados à integridade física e
mental do trabalhador, bem como os custos para a empresa e para toda a
sociedade. Alarmantes, os dados expõem os elevados prejuízos humanos,
sociais e econômicos que pesam sobre o país - considerando apenas os
dados do trabalho formal.
É importante ressaltar que, apesar de todos os investimentos e custos,
o valor da vida humana não pode ser quantificado. Adotar um progra-
ma de prevenção de higiene e segurança no trabalho é o mínimo que a
empresa deve oferecer para prevenir acidentes e doenças ou vacinar-se
contra os imprevistos acidentários.
Agora é com você. Analise as figuras:
Atenção
Sob todos os aspectos em que possam ser analisados, os
acidentes e doenças decorrentes do trabalho apresentam fa-
tores extremamente negativos para a empresa, para o tra-
balhador acidentado e para a sociedade (SESI, 2005).
Higiene do Trabalho
A higiene do trabalho pretende garantir um ambiente de trabalho saudá-
vel e seguro, portanto, antes de qualquer coisa, uma obrigação moral das
empresas. A preservação da saúde dos empregados é requisito básico das
relações entre o capital e o trabalho, como atesta a Consolidação das Leis
de Trabalho (CLT):
Conceito
Além de diminuir os custos e prejuízos, torna a empresa
mais competitiva, auxiliando na sensibilização de todos para
o desenvolvimento de uma consciência coletiva de respeito à
integridade física dos trabalhadores e melhoria contínua dos
ambientes de trabalho. (SESI, 2005)
Vimos que as empresas devem fornecer, por lei, condições de trabalho hi-
giênicas para seus funcionários. Para atingir esse objetivo, lhe cabe ainda
diagnosticar o ambiente físico e psicológico, o qual é muito importante para
tornar o Programa de Higiene mais adequado e produtivo.
Descubra se sua empresa está apta à eficácia do Programa de Higiene
verificando os itens do programa citado por Chiavenato (1999).
Dica
A análise preliminar das condições de trabalho permite a
elaboração de estratégias que vão subsidiar as etapas de
implantação do programa de gestão de saúde e segurança
no trabalho. (SESI, 2005).
→→ Saúde ocupacional:
Dica
É importante salientar que a presença de produtos ou agen-
tes nocivos nos locais de trabalho não quer dizer que, obri-
gatoriamente, existe perigo para a saúde. Isso vai depender
da combinação ou inter-relação de diversos fatores, como
a concentração e a forma do contaminante no ambiente de
trabalho, o nível de toxicidade e o tempo de exposição da
pessoa. (SESI, 2005)
Segurança do trabalho
A Segurança do Trabalho é o conjunto de medidas técnicas, educacionais,
médicas e psicológicas utilizadas para prevenir acidentes, quer eliminan-
do as condições inseguras do ambiente, quer instruindo ou convencendo
as pessoas da implantação de práticas preventivas (CHIAVENATO, 1999).
Lembre-se
Para prevenir acidentes e doenças decorrentes do trabalho,
a ciência e as tecnologias colocam à nossa disposição uma
série de medidas e equipamentos de proteção coletiva e in-
dividual (SESI, 2005).
Acidente no trabalho
Os acidentes de trabalho afetam a produtividade econômica, são res-
ponsáveis por um impacto substancial sobre o sistema de proteção so-
cial e influenciam o nível de satisfação do trabalhador e o bem-estar
geral da população.
Conceito
Acidente é o evento não programado nem planejado que
resulta em lesão, doença ou morte, dano ou outro tipo de
perda. (SESI, 2005)
E agora, José?
Agora que você já conhece o Programa de Higiene e Se-
gurança no Trabalho, apresentado na Unidade, chegou
a hora de aprender os conceitos de qualidade de vida. A
preocupação com ela é um fator em ascensão, uma vez
que tem vital importância para o desenvolvimento pesso-
al e organizacional eficaz.
Na próxima Unidade de Aprendizagem discutiremos as ca-
racterísticas de um programa de QVT, identificaremos as me-
didas éticas, compreenderemos como as empresas utilizam
o código de ética e entenderemos as questões que envolvem
o debate sobre a responsabilidade social.
Atividades
Agora que você conheceu a importância da Higiene e Se-
gurança no Trabalho para garantir a integridade física e
mental dos colaboradores - fatores que têm influência na
qualidade e produtividade da organização - chegou a hora
de checar o seu aprendizado. Para isso, foram elaboradas
algumas atividades.
Participe também do fórum. Sua contribuição é muito im-
portante para a construção coletiva de conhecimentos na
sua turma.
Glossário
EPC - Equipamento de proteção coletiva: é PPRA NR-09 - Programa de Prevenção de
toda medida ou dispositivo, sinal, imagem, Riscos Ambientais: estabelece a obriga-
som, instrumento ou equipamento destina- toriedade de elaboração e implementação,
do à proteção de uma ou mais pessoas. por parte de todos os empregadores e ins-
EPI - Equipamento de proteção individual: é tituições que admitam trabalhadores como
todo dispositivo de uso individual, destinado empregados, do Programa de Prevenção de
à proteção de uma pessoa. Riscos Ambientais - PPRA, visando à pre-
NRs - Normas Regulamentadoras: têm o servação da saúde e da integridade física
objetivo de assegurar o bem-estar dos fun- dos trabalhadores, através da antecipação,
cionários de empresas, condomínios residen- reconhecimento, avaliação e consequente
ciais e comerciais, lojas, consultórios, clinicas, controle da ocorrência de riscos ambientais
academias, postos de gasolina etc. existentes ou que venham a existir no am-
PCMSO – NR-07 - Programa de controle biente de trabalho, tendo em consideração
Médico de Saúde Ocupacional: trata dos a proteção do meio ambiente e dos recursos
exames médicos obrigatórios (admissional, naturais. A fundamentação legal, ordinária
periódico, por mudança de função ou demis- e específica, que dá embasamento jurídico
sional) e do programa de acompanhamento à existência desta NR são os artigos 175 a
da saúde dos empregados. 178 da CLT.
Referências
BOHLANDER G.; SNELL S.; SHERMAN A. Adminis- MARRAS, J. P. A
dministração de Recursos Hu-
tração de Recursos Humanos. São Paulo: manos: Do operacional ao estratégico.
Pioneira Thomson, 2005. 12ª ed. São Paulo: Futura, 2007.
CHIAVENATO I. G
estão de pessoas: o novo pa- SESI-SEBRAE, Dicas de prevenção de aciden-
pel dos recursos humanos nas organiza- tes e doenças no trabalho. Brasília: 2005.
ções. Rio de Janeiro: Campus, 1999. TACHIZAWA T.; FERREIRA V. C. P.; FORTUNA A. A.
LACOMBE, F. ecursos Humanos: Princípios e Gestão com pessoas: uma abordagem
Tendências. 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005. aplicada às estratégias de negócio. 5ª ed.
São Paulo: FGV. 2006.
manter as PESSOAS:
qualidade de vida, ética e
responsabilidade social
15
gestão de pessoas
manter as Pessoas:
qualidade de vida, ética e
responsabilidade social
Competências
Planejar e organizar o programa de QVT.
Habilidades
Associar e aplicar os conceitos de Ética e Responsabili-
dade Social associando-os aos quesitos do Programa de
Qualidade de Vida no Trabalho.
Apresentação
A qualidade de vida no trabalho, os princípios éticos e a
responsabilidade social são os assuntos desta Unidade.
Eles vão contribuir para sua formação e atuação como
gestor e merecem toda a sua atenção.
Lembre-se: é imprescindível que os líderes conhe-
çam o lado humano das organizações, que entendam
as pessoas e sua importância e, principalmente, ofere-
çam o melhor bem-estar possível no ambiente de tra-
balho aos funcionários.
Neste momento de altíssima competitividade em que
vivemos, o ser humano tornou-se o diferencial a ser re-
conhecido e valorizado.
Bons estudos!
Para Começar
A preocupação com a qualidade de vida, ética e respon-
sabilidade social está em ascensão no âmbito empresa-
rial. No entanto, cabe a reflexão: estes são fatores de um
modismo ou modelo de gestão?
Agora é com você...
Qual a sua opinião?
Se sua resposta é modelo de gestão, parabéns, você
acertou! A empresa precisa ser um lugar de pessoas feli-
zes e respeitadas que possam, dessa maneira, dar o me-
lhor de si e ajudar o empregador a elevar a produtivida-
de e a qualidade de seus produtos e serviços.
Vamos agora compreender qual é a contribuição da
qualidade de Vida, ética e responsabilidade social.
Todas as empresas, em seus modelos de gestão, orga-
nizam atividades, normas e regras, bem como valores e
objetivos organizacionais, para atender as necessidades
de seus clientes internos e externos.
Essa missão — e o mercado cada vez mais competitivo
— exige que procurem agregar valores como qualidade,
segurança, agilidade na entrega, atendimento, processos
produtivos limpos etc. Aqui, emerge o investimento em Programas de Qua-
lidade de Vida do Trabalho, ressaltando o quesito Responsabilidade Social.
Enquanto inúmeros fatores, como doenças ocupacionais (LER, DORT) e
acidentes de trabalhos, permeiam o trabalho das pessoas, os Programas
de Qualidade de Vida são de máxima importância para o desenvolvimento
pessoal, bem como para o desenvolvimento organizacional eficaz.
Não se pode negar, portanto, que a gestão deva adotar uma postura
socialmente responsável e que a empresa deva praticar ações além das
que lhe são obrigatórias. Daí se concluí que o modelo de gestão supõe
um conjunto de conhecimentos sistematizados e princípios estabelecidos
que se desdobram em técnicas e procedimentos de trabalho voltados aos
princípios éticos de higiene e segurança socialmente responsáveis.
Fundamentos
As profundas mudanças ocorridas na economia global alterou o mundo
do trabalho e tornou as empresas cada vez mais competitivas. A quebra
de barreiras econômicas, a inovação tecnológica, as novas formas de tra-
balho, as relações sociais e a política fizeram com que as organizações
saíssem em busca de processos que melhorassem a produtividade e o
seu posicionamento no mercado.
Atrelado a esse fenômeno, surgiu a Qualidade de Vida no Trabalho
(QVT) como valor intrínseco das práticas de competitividade concomitan-
temente ao bem-estar organizacional. Aos poucos, as empresas foram se
dando conta de que uma de suas missões é prestar benefícios a socieda-
de e, portanto, começaram a adotar essa e outras posturas de balanço
entre resultado econômico e Responsabilidade Social.
Dica
A qualidade de vida no trabalho, os princípios éticos e a
responsabilidade social são assuntos atuais e merecem
toda a sua atenção.
Nadler e Lawler (apud Chiavenato 2004) entendem que a QVT está funda-
mentada em quatro aspectos:
Atenção
Qualidade de vida no trabalho engloba aspectos como moti-
vação, satisfação, condições de trabalho, estilos de lideran-
ça, entre outros.
Ética
Ética é o sistema de regras que governa a ordenação de valores. Seu ob-
jetivo é identificar tanto as normas que deveriam governar o comporta-
mento das pessoas quanto os “bens” que valem a pena buscar. Todas
as decisões éticas são guiadas pelos valores subjetivos que, por sua vez,
são princípios de conduta como proteção, honestidade, responsabilidade,
Dica
A empresa ética atrai e retém empregados, clientes e forne-
cedores e responsáveis. (LACOMBE, 2005)
Responsabilidade Social
A Responsabilidade Social é a extensão do papel empresarial além de
seus objetivos econômicos. Como membros da sociedade, as empresas
deveriam participar ativa e responsavelmente da comunidade e do am-
biente nos qual está inserida. (BATEMAM et al., 1998).
Para Chiavenato (2004), a Responsabilidade Social significa a atuação
socialmente responsável de seus membros, as atividades de beneficência
e os compromissos da organização com a sociedade em geral ou, ao me-
nos, com as partes que lhes são mais próximas.
Dica
Os programas de responsabilidade social geram valor à marca da
empresa, de maneira que os consumidores dispõem-se a pagar um
pouco mais pelo produto e receber, em troca, o valor agregado.
Conceito
A responsabilidade social está direcionada aos negócios da
empresa que, culturalmente, desenvolve seus planejamen-
tos e traça seus objetivos buscando atender aos interesses
dos acionistas, clientes, fornecedores, funcionários, ou seja,
todos aqueles que com os quais se relaciona, direta ou indi-
retamente. (Ethos, 2003)
Atividades
Agora que você entendeu a importância da QVT, dos prin-
cípios éticos e da responsabilidade social empresarial,
chegou a hora de testar seus conhecimentos. Para isso, vá
ao ambiente virtual e participe das atividades propostas.
Bons estudos!
Glossário
DORT – Distúrbio Osteomuscular Rela- LER – Lesão por Esforço Repetitivo ou LTC -
cionado ao Trabalho: doenças osteo- Lesão por Trauma Cumulativo: representa
musculares relacionados ao trabalho, são uma síndrome de dor nos membros superiores,
responsáveis pela alteração das estruturas com queixa de grande incapacidade funcional,
osteomusculares, tendões, articulações, causada primariamente pelo próprio uso dos
músculos e nervos. membros superiores em tarefas que desenvol-
vem movimentos locais ou posturas forçadas.
Referências
BATEMAM, T. S. SNELL S. A. A
dministração. LACOMBE, F. R
ecursos Humanos: Princípios e
Construindo Vantagem Competitiva. São Tendências. 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
Paulo: Altas, 1998. LIMONGI-FRANÇA, A. C. Q
ualidade de vida no
CHIAVENATO I. G
estão de pessoas: o novo pa- trabalho – QVT: conceitos e práticas nas
pel dos recursos humanos nas organiza- empresas da sociedade pós-industrial. 2ª
ções. Rio de Janeiro: Campus, 1999. ed. São Paulo: Atlas, 2004.
. Recursos Humanos: O capi- TACHIZAWA T.; FERREIRA V. C. P.; FORTUNA, A.
tal humano nas organizações. 8ª ed. São A. G
estão com pessoas: uma abordagem
Paulo: Atlas, 2004. aplicada às estratégias de negócio. 5ª ed.
INSTITUTO ETHOS DE EMPRESA. R
esponsabili- São Paulo: FGV. 2006.
dade Social Para Micro e Pequenas Em-
presas: Passo a Passo. São Paulo: outubro
de 2003.
Enunciado da atividade.
2
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>.
Acesso em 22/09/2016.
ATIVIDADE AVALIATIVA
salários competitivos, elas também podem coletar dados sobre
benefícios dos funcionários e outras práticas de remuneração.
Enunciado da atividade.
1
Disponível em: <http://mercedes-benz.com.br/institucional/imprensa/releases/corporativo/2013/9/1217-
mercedes-benz-recebe-visita-do-ministro-da-saude-em-evento-para-prevencao-de-acidentes-no-trabalho>.
Acesso em 04/11/2016.
relacionados à alimentação, atividades físicas, prevenção de doenças e acidentes, além
de controle do tabagismo, entre diversas outras temáticas”. Além disso, segundo o
executivo, “buscamos com isso incentivar o equilíbrio entre a vida pessoal e
profissional, tema desta SIPAT”2.
Além disso, a empresa também realiza parcerias com outras entidades para
promoção da segurança do trabalho, tal como ocorreu com o Senai em meados de
março/2015, quando a união das organizações visou a qualificação de mão de obra com
a realização de curso que teve, dentre os temas de seu conteúdo programático, o assunto
“segurança do trabalho”4.
8
Disponível em: <https://www.mercedes-benz.com.br/institucional/fornecedores/manual-de-seguranca>.
Acesso em 04/11/2016.
9
Idem, Ibidem.
10
Idem, Ibidem.
11
Idem, Ibidem.
ATIVIDADE AVALIATIVA
Disciplina: GESTÃO DE PESSOAS – UA 15
Uma pessoa com depressão pode sentir tristeza; ansiedade; perder o prazer na
vida, inclusive em atividades de Iazer; ter dificuldade para dormir; perder a
atenção, ficar com o raciocínio lento, ter mais ou menos apetite do que normal
e ficar mais sensível a rejeição.